Womanizer escrita por Tamy Black


Capítulo 2
Welcome to Boston


Notas iniciais do capítulo

Que bom que gostaram! *-*



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Bella POV.

- Boa viagem, querida! – dizia minha mãe, me beijando pela milésima vez.

- Obrigada mãe! – respondi, sorrindo amarelo.

- Vá com Deus, minha filha! – dizia meu pai, assim que me soltei do abraço de dona Renée Swan.

- Certo... – disse entediada. O que aqueles abutres faziam aqui? – Pai? – o chamei.

- Diga. – disse Charlie Swan, meu pai.

- Será que até no aeroporto esses repórteres idiotas vêm nos perseguir? Não temos mais privacidade mesmo? – perguntei, irritada.

- Desculpe Bella, mas eu sou o governador do estado de Washington. – ele disse sereno.

Simplesmente bufei de raiva e revirei os olhos; Dei mais um abraço na minha mãe chorosa, e ela parecia que não queria me largar mais.

- Dê um abraço no seu irmão, Derick. – ela disse, depois de me soltar.

Eu somente assenti com a cabeça e dei um beijo na bochecha do meu pai. Passei pelo portão de embarque acenando freneticamente para eles. Espero que Derick tenha a hombridade de ir me buscar no aeroporto de Boston, porque se eu chegar lá e não vê-lo, eu mato aquele projeto de irmão!

Esses eram os meus pensamentos enquanto eu caminhava para o avião. Já eram quatro da tarde e provavelmente chegaria às seis horas em Boston. Infelizmente, eu vou morar no mesmo apartamento que o meu irmãozinho.

Derick James Swan era o irmão mais protetor, ciumento e possessivo que eu podia ter nessa minha triste vida. Com seus vinte e três anos, meu querido irmão estudava medicina em Harvard e namorava há pouco tempo uma menina chamada Betina, ainda não tive o prazer de conhecê-la. E eu, sua irmã caçula, Isabella Marie Swan, de vinte e um anos muito bem vividos, vou para Harvard começar a cursar Artes Plásticas. Depois de ter passado três anos fazendo Literatura Inglesa na Universidade de Washington, resolvi fazer o que eu queria desde o início.

Mas como nós somos a família mais conhecida dos EUA – depois do meu querido Obama, é claro – tínhamos que fazer algum curso na Universidade do nosso estado, já que meu papai é governador - é o seu segundo mandato -, já foi prefeito e não sei mais o que nessa política infame deste país.   

Passei a viajem inteira lendo O Morro dos Ventos Uivantes da Emily Bronte, sei que já li esse livro milhares de vezes, mas a história é emocionante. Depois de duas horas presa naquele maldito avião – odeio viajar nesses troços com asas, fato -, finalmente foi anunciado que já estávamos chegando a Boston. Aleluia!

Mais uns minutos dentro daquele troço e estaria em terra firme. O medo na hora em que o avião começou a pousar foi inevitável de sentir, mas – graças! – o mesmo pousara em segurança. Peguei minha bolsa e coloquei meu livro preferido dentro dela, ajeitei meus cabelos e a minha roupa. Eu estava até que apresentável: calça jeans, blusa cinza bem básica, um casaco de moletom rosa-pink e botas.

Desci do avião e olhei para o portão de desembarque a fim de tentar avistar o meu irmão cabeçudo. Nada. É, ele não veio. Droga! Ele vai me escutar! Bufei de ódio e fui caçar as minhas malas. Depois de tantas e tantas malas, achei as duas malas marrons da Louis Vuitton, peguei tudo apressadamente e fui saindo pelo portão de desembarque mexendo no meu iphone procurando o número do Derick.

Como eu sou desastrada por natureza – odeio isso – acabei por esbarrar em alguém e caí no chão. Ótimo Bella! Maravilha, pensei com raiva. Eu havia esbarrado em um homem.

- Perdão, eu não a vi. – o rapaz falou, estendendo a mão para me ajudar.

QUE VOZ ERA AQUELA?

Sexy demais.

- Tudo bem, eu sou desastrada por natureza. – eu falei rouca, já de pé.

- Sem problemas. – ele disse, risonho.

Ajeitei minha roupa que tinha se amassado com a queda, só depois levantei o meu rosto para me desculpar.

- Desculpe. – eu disse praticamente num sussurro.

Seus olhos eram de um profundo verde esmeralda, brilhavam intensos para mim. Ele era lindo demais! Corpo atlético, pele alva como a neve, um sorriso torto ressaltado pelos seus lábios perfeitos e bem convidativos para um beijo. Ele vestia uma calça jeans escura com detalhes em mancha, uma blusa pólo branca com um casaco de moletom preto e tênis.

Ficamos naquela troca de olhares intensos não sei por quanto tempo, mas eu podia ficar assim, que não me importaria. Ele tinha um olhar tão penetrante que não conseguia desviar. Fomos despertados por uma moça baixinha, tão branca quanto ele, de cabelos espetados que o chamou.

- Ed, vamos? – ela o chamara com sua voz de fada e depois dirigiu seu olhar para mim. Devia ser a namorada dele. Melhor cair fora.

- O que? – ele se virou para olhar a baixinha.

Hora de sair de fininho.

Saí andando apressadamente e já discando o número do meu irmão, chamou três vezes e logo atenderam.

