Sempre aqui escrita por Mossad


Capítulo 7
Capítulo 6




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Dias se passaram e nossa agente voltara a sua casa. Se isso aconteceu com a aprovação de seu chefe?. Não. Mas mesmo assim ela voltou, para ela não existiria ninguém que a faria sair de casa.

Ela tirou alguns dias de folga, mas ''folga'' foi a ultima coisa que teve. Em sua mente as cenas do carro não paravam de passar, ela passava noites em claro pensado em como poderia ter morrido ou até como seu parceiro poderia ter morrido e mesmo que dormisse alguma hora seus pesadelos a faziam acordar em prantos.

E mesmo que todos dissessem a ela que aquilo foi uma fatalidade que poderia acontecer com qualquer um, em qualquer lugar, a qualquer momento, ela ainda se culpava, e muito, por tudo que tinha ocorrido não a ela, mas a seu parceiro.

Após alguns dias de ''folga'', ela voltara a trabalhar em alguns casos inacabados, seguia com sua vida, mas não deixava de pensar em tudo o que tinha ocorrido.

No NCIS logo abaixo da sala de autópsias, um carro ou as partes de um carro se encontravam espalhada por todo o canto, e logo abaixo das rodas, aparecendo apenas sapatos pretos com salto alto e meias de caveirinha, nossa cientista forense examinava novamente o carro, seguida por seu lacaio McGee.

-Abby você ja montou e desmontou esse carro três vezes.- Disse ele.- Como pode ter esquecido de algo?

Ela continuou em silêncio debaixo do carro, usava uma saia listrada ou parecia uma saia, McGee foi chegando mais e mais perto de sua esposa...

-Para sua informação- Disse ela dando-lhe um susto- Isso é um short. E nem sempre o cérebro humano consegue analisar todos os mínimos detalhes.

-Eu...- Ele estava corado.- Você esta trabalhando nesse carro a dias.

-Eu preciso investigar.

-Mas você ja investigou, a cinco dias atras disse que o que aconteceu foi apenas uma fatalidade.

-Chave de fenda.

-Esta me ouvindo?

-Em alto e bom som- Mas essa resposta não veio dela e sim de seu chefe logo atras deles.-O que descobriu Abbs?

-Até agora pouco.- Ela disse saindo de baixo do carro e puxando a blusa branca para baixo, em suas costas dava para ver uma pequena parte de uma de suas tatuagens- Eu analisei três vezes o carro e bem até agora parecia um acidente uma única coisa que achei estranha foi a válvula do ar condicionado estar frouxa.

-Chefe- Disse McGee- Acha mesmo que o que aconteceu com o carro da Ziva não foi um acidente?

-Temos que pensar em todas as possibilidades.- Ele disse tomando um gole de seu café.- Bom trabalho Abbs- E disse entregando-lhe um copo de Café-Power- Descanse um pouco.

Ele saiu pelo elevador deixando-os a sós novamente, ela inclinou a cabeça no seu ombro tomando alguns goles da bebida energética.

No escritório, acima do laboratório, uma única agente conversava com seu amigo Ned Dornaget. Até pelo menos Gibbs aparecer. Seu semblante não era muito bom os dois notaram, Ned se despediu e ela continuou sentada vendo-o chegar até a sua mesa.

-Podemos conversar?- Ele disse em frente a ela.

-De novo?- Ele tomou um gole de seu café como se quisesse responder que sim- Esta bem.

-Aqui não. Venha.- Eles seguiram caminho até o elevador,  geralmente quando era algo sério algo que ninguém poderia escutar Gibbs usava o elevador como sua sala particular, e dessa vez não foi diferente, os dois entram e ele desligou-o.

-E então o que houve?- Ela disse.

-Onde deixou o seu carro nas ultimas duas semanas?

-Não sei. Talvez em casa... Gibbs o que esta acontecendo?

-Nada ainda.

-E por que essa pergunta? Gibbs se sabe de alguma coisa...

-Tem câmeras no seu prédio?

-Não sei, talvez na rua. Por que?

