Bella POV.

O Kevin veio pegar suas coisas no final da semana. Eu ainda fiquei com resquícios da grande surpresa, achei estranho, pois eu não ficava assim... Eu estava enjoada, sentia vertigens a todo tempo e ficava tonta com a maior facilidade. Isso era estranho, eu foquei a minha atenção no trabalho durante todo o final da semana e começo da outra.

Com isso os dias foram passando e quando menos percebi, nós já estávamos em outubro. Era um belo domingo frio em Boston, estava me arrumando para o chá de bebê da Rosalie, ela e o Emmett iriam ter um belo garoto: Thomas Alexander Cullen, meu afilhado e do Derick. Coloquei uma calça social preta que gostava muito de usar, mas fazia algum tempo que eu não a usava e quando fui fechar à bendita ela não fechou de jeito nenhum.

Não era possível que eu tinha engordado! Eu sou magra de ruim! É raro eu engordar... Choraminguei. Peguei um vestido estampado tomara-que-caia que marcava minha cintura e o pus – ficou justo, mas dava pra usar sem morrer −, deixei os cabelos soltos mesmo, fiz uma maquiagem simples, porém marcante, coloquei um par de peep toes e procurei uma bolsa que combinasse. (n/a: look Bella)

Olhei-me no espelho, estava elegante e simples. Era um almoço, café, sei lá o quê... Já tinha dado o presente ao meu afilhado que foi um super carrinho de bebê. Eu não estava me sentindo muito bem, estava enjoada, mas tinha que ir.

Peguei o carro e fui em direção a casa dos dois. Não demorei muito a chegar lá, a rua da casa deles estava lotada de carros, arranjei uma vaga um tanto distante da mesma e estacionei. Saí do carro e fui andando devagar até a casa. Tinha um imenso arranjo de balões azuis e brancos na entrada e eu sorri. Dei meu nome ao segurança e entrei, encontrei várias crianças correndo pela casa, vi Esme falando animadamente com a Elizabeth – mãe da Rose – e ambas me viram.

- Oh Bella, querida! – disse Esme se aproximando de mim – Estava com muitas saudades de você, meu amor. – e me abraçou.

- Eu também, Esme. – sorri e retribuí – Como vai Eliza? – cumprimentei a mãe da Rose, ela era linda como a Rose.

- Vou bem, querida. – ela me abraçou e me deu um beijo estalado na bochecha.

- Você está bem, Bella? – Esme perguntou de repente, preocupada.

- Sim, claro. – forcei um sorriso – Cadê a grávida? Quero olhar o meu afilhado! – sorri mais uma vez.

- Oh... Está lá para dentro, Bella. – a Eliza disse – Vá entrando, meu amor.

 - Obrigada, senhoras. – sorri e dei um beijo estalado na bochecha das duas.

Afastei-me delas e fui andando pelo jardim que estava muitíssimo bem decorado com balões azuis e brancos. Cheguei ao quintal enorme da casa deles e vi a piscina que já estava cheia de crianças e vi a mesa do Buffet, mais balões e o nome do Thomas na mesa do bolo. Vi a Rose andando entre as mesas com o Emmett, que usava uma calça jeans e uma blusa pólo branca. Sorri ao olhar os dois e fui andando até eles.

Esme POV. (n/a: POV inédito! *-*)

- Bella está diferente, não acha Eliza? – eu indaguei a minha querida amiga.

- Concordo Esme. – ela sorriu – Ela parece estar atordoada, mas não sabe bem o porquê.

- Hm... – murmurei pensativa.

De todas as várias mulheres que o meu filho do meio já se relacionou, Bella foi a que eu mais me afeiçoei. Talvez por ela ser uma bela moça de família e por ter conquistado o meu coração, a jovem Swan nunca deixou de sair do meu, falando nisso, ainda tenho fé que esses dois voltarão a ser um casal. Sei que meu filho fez muita burrada, mas vejo que ele quer consertar, a Bella é irredutível, mas ela vai ceder, ela ainda o ama... Percebo isso em seus olhos.

E ela está diferente, como se tivesse algo novo... Será que...?

