No porto de Alexandria...

As fotos de Jason e Pell foram expostas no canal de televisão mais assistido de Sahaarian. Era um canal pró-governo e de um grupo particular de empresários.

Yousseff viu a foto de Jason na TV do porto antes de entrar no navio para passageiros.

— Vovô! Vovó, olha lá!

Mahmoud e Dalilah viram a notícia sobre os fugitivos. Também disseram que Jason havia espancado o filho do prefeito.

— Ele devia se despedir da gente, não é, Poochye? — falou Yousseff abraçado a seu Poochyena.

— Tenho certeza de que chegará o momento em que vamos reencontrar-nos com ele. Mas meu neto, hoje não vai dar. Infelizmente a prefeitura fechou a loja definitivamente. Só o que nos resta é sair daqui — Mahmoud abraçou Yousseff.

O menino fez um pedido para Jason acabar com todos os homens maus que levaram a loja da sua família.

A família Saiid entrou no navio e partiu para fora do distrito.

Em algum lugar de Alexandria...

— Aqui, tome. Não é isso o que você mais quer? — Shingo deu a pedra-chave na mão de Jason.

A Pedra-chave era do tamanho de uma bola de gude mediana, com a coloração típica das cores do arco-íris e uma imagem de algo que lembrava uma folha com três traços no meio.

— Olha só, Pyro. Agora você vai mega-evoluir — disse Jason para Charmander. O pokémon viu a pedra-chave e sorriu.

Por fim, Pell Scorpion agradeceu a ajuda de Shingo. Todos se despediram. Pell, Jason e Pyro entraram numa van de um conhecido de Shingo e partiram para fora da cidade; Shingo decidiu ficar mais um pouco.

— Ele vai ficar? — indagou Jason.

— Ele tem os seus motivos. O espertalhão ainda saiu ganhando com aquela bolada toda e o carro 0 quilômetros. Mas agora precisamos ficar concentrados em uma coisa: o nosso contra-ataque.

— O meu próximo passo é salvar a Luiza. Tá na hora de parar de se esconder. E agora com a mega-evolução à vista, Pyro será invencível.

E a van prosseguiu por uma estrada de terra no meio do deserto.

Prefeitura de Alexandria

Horas depois de sair do hospital, Osiris voltou para a sede do governo da cidade e descobriu o inimaginável.

— Papai! Por que aquele caminhão de mudança está levando as minhas coisas? — questionou ao abrir a porta do gabinete.

O prefeito avisou que estava renunciando a pedido da família Sandstone. Aquilo deixou Osiris devastado.

...

1 dia depois...

A van parou perto de uma pequena cidade no deserto. Não era mapeada por conta do tamanho e da localização. Cerca de 50 pessoas moravam nela.

— Esse lugar me lembra os filmes de faroeste. Tem certeza de que esse é o lugar certo?

— Mas é claro. Eles vão chegar em vinte minutos — respondeu Pell.

A van se foi e ficaram apenas os três aguardando o veículo dos Escorpiões.

A picape modificada com rodas gigantes surgiu e impressionou alguns moradores. Jason e Pyro ficaram impressionados com o tamanho do veículo.

— Papai! — Sarah pulou da carroceria e abraçou Scorpion.

Simon também saiu da carroceria e perguntou como fora o torneio.

— Eu posso te explicar no caminho. Mas olha só o que tenho aqui.

— Uau! Essa pedra-chave que você tanto queria? Aposto que dá para derrotar qualquer um da Equipe Black — disse Simon.

— Ainda não testamos. Pyro está ansioso. E realmente pretendo usar a pedra numa ocasional luta durante o salvamento da Luiza.

— Pretende salvá-la já?

— Claro que sim, Simon! Não há nada no mundo que eu queira mais do que salvar a Luiza das garras desse povo. Tá na hora de ir até a tal Alameda dos Oásis.

E todos entraram na picape e saíram da cidadezinha.

Alameda dos Oásis, Torre Cativeiro

O guarda colocou o prato com o almoço por uma abertura na porta e deu para Luiza.

— Tá faltando o purê.

— Dane-se. Quando o chefe Candy voltar, fale para ele.

A menina ficou entediada de ficar dias trancada naquele recinto. Apesar de ser um ambiente amplo e até mesmo aconchegante, era dureza o tempo de prisão permanente.

Desde que se entendia por gente, Luiza sempre esteve sob a sombra de Henry Candy e Sirajudin Sandstone. Quando era criança, fora criada por Candy e até desfrutou de coisas que achava serem certas. Mas Guedara Ramsés conseguiu levá-la para longe do ambiente tóxico dos vilões e mostrar a realidade do povo de Sahaarian e de tudo o que fizeram com os seus pais. Anos depois, a garota voltou a morar com Candy, porém como cativa, haja vista já não gostava do governo golpista e os seus asseclas. Mais alguns meses, a garota ficou trancada. Fugiu, retornando para o irmão, contudo Sirajudin impôs uma condição severa para ela: nunca se meter nos assuntos da guerrilha. Se ela desobedecesse, mataria toda a população do vilarejo que a cuidou na sua primeira fuga (quando ainda era pequena). Se ela não juntasse o valor de 10 milhões de pokédolares, o povo seria extinto. Ela saiu de Sahaarian e se aventurou por Hokkaishin como ladra para juntar todo o dinheiro. As últimas parcelas foram as que Candy havia roubado recentemente. Agora ela estava presa e sem a perspectiva de ajudar as pessoas. Nem mesmo os guerrilheiros ou seu irmão conseguiram resgatá-la.

— Estou sozinha. Meus pokémons — Outra preocupação sua era o paradeiro dos seus 3 pokémons.

Comeu o almoço e pôs o prato no chão próximo à porta. O guarda pegou o objeto.  Luiza foi até a janela. Olhou para a paisagem e percebeu só de olhar que passava do meio-dia. Desde que foi presa, contou os dias e teorizou as horas (ela não tinha relógio no quarto). Pensou no tempo que Candy voltaria para a Alameda dos Oásis. Deu sorte por Chatot não estar por perto.

Afastou o criado-mudo e revelou uma parte da parede com marcas de escavação. Pegou a faca descartável do almoço e começou a cavar. Debaixo da cama, estavam muitas outras facas já desgastadas. Não ficaria ali por muito tempo. Passar tempo com a guerrilha na infância rendeu frutos. Vai fugir tal como Frank Morris.