Dramione - When Fire Meets Ice escrita por Sofia, beaguiar


Capítulo 3
Capítulo 3 - Experiências


Notas iniciais do capítulo

Aí está, espero que tenha ficado bom!



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Hermione esticou-se preguiçosamente na cama enorme do seu quarto no salão da monitoria. Olhou ao redor e desanimou ao ver o tamanho da pilha de pergaminhos que estava sobre a escrivaninha. Tinha milhares de relatórios para escrever à McGonagall, seis trabalhos e muitos, muitos deveres para se fazer, e havia se passado apenas uma semana desde o primeiro dia.
O fato de ter um novo quarto e estar longe de toda a confusão do salão comunal da Grifinória, sempre cheio de festas, bebidas e risadas (das quais ela sentia falta), ajudava bastante, mas ela sentia-se exausta.
Abriu as cortinas, deixando o sol entrar, e andou em direção à porta. Iria até o primeiro salão, os elfos sempre deixavam alguns bolinhos e cookies ali para os capitães e monitores. Ainda era cedo e dava tempo de voltar ao quarto, tomar uma ducha e ir até o Salão Principal para um café da manhã de verdade.
“Graças à Merlin”, a garota pensou ao encontrar, como esperava, os bolinhos e cookies em cima de uma mesinha no primeiro salão. Pegou um bolinho e dois biscoitos e se dirigiu até a janela, para ver os jardins. Era lindo naquela hora da manhã, e alguns estudantes mais velhos e ousados aproveitavam o sol fraco e o vento fresco da manhã para nadar no lago.
–Acordada tão cedo, Granger? –Perguntou uma voz arrastada atrás dela.
A garota virou-se. Malfoy estava jogado na poltrona, vestindo apenas uma cueca samba-canção. Hermione bufou. Já não bastava o fato de que Malfoy aparecia com uma garota diferente toda noite, a castanha ainda tinha que suportar o loiro puxando papinhos para irritá-la à essa hora da manhã.
–Pergunto o mesmo, Malfoy. A noite não foi tão boa assim? Por isso você acordou tão cedo? –Disse Mione, com um ar de nojo.
O loiro soltou uma gargalhada tão irônica que conseguiu deixar Hermione de mau-humor.
–Ora, e porque você se preocupa se minha noite foi boa ou não, Granger? –O loiro tinha um sorriso sedutor de lado que era de matar, mas a castanha sentia apenas nojo. –Sabe, me pergunto o motivo de tanta provocação... Quem desdenha quer comprar.
O loiro deu uma piscadinha enquanto levantava-se e passou a mão pelos cabelos loiros. Hermione abriu a boca para responder, mas perdera o fôlego por alguma razão. Seria a piscadinha? Seria a mão no cabelo? Seria o sorriso irritantemente de lado? Seria o fato de que ele estava só de calção e aquele abdômen definido era tão... tão...
–Draquinho?
Uma voz feminina cortou seus pensamentos (e Hermione agradeceu por isso).
A castanha olhou e era uma menina alta e morena, provavelmente sextanista, vestindo apenas um roupão.
–O que você está fazendo com... Ela? –A garota perguntou, lançando um olhar severo para Hermione, que revirou os olhos.
–Ahn, err... –Draco repentinamente perdera a pose por algum motivo. Era a primeira vez que Hermione via o loiro gaguejar. –Lisa, vamos conversar no quarto...
Dizendo isso, o loiro passou a mão na cintura da garota, guiando-a até o aposento dele.
Mione voltou para o seu quarto, bufando, sem acreditar que Draco conseguira estragar seu humor logo pela manhã.