- Acho que você terá um neto novo em breve, Esme. – disse a Eliza compartilhando dos mesmos pensamentos que eu.

- Será? – a indaguei.

- Ela está mais cheinha, Bella sempre foi magra, apesar de eu não a olhar muito, mas eu a observo. – ela disse.

- É verdade. – concordei.

Mudamos de assunto, pois eu vi o meu filho lindo chegar, meu Edward.

- Mãe, madrinha. – ele nos cumprimentou.

- Olá querido. – nós duas dissemos em uníssono.

- Bella acabou de passar por aqui. – eu disse.

- Eu a vi. – ele suspirou.

- Edward, querido, converse com ela hoje, aqui e agora... Peça a ajuda de seus amigos e irmãos, até o irmão dela está aqui... Eu ajudo também se for o caso... – comecei a me desesperar.

- Ei, ei... Calma Dona Esme. – ele riu e a Eliza o acompanhou – Eu vim na intenção de fazer isso. – sorriu – Vou cumprimentar a todos, ok? – eu assenti e ele me deu um beijo na testa e fez o mesmo com a madrinha.

Eu suspirei. Deus guarde esse menino e o ilumine.

Edward POV.

Minha mãe era uma graça, eu cheguei à casa do meu irmão praticamente ao mesmo tempo em que a Bella, ela estava linda com aquele vestido longo. A casa estava decorada em tons de azul e branco para o Thomas, meu sobrinho, primeiro neto dos Cullen e Hale, filho do Emmett e da Rosalie. Isso me deu certa nostalgia, porque o meu filho ou filha com a Bella podia ser o primeiro... Mas essa não é à hora.

Cumprimentei meus irmãos, meus amigos e não vi Bella à mesa, essa era a oportunidade de conversar com eles.

- Eu quero falar algo rápido com vocês. – pedi a atenção deles.

- O que foi Edward? – Rosalie perguntou.

- Eu sei que esse não é o local adequado, me desculpe por isso Rose, mas eu não saio do chá de bebê do meu sobrinho sem conversar com a Bella. – todos me olharam sérios.

- Graças aos céus! – Alice se exaltou – Por que demorou tanto, Edward?

- Eu estive mais enrolado do que outra coisa no hospital, não tinha tempo. – eu disse passando a mão no cabelo.

- Bom, melhor que você faça isso estando todos nós aqui pra te apoiar. – disse o Derick.

- O seu apoio é que mais me importa cara. – eu sorri.

- Ei! – as garotas pestanejaram e eu ri.

- Ok, ok... Eu preciso do apoio de todos vocês, pois vocês sabem muito bem que ela ainda não vai querer me ouvir. – disse.

- Hm... – Rose murmurou – Eu tenho um plano...

[...]

O plano da Rosalie iria funcionar e eu pegaria a Bella de guarda baixa. Falando em Bella, ela tinha ido ao banheiro e voltou mais branca do que o normal, na verdade ela estava meio verde.

- Você está bem, Bells? – o irmão dela a indagou.

- Mais ou menos. – ela suspirou.

- Você está verde! – Emmett exclamou.

- Talvez porque eu tenha vomitado todo o almoço, Emmett. – Bella revirara os olhos.

Ela foi melhorando aos poucos, ela deveria estar com alguma infecção por ter comido alguma besteira. Não gosto dela doente.

Bella POV.

Eu sentei a mesa com o pessoal, conversamos um pouco, mas não demorou muito e eu tive que correr para o banheiro. Vomitei tudo que comi hoje, droga. Voltei para mesa e encontrei Edward lá.

- Você está bem, Bells? – Derick me indagou.

- Mais ou menos. – suspirei, cansada de repente.

- Você está verde! – Emmett exclamou.

- Talvez porque eu tenha vomitado todo o almoço, Emmett. – revirei os olhos.

Tomei uma água de coco que o Kevin recomendou e fui melhorando um pouco, mas me sentia um tanto enjoada, conversamos, rimos e falamos besteiras por um longo tempo. Rosalie do nada se levantou eufórica e me levou pra dentro de casa.

- O que foi Rose? – a indaguei.

- Eu quero te mostrar uma coisa. – ela disse radiante e foi me puxando pela casa.

