Cego Coração escrita por Aella


Capítulo 4
Quarto Capítulo - Confissões à uma amiga


Notas iniciais do capítulo

Olá gente! Queria, mais uma vez, agradecer à todos vocês que leem e comentam nessa fanfic. Vocês não têm noção do quanto isso faz um autor feliz e o incentiva a sempre continuar seus trabalhos. :3 Obrigada!



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Já estava no horário em que Kagome deveria ir ao encontro do lobo, e ela estava mais do que feliz em largar suas tarefas da vila para se encontrar com seu querido amigo. Mas, o que Kagome não viu foi que a Sango percebeu quando ela saiu andando um pouco apressada demais da vila.

Desta vez, quando Kagome chegou à clareira, o lobo já estava a sua espera. Ele estava abaixado, pegando algumas flores azuis, de costas para a mulher.

- Erm, Kouga? – Ela o chamou.

- Kagome... – Ele se virou para ela, com aquele seu famoso sorriso no rosto. – Eu estava pegando estas flores. – Ele as deu para ela. – Para você, é lógico.

- Kouga! É tão gentil de sua parte... – Ela sorriu timidamente e sentiu suas bochechas esquentando. – Obrigada.

O lobo suspirou e pegou as mãos da sacerdotisa nas dele.

– Kagome, eu sinto muito em lhe dar esta notícia, mas este é o último dia que temos para nos encontrar aqui. – Ele disse, seu olhar triste.

- O que? – Ela perguntou, triste. Ela estava acostumada à encontrá-lo e gostava disso. – Por quê?

Ele suspirou novamente e passou sua mão pelo seu rosto, fazendo carinho nas bochechas da moça.

- Não pense que eu quero lhe deixar aqui, porque eu realmente não quero. Mas, Kagome, eu preciso. A minha tribo precisa de mim, e eu preciso voltar para casa.

- Ah, é claro. E-eu entendo. – Kagome tentou ao máximo soar como se ela realmente compreendesse, mas o que ela realmente queria era que o youkai continuasse ali com ela. Todos os dias.

- Bem, eu sei que a guerra entre nós e os youkais pássaros acabou, mas eu ainda preciso estar lá com meu povo e ajudá-los a reconstruir e se recuperar de tudo o que aconteceu. Eu sou o Alpha deles, afinal. – O lobo sorriu por dentro, percebendo a expressão no rosto de Kagome. Ele não gostava de vê-la daquele jeito, mas ó o fato de saber que ela estava assim porque ele iria partir fazia seu coração acelerar um pouco. – Eu não sei ao certo por quanto tempo ficarei longe, mas prometo que virei aqui lhe ver sempre que puder.

- Fico feliz em ouvir isso. – Ela diz sincera, um sorriso voltando a brotar em seus lábios.

Kouga se aproxima dela e beija sua testa delicadamente.

- Você não tem ideia do quanto você é importante para mim, não é?

- K-Kouga! – Ela exclamou envergonhada, suas bochechas queimando. – Bom, você com certeza não se cansa de me lembrar... – Ela sorriu.

- Bom, você é muito importante mesmo, amor. – Ele riu levemente por causa do quão vermelha a moça já estava. Ele a abraçou e imediatamente ela sentiu aquela sensação de conforto de antes, aquela sensação que a fazia querer ficar naqueles braços para sempre. – Até mais, Kagome. Se cuide, querida.

- Tchau Kouga. – Ela observava o youkai lobo se transformar no tornado de sempre e sumir em direção ao leste. Ela levantou as flores ao nariz e inalou o delicioso aroma.

‘Ah, como eu vou sentir a falta dele....’ Ela pensou enquanto fazia seu caminho de volta à vila. ‘Ele é uma ótima companhia e muito amigo meu.’ Ela gargalhou sozinha. ‘Mesmo se ele não desiste de me conquistar!’ Quando Kagome entrou em sua cabana ficou surpresa em ver que sua querida amiga Sango estava sentada em sua cama, esperando justamente a sacerdotisa voltar.