~*~

–... E eu falei que ela era a menina mais bonita de Hogwarts, que eu estava apaixonado e que os olhos dela pareciam oceanos de tão azuis...
–Ela caiu?
–Como um pato. E de manhã, quando ela me flagrou conversando com a Granger, eu falei mais algumas dessas coisas, e aí rolou de novo... Pode anotar aí, Lisa, Corvinal.Três a dois para Draco Malfoy.
Draco e Zabini estavam atualizando a pontuação da primeira aposta durante o almoço, e Hermione, escutando, de longe, perdera a vontade de comer. Levantara e saíra andando, apressada para a próxima aula, e ainda de mau-humor, deixando Rony falando sozinho.
–Mas o que você estava conversando com a Granger, senhor Malfoy? Querendo pegar uma sangue ruim? Pior, justo a Granger? –Blás perguntou, alongando a conversa na mesa da Sonserina.
–Claro que não, idiota. Eu fui pegar alguns biscoitos e ela também estava lá, então resolvi provocar. Você sabe como eu gosto de irritar as garotas.
–Sei, e sei também que você gosta de irritar principalmente as que você tem real interesse.
–Ah, cala a boca. –Falou o loiro, irritando-se.
Blás riu.
–Anda, vamos. Temos poções agora, junto com com a Grifinória... Olha, que notícia boa, você vai poder olhar pra Granger o tempo inteiro se sentarmos lá atrás.
O loiro deu um tapa no ombro do amigo e os dois saíram andando.

~*~

Hermione estava sentada em sua escrivaninha após um dia muito cansativo. Estava fazendo o trabalho de poções que Slughorn passara, mas os livros da biblioteca não ajudaram, e Hermione estava quase se matando por não ter prestado atenção na aula do dia porque ficava focada em evitar os olhares zombeteiros e as risadas irritantes de Malfoy e Zabini a aula toda. Repentinamente, escutou algumas batidas na porta, e Rony entrou.
–Rony, que surpresa. –Disse a castanha levantando-se.
O ruivo se aproximou, colocando as mãos no rosto da garota e beijando-a de leve. Hermione deixou-se levar por aquele momento, apoiando suas mãos no peitoral do namorado, que vestia um suéter de lã.
–Como você entrou? –Perguntou Mione, sentando-se na cama ao lado de Rony.
–Vim com Harry. Resolvi dar uma passada aqui... Será que você pode dar um pouco de atenção para o seu namorado agora?
Hermione corou fortemente. O dia inteiro deixara Rony falando sozinho, ou não prestara atenção em suas palavras, porque estava distraída demais olhando para Malfoy e odiando-o.
–Ai Merlin, desculpa, desculpa, desculpa! –Ela disse, abraçando-o com força. –Ah Rony, eu estou tão distraída esses dias...
Rony riu.
–É, distraída mesmo. E qual seria o motivo disso, Mione? Por acaso teria a ver com uma certa doninha irritante...?
Mione silenciou-se.
–Não ache que eu não percebi você olhando para ele no café da manhã, no almoço e na aula do Slughorn, Mione. Tem algo que você gostaria de me contar? –Continuou o ruivo.
Hermione surpreendera-se com as palavras do namorado. A guerra realmente o deixara mais maduro e mais disposto à relacionamentos adultos. A garota pegou a mão dele e acariciou-a com o dedão.
–Não Ron. –Ela soltou um suspiro. –Sério, acredita em mim. Ele só ficou me provocando o dia inteiro, me irritando, e ele realmente conseguiu me deixar de mau-humor. Eu te amo.
–Eu também te amo, Mi. Eu te entendo, ele tira qualquer um do sério... Só fiquei com medo de... de... –O ruivo pigarreou. –Bom, de ser trocado. Eu te amo muito.
A castanha riu, tímida.
–Vem cá. –Ela chamou.
Rony se aproximou, beijando-a devagar. Beijou-a de novo, dessa vez com a mão em sua cintura... Mais uma vez, com a outra mão em seus cabelos... E depois de alguns minutos, Hermione estava deitada com Rony em cima dela, sem ver o tempo passar.
–Mione... –Ron interrompeu os beijos, ofegante. –Você...
A castanha olhou nos olhos do namorado e assentiu silenciosamente. Rony arregalou os olhos, e Mione assentiu novamente. O ruivo, então, levantou-se, trancou a porta e apagou a luz, voltando para a cama.
–Eu te amo. –Repetiu Ron, encarando-a nos olhos.
O ruivo beijou a testa da namorada, depois a sua bochecha, seu nariz, seu queixo, e finalmente, a boca.
A última coisa que Rony ouviu antes de fechar os olhos foi a risada nervosa de Hermione.

