The Fallout escrita por Jules, Marina Temporal


Capítulo 5
Breaking Point


Notas iniciais do capítulo

Eeei meninas! É a Manu! Bom, sei que não passo aqui há um tempo, mas estava de férias, porém... Já to de volta!
hahahaha
Bom, eu queria comentar com vocês uma coisa que aconteceu ultimamente e que me deixou realmente bem chateada. Uma das minhas leitoras, que comentou e recomendou minha história Wish You Were Here, postou a mesma história, mudando apenas o nome da personagem principal e postou em outro site, alegando ser uma história sua.
Gente, plágio é crime e nunca pensei que fosse me sentir tão traída assim! Uma leitora minha! Se vocês puderem denunciar para mim eu ficaria muito agradecida. O Link está aqui: http://animespirit.com.br/fanfics/historia/fanfiction-idolos-demi-lovato-wish-your-were-here-548052/capitulo1
Bom, voltando a história, espero que gostem desse capítulo e mil desculpas pela demora ^^
Boa leitura!



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Skylar

Meu dia tinha começado tão bem no colégio que já tinha vontade de cortar os pulsos. Ah! Deixe-me contar mais ou menos como foi quando entrei naquela maldita Hogwarts “Wanna Be” para a aula da pessoa que adoravelmente me mandaria para a forca. Bem, vejamos...

O dia começou bem quando Scarlet para variar não quis ser vista comigo nos corredores. Para ser sincera, eu também não. Minha irmã e eu nunca andamos juntas, então esse fato não de foi de grande importância, de qualquer forma. Mas mesmo assim, vamos apenas começar pelo momento em que fiquei sozinha no meio daquele mar de pessoas frenéticas que andavam de um lado para o outro sem sequer tentar se desviar das pessoas que andavam em sentidos opostos. Estava tentando achar minha sala –que aliás parecia não existir, já que havia achado duas salas entre os números dela e não havia nenhuma maldita 56 –e estava em uma missão impossível de não perder a paciência enquanto fazia isso. O que eu estava fazendo ali, aliás? Grunhi. Eu claramente não tinha o perfil de um lugar como aquele, então o que eu estava querendo ali? Eu respondo: Nada. Papai poderia ter sequer me perguntado onde que gostaria de estudar antes de me enfiar nesse preparatório para Harvard. Eu tinha vontade de arrancar os pulmões.

Olhei em volta tentando achar alguém que poderia me ajudar, mas todos ou passavam conversando simplesmente ignorando minha presença, ou saiam correndo em direção a sabe-se lá onde, determinados em não sofrer desvios no meio de seu caminho. Soltei suspiro enquanto era atropelada por alguns alunos. Mas que inferno! Eu ia morrer ali! Depois de uma luz –vulgo, uma conversa que escutei de duas garotas que iriam para a mesma sala que eu –resolvi segui-las para só então perceber que a sala 56 ficava no andar de cima. Isso não fazia sentido! Por que a sala 57 e 55 ficavam em um andar e a maldita 56 em outro? Revirei os olhos enquanto adentrava o local inundado de cadeiras por todo o seu perímetro, me sentei uma mais para perto da parede.

Meus olhos vagaram lentamente pelo local observando bem seus detalhes. Mesmo sendo o castelo da rainha Elizabeth, não parecia ser muito diferente de qualquer outra escola. Sentado no meio da sala, havia um grupo de meninas que eu poderia dizer serem as patricinhas, onde uma garota de cabelos loiros dava risada com a outra, reparando nas roupas de uma menina que diria ser a excluída entrou. Revirei os olhos. Atrás de mim tinha um grupo de garotos escandalosos, que davam risada e jogavam bolinhas de papel em um garoto sentado em sua frente. Aquele provavelmente era um dos nerds. É... Pois é. Até nas terras da rainha o colégio tinha uma cadeira alimentar social e isso era impressionante. Estava realmente cansada de tudo aquilo. Abaixei a cabeça para começar a desenhar no meu caderno, mas não demorou muito para um dos babacas acharem engraçado jogar uma bolinha de papel na cabeça da aluna nova. Olhei por cima dos ombros para o grupo que dava uma risadinha e lentamente, respirando fundo, alcancei o objeto no chão, simplesmente me levantando para pegá-lo. Sorri de forma cínica.

–Acho que isso é de vocês.

