Dramione - When Fire Meets Ice escrita por Sofia, beaguiar


Capítulo 4
Capítulo 4 - Velhos conflitos


Notas iniciais do capítulo

Oieeeeeeeee leitores lindos :D
Demorei?
Resolvi postar hoje como um presente de ano novo para vocês.
Que todos vocês recebam suas cartas de Hogwarts atrasadas em 2013!
P.S.: Queria agradecer aos reviews. Não são muitos, mas significam bastante pra mim.



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-É, acho que a Corvinal não tem a menor chance amanhã. –Disse Draco, enquanto voltava do último treino antes do primeiro jogo da temporada de quadribol, Sonserina contra Corvinal.
         -Ouvi falar que o Davies estava tão nervoso que desmaiou no treino de ontem. –Falou um dos batedores. –Otário!
         Os sonserinos caíram na gargalhada.
         Já havia se passado mais um menos um mês desde o primeiro dia de aula e Draco sentia-se bem mais tranquilo e capaz de viver uma vida normal. O horário apertado cheio de deveres, rondas da monitoria, trabalhos e treinos de quadribol não deixava o garoto ficar pensando muito em seu pai e na guerra.
         -Draco Malfoy? –Perguntou uma garota loira, provavelmente do quinto ano, que andava em direção ao grupo de garotos.
         -Sim? –Respondeu o loiro.
         -Minerva McGonagall pediu para que eu lhe avisasse do seu compromisso hoje, que você não deve esquecer. –A garota disse, repassando o recado. Draco lembrou-se da consulta com Mary.
         -Ah! Sim, pode deixar. Eu não esqueci. –Falou o loiro, deixando o resto do time com expressões intrigadas.
         A loira sorriu, flertando, e deu uma piscada. Draco sorriu de volta e acompanhou-a com o olhar enquanto ela partia. Blaise lhe cutucou de leve, sorrindo.
         -Ahn, er... É algo da monitoria. Tenho que ir, vejo vocês amanhã no jogo. –Draco disse, dando uma desculpa esfarrapada e despedindo-se do resto do time. Blaise o acompanhou.
         O loiro passou no seu quarto da monitoria para tomar um banho rápido e se dirigiu à sala de Mary.
         -Olá Draco, como vai? –A mulher perguntou enquanto fazia anotações.
         -Bem melhor, e você?
         -Muito bem. Vamos lá, hoje irei fazer uma sessão mais pesada. Acredito que já está na hora de começar as perguntas mais fortes, Draco. Você já está preparado.
         O loiro suspirou, pois sabia que aquele momento chegaria.
         -Ok.
         -Como você se sentiu nos últimos dias?
         Draco parou para pensar.
         -Bem. Quero dizer, bem mesmo. Todas as minhas obrigações, os estudos, os treinos de quadribol, as rondas... Tudo isso está me ajudando a colocar a cabeça no lugar. Desde que eu tenha algo para ocupar a mente, estou bem.
         -Uhum. –Mary fez mais algumas anotações. –Você bebe, Draco?
         O loiro se perguntou se aquela pergunta era mesmo importante.
         -Ahn... Sim, senhora, às vezes.
         -Anda indo à muitas festas? No último ano, geralmente os alunos organizam bastante delas durante os fins de semana.
         -Ah, sim, é. Algumas, mas nada grande.
         -Certo. E as garotas?
         -Nada sério. –É óbvio que o loiro não iria revelar nada sobre apostas com Blaise nem nada do tipo.
         -Anda falando com seu pai, por cartas ou algo assim?
         Aquela pergunta mexera com Draco. Falava muito com Narcisa, mas raramente mencionavam Lúcio. Uma vez ou outra a mulher falava “seu pai está como sempre”, e Draco procurava ignorar esses trechos, porque sabia que “como sempre” não era “bem”, e sim “sujo, se comportando como um louco autista alienado e morrendo aos poucos”.
         O loiro não aguentou ficar calado e falou isso para Mary. A mulher apenas anotou mais algumas coisas. Depois, suspirou e olhou para o garoto.
         -Draco, eu sei que isso está sendo difícil para você. Eu sei que às vezes você sente vontade de sumir do mundo, de vergonha, de medo, de tristeza. Eu sei como você se sente. –Ao olhar no fundo daqueles olhos profundamente verdes, Draco percebeu que ela realmente entendia. –Mas você tem que ser forte. Afundar em melancolia e bebidas não vão resolver a situação. Sua mãe está sofrendo dez vezes mais que você. Já imaginou o quão difícil é para ela ficar longe do único filho pra cuidar do marido que quase matou a família toda? Perdão por dizer isso, mas você sabe que é verdade. Você tem que ser forte, Draco, pela sua mãe. Tem que viver uma vida normal de adolescente, com festas, garotas, amigos, risadas e estudos. Me entende?
         Draco assentiu, com um nó na garganta.
         -Faça mais que existir. Viva. Viva esse seu último ano em Hogwarts, pois isso nunca mais vai voltar, Draco. Um dia, vão ser só lembranças, e você tem que fazer com que valha a pena para mais tarde, relembrar e dizer que foi bom. E, numa tarde de domingo, se você se sentir triste, permita-se chorar. Você é humano também. Não precisa bancar o invencível. Mas, enquanto isso, prometa à mim que você vai ficar bem. Que você vai tornar esse seu último ano inesquecivelmente bom.
         Draco ergueu a cabeça e olhou nos olhos de sua psicóloga. Sabia que aquilo não era um texto decorado de psicologia para fazê-lo sentir-se melhor. Sabia que aquilo era pessoal. Que ela passara por algo do tipo. Sem dizer mais nada, abraçou-a, porque a partir daquele momento, Draco ficaria eternamente grato por Mary. Por ela ser como uma segunda mãe. Por ela fazê-lo perceber que a vida estava ali, na frente dele, e que ele tinha que vivê-la.

