P.O.V. Percy

   - Bem, depois que você partiu da Califórnia, eu meio que me envolvi com coisas ruins – comecei.

   - Que tipo de coisas ruins Percy? – perguntou-me Nico bastante sério, claro que ele sabia que tipos de coisas eram, mas apenas queria confirmar suas suspeitas.

   - Drogas – disse abaixando a cabeça envergonhado, ele não pareceu assustado, apenas fez sinal para que eu continuasse – Teve uma noite que eu sai de casa e fui para uma boate, aquela que tinha perto de casa. E foi ai que aconteceu.

Flashback #on

   Eu estava com um copo de whisky em uma das mãos e na outra com um cigarro, revezando entre a bebida e a droga. Tocava uma música alta, cheia de batidas, o jogo de luz combinado com a fumaça dificultava ainda mais minha visão. Tinha várias mulheres se esfregando em mim, por mais drogado que eu esteja, nunca levei nenhuma garota pra cama, apenas ficava, aproveitava e depois ela era jogada fora. Até que nessa noite, uma menina me chama atenção. Seu cabelo liso era preto com as pontas rosa, era acima do ombro, era dona de um corpo escultural. Me aproximo mais, ela dançava de uma maneira provocante.

   - Oi – falo um pouco alto por causa da música. A garota me olha com um sorriso safado.

   - Oi, sou Isabell.

   - Percy – dou um beijo em seu rosto – Então eu nunca te vi por aqui.

   Começo a dançar junto dela, digamos um pouco perto até demais.

   - Primeira vez que venho aqui, mas agora que sei que você frequenta, acho que vou vim mais vezes – seu sorriso malicioso aumenta, tomo um gole da minha bebida, e logo em seguida coloco o cigarro na boca, terminando com ele e o jogando em qualquer lugar.

   Olho para a menina, e sem me da algum tipo de aviso ela se joga em meus braços indo em direção a minha boca. Travamos um beijo voraz, minha mão livre passa por todo o seu corpo. Sou separado bruscamente e ganho um soco derrubando-me no chão, o copo de whisky foi parar longe, sinto meu nariz arder, levo a mão até lá e vejo que está sangrando, levanto meu olhar e um cara loiro, me encara, suas pupilas dilatadas, acho que era de raiva, cerro meus punhos e me levanto já partindo para cima, o efeito da droga e da bebida não ajudando. Começamos a brigar, socos, chutes, todo tipo de golpe recebi ali. Um segurança chega e nos separa, nos expulsando da boate.

   - Espero que tenha aprendido a lição seu verme – falou o garoto loiro, já estávamos do lado de fora.

   - Que lição? – perguntei meio confuso, cada centímetro do meu corpo doía, minha boca estava cortada, meu nariz sangrando, e meu olho latejando.

   O menino me fuzila, rapidamente uma rodinha de garotos se forma ao meu redor, todos eram bem... fortes e grandes, alguns tinham tatuagens das mais diversas formas, mas pareciam tatuagens de prisão. Minha visão embaça, tenho que piscar várias vezes para voltar ao normal, de onde havia saído esse tanto de gente?

   - Nunca mais fique com a namorada de um bandido – disse o menino loiro, então ele sacou a arma e apontou para mim, engoli em seco, minhas pernas começaram a tremer, confesso que estava com medo, mas tentei não demostrar.

   - Foi ela que se jogou para cima de mim – falei, minha voz saiu mais trêmula do que eu queria. Ele olhou bem nos meus olhos, por um momento pensei que já estava morto, mas o garoto abaixou o revólver e me chamou com a cabeça, lentamente fui em sua direção.

   - Podem ir, se precisar eu chamo – disse para os outros que aos poucos foram embora. Ficamos caminhando.

   - Só não te matei, por que quero um servicinho seu – o olhei mais confuso ainda – Eu te conheço bem mais do que imagina Perseu Jackson.

    Okay, se minhas pernas deixassem eu sairia correndo dali agora mesmo.

   - Seu pai é um antigo rival da minha mãe, Atena Chase.

   Parei de andar.

   - Espera um momento. Quem é você? – o garoto me lançou um sorrisinho.

   - Sou Mattew Chase.

Flashback #off

   Nico tinha os olhos arregalados e a boca aberta, ele estava paralisado, estalei os dedos na frente de seu rosto, tentando fazer o acordar do transe.

   - Ei, Nico – estalo novamente e nada – Nicoo.

   Reviro os meus olhos e bato em sua cabeça, parece resolver.

   - Ma...ma...ma... – o moreno gagueja, se não fosse por esse momento eu estaria rindo de sua cara – Mattew, o irmão da Annabeth?

   - Sim, ele mesmo.

   - Que servicinho é esse que ele queria? – pergunta á mim, fecho meus olhos.

   - Acabar com os Chase, começando pela Annabeth.