Emergency escrita por Lacrist


Capítulo 11
Capítulo 10 - Fantasmas


Notas iniciais do capítulo

Hey,meninas!
Desculpem demorar novamente. Essa semana foi cheia pra mim e eu estou exausta! Só consegui postar em My Cure até agora. Me desculpem mesmo!
E eu to escrevendo um livro de comédia-romântica *u* então, tá sendo puxado pra mim levando em conta de que arrumarei um emprego em breve.
Eu tô fazendo ballet e jazz tbm (falei isso em My Cure) e como sou uma pessoa mt indecisa, fiquei no dilema entre postar Emergency primeiro ou A vocalista da banda do meu irmão. Como os capítulos aqui são menores, decidi postar aqui primeiro.
Este capítulo está escrito em terceira pessoa e está SUPER tenso. Nunca tinha escrito nada parecido e espero que tenha ficado bom, porque minha coluna está pedindo arrego KKKK
Boa leitura!



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Ele se sentia o mais burro dos burros, o mais idiota dos idiotas. Toda aquela inconsequência que existia dentro dele o deixava cada vez mais irritado. Porque diabos ele beijara Elena Gilbert? Porque?

Primeiro, Damon se encontrava desesperado pelo fato de que a menina estava praticamente desmaiada em seus braços e por uma fração de segundos, ele teve medo de perdê-la mas... perder o que se ele não a tinha? 

Talvez, ele tivesse medo de se perder. E com certeza isso aconteceria se deixasse Elena Gilbert se aproximar demais. Damon percebeu que estava mudado. Nos últimos dias, ele pedira desculpas para a Elena, salvou-a de um tiroteio (mesmo que isso fosse sua função, já que aquilo não estava nos planos da quadrilha da qual ele fazia parte) e havia beijado-a, ontem. 

Elena Gilbert dormia dentro do quarto de cima e parecia um anjo.

Depois que Damon beijou-a, ela acabou desmaiando e ele teve que cuidar dela mesmo assim. Pedira instruções a uma Rebekah totalmente esquisita pelo telefone e assim, pôde ficar mais tranquilo. 

Agora, ele estava ali, sentado no chão, sentindo-se desnorteado. Um copo de Whisky completamente vazio jazia em sua mão e ele olhava para um ponto fixo sem se concentrar exatamente nele.

Sua cabeça estava no quarto em que Elena Gilbert dormia.

Sem que percebesse, ele se dirigiu até o quarto da morena e pôs-se a observá-la. De fato, ela era uma garota muito bonita e ele se sentiu mais idiota ainda por tê-la comparado a Katherine e inferiorizado a mesma. Elena era muito melhor do que ela e do que qualquer outra pessoa que ele conheceu e agora, ele sabia disso.

Damon estava confuso. Não conseguia mais se reconhecer quando se olhava no espelho. E odiava toda aquela mudança, pois não queria mudar, não queria ser uma pessoa melhor para ninguém, nem por ele mesmo.

Saiu do quarto bruscamente, com raiva, sentindo tudo o que acreditava ir por água abaixo.

Apesar de tudo, ele estava disposto a ignorar todas as esquisitices que ele sentia quando estava perto de Elena. Faria isso com muito custo, mas não existia alguém mais determinado do que Damon Salvatore e naquele instante, ele teve certeza de que não falharia nessa tarefa.

Ele voltaria a ser o homem frívolo de antes e ninguém entraria em seu caminho. 

Muito menos Elena Gilbert.

Foi querendo esquecer que ele pegou um pacotinho com um pó branco que estava no seu bolso e cheirou todo o conteúdo. Era mais fácil se afundar num torpor do que encarar a dura e fria realidade. Não era corajoso fugir dos problemas e dos receios que sentia, mas era o que ele estava fazendo agora.

E se arrependeria amargamente por isso.

Bonnie estava animada aquela manhã e nem dormiu direito pensando no almoço que ela teria com Jeremy naquele dia. Levantou da cama tão disposta que nem se reconheceu no espelho. Desde quando Bonnie levantava disposta para ir à escola? 

Aquela manhã era uma excessão. Depois de tantos anos, ela finalmente teria um encontro de verdade! Não era exatamente um encontro, mas para a pequena sonhadora, aquela parecia ser a oportunidade perfeita de conquistar o policial que mexeu com seus pensamentos.