Anunciei enquanto jogava com força a bolinha sobre eles. Um deles se levantou, mas assim que fez, uma garota aproximou-se de mim, lhe dando um olhar que como se fosse um cachorrinho, fez o garoto se sentar de uma só vez, obediente. A menina me abriu um sorriso. Era muito bonita, devo dizer. Tinha longos cabelos negros e olhos tão azuis que me doía olhar por muito tempo. Me abriu um sorriso realmente simpático, parecendo impressionada com algo que não entendia bem o que era.

–Uau. Que braço bom! Pratica esportes?

–Não.

Falei simplesmente a observando, curiosa. A garota deu uma risadinha.

–Bom, pois devia! Sou Katie. –Se apresentou me erguendo a mão. –Faço parte do time de vôlei da escola... Eu realmente acho que você se daria bem conosco.

Parei por um momento analisando bem Katie. Eu? Em um time de escola? Não, obrigada. Assenti para a garota lisonjeada pelo convite, mas deixei claro com um gesto que não concordava quanto a história do vôlei. Aquilo não ia rolar.

–Hm... Sou Skylar. E não acho que esportes realmente seja a minha...

–Ah, tudo bem! –Sorriu a garota se sentando na cadeira ao lado da minha, os garotos que haviam me jogado a bolinha observaram-me surpresos. Acho que um piscou para mim. –Você tem um sotaque diferente, Sky! Posso te chamar assim, não é? De onde dos Estados Unidos?

–Hm... OK. Eu vim do Texas. Minha irmã e eu viemos morar com nosso pai.

–Tem uma irmã?

Perguntou Katie interessada, assenti.

–Somos gêmeas.

–Hm... Será que ela tem o mesmo dom para esportes que você?

Pisquei algumas vezes olhando para Katie. Fiz de tudo naquele momento para não rir. Scarlet? Esportes? Que piada!

–Não. Ela não é boa em esportes. –Garanti com um sorriso divertido. –Acho que não é dom de família.

–Uma pena! –Exclamou Katie ainda simpática. –Bom, Sky, se quiser se sentar comigo e com as meninas na hora do almoço é muito bem vinda! Elas vão te adorar, você é divertida. –Garantiu. –Posso te apresentar a escola depois também.

–Huh... Ok.

Sorri agradecida enquanto o professor entrava na sala quebrando o nosso diálogo, Katie se endireitou na cadeira como uma aluna troféu faria, eu simplesmente... Me virei para ele. O homem jogou seus cadernos na mesa e se apoiou contra a madeira olhando rígido para todos nós, e sem sequer nos dar bom dia, começou a fazer a chamada. Ela era professor de que mesmo? Ah sim... Inglês. Os professores de Inglês não deveriam ser aqueles legais que nos faria rir com piadinhas? Bom... Pelo jeito não aqui. O homem tinha o nariz tão empinado que eu tinha medo de ele quebrar o teto. Depois de fazer a chamada, passou os olhos em cada um da sala.

–Vejo que estão todos aqui. Muito bom. –Falou seco enquanto se virava em direção a lousa para escrever. –Eu sou Kyle Jones, mas quero que me chamem apenas de Sr. Jones. Não quero que me chamem de Kyle, Ky, ou qualquer derivado de primeiro nome. Sr. Jones só e simplesmente. –Todos nós paramos observando-o sérios. Mas aquilo não poderia melhorar! –Pois bem... Alguma pergunta? –Som de grilos. –Ótimo. Então podemos começar com a aula.

Anunciou enquanto abria um dos seus livros pesados sobre a mesa, colocou os óculos que tinha presos em sua camisa e olhou sério para as páginas, provavelmente tentando achar o ponto de onde pegar. O professor não era feio, então não poderia reclamar de sua aparência –apesar de ter seus quarenta anos, diria que é bonito –mas quanto ao seu jeito sociável de ser? Bem... Disso eu poderia reclamar bastante. Mas não por hora. Sr. Jones caminhou em direção a sua cadeira e sentou-se pesadamente nos observando lentamente enquanto abríamos os cadernos. Mordi o lábio ao ler o título da aula: Dialetos.

–Muito bem. Alguém pode me dizer o que é um dialeto?

O garoto que estava recebendo bolinhas de papel anteriormente levantou a mão, chamando a atenção do professor. Sr. Jones levou os olhares ao garoto.

–Elliot?

–Bem... Dialetos são diferenças linguísticas dadas pelo deslocamento regional, ou seja, por suas determinadas áreas, onde poderia ser considerada uma espécie de cultura linguística ou então o chamado sotaque.

