Womanizer escrita por Tamy Black


Capítulo 37
History Repeated




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Edward POV.

Eu estava lá, sentado na poltrona do Tom, chorando tudo que estava entalado há anos. De repente a porta se abriu e meu coração disparou, mas era só a Alice. Ela me olhava triste, quase chorando também. A minha nanica se ajoelhou bem próxima a mim se apoiando em minha perna.

- O que aconteceu, Ed? – perguntou docemente.

- Ela... – disse com a voz rouca – Não me ama.

- Mentira dela. – minha irmã rebateu prontamente.

- Ela me disse olhando em meus olhos, Alice. – disse sério.

- Ela só pode ser louca, como é que ela... – começou a exaltar-se.

- Alice! – repreendi-a – Esquece.

- Edward... – ela cantarolou o meu nome tristemente – Você não pode desistir tão facilmente e...

- Alice, acabou. – disse firme – Eu não posso obrigá-la a nada, ela decidiu isso, então tudo bem. Não posso fazer nada.

- Edward, por favor...

- Não Alice. – a repreendi mais uma vez – Bella não me quer e eu não vou me humilhar mais uma vez, chega. Ela não me quer, ela não me ama, disse na minha cara, então pronto.

Levantei-me do sofá e Alice fez o mesmo.

- Então você simplesmente vai deixá-la seguir sozinha? – ela me indagou.

- É o que ela quer. – murmurei

- Você não a ama? – me perguntou.

- Mais do que a mim mesmo, pequena. – disse convicto – E justamente por isso que vou deixá-la livre, não vou persegui-la ou coisa assim.

Alice me abraçou fortemente e eu voltei a chorar como um bebê. Ficamos abraçados por longos minutos.

[...]

O mês de outubro se arrastou e eu estava parecendo um zumbi. Barba por fazer, não conseguia dormir, vivia trabalhando mais e mais. E cada vez que eu via Bella transitando pelo condomínio ou até mesmo pela galeria me doía ao vê-la sorrindo, rindo... Ela realmente me esqueceu.

Maybe – Kelly Clarkson

Bella POV.

Eu estava tentando viver um dia após o outro. Mas a minha mente era traiçoeira demais, sempre me pegava pensando em como Edward estaria, eu mal o vi nessas últimas semanas. Eu me foquei no trabalho, mal saía do ateliê, ficava poucas horas do dia na galeria, briguei com a Alice. Mas estávamos sendo totalmente profissional nos negócios, eu larguei de mão.

Meus enjôos estavam freqüentes e vomitando bastante, eu tinha medo do que estava por vir. Porque eu já senti isso antes e sei muito bem o que aconteceu, depois de me acabar de vomitar mais uma vez, marquei uma consulta com a Dra. Carter. Já estava saindo para ir vê-la, mas tinha que avisar a Alice, fui até a sua sala.

- Alice. – a chamei, ela digitava algo no computador.

- Sim, Bella. – e me olhou.

- Eu vou ao médico agora, não volto mais hoje, tem algum problema? – perguntei.

- Você está doente? – ela pareceu preocupada.

- Não. – respondi de imediato, não queria que ninguém suspeitasse de início – É só uma consulta de rotina.

- Ah, tudo bem. – disse e eu assenti.

Saí da galeria e peguei meu carro, estava frio em Boston hoje e já estávamos caminhando para novembro e daqui a pouco vinha à neve. O consultório da Dra. Carter não era muito longe, questão de dez minutos de carro e eu já estava estacionando em frente ao prédio. Eu já tinha ido ao começo da semana, ela pediu uns exames, não disse nada, só iria falar quando visse os meus resultados e isso estava me deixando uma pilha.

Peguei os resultados e os coloquei dentro da bolsa, saí do meu carro e o tranquei. Entrei no grande prédio e fui em direção aos elevadores. Agora era a hora da verdade, adentrei ao consultório dela e tinha muitas grávidas lá. Ela era ginecologista e obstetra.

Edward POV.

Eu estava saindo da sala do diretor do hospital, grande amigo do meu pai ele, o Dr. Mathews. Eu já estava decido, tinha acabado de pedir demissão do melhor hospital de Boston para voltar ao meu lugar de origem. É eu estou voltando para Forks. Já que eu e Bella não temos chances de voltar a ficar juntos, o melhor é ficar longe.