Por isso, ela se arrumou com mais cuidado naquela manhã.

Penteou seus cabelos com calma, escolheu as roupas que usaria cuidadosamente e sem pressa, saiu de casa mais cedo do que o habitual, aproveitando para comprar algumas barrinhas de chocolate no caminho para a escola.

Chegando lá, encontrou todos os seus amigos reunidos e teve vontade de sorrir mas o sorriso murchou antes mesmo que a vontade se intensificasse quando lembrou que faltava alguém ali.

Faltava Elena. 

Aproximando-se de Matt, Tyler e Caroline que riam como se não houvesse amanhã, Bonnie permitiu-se esboçar um mínimo sorriso.

- Olá, pequena Bonnie! - Depois que Tyler contou para eles sua verdadeira identidade, se tornou uma pessoa muito mais animada e extrovertida do que era antes.

- Olá, Tyler! Oi pessoal. - Bonnie acenou para seus amigos e eles retribuíram o aceno com vários tipos de cumprimentos diferentes.

- Fiquei sabendo hein Bonnie... - Matt deu uma piscadela maliciosa para Bonnie que logo entendeu o que ele queria dizer com aquela frase combinada com aquele gesto.

- Sabendo do que, garoto? - Fez-se de desentendida.

- Do policial Jeremy Sky. - Caroline riu da careta que Matt fez.

- Ah fala sério, não me amolem com isso! - Pediu, sentindo suas bochechas ficarem quentes.

- E porque hein? Ontem ele até te levou em casa! Rolou beijinho? Rolou, claro que rolou! Ele não tem cara de que perde oportunidades como essa. - Bonnie abriu a boca, inconformada com a asneira que saiu da boca de Caroline.

- Caroline! - Ralhou ela. - Eu não sou do tipo...

- Que beija caras na primeira oportunidade, eu sei. - Completou a loira, revirando os olhos. - Você sempre fala isso. - Disse, de jeito presunçoso.

- Não é sempre que eu falo isso... - Bonnie respondeu, na defensiva.

- Ah não? Com o carinha da balada foi assim, com o lindo surfista que conhecemos em Miami também, até com aquele pedaço de mau caminho da rua de cima você disse a mesma coisa! - Tyler e Matt riram das duas meninas que se desentendiam por motivos bobos.

- Não é verdade... - Bonnie se encolheu um pouco, ficando incomodada com as zoações da amiga.

- Pare de negar Bonnie, você sabe muito bem que é verdade. - Caroline não dava o braço a torcer e Bonnie teve que ceder.

- Nós vamos almoçar juntos, hoje. - Matt e Caroline começaram a dar gritinhos de empolgação.

- Sério? Eu conheço Jeremy há vários anos e nunca o vi se interessar por uma mulher tão nova. Principalmente porque ele já foi casado e sua mulher morreu. - Um silêncio desconcertante surgiu enquanto Bonnie digeria o que havia escutado.

- Como é que é? - Perguntou, depois de um tempo em silêncio.

- Droga, falei demais. Tenho que consertar meu botão de editar, ele está quebrado. - Tyler pôs as mãos sobre a boca.

- Explica isso direito, Tyler. - Pediu Matt.

- Desculpe, eu não posso. A única coisa que posso dizer é que Jeremy é um cara bem solitário e apesar de ter apenas 24 anos, ele já sofreu muito em sua vida. - O sinal tocou e os amigos se dirigiram para dentro do colégio. No trajeto, Bonnie ficou apenas pensando em Jeremy e no que pode ter acontecido a sua mulher falecida. Um nó enorme se formou em sua garganta e a única coisa que a fazia andar direito era seu desejo por respostas.

Uma pontada na barriga. Seguida de outra e mais outra. Os olhos abriram-se na mesma hora e o corpo pequeno e esguio se levantou, tentando se lembrar do que havia acontecido.

Flashes da noite interior invadiram a sua mente. Os tiros que ricocheteavam em sua volta, a voz de Damon pedindo para que ela obedecesse suas ordens, o tiro que manchou sua blusa, escuro, frio e... o beijo.

