Pokémon Pyro Max escrita por Sensei Oji Mestre Nyah Fanfic


Capítulo 192
PPMAX-192: General Smoker, o carrasco do norte




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Excadrill era eficaz para cortar vinhas e árvores que ficavam no caminho. A busca pelos membros da gangue dos Escorpiões começou já de maneira adversa, pois o sol começava a se por.

— Sarah, fique perto.

— Sim, papai.

Mama Silverster caminhava naturalmente pelo solo úmido. Viu os dois homens irem na frente, cortando caminho. A mulher parou e disse que sentia um cheiro numa direção contrária.

— É cheiro de peixe. Provavelmente comeram recentemente.

— Não sinto nada — falou Sarah.

— Minha queridinha, quando o assunto é peixe, meu nariz vira um radar. Estão naquela direção.

Eles caminharam por algum tempo até chegarem numa ravina grande. Entraram e se depararam com uma parede transparente. Um dos gangueiros usava um Mr. Mime para fazer o muro invisível. Acharam o acampamento dos sobreviventes ao ataque.

— Galera, é o chefe! Ele veio.

Todos comemoraram a chegada de Pell Scorpion. Havia um Numel com eles (que era o Pipito), além do próprio Mr. Mime.

...

Na periferia da Cidade de Sahaarian, o grupo de Jade ia para uma localidade esquecida pelo governo. Havia uma estrada feita de terra e até o chão era areia pura.

— Tomara que ela esteja. É a nossa única chance — falou a mulher com no volante.

O veículo entrou num tipo de ruína de uma cidadela antiga. Passou ao lado de uma estátua de um deus da sociedade antiga — um homem com cabeça de pássaro (talvez um Pidgeot?). Jade parou o carro.

— Chegamos. Quero que conheçam a pessoa que vai nos ajudar a entrar no QG do exército. Zara Késh, uma amiga de infância minha.

A casa era toda feita de argila vermelha com detalhes entalhados nas paredes; eram desenhos. Havia um toldo na frente da residência. Uma moto era visível ao lado. De repente, saiu uma mulher de cabelo roxo em formato de Lua Crescente. Ela abraçou Jade.

— Por favor, entrem.

Zara ofereceu chá aos convidados. Explicou que trabalhava no palácio principal da cidade — o QG do Marechal Rosé.

— Sinto muito pelo que aconteceu com Safira. Tentei ser pragmática no meu envolvimento com o governo, mas isso já é demais. Não posso mais ser leniente com Rosé enquanto a minha amiga sofre.

— Obrigada, Zara. A sua ajuda vale muito.

Simon perguntou o que Zarah fazia no palácio. A resposta: trabalhava no departamento de tecnologia da informação.

Com a ajuda de Zara, os aliados conseguiriam entrar no sistema do palácio sem chamar atenção de outros técnicos.

...

Os trabalhadores foram dispensados pelos guardas. Colocaram todos eles em uma van de volta ao vilarejo. Não era comum que tanta gente trabalhasse à noite.

— O general vai já chegar. Melhor estarmos preparados para quando ele vier — avisou o supervisor ou guarda-chefe daquela gruta.

Guedara caminhou juntamente com os demais guardas e parou na frente do portão da cerca que cercava a mina. Os dez homens ficaram um ao lado do outro, em ordem, quando a picape militar chegou.

O General Smoker saiu do carro e caminhou por alguns metros até ficar perto dos guardas. Ele era bem alto — talvez uns 2 metros de altura. Retirou dois charutos do bolso do casaco felpudo branco, acendeu e fumou. Logo a fumaça da nicotina envolveu o homem como uma espiral.

— Homens, tenho uma notícia inusitada para dar.

 

Jason e Pyro aguardaram do outro lado da gruta. Fizeram uma pequena fogueira com gravetos. Viram algo se mexer atrás de um arbusto. Era uma criança, uma menininha.

— Olá? — Jason acenou.

A menina era como uma bonequinha de porcelana, tão branquinha e loira. Como um anjinho daquele foi parar na cruel realidade daquela mina?

— Alma! — Uma mulher chamou. Era a mãe dela. Uma senhora de uns trinta e poucos anos e vestida tal como os moradores de Crystal Gelo.

Jason pediu que ela esperasse. Não era do exército do general. Avisou que estava lá para derrubar Smoker e salvar os moradores.

— Posso confiar em ti?

— Pode sim. Meu Charmander adora crianças.

A mulher explicou que era esposa de um trabalhador braçal. Havia aparecido com a filha para ajudá-lo a escapar, mas que os trabalhadores foram levados de volta ao vilarejo.

— Você quem é?

— Eu me chamo Jason Krueger. Vim com o senhor Guedara a fim de livrá-los do Smoker.

— O quê? O príncipe Ernest está aqui? Nunca mais apareceu desde que assumiu a guerrilha no sul. Espera... Derrubar o general? Tá louco? Ele é muito forte e há muitos guardas por aqui.

— Isso não me impede de ajudar o vilarejo. Também faço isso por Luiza.

— Oh! — A mulher ficou surpresa — A princesa Ramsés tá contigo? Ela é muito conhecida aqui.

— Infelizmente não. Sirajudin Sandstone a levou prisioneira, e a gente teve que fugir.

A mulher agradeceu a Jason por acolhê-las na fogueira. Fazia muito frio. Disse que o seu nome era Alba, a filha era a Alma.

— Ela tem quantos anos?

— Três — Alba segurava a filha no braço. — Isso não é vida para uma criança. De norte a sul de Sahaarian, crianças estão sofrendo. Uma geração perdida. Dez anos!

Jason se levantou e afirmou com todas as letras que derrotaria o governo atual e devolveria a esperança a todas as crianças de Sahaarian.

 

Smoker soprou a fumaça ao alto, formando um desenho de uma caveira.

— Vamos nos preparar para um novo capítulo em Crystal Gelo. Pelo que eu soube, o príncipe herdeiro vai subir ao trono no dia do seu aniversario, ou seja, amanhã. Um dos primeiros decretos reais é a completa eliminação das minas de diamantes frios. Inevitavelmente, a completa destruição do vilarejo Crystal Gelo e todos os seus habitantes.

Guedara quase pôs o coração pela boca. O rumor de genocídio era real. O governo eliminará o último resquício do clã Ramsés.

— Sabem de uma coisa? Sinto porra nenhuma ahuahauahau. Fico mal pois sairemos dessas terras frias para as quentes do sul. Mas 10 anos de trabalho valeram à pena. Azar desse povo mequetrefe que pagará o pato.

A notícia era a pior possível. E incrivelmente a intuição de Jason era a certa. Precisavam salvar Crystal Gelo e todos os seus moradores urgentemente!


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