Eu não vou agüentar ficar no mesmo espaço que ela, ser vizinho dela e não fazer nada. Meus pais ficaram assustados com a idéia, mas me apoiaram, é claro. Eu iria ir ao final da semana. Estava fazendo minhas malas, o apartamento iria ficar montado mesmo, só levaria minhas roupas e alguns objetos pessoais. Se eu precisasse de alguma coisa a Alice mandaria para mim.

Eu estava literalmente cansado de tudo. Cansado de sofrer por alguém que não está nem aí para mim, apesar de amá-la desesperadamente. Mas eu vou ficar longe, é o melhor para mim agora, só vou aparecer no casamento da Alice e do Jasper, para ver o meu sobrinho nascer, só assim. Ainda não tinha contado aos meus irmãos, iria contar a eles hoje num jantar. Imagino que a Alice vai surtar, com certeza.

Bella POV.

Enquanto esperava a doutora me chamar, meu estômago embrulhava e eu ficava cada vez mais nervosa. Vomitei todo o meu almoço e fiquei enjoada o restante do tempo, não agüentava mais isso. Se eu não estivesse... Não quero nem pensar! Eu não posso estar... Não posso!

- Isabella Swan. – a secretária me chamou.

Eu me levantei e fui indicada para entrar na sala. A Dra. Carter era uma jovem senhora de uns quarenta e poucos anos, adorava-a, ela me esperava com um sorriso e eu a retribuí.

- Como vai Bella? – ela me perguntou.

- Bem... – respondi hesitante e ela riu.

- Trouxe o resultado dos exames, querida? – ela perguntou docemente.

- Trouxe. – e tirei os papéis da bolsa.

Entreguei a ela que começou a fazer uns círculos com a caneta em alguns números e escrever algumas coisas. Depois parou e me deu um sorriso triunfante, me deu um medo.

- Então... – ela hesitou – Quando você veio no começo da semana percebi que você estava muito assustada, querida, então não disse nada... Eu apostaria o meu diploma em como você estava grávida, mas como você já veio assustada... Preferi não falar nada.  – eu ofeguei – Parabéns Bella, você está de doze semanas. – ela sorriu e eu senti tudo rodar.

- Não é possível. – murmurei.

- Por que não, querida? – ela me indagou – Uma criança é sinônimo de amor e felicidade!

Eu concordei com ela antes que as lágrimas caíssem, estava fazendo muita força para não chorar. Eu estava grávida, de novo, sabia muito bem quem era o pai. Ela me recomendou uma nutricionista para cuidar da alimentação, me fez mais umas recomendações e marcamos a primeira ultrassonografia na outra semana, pois o aparelho dela estava com defeito e iria chegar um novo na outra semana.

Eu saí da sala dela e praticamente corri para fora dali. Não tinha condições de dirigir, não chorando daquela maneira, era um perigo para mim e para o meu filho. Eu comecei a andar, coloquei os óculos escuros e o casaco, estava frio. As lágrimas desciam sem piedade, a história estava se repetindo novamente. Mas eu não queria que o final fosse do mesmo modo que foi anteriormente, quero esse filho, não irei perdê-lo, tenho que contar ao pai dele. E a coragem, cadê?

Depois de um pouco mais calma, voltei até o meu carro e dirigi para casa. Estacionei na minha vaga da garagem e vi o carro do Edward estacionado ali. Subi de elevador até o nosso andar, rapidamente já estava ali. Porta com porta, era tão fácil... Só tocar a campainha e dizer: Edward, eu estou grávida. Não, não era tão fácil.

Peguei minhas chaves e abri a porta do meu apartamento. Joguei minhas coisas no sofá e fui direto para o banho, durante este não consegui segurar as lágrimas. Eu chorei desesperada, como eu iria fazer? Eu iria criar o meu filho ou filha, eu já o amava, amava demais... Tanto quanto o pai dele/dela.

Saí do banho de cara inchada, enrolei-me no roupão e quando estava me trocando a campainha tocou. Pelo menos eu estava com uma calça de malha folgada cor-de-rosa pink, uma blusa baby-look branca e os cabelos despenteados. Vi pelo olho mágico que era o meu irmão e a Betina, abri a porta e a Betina praticamente pulou em cima de mim.

- Ei, ei... Que euforia é essa? – perguntei.

- Temos uma big notícia para te dar! – disse o Derick, animado demais.

- Então vamos entrando. – sorri, me contagiando pela animação deles, acho que eu contaria a minha grande notícia também.