Só a pequena lembrança do beijo fez com que os pelos de sua nuca se arrepiassem e com que todo o seu corpo formigasse. Ele não havia aprofundado o beijo, apenas ficaram com suas bocas encostadas num selinho mas todas as sensações que aquilo causou em si a deixava tão... encantada que ela só pensava em repetir a dose.

Elena levou as mãos ao seus lábios e os tocou com a ponta dos dedos, fechando os olhos e lembrando-se do exato momento em que Damon resolveu beijá-la. Lembrou-se de seus lindos olhos azuis desesperados e dos seus cabelos negros que caíam por sua testa. Lembrou-se da emoção que sentiu ao ter sua testa encostada na dele e depois os lábios macios em sua boca. Era como se ela estivesse revivendo tudo aquilo em sua cabeça e por um momento, desejou que seus dedos fossem substituídos pelos lábios quentes e convidativos daquele que parecia ter roubado seu coração.

Não dava mais para evitar, Elena estava apaixonada pelo seu sequestrador. Apaixonada pelo errado, apaixonada pelo insano, frívolo, mau e insensível Damon Salvatore. Mas ela também amava o triste, carente, solitário e amável Damon. Ele tinha várias personalidades e Elena amava todas elas, apenas porque pertenciam a ele e admitir isso fez com que o encanto em que ela se encontrava se quebrasse.

Os dedos trêmulos deixaram seus lábios e como se levasse um balde de água fria, ela percebeu o quão ferrada ela estava.

Isso não podia ter acontecido, não podia!

Seus olhos estavam arregalados e seu coração batia fortemente dentro do seu peito quando a porta foi aberta bruscamente e Damon adentrou o quarto em que Elena estava.

Ao vê-la ali acordada, Damon fez uma carranca que não passara despercebida pela morena, que se encolheu com o olhar mandado por Damon.

- Como se sente? - Ele perguntou, tentando fingir que não se importava.

- Minha barriga dói um pouco mas eu estou bem... eu acho. - Elena franziu o cenho levemente, sentindo o coração bater mais rápido com Damon em sua frente.

- Depois eu vou trocar seus curativos. - E ele virou as costas, pronto para sair quando Elena o interrompeu, dizendo:

- Porque me beijou ontem a noite? - Damon parou bruscamente de andar com aquela pergunta. Ele não sabia o que responder.

- Sei lá, eu senti vontade. - Tentando parecer despreocupado, ele se virou, adotando uma expressão galante.

- Sentiu vontade? - Ela perguntou, descrente e com uma vontade enorme de chorar.

- É. Não é como se eu gostasse de você. - Deu de ombros.

- Eu não achei que gostasse. - Sussurrou Elena.

- Ainda bem. - Damon deu uma risada que acabou deixando Elena magoada.

- O que aconteceu com você? Está estranho... - Elena se levantou da cama cuidadosamente, ainda sentindo pontadas fortes no ferimento.

- Eu não sou uma marionete, Elena. Você não pode me controlar ou querer me moldar da maneira que você bem entende. - Damon cruzou os braços em frente ao peito, com uma arrogância que deixou Elena em frangalhos.

- O que? Não estou entendendo nada. - Franziu o cenho.

- Estou dizendo, que eu sou apenas o seu sequestrador! Não me venha mais com seus papinhos estúpidos sobre mudar e ser uma pessoa melhor, ok? De agora em diante, você só vai falar quando eu quiser que você fale. - Elena estava incrédula. Não acreditava no que estava ouvindo. Ontem, eles tinham se beijado e ele demonstrou que se preocupava com seu bem-estar mais uma vez e agora... ele estava maltratando-a! Não dava para entendê-lo. 

- Mas...

- Mas nada! - O moreno aumentou o tom de voz e Elena deu uma risada sarcástica, demonstrando um pouco de sua irritação.

- Quer saber? Você é um idiota! Acha que pode fazer o que bem entende comigo mas não pode, ouviu bem? Quando a polícia te encontrar, você vai parar direto na cadeia e não vai sair de lá tão cedo. E aí, vai ser tarde para se arrepender de suas escolhas! - Ela fechou as mãos em punho, sentindo muita, mas muita raiva.

- Abaixe esse tom de voz! - Pediu, falando baixo mas ameaçador.
- VOCÊ NÃO TEM O DIREITO DE FAZER O QUE QUISER COMIGO!

