Cego Coração escrita por Aella


Capítulo 5
Quinto Capítulo - Problemas de Alpha


Notas iniciais do capítulo

Oi povo! Como foram de ano novo? Espero que bem! Um feliz 2013 para todos nós! :D
Aqui está o quinto capítulo da história! Espero que gostem!



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Como o esperado, não demorou muito até o youkai chegar aos seus territórios. Mesmo sem os dois fragmentos da jóia que ele antes possuía em cada perna, ele continuava sendo o mais forte e mais veloz youkai lobo do leste. Não era a toa que ele era o líder de seu grupo.


Em todo seu caminho de volta, sua mente não o deixou em paz, sempre o lembrando de Kagome, fazendo-o já sentir saudades da moça. Ele se perguntava como ele havia conseguido ficar tanto tempo longe dela, sem nem visitá-la. Sim, ele estava metido em uma guerra, mas seu coração também tinha suas próprias necessidades.


– Kouga! Você finalmente voltou! – exclamou um youkai familiar com um moicano branco assim que avistou seu líder. Hakkaku.


– Por que demorou tanto? Por onde esteve? – perguntou outro youkai, este com cabelos cinza e com uma mecha de cabelos negros no meio. Ginta.


– É óbvio que eu estava ocupado. – Kouga respondeu simplesmente, deixando Hakkaku e Ginta confusos e curiosos.


Agora sua tribo já estava bem melhor. Dava para ver alguns resquícios de batalha ainda, mas os lobos já haviam voltado as suas vidas de antes. Kouga sorriu ao ver três filhotes brincando e esses acabaram esbarrando nele enquanto brincavam.


– Ah! A-Alpha Kouga! – Eles disseram juntos. –Desculpa!


– Está tudo bem, continuem a brincar. – Ele respondeu, ajoelhando-se a acariciando os cabelos de um dos meninos. Os filhotes continuaram a correr, deixando Kouga ajoelhado na grama, sorrindo ao ver que os filhotes da tribo já haviam se acostumado de volta à vida normal. Eles haviam sim perdido muitas crianças e muitos pais na grande guerra, mas todos estavam prontos para retornar a alcatéia a sua antiga glória.


O príncipe youkai se dirigiu a seu covil, deitando-se em sua grande cama, feita por pêlos de diversos animais. Colocou as mãos atrás da cabeça, mas, quando havia acabado de fechar seus olhos, Ginta e Hakkaku entraram em sua caverna, prontos para a investigação.


– Ei Kouga!


– Kouga...


‘Não acredito nisso...’ Ele disse mentalmente, mas sentou-se ereto na cama.


– O que vocês dois querem? Não dá para perceber que eu estou tentando descansar de uma longa viagem? – Perguntou exausto.


– Ah, desculpa Kouga.


– Isso, desculpa. Mas é que, bem, estamos morrendo de curiosidade aqui... – Hakkaku pressionou.


– Estão curiosos? – Ele perguntou irritado. – O que deixaria vocês dois assim tão curiosos a ponto de privarem seu Alpha de sono?


Os dois youkais se entreolharam antes de prosseguirem.


– Uhm, nós queremos saber onde você esteve esses últimos dias...


– Sim. E também o porquê de sua demora para voltar. Não é exatamente bom que um líder abandone sua tribo depois que acabaram de enfrentar uma guerra!


O príncipe suspirou. Eles realmente tinham todo o direito de exigir uma explicação.


– Eu sei que eu não deveria ter demorado tanto. Na verdade eu nem deveria ter ido nessa “viagem”. – Ele pôs a mão na cabeça como se ela pesasse. – É que eu simplesmente não pude resistir, tá bem?


– O que você quer dizer com isso, Kouga?


– Eu fui visitar a Kagome. Foi isso que eu fui fazer. – Ele confessou.


– A Kagome?


– Você foi visitar a mana? – Kouga concordou com a cabeça.