Eles se sentaram no sofá e eu na poltrona.

- Como souberam que eu estava em casa? – os indaguei.

- Eu liguei muito para o seu celular, mas estava fora de área. – disse a Betina – Daí liguei para a galeria e a Alice me disse que você ia ao médico e depois viria pra casa. – ela sorriu.

- Hm... – murmurei – E qual é a grande notícia?

- Primeiro: por que você foi ao médico? – Derick me cortou.

- Me conta a notícia primeiro e depois eu explico. – revirei os olhos.

- Você conta ou eu conto, amor? – Derick falava com a Bê e eu sorria olhando para os dois.

- Eu conto! – ela sorria largamente.

- Vocês estão me deixando curiosa... – me intrometi.

- Ok. – Betina se virou para mim – Você vai ser titia, Bella Swan.

- OMG! JURA? – gritei e a Betina assentiu, enquanto meu irmão ria do meu ataque.

Eu comecei a abraçar a minha amiga e depois o meu irmão, que iria ser pai e também tio.

- De quanto tempo, Bê? – indaguei.

- Oito semanas. – ela dizia radiante e era fácil ser contagiada por ela.

- E agora a senhorita vai nos dizer por que foi ao médico? – meu irmão era um chato.

- Vou, Derick James Swan. – revirei os olhos – Não sei como vocês vão reagir a isso, mas... – hesitei e eles ficaram tensos – Eu estou grávida. – disse.

Os dois me fitaram aturdidos, ambos não tinham reação. Ficaram mudos, em choque, acho que não esperavam por essa.

- Aquela transa irresponsável resultou num sobrinho? – indagou meu irmão sorridente.

- É... – sorri timidamente.

- OMG! Eu serei mãe e tia! – a Betina surtou.

Eu ri e o Derick também. Meu irmão ficou realmente maravilhado com a notícia e me abraçou, rodando-me com ele, só pra eu correr pro banheiro depois.

- Você vai contar ao Edward, não vai? – a Betina me perguntou receosa.

- Eu... – hesitou.

- Bella, você se lembra muito bem do que aconteceu da vez passada, não preciso te contar a história. – ela disse séria.

- Eu sei. – disse séria.

- Bella, você vai falar para o Edward, vai sim. – disse o Derick – Ele tem todo o direito de saber, por mais que você não o queira na sua vida, mas vocês dois têm um laço eterno agora. – disse bem sério.

- Eu sei, mas...

- Nada de “mas”, Isabella. – Betina me cortou – Você vai contar e acabou.

- SIM, CARAMBA! – gritei – EU VOU CONTAR! – berrei de novo e os dois me olharam assustados – Desculpem, é que só gritando pra vocês calarem a boca... – bufei – Eu vou dizer, mas será que eu posso digerir a situação primeiramente?

- Pode sim, mana, mas não demore. – meu irmão disse.

Eu assenti com a cabeça. Derick e Betina ficaram comigo o restante da tarde, convidei-os para jantar, mas eles recusaram, pois iriam jantar na casa da Alice com o pessoal. Estranhei de imediato eu não estar inclusa no pacote, mas aí eles tocaram no nome do Edward, que ele estaria lá, quer dizer, na verdade o jantar havia sido convocado por ele.

Não posso negar que fiquei curiosa, mas deixei pra lá. Eles saíram e eu fiquei sozinha, eu precisava pensar... Na verdade, não havia nada o que pensar, mas eu estava com medo, muito medo. As horas se passavam e eu não sabia como chegar e falar para o Edward que nós dois iríamos ser pais, sem contar nas milhares de perguntas que surgiam na minha cabeça: como seria a nossa relação a partir de agora? Será que seríamos bons pais? Daríamos conta de criar uma criança cada um em sua casa?

O telefone da minha casa começou a tocar e eu atendi.

- Bella, minha querida! – era minha mãe.

Só ela mesma pra me ajudar.

- Mãe! – praticamente chorei ao ouvir a sua voz.

- Meu bebê, estava tão preocupada com você esses dias... – ela suspirou – Você me ligou chorando, seu irmão me ligando preocupado... – ela dizia – Como você está, meu amor?

- Bem, eu acho. – falei.

- Bella, Bella... – me repreendeu – Não minta para sua mãe, amor.

- Não dá pra esconder nada da senhora, né? – ri.

- Não mesmo! – ela deu uma risadinha – Me conte filha. – insistiu.

