Como Irritar Um Capitão Pirata escrita por Mrs Jones


Capítulo 27
Capítulo 23 - As Ilhas Maravilha


Notas iniciais do capítulo

Oi meninas. Já vou desejar um Feliz Ano Novo a vocês, pois não sei quando vou postar o próximo capítulo.
Vou ser sincera com vocês, eu odiei esse capítulo kkkkk Não ficou do jeito que eu queria, mas como eu não queria demorar muito a postar, acabei deixando assim. Na verdade esse capítulo não ia acabar onde acabou porque na sequência ia vir o aniversário da Ruby, mas como não ia ter tempo de terminar hoje, resolvi parar áí mesmo. Espero que o próximo fique melhor.
E confesso que fiquei um pouco decepcionada quando vi que só tinha três comentários no capítulo anterior sendo que ele teve 57 acessos. Sei que não dá pra ficar comentando sempre, mas pelo menos digam se ficou bom ou não, o que melhorar. Mas também deve ser porque estão todas viajando né? Só eu mesmo que fico em casa escrevendo kkkk O próximo deve ser postado essa semana ainda, não prometo nada, mas creio que até quarta ou quinta eu devo postar.E desculpem ter demorado a postar esse, eu estava com bloqueio criativo. Até o próximo e beijos :)



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Capítulo 23 – As Ilhas Maravilha

Ao desembarcar na praia, os marujos foram logo se livrando das botas de couro e das camisas de algodão, enquanto que as moças levantavam seus vestidos e molhavam os pés na água. Ariel e Mabel se livraram das pulseiras que usavam e se atiraram na água, exibindo suas caldas brilhantes.

– Uau! – fez Beto ao ver a calda púrpura de Mabel.

Eram duas ilhas compridas, uma ao lado da outra, separadas por um pequeno corredor de água. Era possível atravessar de uma para a outra nadando. Alguns marujos pularam na água, rindo e exibindo expressões de animação, e outros se deitaram sob a sombra dos enormes coqueiros, aproveitando para tirar um cochilo. Ruby avistou o Capitão, estava conversando com a bruxa e eles pareciam estar analisando o espaço para que pudessem montar as acomodações. Alguns minutos depois, Killian veio andando na direção dela, sem camisa e exibindo os músculos.

– Por que não está na água? – ele perguntou olhando a de cima a baixo e desaprovando o fato de ela ainda estar de vestido.

– Eu não tenho roupas de banho...

– Ora, você pode nadar nua – ele disse como se fosse a coisa mais natural do mundo e a princesa bateu nele – Ai! Estou só brincando. Vem, quero te mostrar uma coisa.

Como em todas as outras ilhas que ela já estivera, havia a praia e ao fundo uma floresta. Mas daquela vez era diferente, pois tudo ali era calmo e acolhedor. Killian entrou na floresta, guiando-a por um caminho repleto de flores e árvores: havia roseiras, margaridas, orquídeas, tulipas, girassóis, amores-perfeitos, violetas, cerejeiras, bromélias, ipês roxos e amarelos, dálias, copos de leite, dentes-de-leão, cravos, lírios... Parecia uma explosão de cores e aromas diferentes, como se a primavera tivesse acabado de passar por ali e aberto um caminho de encantos. Ruby olhava tudo maravilhada, enquanto o Capitão se divertia ao vê-la tão feliz. Borboletas de todas as cores voavam por entre as flores, pássaros cantavam e abelhas colhiam pólen. A princesa nunca vira nada tão bonito assim.

– Gostou? – Killian perguntou.

– Eu amei! – os olhos dela brilhavam.

– Eu sabia que ia gostar – ele sorriu e então apanhou um lírio vermelho e o colocou nos cabelos da moça – Mas isto aqui é só o começo.

Eles caminharam de mãos dadas, passavam agora por um caminho de cerejeiras brancas e rosas e Ruby pensou que se um dia se casasse, queria que a cerimônia acontecesse num jardim repleto de flores como aquele. Ela ouviu som de água vindo de longe e imaginou que devia ser uma cascata. Alguma coisa passou veloz por eles e a princesa logo descobriu um ninho de beija-flor ali perto. Logo não havia só beija-flores, mas também andorinhas, canários, gralhas, piscos, tordos, rolinhas, rouxinóis, papagaios, periquitos, narcejas...

– É tudo tão lindo...

