Edward POV.

Chegamos ao meu prédio e entrei na garagem, seguido da Troller do Emmett, mais o carro do Jasper. Eles estacionaram e eu fui ajudar Jasper com as milhares de malas da Alice. Eu tinha pena do meu pai, era ele quem pagava a fatura do cartão de crédito da pequena Cullen.

Como é que uma pessoa tão pequena trás dez malas gigantes? Fora a bolsa gigante que ela carrega e a pequena necessérie de mão. Eu hein, vai entender as mulheres. Depois de devidamente instalada no meu apartamento, Alice arrumava suas coisas no quarto com a ajuda de Rosalie e Jasper; Eu e Emmett estávamos na minha sala assistindo TV.

- Hei Ed, Alice disse que você estava falando com uma garota, quem era? – perguntou meu irmão, curioso como sempre.

É, agora eu tenho mais um motivo para matar aquele projeto de ser humano...

- Não sei. – disse, sincero – Simplesmente esbarrei na garota e só.

- Ah... Sei. – ele disse, desconfiado – Era bonita pelo menos? – disse risonho.

- Era. – sorri ao me lembrar dela.

- E esse sorriso involuntário significa o que? – Como o Emmett pode ser tão perceptivo assim?

- Nada, por quê? – eu já estava ficando, nervoso.

Mas, por quê? Droga Edward Cullen!

- Por nada, Edward... – ele estava rindo – Não precisa ficar nervoso! – riu mais ainda, levantando-se para ir à cozinha.

Voltou de lá com uma lata de cerveja nas mãos e se sentou ao meu lado no sofá.

- Sabe pelo menos o nome da garota? – ele perguntou, sério.

- Alice fez o favor de aparecer bem na hora. – disse, me lembrando da raiva que sentia da minha querida irmã.

- Oh... – ele murmurou – Que pena, irmão! – ele deu uns dois tapas nas minhas costas e riu.

Filho de uma mãe! Rindo das desgraças alheias.

O pessoal fora embora do meu apartamento, quer dizer, nosso apartamento. Já era de madrugada. Dei um beijo de boa noite na minha baixinha e fui para o meu quarto, rumei para o meu banheiro e tomei uma ducha rápida. Sequei-me aos bocejos e caminhei sonolento até o closet, e coloquei uma cueca samba canção para dormir.

Quando finalmente deitei em minha cama já passavam das duas da manhã. Dormi instantaneamente e sonhei com aquela garota. Desde quando eu sonho com garotas? Isso foi praga do Jasper, só pode! Filho duma mãe sem pai! Com todo o respeito à tia Elizabeth e o tio Joseph.

Eu estava dormindo tão bem quando escuto de longe uma música.

“That's right, that's right. It's on tonight.

Your just my type, you're what I like. I bring that heat ya heard me right.
Everywhere I go, go. Let's go...”

(Fire – 50 Cent featuring Nicole Scherzinger)

Era o meu celular! Quem atrapalhava o meu sono em plena madrugada? Estiquei o braço e peguei meu celular que estava em cima do criado-mudo, e atendi.

- Quem incomoda? – falei o mais rouco possível.

- Bom dia cara! – Eu sabia quem era o infeliz que me acordara.

- Não tô vendo nada de bom, Derick! – falei, ríspido – O que quer?

- Cruzes! Tá de TPM, moça? – O desgraçado ainda ri.

- Sem gracinhas, Derick, dá pra dizer o quer de uma vez? – me sentei na cama e olhei para o relógio, era quase meio-dia.

- Certo, sem gracinhas, - ele riu - Só para avisar que vai rolar festa hoje na casa do Turner, e quero aproveitar para te apresentar a minha irmã que chegou ontem. – ele falou, rápido.

- Oh... – passei a mão no meu cabelo – Okay cara, estarei lá. Que horas começa? – dei um bocejo.

- Nem sei, mas vou estar por lá umas dez horas. – ele falou, pensativo – E sem gracinhas com a minha irmã, ouviu? – ele falou sério.

- Calma! Eu ainda nem conheço a sua irmãzinha! – eu ri.

- Mesmo assim, eu conheço a sua fama, meu caro. – ele riu – Nos vemos lá, Ed. Falou!

- Falou cara, até lá! – disse, desligando o celular e me deitando na cama de novo.