- Estou pra ficar louca, mãe... – voltei a chorar – Preciso te contar uma coisa, mas não pode ser via telefone, se fosse à outra situação, eu contaria, mas não posso assim.

- Venha me visitar, amor... Dê uma fugida desse lugar. – ela disse.

- Pode ser uma boa idéia, talvez eu volte mais calma. – eu disse.

- Isso, mas me conte o que não pode contar... – pediu.

- Não, se não a senhora vai me mandar ficar. – ri – E eu quero visitar a senhora e o papai.

- Ok, Bella. – ela disse emburrada.

Renée Swan odiava ficar na curiosidade.

Então eu faria isso, iria para o Estado de Washington dar uma fugida de duas semanas e voltaria renovada, pegaria uns conselhos com a minha mãe e pronto. Sei que fugir nunca é a solução, mas eu precisava da minha mãe.

Liguei para a Dra. Carter perguntando se havia algum problema em viajar, ela disse que não era muito aconselhável por causa dos meus enjôos freqüentes, mas eu decidi arriscar. Marquei a passagem para o vôo de amanhã cedo. Fiz uma mala pequena e pronto. Como estava com muito sono, dormi logo.

Edward POV.

O jantar onde eu anunciaria a minha ida para Forks seria no apartamento da Alice e do Jasper. Eu já estava lá e ajudava o Jasper a desempacotar a comida que acabara de chegar do restaurante. Alice ainda não tinha chegado da galeria, mas foi só pensar na nanica que a mesma abriu a porta do apartamento e sorriu alegremente para nós dois. Ela me cumprimentou com um abraço apertado e depois foi beijar o namorado-noivo-quase-marido.

Depois a baixinha fora tomar um banho rápido, Jasper e eu ficamos na sala assistindo a um jogo de futebol americano que estava começando na ESPN. Alguns minutos se passaram e a campainha tocou, era o Derick e a Betina, ambos estavam sorridentes e disseram que tinham uma ótima notícia, mas nos dariam assim que todos estivessem presentes.

Minha irmã saiu do banho, já arrumada, e ao mesmo tempo em que a campainha tocava novamente, eu atendi, era o meu irmão com a Rose e o meu sobrinho.

Todos já a postos para comer, mas o Derick pediu a atenção de todos. Eu olhei na direção do meu melhor amigo e ele estava com um sorriso bobo dançando nos lábios, Betina sorria radiante, a notícia era grande e das boas.

- Bom. – ele respirou fundo e sorriu mais uma vez – Eu e a Betina estamos grávidos!

E foi um alvoroço! Todos se levantaram e deram os parabéns aos mais novos papais. E mais uma vez me veio aquele momento de nostalgia... Feliz pelos meus amigos é claro, mas eu queria ter essa felicidade. Será que eu teria essa honra um dia? O jantar ocorreu alegremente e depois dele todos nós fomos para a sala e agora era à hora de dizer o real motivo de eu ter chamado a todos para essa pequena reunião.

- Eu fiquei contente de saber que meus amigos serão papais de primeira viagem... – ri – Mas eu chamei vocês para dar-lhes um comunicado não tão feliz. – e todos me olharam confusos – Eu estou indo embora.

- O QUÊ? – todos falaram em uníssono.

- É. – passei as mãos nos cabelos de nervosismo – Isso mesmo que vocês ouviram, estou indo embora, vou voltar para Forks em alguns dias, mais precisamente no final da semana. – e eles arregalaram os olhos mais uma vez.

- VOCÊ FUMOU MACONHA, EDWARD? – explodiu Alice.

- EDWARD, VOCÊ NÃO PODE IR EMBORA! FICOU MALUCO? – explodiu Betina.

- EDWARD, TEM DUAS MULHERES GRÁVIDAS AQUI! QUER MORRER? – Rosalie surtou.

- Acalmem-se, ok? – pedi as três – Eu vou, preciso ir.

- Tem certeza disso, Ed? – Derick perguntou.

- Não, mas eu não posso mais ficar aqui, não posso mais ser vizinho da sua irmã e fingir que não ligo... – falei sério.

- Eu compreendo. – ele assentiu.

As garotas ainda tentaram argumentar, mas eu estava decidido. Betina e Alice eram as que mais gritavam.

