NA TEIA DA ARANHA!!

— O que você quer? — Jason perguntou diretamente para a rainha aranha.

— Hum... que recepcão fria. No meu tempo, as crianças não podiam responder dessa forma aos adultos. Antes podia-se levar uma reprimenda, hoje pode levar uma rajada de energia do meu querido Zerokumo. Cuidado!!

Lady Kumo ordenou que os seus capangas retornassem para a aeronave. Antes, porém, tinham que levar Elza Romanov até a vila de chalés. E foi assim o que ocorreu. Natasha e Nicolau foram poupados, mas tiveram que presenciar a líder de ginásio ser levada.

Jason questionou o que fizeram com Zeraora. Lady Kumo desdenhou do garoto e avisou que jamais responderia. Mas Piero soltou a língua e revelou ser fruto do trabalho de manipulação de Tarantudo.

— Ainda arranco a sua língua. Idiota!

— Desculpa, titia.

Os capangas foram golpeados por Hitmonchan e Mienshao. Mas Zeraora correu como um raio e eletrocutou os dois pokémons. Ambos caíram desmaiados.

— Mokumokumoku!! Quanta ingenuidade. Não há como competir com um pokémon mítico usando 100% do seu poder. Bem... ninguém aqui serve para os meus planos. Amarrem todos.

A ordem dada por Lady Kumo era absoluta. Os heróis viram Elza como refém de Iceburgh. Não podiam fazer nada. Jason, Nicolau, Natasha, Simon, Luiza e Shingo foram amarrados bem no meio da arena. Colocaram uma bomba ao lado deles.

— Vocês têm 10 minutos para fugirem. Mas vão conseguir? — Lady Kumo recebeu uma ligação da sede da Equipe Black. Era El Charco avisando que estava a caminho de Permafrost.

Os vilões entraram na aeronave e partiram para fora da cidade. O destino era a vila de chalés.

— O que faremos? — indagou Natasha.

— Calma, filha. Alguém precisa utilizar um pokémon para nos soltar. Garotos!!

Simon e Luiza não conseguiram alcançar as pokébolas que foram espalhadas na arena pelos kumos. A garota tentou se arrastar, mas o chão estava escorregadio devido ao gelo.

— Pyro!! Pyro, acorda!!

Jason tentou chamar o seu parceiro desacordado, mas era em vão. As suas pokébolas também foram jogadas longe dele.

Faltando menos de 5 minutos. O que seria dos heróis?

...

Aeronave Jorogumo

Elza foi jogada no meio da cabine de comando e rodeada pelos grunts.

— Não faça essa cara, garota. Depois que concluirmos o nosso objetivo, soltaremos você. Só quero saber do cristal que está em posse da sua família — falou a Viúva-Negra.

— Estou convencida... Só que não!

— Sabia que resistiria. Todos vocês resistem. Odeio isso. As coisas seriam tão simples se não fosse esse terrível complexo de escrúpulo. Mas talvez ele te convença — Ela saiu da frente e mostrou Iceburgh. — Você cuidará dela até chegarmos na vila.

— Pode deixar comigo — Iceburgh segurou Elza pelo braço e a levou para a ala das celas. Chegando lá, jogou a líder abruptamente.

O semblante debochado de uma líder hippie mudou drasticamente. Elza sentia nojo de Iceburgh. Nunca havia sentido tanta raiva em sua vida.

De repente, um barulho de explosão. A nave balançou um pouco. Iceburgh riu da cara de Elza e afirmou que todos no ginásio foram mortos pela explosão.

— Esse é o resultado da escolha que vocês fizeram ao esconder o cristal. Lide com isso.

O homem saiu da frente da garota.

Todos acreditaram que os heróis foram mortos pela bomba. De fato, uma explosão considerável ocorreu no ginásio de Moscold. A cidade toda viu o bólido no céu.

Minutos depois...

Lorelei viu Glaceon e Delibird facilmente derrotados pelo Sirfetch'd. Iceburgh apareceu com vários soldados ao redor.

— Canalhas! Então resolveram agir? Ainda tenho um pokémon...

— Espere! Lorelei — Nikita surgiu com o cristal. Dois empregados levavam o objeto.

— Senhora?!! Não devia ter trazido isso.

— Não entendeu, Lorelei? Eles estão em vantagem. Olhe.

A imagem de Elza presa surgiu num tipo de projeção.

— Eles querem o cristal. Não temos a ideia do motivo, mas não podemos permitir que isso faça com que a vida de Elza corra perigo. Eu abdico de proteger a joia da nossa família.

— Dona Nikita!!

Iceburgh gargalhou.

Enquanto isso, Lady Kumo assistia a tudo na sua cabine de comando. Era tudo o que mais queria: matar Jason e reunir os cristais. Seu trabalho em Permafrost estava quase concluído. Faltava apenas o último cristal da região. O que ficava dentro da Montanha Koju.

— Tia, ficaremos milionários. Estamos por concluir a nossa missão — falou Piero.

Lady Kumo se virou e foi para o seu quarto sem dizer uma só palavra.

...

Alguns minutos antes...

Faltavam 120 segundos para a bomba explodir. Nenhum dos heróis conseguiu se soltar ou chamar os seus pokémons. Charmander e Kyurem continuaram desmaiados e nenhum pokémon saía das pokébolas jogadas pela arena.

Alguns empregados do ginásio chegaram para ajudar, mas havia um dispositivo de campo de força instalado no chão pelos soldados kumos. Ninguém podia passar sem tomar um choque.

— Faltam 60 segundos. Esse é o nosso fim — falou Simon ao fechar os olhos.

— Não podemos desistir. Não saí da tirania de Sirajudin pra poder morrer facilmente aqui — falou Luiza ainda tentando se soltar.

Algo muito veloz surgiu pelo céu noturno e frio de Moscold. As pessoas apenas sentiram um vento passando por cima das suas cabeças.

Jason se arrastou e chegou até a bomba (em formato de coronavírus e do tamanho de um Electrode) e tentou empurrá-la. Mas era pesada demais. De repente, Jason viu uma sombra voar sobre si.

— Aquilo é... — Simon apontou e todos olharam.

Era um Dragonite com uma mochila nas costas. O pokémon olhou para todos abaixo e viu Jason. Desceu e ficou ao lado dele.

— O que o irmão da Vicky faz se arrastando?

Todos ficaram de boca aberta quando o dragão começou a falar a linguagem humana.

— Que-quem é você?

— Eu? Sou Dramione. Principal parceira da Victoria. E ela me pediu que te procurasse pois queria dar algo.

Jason pediu que tirasse aquela bomba dali. Dramione viu 20 segundos e segurou o explosivo. Voou e deu um chute. A bomba explodiu entre as nuvens, causando uma grande bola de fogo brilhante na cidade.

Por fim, a Dragonite retirou a mochila e "disse" que havia uma mega-pedra para Jason.