Uma brisa passou por ali arrepiando seus cabelos e balançando as árvores e flores. Eles viraram para a direita e agora haviam adentrado num caminho repleto de árvores frutíferas. Tinker Bell ficaria muito animada se estivesse ali.

Quando Ruby pensou que não poderia se surpreender com mais nada, eles saíram numa clareira iluminada pelo sol. Havia uma pequena cabana ali e ela era toda construída em pedra com o telhado de madeira. Parecia-se muito com a pequena cabana em que sua avó morava. Havia um caminho de pedras que levava até a porta e ele era toda rodeado por flores, como as que Ruby havia visto antes. Ao fundo, enormes pinheiros se erguiam. Havia uma pequena cascata que desaguava num laguinho e patos nadavam ali.

– Quem mora aí? – ela perguntou ao Capitão, estranhando o fato de a cabana estar toda fechada e ninguém aparecer.

– Ninguém. Esta cabana esta aí para os casais apaixonados... – antes que ela pudesse perguntar o que o Capitão queria dizer, ele saiu andando pelo caminho de pedras em direção à cabana. Quando pararam na porta, Killian explicou: - A cabana nunca é a mesma para todas as pessoas, o lado de fora é sempre assim, mas o lado de dentro é feito justamente do jeito que a gente quer.

– Hum, então é mágica? Quer dizer que se eu desejar uma lareira e poltronas confortáveis...

– A cabana atende seu pedido. Eu gostaria muito de um barril de rum, uma cama confortável e espaçosa e umas roupas novas... – o Capitão girou a maçaneta e quando a porta se abriu, havia tudo o que eles pediram.

– Uau! Eu posso pedir mais coisas?

– Mas é claro. – ele fechou a porta novamente. E Killian e Ruby começaram a pensar em tudo o que queriam, mas não era possível ter num navio. Quando a porta se abriu de novo, Ruby quase desejou morar ali para sempre.

A cabana parecia muito maior por dentro. Havia uma sala com a lareira e as poltronas que ela pedira, além de um tapete felpudo, estantes lotadas de livros e uma mesa de jantar. O Capitão ficou feliz com seu barril de rum e com a refeição posta na mesa: costeletas de porco, manjar, ostras, vinho, pêssegos, compotas, pão fresco, queijo, ovos mexidos, pão-de-ló, leite, galinha assada, mel, maçãs, entre outras gostosuras.

Ruby olhou em volta até descobrir o cômodo ao lado. Era um quarto bem arrumado que continha uma cama confortável e espaçosa como o Capitão pedira, um armário de madeira decorado, janelas grandes como a de um castelo e cortinas vermelhas de cetim. Em parte, aquele quarto lembrava um pouco o quarto que Ruby tinha quando era uma princesa: havia uma penteadeira repleta de jóias, um enorme lustre e um espelho redondo com moldura de prata. Quando ela abriu o armário, encontrou roupas novas tanto para ela quanto para Killian.

– Bem do jeito que eu imaginei – Killian apareceu atrás dela e se atirou na cama – Sabe, agora que temos um quarto tão aconchegante, quem sabe não podemos passar nossa noite de amor...

Ruby atirou uma almofada nele.

– Nem pense nisso...

Ele riu e então ouviram alguma coisa chiando.

– Ah, deve ser na cozinha – o Capitão falou e voltou à sala. Havia uma pequena porta de madeira que Ruby não tinha reparado e ela dava na cozinha. A cozinha não era muito grande, havia apenas um fogão à lenha, espetos de tamanhos diferentes, caldeirões de ferro e uma mesa pequena. Uma chaleira chiava no fogão e o Capitão a tirou dali, servindo seu conteúdo em uma xícara de porcelana.

– O que é isso? – Ruby perguntou.

– Chá de camomila. – ele assoprou um pouco e então bebericou o chá – Hum, igualzinho ao que minha mãe fazia...

Nos fundos da cozinha havia uma porta. Ruby a abriu e acabou encontrando o banheiro. Também não era muito grande, havia apenas um penico de porcelana e uma enorme tina de madeira cheia até a borda, com pétalas de rosa espalhadas na água. Ruby olhou para Gancho esperando uma explicação e ele deu de ombros.

– Suponho que agora você não tem desculpa para não tomar um banho comigo, já que a banheira é grande o suficiente para nós dois. – Ele respondeu, inocentemente, enquanto bebericava o chá. Ela revirou os olhos.