- OK, JÁ CHEGA! – berrei – ESCUTEM SÓ, AS DUAS! – elas me olharam bestificadas – EU QUE SEI O QUE É MELHOR PARA MIM, NÃO VOU FICAR CORRENDO ATRÁS DE ALGUÉM QUE NÃO ME QUER, TENHO ORGULHO PRÓPRIO, VALEU? – elas assentiram – ENTÃO EU ESTOU INDO EMBORA, VOCÊS SABERÃO AONDE EU IREI MORAR.

Joguei-me na poltrona e ali fiquei. Todos ficaram calados e acho que o jantar se deu por encerrado.

Bella POV.

O dia amanheceu e eu acordei com certo custo. Liguei para a Alice, mas chamou e ninguém atendeu. Deixei uma mensagem na caixa postal, disse que iria tirar a semana de folga e não apareceria na galeria, que a médica tinha recomendado isso e que depois ela podia me ligar.

Antes de tomar banho, liguei para o meu irmão. Pedi para ele vir até o meu apartamento rapidamente, ele reclamou bastante já que era bem cedo. Tomei um banho e coloquei uma roupa, puxei a mala pesada e a coloquei na sala. Estava só a espera do meu irmão querido, o que não demorou muito, pois logo a campainha estava tocando. Abri a porta e era ele, com a maior cara de sono, segurei o riso.

- O que deu em você para me acordar cedo hoje, Isabella Swan? – ele perguntou resmungando, entrando no meu apê.

- Eu estou indo para Washington. – disse simplesmente.

- Você o quê? – ele finalmente acordou e me olhou aturdido.

- Isso que ouviu. – eu ri – Estou indo passar uns dias com a mamãe e o papai em Olympc, volto na semana que vem, quero espairecer a cabeça longe tudo e depois volto mais tranqüila. – suspirei.

- Bella... Fugir nunca é a melhor solução e... – ele tentava argumentar.

- Não, não e não. – interrompi – Derick, eu já comprei as passagens e se você ficar falando e falando vou perder o vôo. – sorri – Então, como você é um irmão super legal, você vai levar a sua little sis para o aeroporto e não vai dizer nada a ninguém até eu voltar. – disse alegremente.

- Bella, por favor...

- Não, Derick! – exclamei – Eu já estou decidida, vamos lá!

Ele pegou minha mala e saímos do meu apartamento. Durante todo o caminho para o aeroporto meu adorado irmão tentou me persuadir a ficar e tentar resolver as coisas por aqui mesmo, mas eu não cedi. Finalmente chegamos ao destino e eu fazer o check-in, ainda dava tempo de tomar um café e foi o que fiz com o Derick.

- Bella e se a Alice perguntar? – ele tentou me persuadir mais uma vez.

- Com Mary Alice Cullen eu me entendo. – disse convicta – Eu deixei uma mensagem no telefone dela, queria dizer a ela que iria viajar, mas ela não me atendeu, então disse pra ela me ligar, então quando isso acontecer estarei em Olympc e ela não vai poder fazer nada, a não ser dar o ataque aqui e esperar eu voltar. – sorri.

- Ok... – ele suspirou – Você quem sabe. – dei de ombros, graças!

Foi anunciado o meu vôo e eu me despedi dele.

[...]

Foi uma viagem péssima. Vomitei a maior parte do tempo, ao chegar finalmente em Olympc eu dei graças a Deus. Meus pais me esperavam no portão de desembarque, assim como alguns paparazzi, ser filha do governador dá nisso. Eles me levaram para casa e lá nós almoçamos. Eles perguntaram sobre o meu irmão, sua esposa, meus amigos, como estava a galeria, se desculparam por não terem ido.

E depois eu pude finalmente subir para dormir, mas quando eu pensei que finalmente pude descansar, minha mãe adentrou o meu quarto, exigindo saber o que eu não podia lhe contar via telefone.

Eu suspirei pesadamente e lhe contei toda a história, contei-lhe tudo que ocorrera comigo e Edward desde que pus os pés em Boston, até que contei que ela seria avó dali a alguns meses e a Sra. Swan surtou geral:

- Isabella Marie Swan! – ela se exaltou – Como você vai me dar um neto sem pai? – ela estava vermelha.

- Acalme-se mãe, eu irei contar a ele, não irei repetir a mesma história. – disse, tentando acalmá-la.

- Ah... – ela suspirou, aliviada – Menos mal, posso me tranqüilizar. – e sorriu largamente – Que maravilha! Terei dois netinhos! – e ela riu maravilhada – Quando o seu pai souber...

