Pokémon Pyro Max escrita por Sensei Oji Mestre Nyah Fanfic


Capítulo 161
PPMAX-161: Golpe no coração do deserto




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Após ser mordido por Luiza, Sirajudin empurrou a menina e exigiu para que a babá fosse responsabilizada por não segurá-la. Mas Ernest desembainhou a espada e apontou para o pescoço do vilão, que caiu, tropeçando em Riolu.

— Isso não se faz! Vocês não passam de crianças que adoram pregar peças — ralhou Sirajudin.

O adolescente de 16 anos nem prestou atenção no homem caído e foi ver o estado da sua irmã mais nova.

— Se quer respeito, dê o respeito. Você empurrou uma criança de 4 anos e ainda ameaçou uma empregada da família — respondeu Sunak.

— Eu não sabia que um reles serviçal respondia pelos patrões — Sirajudin se levantou e passou a mão nas roupas. — Só queria testemunhar como eram os filhos do rei. E com essa marca de mordida em minha mão, concluí algo muito interessante. Até uma outra vez.

O loiro saiu com as mãos no bolso da calça e assobiando.

— Deixa de chorar. Ele já foi embora. Vai ficar tudo bem — falou Ernest para Luiza. Ambos se abraçaram.

...

O rei bateu com as mãos sobre a mesa e pediu os votos necessários dos nobres para mudar uma parte da constituição do distrito. No entanto, a maioria não estava disposta. Os Sandstones encabeçaram uma oposição total; os Majis, que costumavam se manter neutros, ficaram do lado dos Sandstones; os Medjais preferiram se abster; e os Nefertaris votaram meio a meio.

— Não há como mudar nada sem a aprovação dos nobres na Alta Assembleia. Todos os que estão nesse salão são os cabeças dos clãs. Portanto, a votação daqui vai refletir lá — falou o patriarca Sandstone.

Omar pediu que reconsiderassem. Foram 3 votos contra 5 a favor da oposição. Era uma votação simbólica, mas que refletia o ponto de vista dos clãs (quem votaram foram o marido e mulher de cada clã).

— Essa reunião está terminada, Ramsés. Prefiro ir embora — falou o patriarca do clã Maji.

Rashida viu o seu esposo tenso e segurou a sua mão sobre a mesa. Ambos viram todos os membros dos outros clãs saírem do salão.

— Vai dar tudo certo, querido.

— Se eles pensam que vou desistir, estão enganados. Preciso dessa emenda constitucional o mais rápido possível.

...

Alguns dias se passaram. O rei convocou uma Alta Assembleia no Templo dos Nobres.

O Templo dos Nobres servia como um congresso onde cerca de centenas de membros dos cinco clãs participavam como deputados vitalícios. Mesmo não tendo o poder de impedirem ações do governo, mantinham um poder de veto contra qualquer mudança constitucional.

Fisicamente, o templo era um palácio feito de mármore de cor bege com muitas imagens e hieróglifos nas paredes. Havia até um jardim suspenso nas muralhas mais externas. Ficava à margem do Rio Cairo.

Omar Ramsés e Rashida saíram da limusine e foram para a Ágora Vermelha. Era um salão de mármore escarlate onde os membros sentavam numa arquibancada circular (tal como um estádio) e ouviam o rei em pé no centro.

Por quase duas horas, Omar explicou as suas politicas para acabar com os feudos e abrir a economia. Mas a votação foi ainda pior do que quando ocorreu no palácio, pois os Medjais ficaram do lado dos Sandstones e metade dos Nefertaris favoreceram a oposição.

— Acabou, Omar. Não há motivo para você tirar as nossas terras — falou o patriarca Sandstone com um sorriso de satisfação.

...

Algumas semanas se passaram, a fome aumentava no país e o risco do rei renunciar era grande. Mas a sua última cartada havia sido dar um autogolpe e rasgar a constituição.

Soldados e pokémons de guarda (Machokes) invadiram as casas dos nobres e prenderam os seus patriarcas. Só seriam soltos se as famílias permitissem que Sahaarian ficasse com a propriedade de todos os feudos para a fabricação de fazendas públicas de alimento. Seria uma medida extrema para suavizar a crise de fome.

Omar foi duramente criticado por setores civis que eram subservientes aos outros clãs. Aos poucos, o governo conseguia espaço para revolucionar a economia do distrito.

...

White City

O governador-geral se reuniu com dissidentes do governo de Sahaarian e propôs uma paz multilateral, mas o patriarca dos Sandstones não gostou.

Nesse período, conheceu o homem mais rico de Hokkaishin e empresário consagrado. Era o já famoso Anthony Yamashida.

— Esse governador é demasiado leniente. Acha que as coisas vão se resolver com flores. Sente-se. E pensar que um nobre do deserto quer a minha ajuda.

O patriarca Sandstone pediu ajuda para Yamashida. Mas Anthony não soube dar uma resposta satisfatória.

— Pensei que você seria a minha última opção. Seria completamente recompensado...

— Acalme-se, senhor Sandstone. As coisas não funcionam num estalar de dedos. Eu não neguei ajuda, apenas quis saber até que ponto você está disposto a conseguir o que quer.

Sandstone se inclinou na mesa do empresário e falou que estava disposto a tudo.

— Pois é um caminho sem volta. Farei de você um pária, mas um pária com poderes. Aguarde o meu contato.

Pouco tempo depois, o governador, pressionado por Yamashida, ajudou o golpe contra o governo de Omar. Cerca de cinco mil soldados, paramilitares e policiais invadiram a Cidade de Sahaarian e destituíram o rei Omar do governo e prenderam toda a sua família no palácio.

Os nobres da Assembleia entronizaram o patriarca Sandstone como o novo rei, o Rei Nilo Sandstone V.

Omar e Rashida foram condenados à forca, apesar dos protestos nas cidades (que foram suprimidos com extrema truculência).

Nesse ínterim, Ernest e Pell conseguiram fugir, mas não puderam levar Luiza junto, apesar dos apelos de Ernest. Riolu havia sumido e Luiza ficou presa num quarto do palácio em frente ao jardim onde ocorreria a execução.

— Quais são as últimas palavras? — indagou Nilo em frente ao ex-rei.

— Tudo o que eu fiz foi para ajudar os mais pobres e a desenvolver Sahaarian. Tenho pena dos outros nobres que se deixaram levar pelas palavras vazias de Nilo. Não me arrependo nem um pouco.

O carrasco puxou a alavanca e matou ambos.

Luiza viu pela janela os seus pais serem executados na frente das outras pessoas.


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