~*~

Draco estava realmente muito ocupado com uma garota quando uma coruja bateu na janela de seu quarto. O loiro tentou ignorá-la, só que o bicho persistia tanto que o garoto deduziu que a mensagem era importante. Pediu para a garota esperar (o que não a agradou muito) e foi verificar o pergaminho.
Era uma mensagem de McGonagall solicitando-o em sua sala. “Droga, justo agora?”, praguejou o loiro, bufando. Se desculpou com a menina e prometeu que a procuraria mais tarde. Vestiu-se rapidamente e correu pelos corredores.
Ao chegar na sala da diretora, bateu à porta e entrou.
–Me chamou, professora? –Perguntou.
–Sim, senhor Malfoy. Hoje será sua primeira consulta Mary Fray. Irei acompanhá-lo até a sala dela, e nas próximas vezes o senhor irá sozinho. Amanhã no café lhe entregarei o horário das consultas.
Os dois seguiram pelos corredores até chegar em uma sala no último andar. Ao abrirem a porta, revelaram um escritório com uma mesa, algumas estantes cheias de livros, um divã, e uma cadeira ocupada por Mary.
–Sinta-se à vontade, senhor Malfoy. –Disse a mulher, quando a diretora se retirou.
O loiro deitou-se no divã, nervoso. Mary Fray começou a fazer perguntas sobre o passado do garoto. Draco respondia, tímido, porém sincero, e tinha a pequena impressão que aquelas primeiras perguntas eram uma dose leve para que ele se acostumasse para que Mary pudesse avançar para perguntas mais fortes nas próximas consultas, o que o deixava nervoso.
Mary pediu para que o loiro fechasse os olhos, e o garoto obedeceu, permitindo-se, por um minuto, relaxar e esquecer tudo que estava acontecendo.

~*~

Hermione e Ron foram andando abraçados para o Salão Principal. A garota não terminara o trabalho de poções e não fizera metade dos deveres que estavam pendentes, mas não estava nem ligando. Estava com Rony, a pessoa que ela amava, e aquilo bastava.
A castanha não parava de rir atoa nem por um minuto e o ruivo não parava de corar. Na mesa do café, não se soltaram nem por meio segundo, e Harry e Gina trocaram olhares maliciosos.
Depois de algum tempo, Harry e Rony tiveram que voltar ao dormitório para planejar alguma coisa relacionada ao quadribol, deixando Hermione e Gina sozinhas. A ruiva lançou um sorrisinho de malícia para a amiga, fazendo-a corar.
–Conta tudo! –Pediu a ruiva.
Hermione começou a falar sobre como Rony era lindo, perfeito, maravilhoso, fofo, e...
–Ah, tá, tá, não quero saber disso! Quero saber se foi bom!
Hermione riu, nervosa.
–Foi. Foi ótimo. Era a primeira vez dele também, então ele estava todo nervoso, todo fofo... Foi calmo, sem pressa, e ele foi tão carinhoso... Depois a gente ficou deitado, abraçado, conversando até amanhecer. E ele não parava de me perguntar se ele tinha me machucado, se eu tinha gostado, se eu me arrependi, falava que me amava...
–Onwwwwww! Quem diria, Hermione Granger, a certinha, tendo sua primeira vez em Hogwarts! –Provocou Gina.
–Para! –Mione ficava cada vez mais vermelha. –Sua vez. Você e Harry já...?
Gina demorou um pouco para responder.
–Não.
–Sério? Eu poderia jurar que vocês dois...
–Bom, quase... Uma noite, n’A Toca... Mas aí o Rony bateu na porta do meu quarto procurando pelo Harry e ele teve que esconder dentro do guarda-roupa.
Hermione riu.
–Mas eu estou trabalhando nisso. Se é que me entende. –Disse Gina, com um olhar provocativo.
As duas amigas caíram na gargalhada, e Hermione, rindo sem parar, nem imaginava que um certo loiro estava ouvindo a conversa desde o início, e talvez não estivesse gostando tanto disso, embora não admitisse nem para si mesmo o fato de que estava com ciúmes.
Ciúmes da garota que ele mais odiava naquele castelo.



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Notas finais do capítulo

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