Dramione - When Fire Meets Ice escrita por Sofia, beaguiar


Capítulo 2
Capítulo 2 - Mudanças


Notas iniciais do capítulo

Aí está galera! Eu disse que ia tentar postar na segunda e na quinta, mas ontem não deu, então estou postando hoje. De qualquer forma, vou tentar postar duas vezes por semana! Espero que gostem.



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Capítulo 2

Assim que Hermione fechou a porta da cabine, olhou ao redor para avaliar quem seriam seus companheiros de monitoria. A prof. McGonagall estava em pé no centro da cabine que era magicamente ampliada, e haviam quatro poltronas. Uma amarela, ocupada por um garoto alto que Hermione reconheceu como Ernesto McMillan, um garoto que costumava andar com ela e Harry no segundo ano. A poltrona ao lado era azul, ocupada por Cho Chang, e ao lado, Blaise Zabini ocupava uma poltrona verde. O único lugar vazio era uma poltrona vermelha, onde Hermione se sentou.
–Bom, então aqui estamos nós. –A diretora finalmente falou. – Vocês quatro foram nomeados monitores chefes por razões específicas. Todos tiveram um bom desempenho ao longo dos anos, boas notas, responsabilidade e souberam lidar bem com os estudos. Geralmente, apenas dois estudantes são selecionados para os cargos de monitores chefes, mas este ano, o corpo docente tomou a decisão de nomear quatro alunos, um de cada casa, para estabelecer uma justiça maior.
McGonagall olhou os quatro estudantes diretamente nos olhos e voltou a falar.
–Espero que saibam lidar bem com a pressão de ter várias tarefas, uma vez que esse é o último ano de vocês em Hogwarts e terão que lidar com vários compromissos ao mesmo tempo, já que foram nomeados para esse cargo. Deposito minha confiança em vocês quatro. Os monitores chefes tem acesso à informações que estudantes comuns não podem nem sonhar em saber, portanto, espero de vocês lealdade e comprometimento. –A diretora deu um sorriso para aliviar o clima. – No primeiro dia, antes de irem para as aulas, quero que os quatro vão até a minha sala para que eu possa entregar um manual onde poderão saber suas obrigações e o que podem ou não fazer. Marcarei uma reunião para que possamos estabelecer as rotas de monitoria. Espero não me decepcionar. Alguma dúvida?
Ninguém se manifestou, então todos foram dispensados e voltaram para suas devidas cabines.
–Você demorou. –Disse Rony, com uma expressão indecifrável, quando Hermione entrou na cabine.
–McGonagall chamou os monitores chefes para uma pequena reunião.
O ruivo a olhou desconfiado, o que deixou Hermione ligeiramente magoada, mas a garota resolveu deixar para lá porque logo eles estavam falando sobre outras coisas.
Mais ou menos na metade do percurso, Harry e Gina foram andar pelas cabines para falar com os colegas e provavelmente procuraram uma cabine vazia para conversarem à sós. Rony sorriu para Hermione, puxando-a para um abraço.
–Estou orgulhoso de você. Monitora chefe...
A castanha deu um risinho tímido.
–Rony...
–Ei, nós já falamos demais por hoje.
O ruivo levantou o queixo da garota e lhe deu um beijo delicado. Antes que Hermione pudesse ver, já estavam num beijo provocante e ousado, deitados no banco da cabine. A garota riu e empurrou o peito do ruivo, que estava extremamente vermelho e descabelado.
–Acho melhor não, Rony.
–Mione...
–Sério.
Os dois sentaram-se novamente, desamarrotando as roupas e arrumando o cabelo, e riram um para o outro. Depois se abraçaram novamente.