– Você não tem jeito mesmo...

– Mas sabe, devíamos deixar isso para depois – ele colocou a xícara em cima da mesa e puxou Ruby pela mão – porque há algo que eu quero te mostrar.

– O que mais pode haver de tão interessante por aqui?

– Ah você ainda não viu nada.

Eles caminharam por um outro caminho meio estreito e cheio de curvas. Havia árvores e plantas dificultando a passagem, mas Ruby estava adorando tudo. Ela viu macaquinhos pulando de galho em galho, borboletas sobrevoando as flores, formigas construindo um formigueiro e pássaros construindo ninhos e alimentando os filhotes. Ouviu o canto da gralha, sentiu o perfume das violetas e admirou as cores de um tucano que passou por ali. Por fim, eles escutaram barulho de água. Era como uma cascata, só que o som era mais alto, como que vindo de um rio. Depois que eles viraram uma última curva, Ruby se deparou com uma belíssima cachoeira.

– Killian, é lindo! – ela exclamou maravilhada.

Era uma queda d’água de mais de 20 metros. A água era tão cristalina que era possível ver o fundo do lago que se formava da cachoeira, e do lago saía um pequeno riacho, que desaguava no mar. Havia flores à margem do lago e musgo que crescia pelas pedras ao redor. Havia libélulas e patos e cisnes e até flamingos! Ela parou boquiaberta e olhava para todos os lados querendo registrar tudo o que estava vendo.

– Vem, vamos dar um mergulho – o Capitão chamou. Ele tratou de ir descalçando as botas e pulou na água. Alguns patinhos se assustaram e nadaram para longe, mas os outros animais não se importaram muito.

– A água está muito fria? – Ruby também tirou as botas e colocou só a ponta do pé para testar a água.

– Ah não seja dramática – o Capitão riu e ao ver que Ruby só ia colocar os pés na água, tratou de carregá-la para dentro do lago.

– Não! – ela protestou – Está muito frio...

Mas logo ela se acostumou com a temperatura, embora tivesse se arrepiado toda no inicio. O som da cachoeira entrava em contraste com o canto dos pássaros e fazia uma bela harmonia com os outros elementos da paisagem. Havia ali sequóias e baobás tão altos que dava a impressão de que tocavam o céu. O chão era salpicado de folhas. De vez em quando viam um esquilo. Um guaxinim se aproveitou da distração dos dois e tentou roubar as botas do Capitão. Ruby riu até não poder mais e Killian correu atrás do bichinho, que sumiu de vista.

– Aqui é tudo tão maravilhoso – ela disse ao Capitão quando ele voltou à água – Foi o melhor presente que alguém poderia me dar.

O Capitão sorriu feliz por Ruby não ser como as outras mulheres. Quando ele lhe oferecera jóias, ela recusara. Mas agora agradecia por ele ter levado-a a um lugar tão belo quanto aquele.

– Você é realmente diferente das outras damas nobres que eu já vi por aí – ele comentou – Você se contenta com tão pouco...

– Bom, é que eu nunca fui feliz na minha vida de princesa. Sabe, uma hora você se cansa de tudo. Meu pai sempre foi ganancioso – ela se segurou para não chorar, era a primeira vez que falava de seu pai desde que tinha descoberto toda a verdade sobre ele – Muitas vezes ele preferia jantar com os nobres ao invés de dar atenção às filhas...

– Seu pai pode ser um canalha, mas ele realmente ama você.

– Se ele me amasse não teria feito o que fez. Que pai vende a filha a piratas? – ela falou chateada e até um pouco enraivecida.

– Bom, essa foi a saída que ele encontrou. Mas sabe, você não tem que odiá-lo.

– Eu não odeio... eu não sei. Só acho que nunca mais vou gostar dele do mesmo jeito...

Ficaram em silêncio por uns minutos. Ruby boiava de barriga para cima observando as copas das árvores e um pedaço do céu. O Capitão assobiava baixinho e de repente a Princesa perguntou:

– Por que vocês inventaram essa farsa? Eu quero dizer, o seqüestro. Não era mais fácil ele me dizer que me vendeu e pronto?

