Pokémon Pyro Max escrita por Sensei Oji Mestre Nyah Fanfic


Capítulo 160
PPMAX-160: Ramsés


Notas iniciais do capítulo

Um capítulo inteiro de flashback do passado da família de Luiza.



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Cidade de Sahaarian, Sahaarian

10 anos atrás

O palácio real era abundante em plantas e flores. Havia um belo jardim e árvores frutíferas na sua parte externa ainda dentro dos muros.

A capital era viva e cheia de pessoas indo trabalhar, estudar e se divertir. Os habitantes passeavam com os pokémons de estimação e até havia concursos de vários tipos.

Sahaarian era un distrito próspero e rico, apesar de ser afligido pelo deserto. Um tratado de paz com White City (capital de Hokkaishin) nasceu depois de décadas de disputas, e assim o distrito se tornou uma região autônoma não independente.

 

Palácio Real

A pequena princesa Luiza Ramsés III brincava com uma bola de vôlei com o seu pokémon chamado Riolu — um pequeno canino bípede azul com uma pelagem preta que parecia uma máscara nos olhos, orelhas pretas e olhos grandes vermelhos.

A babá de Luiza era uma jovem trajada com véu árabe. Estava sentada num banco de pedra do jardim.

— Cuidado, Luiza — falou uma senhora de 30 e poucos anos, com olhos castanhos profundamente maquiados, vestida num vestido de seda rosa e véu islâmico. Era a rainha Rashida Ramsés.

— Cadê o papa? — perguntou Luiza de 4 anos.

Rashida segurou a filha no braço e explicou que o rei estava numa reunião muito importante.

— Ernest?

— Ele está treinando. Você pode ir com a babá vê-lo.

— Eba!

A rainha pediu para a babá levar Luiza para ver o irmão.

Naquele mesmo dia, os ministros do governo se reuniram no palácio a fim de participarem de uma reunião política para debaterem sobre a reforma econômica para o distrito. Havia 2 anos que Sahaarian passava por uma onda de seca. White City não havia ajudado o governo a superá-la.

Além dos ministros, membros principais das outras famílias nobres também participariam. Eram cinco casas nobres: os Ramsés, os Sandstones, os Nefertaris, os Medjais e os Majis. Cada família tinha influência na política, apesar da Casa Ramsés deter o poder executivo.

Os portões do palácio abriram e os veículos entraram. Alguns membros nobres preferiam a velha e boa carruagem com Rapidashes puxando.

— Há quanto tempo não vínhamos aqui? Acho que eu era criança ainda — disse um Sirajudin Sandstone ainda por volta dos seus 20 anos e com cabelo curto.

O pai de Sirajudin era um homem com o rosto meio quadrado e com bigode loiro. Usava um uniforme militar com várias insígnias no peito. Seria alguém amedrontador se não fosse pelo fato de medir apenas 1 metro e 40 centímetros.

— Eu tenho planos para o futuro. A reunião será deveras frutífera — disse o patriarca dos Sandstones.

A mãe de Sirajudin era o contraste do pai. Uma mulher obesa, que media 1,90. Usava um vestido preto que mais parecia uma cortina e um véu na cabeça. Sobre a cabeça uma pequena coroa em formato de bolo. No rosto um batom vermelho chamativo.

— Oh! Será que estou bonita?

— Claro que está, meu docinho — disse o patriarca.

Sirajudin revirou os olhos e pediu que os dois parassem de fazer cena ridícula no meio dos outros convidados.

Enquanto os figurões da nobreza se reuniam, Ernest Guedara Ramsés III treinava os seus golpes de cimitarra com o seu cavaleiro real chamado Repell Sunak (atual Pell Scorpion). Ambos eram ótimos amigos, apesar da diferença social. Mas Guedara não se importava com isso.

O brandir das espadas parou quando a pequena Luiza apareceu nos braços da babá. O adolescente segurou a irmã.

— Você tem que manter a forma para assim se tornar um rei mais forte do que o seu pai — disse Sunak para Guedara, pois este era o príncipe herdeiro.

— Há coisas que tenho em mente para melhorar a vida do povo de Sahaarian. Infelizmente o papai não resolveu o problema da fome, e isso me incomoda muito.

Pell afirmou que conhecia um velho que sempre dava conselhos de como priorizar os mais pobres. Guedara ficou curioso.

...

O Salão dos Patrícios era grande o suficiente para caber uma mesa oval com dezenas de lugares. Cada nobre sentou do lado direito da cadeira do rei, enquanto os ministros governamentais sentaram à esquerda. A rainha foi a primeira a sentar na cadeira à direita ao lado da do rei.

— Oh Rashida, meu amor. Cê tá espetacular! — bajulou a senhora Sandstone.

— Obrigada.

Os convidados se levantaram quando anunciaram a entrada do rei ao recinto.

O rei Omar era jovem em relação aos seus 40 e poucos anos. Usava um turbante preto com uma estrela dourada no meio, barba aparada, olhos cor de mel, corpo forte sob o uniforme branco cheio de insígnias no peito esquerdo.

— Podem sentar-se, senhoras e senhores.

— Querido, bom te ver animado hoje.

— Obrigado, querida.

O ministro do tesouro se levantou e mostrou dados desfavoráveis para todos. A seca na região oeste e sul afligia milhares de pessoas. Alexandria não dava conta do recado. O número de pessoas com fome aumentava.

— O que podemos fazer para melhorar essa situação? — perguntou um homem nobre Nefertari (ele parecia um saudita).

— Aí é que está. Precisamos adotar uma nova forma de economia. O feudo já é uma ideia economicamente ultrapassada.

— Do que você está falando, Ramsés? — indagou um nobre da casa Medjai (que tinha tatuagens abaixo dos olhos).

Omar revelou que o estado de Sahaarian ficaria com 100% dos feudos. Mas os nobres se levantaram e discutiram a situação, haja vista cerca de 70% dos feudos eram propriedades privadas das famílias.

— Sabe que temos uma carta da lei. E só pode fazer isso se mudar uma das leis. E para isso, terá que ter 3/4 dos votos dos nobres — falou o senhor Sandstone.

— Eu sei disso.

...

Repell e Ernest continuaram o treino das espadas. Luiza e a babá assistiam.

— Posso participar também? — indagou Sirajudin.

— Creio que não há espaço para mais um nesse treino — respondeu o cavaleiro Pell.

Luiza correu e se aproximou de Sirajudin. Pediu para o rapaz sair dali.

— E quem é esse pedaço de gente? Você devia segurar essa criança — falou para a babá.

Luiza não gostou de Sirajudin e mordeu a mão dele.


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