– Eu não a via em três anos; Fazia um bom tempo que eu já queria fazer essa viagem, vocês sabem. Mas é claro que não tinha nem como eu partir enquanto nós estávamos em guerra. – Ele suspirou. – Eu achei que não teria nenhum problema em eu ficar longe só por um dia. Mas eu acabei ficando mais do que um dia... Sei que foi completamente errado da minha parte, mas se ponham no meu lugar só por um instante! Imaginem como deve ter sido para mim, vendo-a finalmente!


– Você ainda quer fazê-la sua mulher? – Perguntou Ginta.


– Sim. Mas é claro. Por que todo mundo acha que eu mudei de ideia? Só porque eu não a vejo em tanto tempo não significa que eu deixei de sentir o que sentia por ela antes!


– Bem Kouga, você sabe que não é comum alguém da alcateia acasalar com uma humana... – Hakkaku explicou. – Na verdade, não é comum nenhum youkai acasalar com uma humana. Tá, eles até tem filhos com humanos às vezes, mas nunca acasalam!


– E daí? Eu desejo acasalar com uma humana, eu pretendo acasalar com uma humana e eu vou acasalar com uma humana. – Ele respondeu. A ideia de Kagome ser somente sua imediatamente fez seu famoso sorriso convencido aparecer.


– É que nós pensamos... – Hakkaku começou.


– A tribo pensou, – Ginta o corrigiu. – que a Kagome fosse apenas uma paixão temporária.


– É. Uma fascinação temporária pela mana. Você sabe, por ela ser corajosa, leal, bonita... Mas nunca pensamos que fosse um sentimento tão forte que acabaria em você acasalando com ela, Kouga!


– Isso é muito estúpido da parte de todos vocês então. Eu disse desde o começo o que eu pretendia com a Kagome, e eu sei que todos vocês me ouviram muito bem.


– Mas Kouga, nem todo mundo vai gostar de ter a Kagome como a Fêmea Alpha...


– Nós não vemos nenhum problema nisso. – Hakkaku acrescentou à ideia de Ginta. – Nós adoramos a Kagome, mas há vários outros youkais que não aprovarão essa união...


Eu sou Alpha. Eu sou o único que tem o direito de decidir quem será a Fêmea Alpha. – Kouga disse irritado, já levantando um pouco o tom de voz. Os dois lobo suspiraram derrotados.


– É claro Kouga. Mas a alcateia não ficará muito feliz em saber que você está novamente tentando conquistar a mana.


– Especialmente os anciãos. Eles tinham a esperança que você já tivesse a esquecido depois de tanto tempo. Tinham a esperança que você escolheria uma das nossas fêmeas.


– Ou uma fêmea de outra alcateia... – Hakkaku disse, não exatamente se referindo à Ayame, mas foi isso que Kouga interpretou.


– Se eles têm esperança de eu acasalar com a Ayame eles podem esperar sentados! Ela é muito criança, muito mimada! Eu quero uma mulher, uma mulher como a Kagome. Dedicada, esforçada, fiel... Não, eu não quero alguém como a Kagome, eu a quero e não vou ficar satisfeito com mais ninguém!


– A Ayame não é tão ruim assim Kouga... – Ginta começou a argumentar mas foi interrompido por seu Alpha.


– Eu não ligo para a opinião dos anciãos. Eu vou continuar a amar a Kagome e, um dia, vou torná-la a Fêmea Alpha da Tribo do Leste. E para aqueles que não gostarem da ideia, bem, eu não dou a mínima. Como eu disse antes, eu sou Aplha.


– Tá bem Kouga...


– Nós sabemos Kouga...


– E de qualquer forma, os youkais que dizem que eu não deveria acasalar com uma humana só dizem isso porque não conheceram essa humana ainda. Quando eles a conhecerem e verem o quão alegre, amorosa, carinhosa e leal que ela é... Não há como eles não gostarem dela. Na verdade não há como ninguém não gostar da Kagome.


Ginta e Hakkaku concordaram, mas ainda não estavam convencidos em relação a como a tribo iria reagir a essa notícia. O Kouga se levantou e deixou sua caverna, anormalmente irritado.



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Notas finais do capítulo

Me contem a opinião de vocês desse capítulo! Vocês sabem que nada motiva mais um autor do que os comentários dos leitores maravilhosos! :3 Obrigada!