–Muito bem. –Assentiu Sr. Jones satisfeito enquanto se colocava de pé, andando de um lado para o outro da sala. –Nós temos várias formas de dialetos não só pela região, mas também como pelos países, línguas e etc... Países com uma mesma língua, como por exemplo a Inglaterra e os Estados Unidos, tem os seus dialetos específicos. Por exemplo, nós com nossa cultura acadêmica e de bom porte, usamos o inglês correto, em sentido de acentuação, sotaque e até mesmo pronúncia. Já os americanos com sua cultura comerciante e preguiçosa onde todos os deveres sociais podem ser facilmente substituídos por máquinas, usam um dialeto que reflete sobre suas aparências. Ou seja, comem palavras, tem uma forma de inglês diferenciado, podendo ser considerado até mesmo um modo de linguagem incorreta.

Ergui uma sobrancelha. Ele estava mesmo falando mal do meu país? Estava nos chamando de preguiçosos? Levantei a mão chamando por sua atenção, que apontou para mim dando-me permissão de falar. Katie me olhou curiosa enquanto abria um sorriso. Apoiei-me na mesa, olhando de forma completamente cínica para o professor.

–Mas o senhor está entrando em contradição. Você mesmo disse que cada local tem o seu dialeto. Se cada local tem o seu dialeto, logo não pode existir um padrão. Como pode alegar então que os americanos usam a forma de linguagem incorreta?

–Pois bem Srta...

–Hudson.

–Hudson. –Concordou o professor enquanto me olhava de forma debochada. Queria o socar pelo olhar! –Eu estou alegando fatos históricos e óbvios de que o inglês correto é o usando por nós na Inglaterra. Os americanos sim comem palavras e sim fazem o modo incorreto da linguagem, mesmo sendo um dialeto.

–É incorreto de acordo com os seus padrões, suponho.

Rebati erguendo uma sobrancelha, Sr. Jones me olhou descrente pela resposta. Parou sua caminhada pela sala de aula olhando sério para mim. Cruzou os braços, coçando o queixo.

–Não, Srta. Hudson. Não digo de acordo com os meus padrões. Eu afirmo algo que sei, pois tive uma faculdade formada...

–E sua faculdade ensinou que os americanos são “preguiçosos” e facilmente substituídos por máquinas?

–Ah sim... –Sorriu o professor da forma mais cínica que já vi. –Essa é uma afirmação minha sem o uso da universidade. Mas que pode ser certeira por experiência própria. Agora fique quieta.

Abri a boca, umedecendo os lábios, enquanto colocava-me de pé ao lado da carteira, eu precisava esticar as pernas ou morreria. Fazia de tudo para não correr em sua direção e pular em suas costas.

–Não fico quieta, pois estou aqui lhe dando a prova de que não sou preguiçosa e sou americana. Aliás, seria muito mais fácil sentar e ouvir o senhor falando asneiras sobre o meu país...

–Senhorita Hudson, sente-se.

Ordenou, mas não obedeci. A raiva estava apitando em meus ouvidos, eu sequer escutava o que ele dizia. Quem pensava que era? Meu coração batia forte, eu tinha a atenção de todos da sala.

–Hm não! Coloque uma máquina no meu lugar, porque pelo menos ela não falaria o que estou prestes a falar...

–Eu não vou mandar outra vez! Vou tirá-la da sala! Não discuta com minha aula, se não quer assistir, não assista!

–Só estou dizendo que o senhor não tem fundamento didático. É preconceito!

Exclamei irritada enquanto batia o pé. O professor respirou fundo e olhou-me calmamente. Meus olhos estavam em chamas e eu sentia o meu coração a mil. Como alguém poderia ser tão... Tão...

–Não é preconceito e sim conceito. Agora vou pedir que se retire, senhorita Hudson!

Ele estava querendo me tirar da sala? Era assim? Não aguentava ouvir as verdades? Olhei para minhas mãos que estavam trêmulas e mais uma vez olhei para o professor, completamente irritada. Eu não tinha muito controle de minhas ações pelo calor do momento, mas não posso dizer que me arrependi do que saiu da minha boca em seguida. Ele mereceu. E a expressão que fez não valia nem a mais cara das joias.

–Vá se foder seu hipócrita imundo!

E bem... O resto vocês já sabem.