– Não é tão simples assim, Ruby... Seu pai não queria que você soubesse a verdade, pelo menos não da boca dele. Ele concordou em vender você, mas exigiu que simulássemos um seqüestro. Eu tive medo de que ele usasse isso contra mim, mas aparentemente, ele só não queria que você desconfiasse dele. Eu devia ser o vilão da história – o que de certa forma eu fui -, enquanto ele só ia lamentar a perda da filha.

Ruby suspirou e Killian percebeu que ela estava confusa e pensativa. Mudou de assunto para distrai - lá.

– Tem mais uma coisa que eu tenho que te mostrar – ele a levou até a cachoeira. A água que caía era gelada e a névoa que se formava ali dificultava a visão. Killian a puxou para baixo da água e ela novamente ficou toda arrepiada. Não conseguiu ver o que ele estava fazendo, mas um segundo depois saiu atrás da cachoeira, onde havia uma caverna. – Aposto que você nem notou essa caverna – ele brincou e os dois entraram na escuridão.

– Ei, aonde é que está indo? – ela ficou um pouco amedrontada por ver que Killian a puxava cada vez mais para a escuridão. Parecia mais um túnel escavado na pedra.

– Você vai ver. Já estamos chegando.

De fato, ela viu luz no fim do túnel. Quando chegaram ao fim dele, saíram numa piscina natural no meio de rochas enormes.

– Uau! – ela exclamou. A água refletia o azul do céu e Ruby ficou pasma ao ver que estavam no alto de uma montanha de rochas. Lá embaixo ela viu uma praia de areia branquíssima e Beto e Mabel que se agarravam longe das vistas dos outros. - Isso é incrível! Ah obrigada, Killian. Eu nunca vou poder lhe agradecer o suficiente.

– Ah vai sim. Você já pode começar a me pagar com seus beijos...

***

Quando voltaram à cabana, Killian insistiu para que tomassem banho juntos, mas Ruby recusava. Ela disse que não era apropriado uma dama tomar banho com um homem sem estarem casados. O Capitão ficou frustrado, mas logo se lembrou do banquete que os esperava.

Eles comeram tudo a que tinham direito, já que não podiam se dar ao luxo de ter comida boa e farta todos os dias. Depois o Capitão disse que estava exausto e sugeriu que descansassem um pouco. Ruby acabou descobrindo que “descansar” era o mesmo que fazer coisas imorais.

– Essa cama é mesmo boa – Gancho comentou enquanto se livrava dos sapatos e se atirava na cama. Ele fez Ruby se deitar ao lado dele e logo começaram a se beijar. A coisa se tornou quase incontrolável, o Capitão estava praticamente agarrando Ruby e ela não conseguia resistir ao toque dele. Aquele homem era simplesmente sedutor e charmoso demais e ela fazia de tudo para não render aos seus encantos, mas Killian sempre a provocava de tal maneira que era quase impossível resistir. Ele invadia sua boca com a língua enquanto acariciava seus cabelos com uma mão e segurava sua cintura com o outro braço. Ela entendia que Killian tinha suas... necessidades, porém aquilo não devia acontecer. Pelo menos não por enquanto.

Uma batida na porta da cabana fez com que interrompessem o que estavam fazendo, e Ruby ficou realmente feliz por alguém ter aparecido justamente naquela hora.

– Quem será? – ela se levantou e foi atender a porta enquanto Killian estava frustrado por terem parado antes de chegar onde ele queria. A Princesa abriu a porta e encontrou Elizabeth.

– Oi. Hum, imaginei que estivessem aqui – ela disse olhando por cima do ombro de Ruby – O cozinheiro está chamando. Se bem que parece que vocês já comeram – ela notou o resto de comida sobre a mesa e então se voltou para Ruby. A princesa estava um tanto afobada e seu rosto estava vermelho. – O que estavam fazendo?

– N-nada.

– Sei... Em todo caso, o cozinheiro disse para se apressarem. – ela saiu andando e o Capitão apareceu atrás de Ruby.

– O que ela queria?

– O cozinheiro está chamando. É melhor irmos logo – Ruby respondeu meio envergonhada. Pelo visto ela não ia poder ficar sozinha com o Capitão, ou ele ia sempre tentar agarrá-la.

Os dois voltaram à praia, onde Ellanor já dera um jeito de montar tendas e até uma cozinha improvisada. Ela até trouxera as mesas do Jolly Roger e agora todos se deliciavam com camarões fritos e ensopado de peixe. Ruby se sentou entre Ariel e Elizabeth e elas lhe lançaram olhares maliciosos.