~*~

         Hermione estava no primeiro salão, rindo, abraçando Rony, tentando convencê-lo a ficar, embora soubesse que ela precisava fazer os deveres e ele precisava treinar.
         -Mi, eu prometo que te vejo ainda hoje, vai, me deixa ir! –Rony disse, entre gargalhadas.
         -Tá, mas só com um beijo.
         O ruivo beijou os lábios da namorada delicadamente. Os dois trocaram olhares e riram um para outro, e Rony passou pelo retrato.
         -Vai ser todo dia esse mimimi aqui? –Disse uma voz atrás dela. Draco, mais uma vez.
         -Você me persegue ou o quê? –Perguntou Hermione, fingindo-se de nervosa, porque ela estava bem tranquila. Nada iria estragar o dia dela, nem mesmo Draco Malfoy.
         -Não, só vim comer. –Ele falou, num tom inacreditavelmente não sarcástico. – Só que aqui virou a casa da mãe Joana. Qual é, se você quiser ir para a cama com seu namorado Weasley, seja discreta. Não precisa ficar anunciando para todo mundo entre risadas e beijos barulhentos.
         -Ah, Malfoy, porque você tem realmente muita moral para falar de ir para a cama com alguém. Me diz, em um mês, com quantas garotas você já dormiu? –Retrucou Hermione, com as mãos na cintura.
         -Granger, Granger... Aprenda. É verdade, trago muitas garotas para cá, mas eu sou discreto. Finjo que é para estudar, conversar... Ninguém nunca reclama, porque eu não saio me agarrando com elas fora do meu quarto. –Disse o loiro, erguendo as sobrancelhas. –Faça isso com o pobretão. Sério. Incomodaria muito menos.
         -Malfoy, faça um favor para todos nós e feche sua boca. –Falou a castanha, pisando duro em direção à poltrona para voltar a estudar.
         Draco levantou as mãos indicando inocência. Bom, se Draco queria brincar, Hermione entraria no jogo.
         -Sabe o que isto está parecendo, Malfoy? –Provocou Hermione, sem tirar os olhos do pergaminho. –Ciúmes.
         O loiro gargalhou alto.
         -Aham... Eu... Com ciúmes... De... Uma... Sangue... –Começou Malfoy, entre gargalhadas.
         Antes que ele pudesse terminar a frase, Hermione estava na frente dele com a varinha apontada para seu coração.
         -Cale a boca, Malfoy. Nesse minuto. Se você completar essa frase, eu juro... Eu juro que...
         -Jura que o que? Ai, que medinha dessa sangue ruim.
         -Estupefaça! –Gritou a castanha, lançando o loiro para trás com tanta força que derrubou uma estante de livros. –Você é podre, Malfoy! Podre! Como pôde... Depois de tudo que aconteceu na guerra... Depois de salvarmos sua vida...
         -Mione, você pode me ajudar a achar a Gina? Ela sumiu e... –Harry havia acabado de entrar pelo retrato e se deparou com a cena. –Pelas cuecas de Merlin...?
         -Deixe para lá, Harry, vamos! Eu te ajudo. –Disse a castanha, com lágrimas nos olhos, querendo sair o mais rápido possível daquele lugar.
         Hermione saiu andando pelos corredores segurando as lágrimas enquanto o moreno a seguia, tentando entender o que havia acontecido.
         -Mione... Tá tudo bem? –Disse Harry, quando alcançou a amiga.
         -Tá Harry, tá tudo bem. Não vou chorar por causa daquele idiota... Asqueroso... Malfoy. Não vou.
         Hermione acompanhou Harry pelos corredores, enquanto o moreno falava sobre quadribol, Gina, Rony, a Grifinória e o baile. Agradeceu à Merlin por ter um amigo companheiro como Harry, que em vez de insistir no assunto e continuar perguntando o que havia acontecido, o moreno a compreendia. E aquilo era tudo que ela mais precisava naquele momento.    


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Notas finais do capítulo

FELIZ ANO NOVOOOOOOOOOO!
Vou ver se posto o próximo cap amanhã ou depois como presente porque ficou pequeninho, mas não prometo nada e.e
Quero reviews, porque eu também mereço presentes de ano novo *u*



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