Agora estávamos eu e Scarlet sendo levadas para a casa em uma encrenca daquelas. Eu por ter xingado um professor nojento e minha irmã por ter brigado com uma das minhas únicas amigas naquele lugar. Obrigada, Scarlet! O clima no carro estava tão pesado que parecia que as rodas não suportaria o nosso peso. Papai parou o carro na janela e com os olhos frios nos deu uma última bronca mandando-nos entrar. Estávamos de castigo para sempre, pelo que havia entendido e nunca mais veríamos a luz do sol. Pelo menos foram essas as suas palavras. Não discuti. Papai tinha que voltar para a faculdade, então só nos deixou em casa e logo deu ré com seu carro para voltar às ruas. Eu realmente achava ruim ele ter que sair de seu trabalho para uma coisa dessas e tudo mais, mas acho que havíamos feito um drama muito grande de tudo o que tinha acontecido. Eu só tinha agredido um homem verbalmente e minha irmã só tinha agredido... Uma menina! Não tinha motivo para nunca mais vermos a luz do sol. Soltei um suspiro enquanto caminhava em direção a porta. Eu não tinha a mínima vontade de entrar e ter de explicar tudo á Ellen.

O resto do dia passou como um vulto para mim. Katie que havia pegado o meu Facebook teve a boa vontade de me mandar as tarefas que os professores das minhas matérias haviam pedido e agradecida anotei, fazendo-as todas para evitar mais conflitos no dia seguinte. Isso havia tomado o que? Quatro horas? Agora eram cinco horas da tarde e eu tinha absolutamente nada para fazer. A programação da televisão era horrível e eu não estava com cabeça para ouvir música... Então tudo o que fiz, foi uma coisa que não fazia há um bom tempo: Agarrei meu caderninho que estava sobre a cama e achei um lápis B2 bem apontado. Subi no parapeito da janela e rezando para que as telhas aguentassem meu peso, sentei-me no telhado da casa, aproveitando do sol que agora era poente. E comecei a desenhar. Não sei quanto tempo fiquei ali, só sei que na minha folha de papel o que saiu foi uma garota correndo por uma floresta, com os longos vestidos voando sob seus pés. Usei bastante do grafite para fazer um sombreado e deixar o desenho mais obscuro. Estava lindo. Abri um sorriso enquanto dava os toques finais, esfumaçava o esboço com o dedo para dar um ar mais profissional. Olhei bem para o papel assim que acabei minha pequena “obra”, talvez meus desenhos refletissem o meu humor, sei lá.

Bastou eu desviar os olhos por um momento do papel para ouvir os passos e perceber que já estava escuro. Olhei para o relógio vendo-o apontar para as sete e meia e não acreditar em como o dia havia simplesmente voado. No terreno ao lado do meu, pude ver a porta de um carro se batendo caminhando em direção a porta, Alex passou. Abri um sorriso erguendo a mão como um aceno, que ele retribuiu com a mesma simpatia, enquanto dava a volta, agora não caminhando até sua porta e sim até ao meu gramado. Levou as mãos até os lábios, fazendo com elas uma espécie de megafone.

–Mas que luz é aquela no alto da janela?

Perguntou em bom som, não deixando o drama faltar em sua voz enquanto recitava superficialmente uma passagem da peça escrita por Shakespeare: Romeu e Julieta. Tentei não der risada com a cena. Levei a mão ao coração como se tivesse sido tocada por sua fala.

–Oh Romeu! –Exclamei com um sorriso no rosto. –Espere por mim!

–Irei.

Revirou os olhos enquanto dava uma risadinha e eu entrava mais uma vez para dentro do quarto, descendo as escadas em direção ao garoto parado em meu gramado. Abri um sorriso ao me aproximar. Agora não havia uma cerca entre nós e eu poderia o observar direito. Mais uma vez com uma camisa de banda e com as tatuagens no braço a mostra, eu conseguia ver o piercing em sua boca com facilidade agora de perto e como sempre estava genial. Eu nunca entenderia como aquele garoto poderia ser tão charmoso! Tentei espantar os pensamentos em relação ao charme quando percebi que ainda usava o meu uniforme da escola. Fiz uma caretinha quando Alex me deu uma olhadinha geral. Ergueu uma sobrancelha.

–Dia difícil?

–Dia lento. –Corrigi dando de ombros. –Problemas com a escola...

–Mas já? –Alex arregalou os olhos fingindo assustado. –E esse é o seu... –Parou por um momento fingindo fazer uma conta. –Primeiro dia!

Revirei os olhos, resistindo ao impulso de lhe dar um tapa no braço por ainda não sermos tão íntimos. Dei uma risadinha. O garoto me olhou com o sorriso incrível. Acho que cuspi meu cérebro.

