— Atirem no dragão!

Os guardas abriram fogo contra a criatura voadora chamada... Charizard! Sim, Jason e Pyro resolveram atacar de frente os soldados que guardavam o vilarejo. Os homens usaram várias armas para acertar o pokémon voador, porém Charizard era muito rápido e desviava das balas.

Pyro planou bem perto das casas e usou o seu poderoso Flamethrower contra os militares. Alguns se queimaram, outros correram com medo.

Moradores ficaram tão assustados que pensaram que era algo do general.

— Vovô, tô assustado — disse um menino embaixo da mesa de casa.

— Logo vai passar, meu neto.

O coronel pediu a minigun. Uma picape com uma minigun na carroceria foi estacionada na rua principal. O coronel subiu e mirou em Charizard.

Enquanto isso, Guedara ficou sem munição de tanto atirar. Estava na torre de controle, rodeado por soldados inimigos.

Smoker pediu aos seus subordinados para darem cobertura até ele chegar perto o suficiente da torre. Com a sua AK-47, correu por todo o terreno. Subiu os degraus.

Flygon destruiu a parede de tijolos da torre e voou para fora. Guedara ficou sobre as costas do dragão.

— Atirem nele!

As palavras de Smoker eram uma ordem. Os soldados abriram fogo.

O general entrou no recinto, viu todos os computadores destruídos. O único jeito era chegar até a antena e conectar com o seu rádio comunicador. Precisava apenas de uma única comunicação com o quartel general.

Os militares foram derrotados um por um. O único que sobrou foi o general.

— Pra fora, general. Vamos ter um duelo de homens.

Smoker saiu da torre. Apontou o fuzil para Guedara e deu um adeus ao rapaz. No entanto, a Lucario da Luiza apareceu e deu um golpe na arma, destruindo-a. O general caiu da escada.

— Esse pokémon é...

— Da Luiza? É dela sim.

— Eu sabia. Esses cabelos cor de rosa. Nunca imaginaria que veria o famoso Guedara Ramsés outra vez.

— Renda-se. Você é apenas um obstáculo no meu caminho.

Smoker apertou os dentes. Era o jovem e prepotente líder guerrilheiro ameaçando. Se matasse o causador de tantos problemas ao governo, talvez fosse até promovido. Retirou o casaco branco. Havia uma pokébola em sua cintura.

— Isso não vai acabar assim, moleque. Eu tenho como me defender sem armas.

O general pegou a pokébola e jogou contra o chão. Uma criatura enorme saiu dali. Era uma cobra gigante feita de pedra chamada Onix.

— Quero ver agora.

Tyrantrum usou a sua pele dura para proteger Jason e Charizard dos tiros de minigun. Mas a sua resistência não era suficiente, pois as balas penetravam algumas camadas da sua espessa pele.

— Aguenta firme, Tyrana — Jason retirou Galvantula. — Volty, use a teia casulo.

A aranha elétrica criou um tipo de casulo ao redor deles. As balas eram paradas com as camadas de teias produzidas.

O coronel atirou tanto que a munição acabou. Deu tempo suficiente para Sylveon atacar com as suas fitas e apertar o homem até fazê-lo desmaiar.

Por fim, Jason viu as bananas de dinamites espalhadas por vários pontos do vilarejo.

...

Cidade de Sahaarian

O General Heart era um excêntrico homem que gostava muito de utilizar as suas supostas habilidades nas cartas para prever o futuro das coisas. Apesar de ser um militar de alta patente, gostava de maquiar o rosto de branco e desenhar símbolos do baralho (copa, espada, pau e ouro) abaixo dos olhos. Autodenominava-se como um Pierrot. Possuía um cabelo verde e batom vermelho na boca.

— O que é isso, soldado?♤

— O seu convite para o aniversário do príncipe, senhor.

— Eu tenho zero interesse em ir.♧

— Ou seja, preguiça.

— Bingo kukuku.♡

— Mas essa foi uma ordem expressa do marechal. Ele quer que todos os militares das altas patentes apareçam. Parece que o príncipe convenceu o Rei Nilo a abdicar o trono para ele.

— Eu sabia. O jovem príncipe é tão bruto. Até com os pais.♧

Heart pegou um outro baralho e espalhou as cartas na sua mesa. Pediu para o seu soldado pegar duas cartas. O homem tirou um ceifador e um castelo.

— O que isso quer dizer?

— Quer dizer que mudei de opinião. Talvez essa cerimônia seja interessante.♡

Quando o soldado saiu, Heart puxou mais uma carta. Era o dragão de fogo sobre as nuvens negras.

— O que isso quer dizer?♤

...

Smoker colocou um pokémon chamado Onix para fora. Era grande o suficiente para esticar e alcançar um Flygon em pleno voo. Também era resistente. A pele era feita de camadas de pedra biológica. Uma criatura do tipo pedra e terra.

Lucario tentou acertar um golpe, mas Onix mergulhou no chão, causando um terremoto.

— Aonde ele foi? — indagou Guedara ainda sobre Flygon.

De repente, a cobra de pedra pôs a crista para fora, imitando uma barbatana de tubarão fora da água. Acertou Lucario em cheio.

Smoker aproveitou para subir até a antena a fim de conectar o seu rádio nela. Uma pedra atingiu a antena, destruindo-a por completa.

— Droga!! Esse pokémon estúpido — Smoker se referiu a Onix depois que ele acidentalmente jogou a pedra na antena.

Flygon levantou uma tempestade de areia que acabou de destruir o que restava da torre. Smoker deu um pulo no chão.

— Acabou, general Smoker — falou Guedara ao lado dele.

— Ainda não. Onix estúpido, vá e destrua o vilarejo.

O Onix obedeceu a ordem do seu treinador e entrou no chão.

— O que pretende fazer?

— Não é tão inteligente assim, Guedara Ramsés. Tente adivinhar.

— Você fez o seu pokémon sacrificar-se. Ele vai entrar em contato com as bombas e explodir junto com o vilarejo!

— É inteligente.

— Você é um ser abjeto. Vai matar o seu próprio pokémon para cumprir uma ordem. Flygon! Vamos.

Lucario preferiu correr pelo terreno, atrás do rastro que Onix fazia. Já Guedara e Flygon foram voando.

— Merda. Tudo tá saindo errado — retirou um charuto do bolso. — Mas ele não tem como impedir o Onix.

O general entrou no jipe e dirigiu de volta ao vilarejo. Crente que conseguiria explodir Crystal Gelo. Mas o que Smoker não sabia era que Jason e Charizard estavam lá.