~*~

Draco estava sentado na mesa da Sonserina, escutando Pansy falando sem parar no seu ouvido. Aquilo estava insuportável, contando com o fato de que a velha McGonagall não terminava aquele discurso estúpido.
–... E então, com esse feliz discurso de iniciação, podemos comer!
“Feliz? Ah, por Merlin.”
Finalmente as travessas surgiram e Pansy finalmente poderia colocar algo na boca para se manter calada.
Blaise encarava o loiro com uma expressão intrigada.
–O que foi, cara? –Perguntou falando baixo.
Draco deu de ombros. Sentia-se vazio. Um peso morto.
–Ei, não fica assim. A guerra acabou, tudo vai se ajeitar com o tempo. É sério. –Disse o moreno, tentando alegrar o amigo.
Draco sorriu naturalmente. Blaise era um ótimo amigo. O único que o fazia sentir-se humano, o único que podia ver Draco além da máscara de sarcasmo que o loiro insistia em colocar.
–Tudo bem, então, de acordo com a nossa tradição, o jantar inicial é o momento para decidir apostas. –Disse Blaise, sorrindo. –Primeiro, a clássica: Quem consegue dormir com mais garotas.
Draco riu. Não era possível que com tanta coisa acontecendo, Blaise poderia pensar nessas bobagens.
–Certo. –O loiro sorriu, dessa vez, sarcástico. –O vencedor dessa leva vinte galeões e o perdedor terá que pagar oito garrafas de uísque de fogo na festa de fim de ano da Sonserina.
–Beleza. –Blaise sorriu. –E é claro, quem consegue mais cartas de admiradoras secretas. O mesmo prêmio da primeira?
–Pode ser.
Blaise pegou um pergaminho e uma pena do bolso das vestes e anotou as apostas. Só para brincar, virou-se para a mesa da corvinal, deu um suspiro falsamente cansado e passou a mão pelo cabelo moreno, provocando vários suspiros. Os dois amigos caíram na gargalhada.
Mais tarde, no salão comunal, Blaise apareceu com uma garrafa de uísque.
–Um brinde, meu amigo, ao nosso último ano nesse castelo. Vamos eternizar o legado Malfoy!
Os dois brindaram e beberam, sorrindo, como velhos amigos, e pela primeira vez no dia, Draco sentiu-se vivo.

~*~
Na manhã seguinte, Hermione estava saindo da sala da diretora após pegar seu manual de monitora quando trombou com alguém alto.
–Por Merlin, já é a terceira vez que isso acontece, você não poderia prestar mais atenção por onde anda? –Exclamou Draco Malfoy.
–Desculpe, Malfoy, mas eu não faço isso por querer! –Disse uma Hermione irritada.
Assim que a garota sumiu de vista no corredor, o loiro entrou na sala da diretora.
–Bom dia, diretora McGonagall. –Disse, educado, com um sorriso simpático e raro.
–Bom dia Draco. –Respondeu Minerva. –Vejo que está em um astral melhor do que o de ontem.
–Ah sim. –Draco pigarreou. –Blaise me ajudou.
–E essa “ajuda”, por acaso, teria algo relacionado ao sumiço de uma garrafa de uísque da nossa cozinha? –Perguntou a diretora, deixando o loiro sem fala. –Ok, este não é o assunto. Lhe chamei aqui, Malfoy, porque eu sinceramente acho que o senhor passou por muita coisa e tenho medo disso atrapalhar seu desempenho no castelo.
–Diretora, eu vou me esforçar ao máximo para que isso não aconteça. –Respondeu Malfoy, firme.
–Tenho certeza que sim, mas ainda acho que o senhor precisa de certa ajuda, e é por isso que conversei com a sua mãe e ela concordou que você precisará de um acompanhamento psicológico.
–Acompanhamento...?
–Esta é Mary Fray, sua nova psicóloga. Ela o acompanhará por cerca de oito meses até que você se recupere totalmente, será sua companheira e ouvinte. –Disse a diretora, apontando para uma mulher sentada no canto da sala que Draco não havia percebido antes. –Vocês se encontrarão duas vezes por semana.
–Prazer. –Disse Mary, estendendo a mão. Era uma bruxa baixinha, magra e ruiva, com um aspecto sorridente e companheiro. Seus olhos verdes eram acompanhados por óculos quadrados.
Draco apertou a mão dela.
–Mas, McGonagall, esse é meu último ano, e com os N.I.E.M.’s e o time de quadribol para liderar, os treinos...
–Tenho certeza que acharemos um horário, senhor Malfoy. Espero te ver na reunião de hoje a noite. Está dispensado.
Draco se levantou, atônito, sem saber o que dizer. Sabia que não podia questionar a decisão, mas sua mente ficou ocupada com aquela informação pelo resto do dia.

