POV Percy.

– Pai? – Poseidon me olhava com um sorriso, mas ele não chegava a seus olhos.

– Olá, filho. Parabéns pelo sucesso da missão!

– Ah, valeu. Obrigado pelas ajudas e tal.

– Que isso, Percy. Você sabe que sempre que posso quero te ajudar. – Dessa vez seu sorriso era verdadeiro.

– Obrigado mesmo assim.

– Bem. Soube que você esteve na praia do acampamento hoje. – Vi que ele meio que segurava uma risada. Peixes são fofoqueiros, sempre que me viam fazendo algo corriam para contar pra meu pai.

– Ér... passei um tempo com a Annabeth.

– Eu vi.

– COMO ASSIM VOCE VIU? – explodi. Poxa sei que meu pai tinha consciência de tudo que acontecia no mar, mas dai a ficar vendo... Será que ele num tempo o que fazer? Tipo, sei lá, ler o jornal, lavar o carro.

– Calma Percy! Mas passou na tevê Hefesto. Assim que Afrodite viu o que estava acontecendo fez com que fosse transmitido. – Dessa vez ele riu. E muito. Que legal, seu próprio pai divino zuando com a sua cara.

– A aquela...

– Ei cuidado com a boca! Ela continua uma deusa. – Ele me interrompeu antes que eu fizesse besteira.

– Por que ela fez isso? E passou tudo, tipo, tudo? Não acredito! – Comecei a andar pelo quarto, passando as mãos no cabelo. Cara, isso é invasão de privacidade! Esses deuses!

– Ahh Percy, até parece que você não conhece Afrodite. Ela adora a sua... como ela chamou mesmo? Ah sim sua “aventura amorosa”. – Ele riu. – E sim, passou tudo. Desde vocês na barreira dos corais, até a hora da praia na areia... – Ele parou.

Eu estava sentado na minha cama, na verdade apenas ouvindo. Estava furioso! Odiando Afrodite e suas brincadeiras. Mas quando meu pai falou da hora da praia, meu rosto queimou e eu me levantei voltando á fonte.

– E esse é o motivo pelo qual eu estou aqui. Acho que já esta na hora de termos uma conversa de pai, pra filho.

De repente, Poseidon em pessoa apareceu no meu quarto. Estava como sempre. Bermuda bege, blusa havaiana e sandálias. Ele andou pelo quarto até ficar em frente a minha cama, uma cadeira verde se materializou na minha frente e ele se sentou.

Eu não estava nem um pouco a fim de ter uma “conversa” com meu pai divino. Matei-me mentalmente ao ver que sim. Eu iria conversar sobre sexo com Poseidon.

– Bem, Percy. Você já esta grandinho. Na verdade já é um adolescente. Quase um homem. E tem coisas que você precisa saber. O que aconteceu na praia é completamente normal. Culpa dos famosos hormônios. Mas você sabe que tem que esperar um pouco, certo? Sei que o que você sempre por sua namorada é forte, mas vocês ainda são muito novos e tem coisas por trás disso que vocês ainda não sabem. – Ela falava rápido, como se tivesse medo de esquecer-se de um discurso. Será que ele colocou no Google: “como falar sobre sexo com seu filho adolescente.”.

– Pai, eu sei. Mamãe já teve essa conversa há muito tempo comigo e... – Ele me olha de um jeito estranho, que me faz parar de falar.

– Não com isso que me preocupo, filho. Sei que Selly te falou sobre isso.

– Então o que é pai?

– Como eu disse, há coisas por trás disso que vocês ainda não podem saber. Apenas me escute e espere... sei que pode ser imprevisível, mas tente, por favor.

– O que é? O que esta por trás de mim e Annie? – Já comecei a ficar furioso com Afrodite novamente.

– Não posso te contar Percy. Sabe como funciona as pro... – Ele parou. – Bem, olha a hora. – Ele olhou para o pulso, mas estava sem relógio, logo um relógio de ouro apareceu em seu pulso. – Eu tenho que ir. Anfitrite deve esta doida atrás de mim. – Ele se levantou. A cadeira sumiu e ele andou em direção à fonte.

– Espera ai, pai! – Me levante e fui atrás dele. – Me conta!

– Boa noite, filho. Lembre-se do meu pedido. – Ele já ia desaparecendo quando pareceu se lembrar de algo. – Há, você tem razão em querer evitar Atena. Ela quer fulminar você

Ele riu e sumiu numa brisa do mar.

Sentei-me novamente em minha cama e fiquei pensando na conversa que acabei de ter com meu pai, confuso. O que ele queria dizer com aquilo? Atena já esta querendo me matar? Com certeza não iria ao Olimpo amanhã, mas sei que se ela queria me matar, a minha localização não seria problema.

Não sei se posso contar isso para Annabeth. Não antes de descobrir o que tudo aquilo significava. Pensei que Poseidon iria falar de camisinha e de ser cuidadoso, mas ele apenas me pediu para esperar. Deitei-me e fiquei olhando o teto. Pensando, acabei adormecendo.

POV Annabeth.

Acordei com um sorriso do tamanho do Parthenon. A tarde passada havia sido perfeita. Poderia ter sido algo mais, mas não era o momento. Deixei me levar pelas lembranças de ontem...