–Pois é... Acho que vai demorar um pouco para me acostumar com o ritmo daqui.

–O que você fez?

Perguntou Alex interessado. Dei de ombros enquanto agarrava uma mecha do meu cabelo, sem graça. Tossi.

–Eu meio que xinguei um professor...

–Xingou um professor? -Ergueu uma sobrancelha, assenti. –Do que xingou o seu professor?

–Hm... Hipócrita imundo?

Alex gargalhou com o que saiu de meus lábios. Dei uma risadinha sem graça. O garoto me ergueu a mão em cumprimento e ergueu a minha, lhe dando um beijo. Tentei não corar com o gesto. Fez uma reverência.

–Tem o meu respeito.

–Obrigada, senhor.

Respondi também com uma reverência fazendo-o sorrir. Balançou a cabeça negativamente.

–Então talvez a garota rebelde queira saber das boas novas. –Sorriu enquanto procurava algo em seu bolso. Tirou finalmente de lá um folheto. O peguei, curiosa. –Digamos que certo vizinho muito boa pinta que você conheceu há pouco tempo, tem uma banda super irada e que essa banda agora está fazendo um sucesso fodido e que isso levou a um show... Que será amanhã.

–Wow. –Sorri um tanto orgulhosa com as boas novas. Olhei bem para o nome da banda estampada no folheto. Demais. –Parabéns! Mais um dos seus shows geniais?

–Sim senhorita. E vim aqui solicitar a honra da sua presença.

Sorriu fazendo-me prender a respiração. Espere... Eu prendi a respiração ou esqueci de respirar? Não sei. Por que eu tinha que ser tão inexperiente quando o assunto era “caras”? Mas que merda! Abri um sorriso sentindo o meu rosto esquentar. Hm... Certo.

–Ah... Eu realmente adoraria ir, mas...

–Mas? Não gosto de “mas”.

Fiz uma caretinha olhando ele em pedido de desculpas. Mordi o lábio.

–É que eu estou meio que de castigo...

–Sim, imaginei por causa do “hipócrita imundo”. Mas o que tem a ver?

Abri a boca para responder, mas o som simplesmente me escapou dos lábios. Ele estava sugerindo o que eu pensava que estava sugerindo? Eu nunca havia escapado de casa! Ainda mais de castigo! Como eu faria isso? Engoli em seco enquanto desviava os olhares. Eu não queria dizer não, digo... Eu estava realmente querendo ouvir da tão falada, -por minha irmã, negativamente –banda de Alex ao vivo e em cores, mas... O show seria no dia seguinte! E além de estar de castigo eu ainda teria aula no dia após a apresentação. E como eu poderia sair de casa sem meu pai reparar. Prendi a respiração. Oh céus...

–Eu farei o possível para ir. –Garanti com um sorrisinho. –Posso ficar com o folheto?

–Deve. –Sorriu Alex enquanto se aproximava de mim e antes que eu pudesse sequer raciocinar me deu um beijo na bochecha. Piscou. –Quero te ver na plateia amanhã.

–Faz isso com todas as pessoas que chama para seu show?

Brinquei apesar de estar completamente corada. Alex deu de ombros.

–Quase todas. –Brincou, ou mais uma vez, esperava que estivesse brincando. –Te vejo amanhã.

–Até.

Respondi com um sorrisinho enquanto o via caminha em direção a sua casa. Mordi o lábio enquanto o observava até meus olhos não permitirem mais. Soltei um suspiro enquanto olhava para o panfleto em minha mão que exibia em letras enormes o nome “Armor The Empire” e em baixo a data do show. Eu tinha que ir! Eu queria ir! Mas não sozinha... Não era louca de aparecer lá e só Deus saber se vou voltar para a casa, digo, não me parecia que eles tocariam em uma casa de shows limpa, organizada e com flores enfeitando as paredes. Na verdade pelo panfleto o lugar me parecia palco de bebidas, dança frenética e sexo violento no banheiro. Ok... Olhei mais uma vez para a porta, antes de ver as luzes do carro do meu pai se aproximando, corri para dentro da casa antes que pudesse ser pega. Olhei bem mais uma vez para o que tinha em minha mão. Ok. Eu tinha duas missões para o dia seguinte: Número 1, eu tinha que arranjar uma companhia para ir comigo. Número 2, tinha que dar um jeito de sair de casa sem ser notada... E eu estava determinada em conseguir o que queria.


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Notas finais do capítulo

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