QUEM ESTÁ CONTROLANDO QUEM AQUI? EU SOU APENAS UMA VÍTIMA NAS SUAS MÃOS! - Gritou, já farta de tudo aquilo. 

Ela sentia raiva de si mesma por amar um cara tão errado quanto ele. Sentia raiva de estar trancada naquele inferno de lugar e odiava tudo o que tem passado. Sua vida tinha virado de cabeça para baixo e ela não via nenhum sentido naquele sentimento tão idiota.

- CALE A BOCA! - Gritou de volta.

- NÃO VOU CALAR! VOCÊ É UM DESGRAÇADO E ESTÁ ARRUINANDO A MINHA VIDA! - Quando Elena percebeu, já estava chorando. Tinha se aproximado de Damon, enfrentando-o e mostrando para ele que não tinha mais medo de suas ameaças.

- CALE A BOCA AGORA, SUA IDIOTA. - Damon deu um tapa no rosto de Elena tão forte que virou seu rosto bruscamente para a esquerda. Os cabelos longos ficaram grudados em seu rosto, provavelmente pelas lágrimas que saíam e Damon sentiu-se culpado naquele momento.

- Eu te odeio. - Elena endireitou o rosto, sentindo-o arder e olhou para Damon com uma fúria inigualável.

Céus, ele era um monstro e ainda assim, ela tinha conseguido se apaixonar por ele!

- De agora em diante, você vai ter que medir suas palavras e atitudes se não quiser ficar presa no sotão, no escuro e sem água. - A voz baixa e ameaçadora que Damon usava para falar com Elena não lhe deu tanto medo quanto o que ela viu em seus olhos vermelhos. Ele estava descontrolado e ela sabia que ele tinha ingerido algum tipo de droga.

Definitivamente, Damon não estava em si.

Com os dedos trêmulos, Elena levou a mão ao rosto que ardia.

Seu coração doía não pelo tapa que recebera de Damon, mas sim do próprio Damon. Ele estava se matando! Era tão jovem, bonito e saudável e estava estragando a sua vida por culpa de uma vingança idiota e sem sentido. Ela queria tanto poder ajudá-lo mas ela via os muros que o cercavam como se houvessem arames farpados em volta, não deixando que ela os ultrapassasse.

Era como se ela pudesse ver através de toda aquela arrogância. E ela via mesmo! E o que ela enxergava não era nada bonito. Ela enxergava um homem desesperado e triste. Cheio de feridas que não haviam se cicatrizado. Ela gostaria tanto de poder tirar-lhe toda a sua dor e tudo de ruim que habitava dentro de si... mas não tinha certeza se conseguiria e se teria coragem o suficiente para tentar.

Damon se virou e saiu do quarto, andando meio desnorteado.

Elena sentia seu coração se apertar cada vez mais com aquela cena.

Todos aqueles fantasmas que o assombravam pareciam querer assombrá-la também. Todos os receios que habitavam no coração dele começaram a habitar no coração dela e o medo de fazer a escolha errada tirou todo o ânimo que tinha. Se é que ela tinha algum.

Se ela conseguiria enfrentar Damon e seus fantasmas obscuros, ninguém sabia. Mas a única certeza que Elena Gilbert tinha dentro dela, era que gostaria de tentar.


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Notas finais do capítulo

Cara... nunca tinha escrito nada parecido com isso. Aquela parte lá das drogas e tal Ç_Ç então, me avisem se tiver ficado ruim. Ficou simples, mas mesmo assim.
Como vcs podem ver, Elena e Damon terão uma batalha árdua pela frente. A trama vai se isolar um pouco nisso, deixando um pouco de lado a parte do sequestro em si.
No capítulo que vem, veremos o almoço da Bonnie com o Jer e o Klaus e a Car vão se reencontrar *u*
Desculpem se o capítulo ficou mt curto. Minha coluna dói e eu to morrendo de sono, sério. Mas espero que o capítulo agrade vcs mesmo assim!
Agora eu vou indo #partiu #cama #dormir KKKKKK'
Obrigada pelos comentários lindos e carinhosos que recebo vcs são demais.
Continuem comentando please SAUHSAHSUA
Minha coluna pede arrego.
Beeijos meninas, tenham um ótimo sábado!