Santana P.O.V

Eu e as meninas trocamos nossos pijamas por jeans e camiseta, algo mais adequado para se ficar em público do que camisolas. Mas a calça da Kitty era tão agarrada que quase preferi que ela tivesse continuado de camisola.

_ Muito bem, está oficialmente aberta nossa festa. – gritou Puck, abrindo a primeira garrafa de tequila – E o primeiro shot tem que ser especial.

Ele então encheu um copinho e deu na mão de Quinn, que lhe olhou com a sobrancelha arqueada.

_ Qual é Fabray, vai dizer que nunca bebeu? – perguntei e ela deu de ombros – Pelo amor de Deus, lambe o sal, vira o shot e chupa o limão. Simples assim.

_ Está bem... Cadê o sal? – perguntou ela e Puck sorriu travesso, deitando e tirando a camisa, esparramando o conteúdo do saleiro ali – Você TEM que estar brincando.

_ Se você não vai, eu vou. – ofereceu Kitty e Quinn lhe deu um olhar torto.

_ Precisa não flor, a Quinn dá conta. – garanti, empurrando a loira e lhe entregando o limão. Ela suspirou e contou três antes de se ajoelhar e lamber o sal daquele maaaravilhoso peitoral, virar a tequila e chupar o limão, fazendo careta.

_ E ai? – perguntou Puck sorrindo de canto.

_ Como eu passei tanto tempo longe disso? – maravilhou-se ela, começando a bater palminhas.

_ EU SOU A PRÓXIMA! – gritamos eu e Brittany ao mesmo tempo, antes de cairmos na risada.

Cerca de duas horas depois, todos já estávamos consideravelmente embriagados e os meninos tocavam várias músicas, até que uma me chamou a atenção e Puck percebeu.

_ Morena gostosa. – gritou ele e eu me virei – Venha cá e mostre-nos do que você é capaz.

O oriental, acho que Mike, veio até mim e me estendeu a mão, que eu aceitei rindo. Ele me acompanhou até o palco improvisado, antes de me erguer pela cintura e colocar de pé ao lado de Puck.

_ Pode ser Beautiful Dangerous? – perguntou e eu concordei. 

Cantei e dancei sensualmente enquanto ele tocava a guitarra e Finn a bateria. O quatro-olhos estava tocando baixo e tinha que reconhecer que ele tocava bem. Em determinado ponto da música, eu sai do palco, me aproximando do sofá, onde Seb estava sentado ao lado de Marley, que saiu dali rapidinho.

Cantei, fazendo minha melhor dança de stripper enquanto meu namorado me olhava com desejo. Eu podia ouvir as outras meninas fazendo coro e pelo canto do olho, vi Quinn e Sam se atracando encostados a parede.

Todo mundo continuava a encher a cara, cada vez mais loucos, cada vez mais desvirtuados. Eu via Kitty sentada com um copo em sua mão, observando a mim e a Sebastian e fiz questão de aumentar meu rebolado para que ela visse que ali não tinha nada para ela.

Foi quando me dei conta de que Brittany não estava mais no meu campo de visão e comecei a me preocupar, já pensando em parar de cantar. Mas fizeram isso por mim.

Finn P.O.V

_ Boa noite companheiros de casa. – ouvimos quando as luzes se acenderam e do nada o som dos instrumentos caiu. Olhamos para a escada e a baixinha de Nova York, Rachel, vinha descendo como se desfilasse, seguida pelos dois gays, Mercedes e a oriental.

_ Quem acendeu a luz? – perguntou Sam com a voz mole e eu o vi no canto da sala, largado em um pufe com a Fabray no colo.

_ Eu, é claro. – espantou-se Rachel, enquanto os amigos desciam a escada de cabeça baixa – Como vocês poderiam ver minha incrível entrada com as luzes apagadas e essa música horrível? Sem querer ofender a vocalista.