Só fui acordar lá para as três horas da tarde e a minha família inteira já se alojava no meu apartamento. Estávamos nas férias de verão e não tinha nada para fazer. Apareci na sala e todos se viraram para mim.

- Pensei que não ia sair do quarto hoje, Ed! – disse Alice.

- Mas eu saí, little sister! – Ela odiava quando eu a chamava assim.

Como eu disse, ela fechou a cara e voltou ao colo do namorado. Fui para a cozinha e tomei um copo de leite, e por incrível que pareça a geladeira estava cheia, Alice deve ter ido fazer compras. Fiz um sanduíche e comi, tava morto de fome. Lavei a louça e parti para tomar um banho. Vesti uma bermuda tactel preta e uma blusa branca, penteei os cabelos – leia-se: despenteei os cabelos –, passei desodorante e perfume.

- Galera tem festa na casa do Turner hoje! – falei, assim que apareci na sala.

- Quem é Turner? – falou Alice.

- É o Will, ele faz direito e se forma esse ano. – Emmett respondeu à Alice.

- Ah! – ela assentiu. - MINHA PRIMEIRA FESTA EM HARVARD! – ela gritou, pulando do sofá correndo em disparada para o quarto.

- Ela nunca foi normal mesmo. – eu balancei os ombros e me sentei no sofá.

Logo Rosalie foi para o quarto da baixinha, eu fiquei com os machos na sala jogando vídeo-game até dar a hora para se arrumar.

Os garotos, mais Rosalie, foram embora umas oito horas, encontrar-nos-íamos na festa. Fui comer alguma coisa, já que provavelmente eu iria beber, depois, fui tomar um banho. Coloquei uma calça jeans preta, uma camiseta cinza da Armani – presente da Alice – e um sapatênis cinza com detalhes em preto. Passei meu perfume e desodorante, estava pronto.

Fui chamar Alice e logo à mesma apareceu com uma micro-saia e uma blusinha de alças finas.

- Você vai desse jeito? – fiz cara de irritado.

- Mas é lógico, Edward! – ela revirou os olhos – Nem invente frescura, Jasper não reclama, porque você vai reclamar? – ela fez uma cara cínica.

Eu bufei e observei que ela passava do meu ombro. Também, com um salto de quinze centímetros! Mulheres! Bufei.

Fechei a casa e descemos para a garagem de elevador. Peguei meu Volvo e em menos de dez minutos eu já estava estacionando dentro da mansão do Will. Isso é que dá: os pais viajam e os filhos fazem a festa com a casa. Espero que a irmã dele esteja aí, quero dá uns “pegas” nela hoje. Britanny Turner de vinte e dois anos, acho que ela faz Ciências Políticas, não sei.

Saí do carro e abri a porta para a minha irmãzinha e adentramos a mansão. Muita gente na piscina e só os filhos da elite social de Boston, estávamos inclusos porque nossos pais eram bastante renomados. Música alta e muita bebida, perfeito.

Encontrei com o dono da festa assim que pisei entro da casa.

- Edward Cullen! – disse me cumprimentando.

- Fala Will! – demos aqueles famosos apertos de mão. – Essa é minha irmã, Alice! – apresentei a baixinha a ele.

Cumprimentos básicos e depois fui beber. Eu estava no bar curtindo – tocava alguma música eletrônica − o som e foi quando eu a vi.

Perfeita.

Ela usava um vestido bem curto, mostrando suas maravilhosas pernas; era de mangas compridas, mas mostrava seus ombros, além de ser completamente colado em seu corpo, acentuando suas belas curvas.

Ela não estava sozinha, para a minha infelicidade, estava com o Will. O mesmo estava comigo, mas depois sumira. Será que ela era namorada dele? Impossível. William Turner era mais mulherengo que eu se duvidar. Tomei o restante do meu uísque para não tira-la dos braços dele com a minha súbita raiva.

Droga! Fui para fora da casa, mas exatamente para a área da piscina, e encontrei meus irmãos e amigos sentados num daqueles juntos de mesas com guarda-sol. Lá estava meu melhor amigo, Derick Swan − filho do governador de Washington −, com sua namorada no colo, Betina Black, irmã de Jacob Black. Não suporto o irmão, mas ela é uma grande amiga.

- Fala Ed! – disse Derick, vindo me cumprimentar.

- E aí? – costume cumprimento de mãos – Tina! – abracei minha amiga.