-Quero que fique com o Tony alguns dias.

-Gibbs eu não vou sair da minha casa, me diga o que esta acontecendo, o que realmente você quer saber?

-Se você tem algum inimigo- Isso pareceu para ela como um tapa na cara. Por que ela teria inimigos?- Quero dizer, se você viu alguma coisa estranha nessas semanas. Alguém perto de sua casa, alguma coisa suspeita.

-Nada até porque eu passe vários dias no hospital. Eu não vi nada estranho.

Ele voltou a ligar o elevador, as luzes voltaram e a porta se abriu novamente. Ele saiu sem dizer nenhuma palavra e ela o seguiu exigindo respostas, respostas que não lhe foram dadas

Em seu apartamento, com uma xícara de chá de limão na mão, ela continuava a pensar no que Gibbs tinha dito, a palavra inimigo pairava em sua mente até quando ela fechava os olhos, como se estivesse escrita em suas pálpebras.

De repente o toque da campainha soa, ela ja tinha presumido quem seria na porta. Gibbs. Mas para todo o seu espanto não, o homem alto de cabelos morenos e olhos verdes, com um grande sorriso bobo no rosto e um ego do tamanho do universo fora uma das ultimas pessoas quem ela esperara ver a essa hora.

-Tony?- Ela falou escorando-se na porta- O que faz aqui... Gibbs te mandou não foi?

-Devo lhe dizer...- Ele falou entrando em seu apartamento-... minha cara David, de que o  Gibbs não sabe que estou aqui.

-Então- Ela fechou a porta- Por que esta aqui?

-Para lhe presentear com a minha ilustre companhia quem sabe. Vamos eu trouxe alguns filmes e isto- Ele levantou a garrafa de vinho.

-Vinho?. Então teremos filmes, pipocas e vinho.

Os dois esboçaram leves sorrisos e seguiram em diante para assistir os filmes.

Um pouco mais distante do apartamento de nossa agente, em um prédio novo ( construído a alguns anos mas ainda sim bem conservado), em um dos apartamentos, a cientista forense e o lacaio conversavam.

-Abby - Ele falou em frente ao fogão- pare de pensar nesse caso só por algumas horas. O próprio Gibbs mandou você descansar.

-Eu não consigo- Ela falou senta em um bando de frente para o balcão que separava a mesa grande da cozinha- Não consigo para de pensar nesse caso. Sabe quando você tem certeza de que esqueceu de algo mas não consegue saber o que?

-Só algumas horas Abbs, relaxe.- Seguiu-se alguns minutos de silêncio, muitos até pra falar a verdade, foi quando McGee começou a achar estranho ele a chamou algumas vezes mas não houve respostas, foi quando se virou e percebeu que sua querida cientista forense adormecera em cima do balcão.

Após uma hora de filmes e uma garrafa inteira de vinho os dois ja nem olhavam para a TV. Estavam sentados no chão escorados no sofá, terminando de beber a última taça. Eles riam de piadas sujas, riam de coisas do trabalho, riam até quando nenhum dos dois falava.

-Tony- Ela disse- Desculpa... por ter... ter lhe feito isto- Ela apontou para sua testa, onde agora uma pequena cicatriz se formara do acidente de carro. Eles nem ao menos conseguiam falar uma frase completa direito.

-Não foi- Ele falou chegando mais perto- Não foi sua...- Seus rosto quase se tocavam, por centímetros que não-... sua culpa- Ele sussurrava  bem baixo. Ele não estava completamente bêbado, uma parte, uma pequena parte de si tentava tomar de volta o controle de seu próprio corpo, a parte bêbada e a parte sóbria lutavam para ver quem venceria.

E bem no final a parte bêbada venceu. Ele se inclinou mais e mais perto até seus lábios se tocarem, eles continuaram a se beijar, cada vez mais intenso cada vez mais feroz. Os dois se levantaram sem nem ao menos se soltarem, ela com as mãos em seu cabelo, ele em sua cintura. Os dois rumaram em direção ao quarto, a cada passo sem se desgrudarem um do outro.


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