- DERICK SWAN, POR QUE VOCÊ NÃO ESTÁ AQUI NO AEROPORTO ME ESPERANDO? – gritei mesmo, estava com raiva. 

- Quem é? – era a voz de uma mulher.

Droga! Devia ser a namorada dele.

- É a irmã do Derick, quem fala? – perguntei, sem gritos dessa vez.

- Oh! – ela se exasperou – Sou Betina, namorada do Dé! – ela disse feliz.

- Prazer Betina, sou Bella, onde raios está o meu irmão? – eu perguntei, um tanto que irritada.

- Ele saiu para buscá-la tem uns minutos, Bella. – ela disse com sua voz suave e parecia estar contente por falar comigo – Mas esqueceu de levar o celular! – ela riu, não pude deixar de rir junto.

- Típico dele. – falei, revirando os olhos. – Obrigada Betina, daqui a pouco nos conhecemos! – disse, para finalizar a conversa.

- Tudo bem, Bella. Até logo! – ela disse já desligando o celular, fiz o mesmo.

A minha única solução era esperar o avoado do meu irmão chegar. Quem seria aquele cara de ainda pouco? Ele é tão bonito... Suspirei involuntariamente. Droga Bella! Você mal acabou de sair de um relacionamento!

Balancei a cabeça a fim de esvair esses pensamentos. Depois de uns cinco minutos sentada naquelas cadeirinhas de aeroporto, vi um Derick entrar correndo na direção do portão desembarque. Ri sozinha. Ele era um tapado mesmo!

Levantei-me e fui caminhando em sua direção lentamente. Ele estava olhando para todos os ângulos do portão. Aproximei-me dele e toquei seu ombro.

- Procurando por algo? – disse sorrindo e logo ele se virou.

- BELLA! – ele disse me puxando para o abraço de urso tão conhecido. – Você chegou, irmãzinha! – me rodopiou várias vezes em seu abraço.

- Será que dá pra me soltar agora, Derick? – eu disse já tonta com tantos giros.

- Claro, maninha! – ele disse, sorrindo amarelo e me soltando.

Eu ri e o meu irmãozinho pegou as minhas malas, fomos para o estacionamento e entramos na Pajero TR4 do meu irmão. Meu C3 chegaria amanhã! Adoro o meu carrinho lindo!

Fomos o caminho inteiro conversando amenidades, depois de uns dez minutos paramos no nosso prédio. Era lindo e perfeito, tinha uma sacada enorme! Entramos na garagem e Derick estacionou; Tiramos minhas malas do porta-malas e logo eu apertei o botão do elevador. Morávamos no sexto andar.  Assim que chegamos, Derick abriu logo a porta, uma garota de mais ou menos a minha estatura me abraçou carinhosamente, ela era morena e tinha longos cabelos castanho-escuros ondulados.

- Bella! – ela exclamou assim que me viu e logo eu já estava em seu abraço. – Sou Betina, como já tinha lhe dito ao telefone! – ela me soltou, sorridente.

- Deixe a Bella respirar, Tina! – ele disse, repreendendo a namorada.

- Olá Betina, sou Bella! – falei, sorrindo para a garota.

Logo eles me mostraram o apartamento todo: a sala era grande e espaçosa (n/a: link 1 e link 2), assim como a sala de jantar; a sacada era incrivelmente gostosa de se ficar, a cozinha era ampla e muitíssimo bem decorada; existia uma sala de TV, que parecia mais um pequeno escritório. E deixaram por último o meu quarto, que era a última porta do extenso corredor.

Quando eles abriram à porta e eu fiquei maravilhada. O quarto era branco com algumas paredes pintas de verde bem claro, continha uma extensa cama box no centro com a colcha também branca; ao lado tinha uma extensa porta espelhada que quando eu a empurrei – já que a mesma era de correr – dei de cara com o meu closet, adorei-o porque o mesmo era gigantesco. Do outro lado do quarto havia uma porta que deveria ser do banheiro; e a frente da minha cama tinha uma televisão de LCD.

- Você escolheu tudo muito bem, irmão! – eu disse, me jogando em seu colo.

- Obrigada irmãzinha, eu sempre tive bom gosto! – ele disse, convencido.

- Mas é um convencido mesmo! – eu disse, e os dois riram.

Eles saíram do meu quarto dizendo que era para me darem privacidade, sei bem a privacidade que eles queriam! Os dois foram para o quarto do meu irmão. A Betina não morava aqui, ela morava com os pais na área nobre de Boston e também cursava Harvard, fazia jornalismo

Fui para o meu banheiro e tomei uma ducha quente restauradora. Enquanto estava de olhos fechados debaixo do chuveiro, me veio à lembrança daqueles olhos verdes tão brilhantes. Isso não iria sair da minha mente tão cedo. Quem será o dono?

Saí do banho e coloquei um pijama confortável, liguei a televisão e me joguei na minha cama. Peguei o telefone que ficava na estante grudada a minha cama e disquei para a minha casa em Washington. Fiquei uma hora no telefone e até atrapalhei o meu irmão em seu quarto, já que mamãe insistia em falar com ele. Vai entender as mães!

Voltei para o meu quarto e me deitei. Dormi instantaneamente e sonhei com o dono daquele par de olhos verdes tão intrigantes.


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Notas finais do capítulo

CAPÍTULO REPOSTADO. (JUL/2011)