- Não mãe, a senhora não vai falar nada ao papai, não até eu contar ao pai do meu filho. – sorri.

- Ah, claro. – ela sorriu – Então, descanse meu anjo... Acredito que a viagem fora péssima, não é?

- Demais, essa criança está me deixando maluca... Enjoada demais e vomitando toda a hora. – bufei de cansaço.

- Esse é o preço que nós pagamos para termos os nossos filhos. – minha mãe disse com lágrimas nos olhos e afagando meu rosto – Minha caçula: grávida. – e lágrimas escapavam de seus olhos azuis.

- Menos mãe... – ri envergonhada e ela me abraçou fortemente.

Everything Burns – Anastacia Feat. Ben Moody

Edward POV.

Eu já estava com tudo pronto para viajar. Estava só a espera da baixinha e do meu cunhado para irmos ao aeroporto; Derick, Betina, meu irmão e Rose já iriam direto pra lá. Dei uma última olhada nos meus pertences e suspirei. Estava deixando essa cidade para trás e começaria uma nova vida, mesmo que eu estivesse um caco por dentro.

Não tinha notícias de Bella desde o dia do chá de bebê do Thomas, eu ainda sentia suas palavras me queimarem...

“- Eu... – hesitou, mas de repente sua expressão era fria, outra pessoa, as lágrimas pararam de cair – Não amo mais você, não vejo mais um futuro ao seu lado.”

Eu senti meus olhos marejarem e então os fechei com uma força absurda, obrigando-os a recolherem as lágrimas teimosas de volta. Fui desperto dos meus pensamentos com o som da campainha, levantei-me do sofá branco e fui em direção a porta.

- Hei Allie. – cumprimentei-a.

- Oi Ed. – ela sorriu triste.

- O que está havendo com o seu celular? Só consegui falar com você pelo celular do Jasper. – a indaguei.

- Meu celular está uma droga, não sei o que houve. – ela bufou irritada – Levei-o para assistência mais cedo. Então... Preparado para voltar à Forks? – fez careta com o nome da nossa cidade natal.

- Preparado. – sorri – Cadê o Jasper?

- Lá embaixo, já estamos em cima da hora. – ela olhou em seu relógio de pulso.

Eu peguei uma das minhas malas e a Alice pegou outra, eu estava com outra pendurada em mim e eu tranquei o apartamento. Tinha algo que eu precisava falar somente com a minha irmã.

- Alice, gostaria de pedir um favor. – ela me encarou curiosa.

- O quê? – ela me indagou.

- Entregue isso a Bella depois que eu viajar. – e lhe entreguei um envelope branco endereçado a Isabella Swan.

- Por que você mesmo não entrega Edward? – ela me lançou um olhar desconfiado.

- Porque não quero vê-la. – sorri cínico – E você a vê todos os dias na galeria.

- Ela não está indo a galeria. – Alice falou com um tom preocupado – Derick me disse que ela está doente e então está sumida.

- Sumida? – a indaguei, curioso e preocupado.

- Sim, você não reparou que sua vizinha não está em casa? – disse debochada.

- Não mesmo. – sorri do mesmo modo.

- Pois é ela não está em casa e Derick não me disse, ele só disse que ela tinha deixado um recado na caixa postal do meu celular, mas aquela droga está com problemas! – ela dizia irritada.

- Acalme-se, ela deve estar bem. – tentei despreocupá-la.

- Espero. – ela suspirou.

- Então entregue ao irmão dela, sei lá... Mas quero que ela leia. – disse firme.

- Ok. – ela assentiu.

Nós fomos andando em direção ao elevador e eu apertei o botão, o mesmo chegou com poucos segundos. Eu sabia muito bem que a minha irmã não estava gostando nada de eu estar me mudando para o outro lado do país, para o lugar de onde viemos, mas eu precisava estar bem longe mesmo.

Ao chegarmos ao térreo, dei um tchau para o porteiro, o Sr. Phillip, e segui Alice. O Jasper estava dentro do carro escutando música e estacionado na frente do prédio, ele nos viu e saiu do carro para ajudar a anã com a mala. Ele colocou a mala no porta-malas e depois veio me ajudar com a minha. Eu fui à frente com ele e a pequena foi no banco de trás.

Chegamos ao aeroporto e eu fiz o check-in rapidamente, tinha apenas alguns minutos para me despedir de todos. Abracei Derick e Betina primeiramente, minha amiga morena já estava à beira das lágrimas. Depois abracei a Rosalie e dei um beijo no barrigão dela, ela também chorava horrores; abracei meu irmão que estava se segurando para não chorar; depois abracei o Jazz e por último a minha pequena.