- Sango! Aconteceu alguma coisa?

- Você que me responda, Kagome. Por onde você andou nesses últimos dias, incluindo hoje à tarde. – Sua amiga questionava confusa. – No início eu não dei muita bola, mas hoje eu percebi que você estava bem impaciente e esperava ansiosa o tempo passar. E assim que sua hora d sair chegava você praticamente corria para a floresta!

A Kagome estava incrivelmente envergonhada. Do jeito que a Sango descrevia parecia que ela estava indo se encontrar às escondidas com um amante. E isso estava muito longe da realidade.

- Kagome, você anda se encontrando com alguém? – ela perguntou à amiga.

A moça sabia que sua amiga só estava preocupada e ansiosa para dar conselhos para ela, então, com um sorriso no rosto, Kagome confessou.

- Sango, você se lembra do Kouga?

- O príncipe da alcatéia do leste? – Ela perguntou. – Claro, como eu não lembraria? O cara que vivia criando confusões com o Inuyasha porque ele queria levar você como sua mulher?

- Eh, é. Esse Kouga. – As duas riram alto.

- Kagome, você está querendo me dizer que é com o Kouga que você anda estando todas as tardes? – A sacerdotisa concordou com a cabeça. – Bom, já tava na hora de vocês dois ficarem juntos mesmo. Quer dizer, eu achava que ele já deveria ter acasalado, mas sempre foi óbvio o quanto ele gostava de você. E, pessoalmente, eu acho que ele lhe trataria muito bem, Kagome.

- Opa! Espere um pouco aí, Sango, vá devagar! – Kagome enrubesceu. – Nós não estamos juntos. Não do jeito que você está pensando, pelo menos.

- Não estão? – A outra perguntou, confusa.

- Não! O Kouga é meu amigo, e ele sabe que é meu amigo. Apenas meu amigo.

- Mas ele era louco por você! Aposto que ele ainda se sente assim...

- Eu não acho que ele seja louco por mim. Mas é, talvez algum sentimento por mim ele ainda tenha... Mas eu não sinto nada por ele, e nunca sentirei. Sim, eu me sinto lisonjeada, mas eu digo para ele desde o dia em que nos conhecemos que eu não seria sua mulher. Isso significa que não estou interessada e ele sabe muito bem disso.

- Tá, mas...

- Mas... Ele ainda tenta me conquistar. Eu acho até divertido. Ele não desiste. Mesmo eu tirando sarro dele após todas suas investidas ele apenas ri junto comigo. Então nós estamos entendidos.

- Ele sempre foi um cara confiante... – Sango disse com um suspiro. A coitada da Kagome não conseguia enxergar nem o que estava escrito bem à sua frente. – Bem, já que você diz que não há nada acontecendo... Mas tente não parecer tão ansiosa. O jeito que você sai correndo com um sorriso enorme estampado no rosto faz as outras pessoas começarem a desconfiar. O Miroku já veio me perguntar hoje se eu sabia de alguma coisa.

- Ah. Não se preocupe Sango, ele teve que partir, voltar para sua tribo. Eu não o verei mais por um bom tempo. – A sacerdotisa disse com o olhar já cheio de saudade, detalhe que não passou despercebido pela sua amiga.

- Entendi. Mas não se preocupe, Kagome. Logo ele estará de volta. Conhecendo o Kouga... – Ela disse, segurando o riso.

Assim que a caçadora saiu da moradia de Kagome ela soltou o sorriso que estivera segurando desde o início da conversa. ‘Ah, como ela é ingênua!’ Ela pensava enquanto caminhava até sua própria casinha. ‘Eu me pergunto quando é que ela vai perceber o que está acontecendo com ela.’ Entrando dentro de casa ela já chamou pelo marido.

- Miroku! Eu tenho ótimas notícias.


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Notas finais do capítulo

Por favor não se esqueçam de deixarem um comentário, seja ele com críticas boas ou ruins okay? ^-^