Nós fomos para o segundo andar da casa e andamos pelo extenso corredor até uma porta branca que tinha uma plaquinha azul com um bonequinho com o nome: Thomas. Eu senti meus olhos encherem de lágrimas. Olhei para ela e a mesma sorriu, Rose abriu a porta e eu quase caí pra trás. O quarto do Tom estava todo pronto, não percebi que já estava chorando.

Down – Jason Walker

- Eu queria que você fosse a primeira a ver já que é a madrinha. – ela disse docemente.

Nós duas entramos e eu fiquei olhando abobada para as coisinhas do quarto, instintivamente peguei em meu ventre, foi como se eu tivesse voltado há dois anos. Passei a mão pelos móveis, pelo berço e peguei o ursinho que tinha dentro dele, cheirando-o. Eu queria o meu bebê de volta...

- Eu sei o quanto é difícil para você superar a perda do nosso filho, Bella... – uma voz muito conhecida ecoou pelo quarto e eu joguei imediatamente o ursinho de volta no berço e o encarei. Cadê a Rosalie? – Mas ele não vai voltar, não dá pra corrigir esse erro.

- O que você está fazendo aqui? – perguntei com a voz embargada.

- Eu só quero que você me escute, Bella. – ele pediu.

- Edward, por favor... – pedi.

- Não Bella. – encarou-me sério – Essa conversa já se atrasou demais.

- Eu não quero conversar com você. – disse irredutível.

- Então fique calada e me ouça. – ainda me encarava sério – Voltaremos ao nosso relacionamento... Aquela nossa briga do aniversário de casamento dos meus pais.

- O que tem? – indaguei, me sentando na poltrona de amamentação.

- Bella. – ele respirou fundo – Tanya, prima da Rosalie, era uma biscate de primeira categoria... Não nego que fui apaixonado por ela durante boa parte da minha adolescência e que nós dois tivemos um romance, ela foi a minha primeira garota e tudo mais... Só que não passou disso. – ele me encarava – E foi ela que me deu o primeiro chute, depois que eu voltei a Forks no primeiro ano de faculdade, já bem mudado... Ela tentou reatar, eu não quis, ficou daquela maneira... Então quando me viu com você no casamento da Rosalie com o Emmett e depois ainda juntos na boda dos meus pais ela ficou meio com raiva... – ele disse revirando os olhos – Isso ainda não justifica nada, mas eu queria que você entendesse.

- Ok, entendi os motivos da Tanya, mas ainda não quer me dizer nada. – cruzei os braços sobre o peito.

Edward POV.

Eu sabia que contar a história de Tanya não resolveria nada, mas tudo tinha um começo, certo? Bom... Eu queria falar tudo.

- Eu sei disso. – rebati – Bella... Sei que eu posso ter dado motivos para ter gerado suas desconfianças, mas eu te dei mais motivos ainda para acreditar em mim.

- Deu? – ela debochou – Vejamos... Beijando uma vagabunda numa boate enquanto ainda namorávamos? – ofegou.

- Eu sei, eu sei... Eu estava bêbado, caí na conversa do William e do Christopher, mas eu era um imaturo, Bella... – tentei intervir.

- Palavra perfeita: imaturo. – debochou mais uma vez.

- Bella... – repreendi-a – Eu estava sem entender o motivo na época, eu não tinha experiências muito boas com relacionamentos, compreenda isso.

- Oh claro. – ela revirou os olhos.

Virei-me de costas a pra ela e respirei profundamente. Iria ser bem difícil. Ficamos alguns minutos em silêncio.

- Eu quero sair daqui. – ela disse e se levantou indo em direção a porta, mas ela estava trancada – Abra-a. – me encarou.

- Eu não estou com a chave e ainda não terminamos. – sorri.

- Edward! – exaltou-se – Será que você não entende que não temos mais nada? – irritou-se – Que nunca mais voltaremos a ter?

- Não diga nunca, Bella... Eu só quero esclarecer as coisas. – disse calmo.

- Esclarecer? Então vamos... – respirou fundo tomando fôlego – Se você não fosse tão mulherengo eu não teria sofrido tanto, se você não tivesse me dado as desconfianças, eu não teria perdido o meu filho! – as lágrimas já saíam de seus belos olhos castanhos.