- Não se esquece de entregar a carta a Bella, Alice. Por favor... – sussurrei em seu ouvido.

- Ok, Edward. – ela disse – Eu amo você e vou sentir muita saudade.

- Eu também, baixinha. – dei-lhe um beijo na testa.

Dei um último tchau a todos e peguei a pequena mala que iria comigo. Sorri para meus irmãos, cunhados e amigos pela última vez, não sabia quando os veria novamente. E segui para o portão de embarque. Era à hora de seguir em frente.

Alice POV.

Era duro ver o meu irmão partir por causa de uma pessoa que era muito cabeça-dura para admitir os seus sentimentos. E eu odiava estar de mãos atadas, não podia fazer nada, fiz tudo o que podia e não podia...  Edward estava voltando para Forks, aquele fim de mundo onde nascemos e fomos criados, e agora a Bella estava sumida há exatamente três dias e eu tinha uma tarefa a cumprir.

Eu não sabia o que continha naquela carta, mas sabia que obviamente o Edward estava se humilhando para ela mais uma das milhares de vezes que ele fez. Ele passou pelo portão de embarque eu suspirei, limpei minhas lágrimas e me virei para Derick James Swan. Era mais do que óbvio que ele sabia o paradeiro da irmã mais nova.

- Derick. – o chamei.

- O que foi Alice? – ele me olhou receoso.

- Preciso saber onde a Bella está. – fui logo direta ao ponto.

- Eu já disse. – ele vinha com aquela história para enganar uma criancinha.

- Derick James Swan, eu não estou brincando. – disse o mais séria possível – Eu estou com algo nas mãos que talvez possa salvar o meu irmão de estar cometendo a maior burrice da vida dele, então você tem que me dizer aonde a louca da sua irmã se meteu! – a histeria já me consumia.

Todos me olhavam com medo agora.

- Eu... Eu... – ele hesitava.

- AH! – a Betina gritou – Chega de ser medroso, Derick! – ela bufou – Alice, ela foi para Washington para casa dos pais. – ela disse mais calma pra mim.

- AAAAAH! – berrei histérica.

Deixei todos me olhando como se eu fosse uma louca e fui até o guichê da companhia aérea mais próxima. Eu iria atrás daquela maluca e a levaria até o meu irmão se fosse necessário! Se eu não me chamo Mary Alice Cullen Quase Hale.

- Olá, eu gostaria de uma passagem aérea para Olympc, Washington. – disse sorridente para a atendente.

- Desculpe Srta, mas só temos vôo para Washington na quarta-feira. – ela disse séria.

Eu revirei os olhos e tentei comprar em outra companhia aérea, mas todas só tinham vôos para quarta ou para depois, todos estavam lotados. Todo mundo estava indo para Washington agora? Voltei para onde fui primeiramente e comprei para o primeiro horário do dia, bem cedo. Ainda teria cinco dias para ficar de pernas cruzadas e deixar aqueles dois malucos pensarem que estão bem separados.

Bella POV.

Eu estava bem com os meus pais. Estava relaxando, comprei algumas coisas para o bebê. Minha mãe tinha ido algumas vezes e já estava me ensinando muito, eu já me sentia uma verdadeira mãe mesmo. Estava pensando em adiantar a minha viagem de volta para Boston e contar logo ao Edward, apesar de que isso não mudaria nada entre nós dois.

Os dias foram passando e eu estava em casa sozinha em plena quarta-feira no final da tarde, meu pai não estava em casa e nem minha mãe. A campainha soou e uma das empregadas foi atender, não demorara muito e a Joane – a governanta – veio me avisar que eu tinha uma visita. Fiquei curiosa, pois eu não tinha avisado a ninguém daqui que estava no Estado. Como eu estava na cozinha, deixei o prato de bolo de chocolate que estava comendo e fui até a sala de visitas. E me deparei com ninguém menos do que Alice Cullen olhando seriamente pra mim, senti um arrepio estranho.

- Olá Bella. – ela disse.

- Olá Alice... – retribuí o cumprimento – O que você...

- Estou fazendo aqui? – ela me interrompeu – Precisamos conversar.


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Notas finais do capítulo

CAPÍTULO REPOSTADO. (JUL/2011)