– Onde é que você esteve o dia todo? – Ariel perguntou enquanto arrancava a cabeça de um camarão.

– Por aí. Killian estava me mostrando a ilha. – ela respondeu e olhou em volta. Beto e Mabel não estavam ali e Tinker Bell também não aparecera – Tink ainda está no navio?

– Acho que ela não vai sair de lá tão cedo. O que aconteceu com ela, afinal?

Ruby demorou um pouco para responder. Não podia dizer a verdade a Ariel, pelo menos não com Liza por perto.

– Eu não faço ideia – ela acabou por dizer – Mas está mesmo chateada com alguma coisa.

Will, ela reparou, estava olhando para o navio, como se esperasse que Tink aparecesse. Talvez ele estivesse confuso, e pensando bem, a situação era mesmo complicada. Ele gostava de Liza e ela gostava dele, mas e como ficava Tinker Bell nessa história?

A refeição continuou sem que elas voltassem a falar da fada. O Capitão sugeriu que ficassem ali por um tempo – umas duas semanas – e todos pareceram aliviados por poderem descansar. Beto e Mabel vieram andando de mãos dadas e os marujos brincaram dizendo que logo ia haver casamento.

As garotas foram passear pela ilha e Killian foi conversar com o cozinheiro. Pareciam estar combinando de fazer uma festa para Ruby e ela até gostou disso, já que suas festas de aniversário eram sempre tão entediantes. Seus pais costumavam fazer grandes festas, em que convidavam nobres de reinos vizinhos, pessoas que ela na maioria das vezes não conhecia. Ela então tinha que botar um sorriso falso no rosto e fingir que estava feliz. Mas agora era diferente, pois ela estava realmente radiante com tudo o que Killian estava lhe proporcionando.

Elas caminharam pela praia. O mar ia e vinha calmamente, trazendo pequenas conchas brilhantes para a areia. As garotas conversavam sobre assuntos aleatórios e aproveitavam para molhar os pés na água. Havia palmeiras e coqueiros por todo lado. A areia era tão branca que parecia a neve que cobria o solo no início do inverno. E o mar brilhava em diferentes tons de azul.

Mais tarde, Ruby foi dar uma volta pela floresta. Todos cochilavam em redes, ou mesmo nas tendas montadas na praia e Killian bebera tanto que acabara caindo no sono. Ela ouviu um choro baixinho e acabou encontrando Tinker Bell sentada sob uma cerejeira.

– Tink! A fada se sobressaltou um pouco e enxugou as lágrimas, tentando disfarçar o quanto estava triste.

– Ah, oi – disse com a voz embargada. Devia ter chorado o dia todo, já que seus olhos estavam inchados e vermelhos – Eu só estava...

– Ah Tink... eu sinto muito...

– Bem, não sinta. Para começar, eu não devia ter me apaixonado. Fadas e humanos não devem ter relacionamentos...

– Talvez o Will não seja a pessoa certa para você.

– Não diga o nome dele – uma lágrima escorreu pelo rosto dela e Tink nem se deu ao trabalho de enxugá-la. Ela parecia estar mesmo com raiva de Will, pelo tom de voz que usara.

– Desculpe. Eu sei que é difícil, mas você devia se distrair um pouco.

– Eu vou tentar – suspirou a fada – Talvez eu fique morando aqui. Há tantas flores...

– Mas você estaria sozinha.

– Não me importo. Eu poderia morar num botão de flor e voar por aí.

– Você pode pensar nisso depois. Há tantas coisas que eu quero te mostrar...

Elas passaram o resto do dia passeando e conversando. Tink se animou um pouco e se desculpou por não ter cuidado de Ruby quando ela estava doente. As duas eram boas amigas e Tink confessou ter ficado um pouquinho enciumada agora que Ruby tinha tantas amigas. Ela também não escondia o ódio que tinha de Elizabeth. Se não fosse por ela, a essa altura a fada estaria feliz com Will...

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Notas finais do capítulo

Meninas, vou recomendar duas fics que estou lendo. Uma é a Wait For Me, que é Hooked.
http://fanfiction.com.br/historia/448246/Wait_For_Me
E a outra é a Don't Be Stupid, You Know I Love You, que é Hookerbell, mas tenho certeza de que irão gostar.
http://fanfiction.com.br/historia/453806/Dont_Be_Stupid_You_Know_I_Love_You



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