- Eu não dei desconfianças, Bella! – exclamei – Eu sempre fui verdadeiro contigo! Sempre! Mas você preferiu acreditar no que via a acreditar em mim! – praticamente berrei.

Bella chorava e eu segurava as minhas lágrimas. Eu escutava os seus soluços, ela estava encostada a porta, eu fui até ela e segurei seu rosto entre minhas mãos, ela ainda chorava bastante, mas não tentou se soltar.

- Isabella Swan... – a chamei pelo nome inteiro – Eu a amo mais do que tudo nesse mundo, independente de tudo que já nos aconteceu no passado, eu só te amo cada vez mais... Meu coração não reconhece outra pessoa, só a você... Só bate desesperadamente por você, Bella. Por favor, eu sei que você me culpa pelo acidente... Pela perda do nosso filho, mas eu não tenho culpa. Durante muito tempo me culpei, mas eu não podia deixar que essa culpa me consumisse... Foi uma fatalidade, algo que serviu para que eu amadurecesse, me mostrasse o quão infantil eu era. – ela ofegou e continuou a chorar – Eu te peço perdão, Bella. Perdão por tudo que te fiz... Eu amo você demais, Isabella, amo tanto, mas tanto... – murmurei e nossos narizes se tocavam devagar.

Ela abriu os olhos, aquele mar de chocolate me encarava intensamente. Completamente indecifrável era aquele olhar. Lágrimas ainda escorriam por aqueles olhos tão belos que eu amava demais, faria tudo por um olhar mais feliz. Limpei suas lágrimas, nossos lábios estavam tão próximos.

Não esperei por mais nada, tomei os lábios de Bella com os meus, sentindo o quão macio eles eram, comecei a movimentar e a pressionar os meus sobre os dela, obrigando-a a seguir-me, então ela me acompanhou. Bella abriu mais a boca, dando espaço para minha língua encontrar com a sua, começamos uma dança frenética, já conhecida e saborosa por nós.

Eu a beijei de uma forma lenta e carinhosa, saboreando cada cantinho de sua boca, gravando em minha mente todos os detalhes para não esquecer-me de nada. Os braços de Bella estavam ao redor de meu pescoço e suas pequenas mãos já bagunçavam meus cabeços, minhas mãos estavam em sua cintura, apertando de leve esta.

Nossas bocas conectadas, nosso beijo era perfeito, era como se tudo estivesse parado. De lento e delicado, passou a ser voraz e quente, o ar foi ficando escasso e nos separamos com singelos selinhos. De testas coladas e com as respirações descompassadas ficamos.

- Se você me ama mesmo... – Bella começou a dizer com a voz embargada – Me deixa ir.

- O quê? – perguntei aturdido.

- Eu sinto muito, Edward. – ela disse chorando – Eu não... – hesitou – Eu não posso. – e virou o rosto, mas eu o peguei de volta.

- Diz que não me ama, Bella. – disse sério – Diz olhando em meus olhos que não me ama, que tudo que vivemos foi em vão...

Ela me encarou por um momento, seus olhos brilhavam. Ela chorava, mas ainda assim me encarava intensamente.

- Eu... – hesitou, mas de repente sua expressão era fria, outra pessoa, as lágrimas pararam de cair – Não amo mais você, não vejo mais um futuro ao seu lado.

Não consegui rebater diante dessa resposta. Apenas tirei a chave do quarto do bolso da calça e abri a porta, Bella saiu praticamente correndo do quarto e eu me joguei na poltrona do meu sobrinho e deixei que as minhas lágrimas lavassem o meu sofrimento.

Bella POV.

Eu não acreditava que estava tendo aquela conversa com ele, ali no quarto do meu sobrinho, eram muitas coisas passando em minha cabeça. Ele dizendo que me amava, dizendo que independente de tudo estava ali... Eu não sabia o que fazer. Eu o amava demais, meu coração gritava por ele, quando Edward me beijou...