Olhei Santana no colo do namorado e os dois olhavam a menina na escada, tão embasbacados quanto eu. Ela tinha problemas mentais ou o que?

_ Entrada triunfal? – perguntei e ela sorriu.

_ Sim. Como podem ver, estou trajando um figurino semelhante a Barbra em Funny Girl e pensei em fazer minha abertura no show da casa com “Don’t Rain on My Parade”. – explicou ela, continuando a descer teatralmente a escada – Mas preciso de algo para a garganta. O que estão bebendo?

_ Tequila. – disse simplesmente Marley e a baixinha arregalou os olhos.

_ Mas somos menores de idade. – exclamou ela, indignada.

_ Se alguém enfiar uma bala na cabeça dela, dou três milhões de dólares. – ofereceu Kurt, após virar um copo.

_ Pra recebermos a herança ela tem que continuar viva. – lembrou a asiática sentada ao lado de Mike.

_ Então isso não é um show? – perguntou Rachel e todos soltaram um ‘dããããã’ – Nesse caso, acho que deveríamos fazer uma reunião e propor regras para a casa, pois não pudemos terminar nosso filme graças ao barulho que vocês faziam e...

_ Não podemos mesmo atirar nela? – ouvi Puck grunhir do palco e não pude evitar rir.

Tina P.O.V

_ Você curte tequila? – perguntou Mike, me entregando um copinho e segurando outro.

_ Nunca tomei. – respondi e ele riu.

_ Quinn também não... E olha o estado dela. – apontou ele e eu ri, vendo ela atracada com Sam de uma maneira bem tensa.

_ Então já temos casaisinhos? – perguntei e ele deu de ombros.

_ Eu vi Brittany e Artie sumirem. – contou ele – Eles entraram no elevadorzinho do Artie e acho que se formos perto do quarto deles, vamos ouvir mais do que queremos.

_ Ainda bem que eles dividem o quarto. – respondi e nós dois demos risada – Bom, acho que vou tentar a tequila.

Ele me explicou como se bebia e nós dois viramos juntos, antes de eu começar a rir.

_ Que foi? – perguntou ele.

_ Nada. – respondi – É gostoso.

_ Amigos, gostaria de convidá-los a retornar a nossa festa do pijama, para que possamos terminar nossa incrível sequencia de musicais e... – começou Rachel e logo Mercedes estava de pé em frente a ela, as duas discutindo.

_ Quer ir para um lugar mais calmo? – ofereceu Mike e eu sorri de canto.

_ Até o inferno tá mais calmo que aqui. – brinquei e ele riu, enquanto me puxava pela mão.

Kurt P.O.V

Santana e Sebastian já haviam sumido. Artie e Brittany também. Tina havia dado aquela fugidinha com Mike. E Rachel havia subido dormir, após ouvir um monte de Mercedes.

_ Ai que menina chata. – reclamou Blaine após um tempo e eu ri.

_ Ela só é diferente. – respondi – Ela quer se impor na casa, assim como todos. Logo acostumamos... Espero.

Ele riu e observou o palco, que até aquele momento estava vazio, mas onde agora Puck puxava Quinn, que era erguida por Sam.

_ VAMOS A UMA ÚLTIMA MÚSICA! – gritou o loiro, apanhando um microfone. Eles ligaram o aparelho de som, começando a dançar ali em cima mesmo, e logo Finn estava ali com eles.

Eu, Blaine, Mercedes e a londrina, Kitty, ficamos sentados, cantando e gritando junto, enquanto Quinn rebolava entre os três. Ai flor, amanhã você vai estar com aquela ressaca e aquele remorso.

_ Posso filmar? – pedi a Blaine, que caiu na risada e negou.

_ Certas coisas, nem os outros devem se lembrar. – aconselhou ele e ficamos ali, bebendo mais um pouco. A ultima coisa que me lembro foi dos quatro no palco desmaiarem por ali mesmo e eu sentir muita preguiça de ir para o meu quarto, então resolver acompanhá-los na sala.