- Ed! Saudades de você! Nunca mais apareceu lá em casa! – ela disse toda sorridente.

Adorava a Betina, ela sempre tinha ótimos conselhos quando se precisava.

- Pois é! – respondi amarelo.

- Nem me diga o que você andava fazendo! – ela fez uma careta.

- Cadê a sua irmã, Derick? – perguntei.

- Ela deve estar por aí, vou procurá-la. – ele se levantou com a namorada.

Fiquei um tempo com o pessoal, mas eles começaram a sessão agarração, e como não tenho cara de castiçal, levantei-me e fui andando para a mansão. No meio do caminho Brittany – puta – Turner, atrapalhou a minha passagem, já me beijando e se esfregando.

Até que consegui me soltar dela.

- Edzinho... – odeio que me chamem assim – Vamos beber? – safada? Nenhum um pingo!

- Vamos, Brit. – passei meus braços pela sua cintura e fomos entrando em sua casa.

Que estava lotada de gente. Parecia que a cada minuto chegavam mais pessoas. Tocava uma música bem conhecida e a galera pirava na pista. Quando passamos pelo bar improvisado, eu a vi de novo, desta vez sozinha. Estava encostada no balcão, com uma taça de Martini, pelo que pude perceber. Tinha que me desfazer de Brittany, não podia perder essa oportunidade!

- Brit, querida – tentei ser doce −, Você não quer me esperar em seu quarto, tenho que resolver umas coisas antes.

- Claro, Edzinho! – ela sorria que nem uma retardada.

Devia estar um tempo ser dar, por isso o motivo do sorriso idiota. Mulheres! Ela saiu andando – rebolando – e eu fui para onde eu queria ir. Ela estava tão distraída que nem percebeu quando eu já estava ao seu lado.

- Curtindo a festa? – tinha que me fazer presente.

- O que? – ela se virou para mim – Oh... – acho que ela me reconheceu – Você. Do. Aeroporto. – ela falou pausadamente.

- Quem? – tinha que me fazer de desentendido. – Que aeroporto? – fiz a minha melhor cara de cínico com o sorriso torto.

- Nada! – ela se recompôs. – E você é? – tentou ser indiferente.

- Edward Cullen, prazer. – estendi a minha mão para ela.

- Isabella, ou, Bella S... – ela apertou a minha mão, mas quando ia dizer o sobrenome, alguém interrompeu. Merda! Ela soltou a mão da minha.

- Bella! Até que enfim te achei! – era Derick e DE ONDE ELE A CONHECIA?!

- Oi Derick. – ela respondeu, com o sorriso amarelo.

- Vocês se conhecem? – olhei para os dois, confuso.

- Sim. – Derick disse – Essa é a minha irmã, Bella Swan. – ele disse abraçando a irmã de lado.

PUTA QUE PARIU! ELA É IRMÃ DO DERICK! MEU BROTHER! MERDA! MERDA E MERDA!

Ela sorria sem graça.

- Prazer. – ela estendeu a mão dessa vez.

- Prazer. – repeti, tentando não parecer frustrado – Bom, já conheci a sua irmãzinha, a Brit me espera. – disse, já saindo dali.

Ela tinha que ser irmã do meu melhor amigo? Cacete!

Subi para o quarto de Brittany com frustração. Mas por que eu estava assim mesmo? Deixa pra lá!

Abri a porta e lá estava Brittany, somente de lingerie preta e com os cabelos soltos, me olhando sedutoramente.

Nada como uma transa para se esquecer as preocupações. Peguei-a sem delicadeza nenhuma, já arrancando suas peças. Não demorou muito, mas foi o suficiente para me distrair por alguns momentos.

Mesmo que quisesse eu não conseguia tira-la da cabeça. Por quê?

Brittany dormia profundamente, ela já estava bêbada. Catei minhas roupas e me vesti. Já passava da meia-noite, pra mim essa festa já deu.

Mandei uma mensagem para Alice e Emmett, dizendo que já estava caindo fora. Quando saí a encontrei dançando com Betina, Alice e Rosalie, na pista. Tinham virado amigas. Ótimo!

Peguei meu Volvo e saí cantando pneu. Cheguei rapidamente a minha casa, tomei uma ducha fria e me joguei na cama.

Ela realmente fazia jus ao nome... Bella... Bela demais para o meu bico. Com esses pensamentos adormeci.