Eu faltei desfalecer em seus braços, mas eu não podia. O orgulho era bem maior, eu podia sofrer por dentro, mas não era o certo, eu iria acabar sofrendo de novo. Edward e eu não ficaríamos bem juntos, temos provas concretas disso. Aconteceria algo e acabaríamos mal novamente.

Por isso coloquei uma máscara em minha face e falei a maior mentira da minha vida:

- Eu... – hesitei – Não amo mais você, não vejo mais um futuro ao seu lado. – encarava aqueles orbes verdes e eu fazia a maior força para não desabar ali.

Edward não disse nada, apenas tirou do bolso a chave e abriu a porta. Saí praticamente correndo e não olhei para trás. Desci as escadas rapidamente e encontrei todos na sala, quando eu disse todos, eram todos mesmo: Derick, Betina, Jasper, Alice, Rosalie e Emmett. Era óbvio que eles estavam ajudando-o.

- Bella... – meu irmão veio ao meu encontro.

- Eu... – não tinha palavras, queria ir embora dali – Rose, eu sinto muito, mas não tenho condições de ficar mais... Eu amo muito o meu afilhado, mil perdões. – disse indo até ela e lhe dando um abraço.

- Você está tremendo e gelada, Bella. – ela disse preocupada – Acalme-se.

- Não, está tudo bem... Eu só preciso ir embora. – disse – Vou pegar minha bolsa e ir embora.

- Sua bolsa está aqui, Bella. – disse a Bê e me entregou a bolsa – Acho que você não tem condições de dirigir, querida. – ela disse solidária.

Alice nada disse apenas me olhava séria. Ela não deu bola para mim e subiu correndo as escadas, deve ter ido atrás do irmão, não tiro a razão dela.

- Vou levá-la para casa. – disse o Derick – Amor, você leva o carro e eu vou dirigindo o carro da Bella.

- Ok. – ela disse.

Despedimo-nos rapidamente e saímos sem fazer alarde da festa. Dei um beijo na Rose e no Emmett, pedindo desculpas mais uma vez. Derick me colocou no banco do carona do meu carro e foi dirigindo até o meu apartamento, Betina nos seguia atrás. Eu fiquei calada, chorando silenciosamente.

Derick não me perguntou nada, me olhava às vezes, abria e fechava a boca, mas não dizia nada. Chegamos ao meu prédio e ele estacionou o meu carro, nós três subimos para o meu apartamento, entramos e eu me joguei no sofá. Betina foi pegar um copo de água para mim e eu tirei minhas sandálias, Derick sentou ao meu lado.

- Aqui, Bella. – a Bê voltou com a água e eu bebi tudo de uma vez.

- O que houve lá? – Derick perguntou.

- Nós conversamos. – murmurei – Ele me falou várias coisas...

- E você...? – a Bê indagou.

- Eu não disse nada. – disse num sussurro.

- Você o quê?! – os dois quase gritaram em uníssono.

- Não disse nada. – os encarei e ambos me olhavam aturdidos – Não posso, não quero sofrer de novo.

- E quem disse que você vai sofrer novamente, Bella? – a Betina dizia indignada.

Eu fiquei em silêncio.

- Bella, o Edward mudou muito nesses dois anos... – Derick começou a falar – Tudo bem que desde que você voltou, Edward ficou meio desnorteado, meteu os pés pelas mãos em algumas circunstâncias, mas você tem culpa também, não se esqueça disso. – ele disse sério.

- Ele me magoou. – disse bufando.

- E você não fez o mesmo? – Betina começou a surtar – Você também disse coisas a ele que o magoou, ele podia muito bem estar com outra agora Bella...

Eu desviei o olhar deles e cruzei os braços sobre o peito.

- Ok. – meu irmão suspirou – Só não perceba o erro que está cometendo quando for tarde demais. 

Ele me deu um beijo na testa e disse que já estava indo, Betina nem me deu “tchau”. Eles saíram e eu fiquei sozinha, chorando e relembrando cada momento que eu passei ao lado do Cullen. Fui até o meu quarto, indo direto para o closet. Abri uma das minhas gavetas e tirei a caixinha de veludo vermelha, e olhei o anel mais uma vez – eu o tinha tirado depois –, suspirei e guardei de volta.

Joguei-me na cama e lá fiquei.