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Percy havia me levado a uma barreira de coral linda, com diversas flores aquáticas e peixes que pareciam mudar de cor com um movimentar de calda. A ideia de ver com meus olhos o palácio de Poseidon me iluminou. E sei que Percy, meu namorado iria me levar para ver.

Beijamos-nos, e quando subimos para a superfície, Percy me pegou no colo, sorrindo. Aquele sorrido lindo, que me deixava com um sorriso tonto no rosto. Percy tinha ficado mais forte enquanto estava sobrevivendo sozinho. Seus braços estavam musculosos, não tanto. Seu abdome ficou mais definido, com lindos seis gominhos. Sei que vai suar estranho vindo de mim, mas, meu namorado era uma delicia!

Ri com esse pensamento e bati de leve em seu ombro. Ele me colocou na toalha e se deitou ao meu lado. Ele sorria bobo e logo seu olhar mudou. Desviei meu olhar mais sentia os olhos de Percy em mim. Já era a segunda vez hoje que Percy me olhava assim. Eu correi. Sabia que ele me olhava com. desejo. Senti-me envergonhada até mesmo com raiva dele, mas ele era meu namorado. Ele poderia me olhar assim. E, bem, até uma filha de Atena gosta de se senti desejada.

Quando olhei novamente para Percy, ele não parecia bem, mas não tive tempo de analisar sua expressão, pois ele me beijou. Um beijo delicioso, sua língua pedia passagem e eu no começo não entendi mais dei de ombros e dei passagem também para sua língua, que brigou com a minha e logo senti seus dentes mordendo meus lábios com força.

Suspirei quando ele deitou em cima de mim, eu não pensava mais.

Minhas mãos foram para suas costas nuas que também estava trabalhada nos músculos, e as mãos dele passou pela lateral de meu corpo até minhas coxas, o beijo ficou muito urgente e a falta do maldito ar fez meus pulmões doerem. Percy desceu seus lábios para meu pescoço. Ele nunca havia me beijado assim, como se precisasse de mim. Fechei meus olhos, completamente entregue ao chupão que Percy me deu, em troca lhe dei um apertão. Mas despertei de tudo quando seus lábios iam descer para o meu colo. Abri meus olhos à contra gosto, mas sabia que não queria isso aqui. Não no acampamento, não nesse momento e o mais importante não era a minha hora.

Entenda, eu tinha apenas 16 anos, nos namorávamos apenas há aproximadamente nove meses, meus sentimentos por Percy eram fortes, mas ainda não era hora de darmos esse passo. Nos nunca conversamos sobre isso e eu queria saber o que ele pensava sobre isso. Queria que fosse ele que tirasse minha virgindade, mas queria algo especial, romântico e que nos dois tivéssemos consciência disso.

Coloquei minhas mãos no peito dele e o imporei levemente e disse que não me sentia pronta. Ele me olhou nos olhos, que estavam de um verde muito escuro, e se sentou ao meu lado, levemente corado. Respirei fundo e me sentei também olhando ele. Quando ele me olhou, vi que ele não fez com malicia. Percy não era assim. Mesmo sendo menino e tudo mais, ele me respeitava. E se desculpou e eu confirmei minhas suposições. Ele se perdeu no momento assim como eu. E nesse momento eu sabia, olhando naquelas profundezas verdes de seus olhos, que agora voltaram ao normal, que eu amava aquele idiota. E abri meu coração.

– Hei. – Ela puxou meu queixo. – Num precisa ficar assim, Percy. Eu entendo. Eu também estava perdida no momento. E eu quero que minha primeira vez seja com você, mas quero que seja algo romântico. Não na praia do acampamento onde qualquer um pode chegar e estragar tudo. - Nós rimos.

– Eu também quero que seja perfeito pra você.

– E tem que ser pra você também.

– Só de ser com você já vai ser perfeito. – tive vontade de chorar, mas em vez disse sorri abertamente para ele e lhe dei um longo e macio selinho.

Ele era perfeito mesmo. Deitou na toalha me puxou com ele e meu deitei no seu peito forte. Senti sua mão no meu cabelo, e peguei sua mão que estava em cima de sua barriga (já disse que ele tinha os seis gominhos? Já? Me ignore, então.).

Fiquei olhando o horizonte e logo me peguei imaginando como poderia ser nossa primeira vez. Sei que Percy pensaria em algo. Ele sempre me surpreende. Logo adormeci. Senti mãos fortes me levando da areia, mesmo levemente acordada deixei ele me levar, apenas aproveitando aquela sensação. Deitou-me na minha cama e senti um beijo na minha testa. Virei-me e sorri para a parede. Ele me cobriu e eu voltei à inconsciência, sonhando com meu cabeça de alga, me levando para um passei a beira de uma linda praia, logo um lindo menino, com cabelos loiros escuros e olhos verdes gritando atrás de nos. Meu lindo sonho virou um péssimo pesadelo. Um buraco se abriu no chão, mas Percy fez uma ponte de agua por onde meu menino passou. Mas um raio o atingiu e ele sumiu, simplesmente. Uma voz poderosa urrou:

– Vocês foram avisados!

Acordei com lagrimas nos olhos, e ofegante. E tive medo.

E se os deuses não aceitarem um filho meu e de Percy?