~*~

Hermione e os outros três monitores chefes estavam em pé na sala da diretora. Já era noite e eles haviam acabado de decidir as rotas da monitoria, mas por alguma razão, McGonagall pediu para que esperassem, e saiu. Todos já estavam impacientes.
Minutos depois, retornou seguida por Harry, Draco, uma menina da Lufa-Lufa e um garoto da Corvinal.
–Marquei esta reunião com os capitães dos times de quadribol e os monitores chefes porque quero que conheçam seus novos aposentos. Sigam-me.
Todos a seguiram pelos corredores do castelo, até que chegaram à um quadro totalmente dourado.
–Cabeça de Dragão!
O quadro girou, revelando um salão enorme cheio de poltronas, com uma janela enorme e uma escrivaninha grande na parede. Em uma das extremidades, haviam duas portas douradas. Uma continha o desenho de um pomo de ouro, a outra, de uma pena e um pergaminho.
–Este é o novo Salão Comunal de vocês. A porta com o pomo de ouro leva á outro salão, o dos capitães, que poderá ser utilizado para discutir táticas com seus times, fazer projetos, etc. Vocês deverão combinar entre si para marcar reuniões de times. A porta com a pena e o pergaminho leva ao salão dos monitores, que poderá ser utilizado para a realização de relatórios e reuniões da monitoria. Dentro dos dois salões, existem quatro portas, cada uma da cor de uma casa. São seus quartos. Estes aposentos foram criados para promover a união de vocês. Hoje vocês ainda dormirão em seus salões comunais, mas amanhã seus pertences serão transferidos para cá. Podem explorar os aposentos e, até às onze da noite, espero que todos vocês estejam de volta ao salão comunal de suas devidas casas. Fiquem à vontade, espero que gostem.
Dito isso, a diretora saiu e todos começaram a andar, abrir as portas, mexer em tudo. Hermione abriu a porta dos monitores e se deparou com um salão igualmente grande ao primeiro, porém havia uma lareira e uma mesa de canto ocupava toda a parede, para que houvesse espaço para todos. As quatro portas estavam dispostas lado a lado na parede oposta, e Hermione abriu a vermelha, que continha o brasão da grifinória.
Seu quarto era maravilhoso. O piso era de madeira e as paredes eram todas brancas, exeto por uma, pintada de vermelho. A cama era de casal e estava coberta por um edredom vermelho, enfeitada com almofadas douradas. A janela era enorme e a vista era para o lago e os jardins. Havia uma estante com algus livros, um guarda-roupa e uma escrivaninha cujas gavetas estavam repletas de penas e pergaminhos. Havia uma porta branca em uma das paredes, que levava à um banheiro enorme, com banheira, espelhos, tudo na cor branca com detalhes dourados e vermelhos.
–Isso é incrível, não é Hermione? –Disse uma voz atrás dela. A garota se virou e percebeu que era Harry. Correu até ele e o envolveu em um abraço.
–Sim, é maravilhoso! Não poderia imaginar coisa melhor!
Os dois voltaram para o salão principal e ali ficaram, conversando e colocando a conversa em dia.
–Vai ser maravilhoso. E ainda temos aquele banheiro incrível no sétimo andar.... –Disse o moreno.
–É verdade. Eu acho que o único problema vai ser me acostumar com os outros monitores e capitães. O Ernesto é simpático, a Cho não é de falar muito, mas Blaise e Draco? Argh.
–Temos que nos acostumar, Mione, é o único jeito. Mas caso as coisas se tornem impossíveis, creio que podemos voltar para os dormitórios, isso é apenas um privilégio opcional. O pior de tudo vai ser a Cho dando em cima de mim... –Disse Harry.
–Verdade. Mas mesmo assim, acho que o Malfoy vai ser pior. Não quero nem imaginar quantas garotas ele vai trazer para cá.
Harry riu da amiga. Com certeza, Malfoy seria um problema.
Hermione correu os olhos pela sala, avaliando seus novos companheiros. Sem que ela queresse, seus olhos pousaram no loiro, que estava no meio de uma conversa com Blaise, rindo. Sua camisa social estava arregassada até os cotovelos, com alguns botões desabotoados e a gravata estava frouxa. Seus músculos eram visíveis, e aquela risada, ah Merlin, Hermione podia muito bem entender o que aquilo causava nas garotas. Era um sorriso tão lindo que chegava a deixá-la tonta.
Opa, não.
Hermione balançou a cabeça, afastando aqueles pensamentos insanos. Aquilo era patético, não era uma daquelas garotas bobinhas que babavam em Malfoy e Zabini. Não poderia ser.
A castanha respirou fundo, se controlando. Com certeza, Malfoy seria um problema.
E dos grandes. 


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Notas finais do capítulo

Ficou bem grande esse, mas espero que não tenha ficado cansativo.
Deixem suas opiniões em reviews! :)



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