Womanizer escrita por Tamy Black


Capítulo 23
Walk Away


Notas iniciais do capítulo

N/a¹: Escutem a música please! *-*



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Already Gone – Kelly Clarkson

Bella POV.

Eu não podia voltar e parar para falar com ele, por mais que meu coração tenha batido a mil por hora quando o vi e ouvi gritar meu nome. Simplesmente ignorei a minha vontade de ir até ele correndo e dizer que independente de tudo eu o amava, mas o meu orgulho e a razão foram mais fortes.

Subi para a sala de espera do aeroporto com os olhos transbordando em lágrimas, não agüentei segurá-las por muito tempo. Sentei-me numa das cadeiras e chorei tudo que estava entalado. Parecia que agora, finalmente, a ficha havia caído, tudo estava acabado. O amor não foi mais forte que a dor, o perdão não existe e o orgulho era o meu aliado agora. Só me restava seguir em frente.

Lembra-se de tudo o que queríamos?
Agora todas as nossas memórias estão assombradas
Nós fomos feitos para sempre dizer adeus

- Tudo bem mãe, estou aqui agora, não estou? – disse chorando silenciosamente.

- Solte-a querida, tenho que abraçá-la também. – disse meu pai.

- Pai! – disse assim que fui para os braços do meu herói.

- Bella, minha princesa. – dizia meu pai fungando – Eu também sinto muito, minha criança. – ele disse choroso assim que me soltara.

- Já passou pai. – disse sorrindo triste.

- Vamos para casa, meu amor, a Judith fez o seu prato preferido! – disse minha mãe.

- Vamos sim. – disse saindo abraçada a minha mãe.

Mesmo sem punhos levantados
Nunca teria dado certo
Nós nunca fomos feitos para dar certo ou para morrer

Meu pai ia empurrando o carrinho com a minha bagagem. Estranhei o fato de não ter nenhum paparazzi, ah claro! Meu pai deve ter mandado ninguém vir, aposto como a notícia da filha querida que retorna a sua casa estaria estampada nas colunas sociais dessa cidade ridícula pela manhã.

Fomos o caminho para casa em silêncio, não estava muito a fim de falar, pra ser sincera. O mordomo Joe estava levando minhas malas para meu quarto e eu fui logo para o mesmo. Joguei-me em minha cama e fiquei um bom tempo na mesma posição.

Eu não queria que nós queimássemos
Eu não vim aqui para te machucar agora
Não posso parar

 - Suas malas estão aqui, senhorita Swan. Mais alguma coisa? – ele me perguntou.

- Não, obrigada Joe! – disse com a voz abafada, pois estava com a cara no travesseiro.

- Com licença. – ele disse já fechando a porta.

Assim que ele saiu, as minhas lágrimas voltaram a cair. A solução era simples: seguir em frente e tentar esquecer tudo que me acontecera, uma tarefa árdua, mas não era impossível, eu acho.

Eu quero que você saiba
Que isso não importa
Onde pegarmos essa estrada
Alguém terá que ir
E eu quero que você saiba
Que você não poderia ter me amado mais
Mas eu quero que você siga em frente
Então já fui embora

Edward POV.

Dirigi com toda a velocidade até o parque, o famoso parque, fiquei no mesmo local de sempre, simplesmente chorando tudo que podia. Eu queria gritar, queria ir atrás dela e fazê-la me ouvir, me escutar, dizer que eu a amava e que me perdoasse, que eu a queria mais do que tudo em minha vida, que eu sentia tanto a perda do nosso filho quanto ela.

Mas ao mesmo tempo em que eu sentia isso, a vergonha e o arrependimento não me deixavam fazer o que eu queria, pois sabia o quanto eu era culpado nisso, não sou hipócrita ao ponto de negar e esquecer todo o mal que eu lhe causei. Talvez fosse melhor para ela, e também para mim, que ficássemos separados, talvez a nossa história fosse apenas uma lição de vida, algo que me fez enxergar que a vida não era somente diversão, que havia coisas mais importantes que mulheres, sexo e bebidas.

Olhar para você faz tudo mais difícil
Mas eu sei que você encontrará outra pessoa
Que não fará você querer chorar
Começou com um beijo perfeito
Então nós pudemos sentir o veneno entrando
A perfeição não poderia manter esse amor vivo

E se arrependimento matasse, eu já estaria apodrecendo debaixo dessa terra. Acho que já chorei o suficiente para uma vida inteira. Não sei por quanto tempo fiquei sentado naquele banco, só sei que quando dei por mim já estava escuro. Levantei-me e decidi ir para casa, tomar um banho e perguntar a Alice onde estavam aqueles comprimidos para enxaqueca, pois a minha cabeça estava me matando.

Dirigi de volta para casa em estado de alfa, minha mente voava livre e as lembranças me corroíam por dentro. Estacionei meu carro na vaga referente ao meu apartamento e saí do mesmo, subi para o meu andar e assim que abri a porta da minha casa, vejo todos os meus amigos ali. Todos muito preocupados, suas feições demonstravam isso, eles me olhavam e minha irmã baixinha veio em minha direção, me abraçando fortemente.

Você sabe que eu o amo tanto
Te amo o suficiente para deixá-lo ir

- EDWARD! GRAÇAS A DEUS! – ela berrou contra meu peito.

- Calma Alice, eu estou aqui. – disse aos murmúrios.

- CALMA? EDWARD ANTHONY CULLEN, VOCÊ TEM NOÇÃO DO QUANTO ESTÁVAMOS PREOCUPADOS COM VOCÊ? JÁ VIU QUE HORAS SÃO? – ela berrou aos quatro ventos, visivelmente irritada.

- Calma Alice. – pediu Jasper, impedindo-a de me bater – Ele já está aqui.

- Por onde você estava, mano? – perguntou Emmett.

- Por aí. – respondi me afastando daquele alvoroço.

- Como você está? – perguntou Betina se aproximando de mim.

- Como eu estaria? – revidei a pergunta e fui para o meu quarto, trancando o mesmo.

Eu quero que você saiba
Que isso não importa
Onde pegarmos essa estrada
Alguém terá que ir
E eu quero que você saiba
Que você não poderia ter me amado mais
Mas eu quero que você siga em frente
Então já fui embora

Tirei minha roupa e fui entrando para o chuveiro. A água quente batia em meu corpo e as lágrimas já caíam novamente, eu estava cansado disso, de toda essa situação toda. Saí do banho e logo me vesti, caí em minha cama e fui vencido pelo cansaço. O jeito era seguir em frente.

Bella POV.

Eu já estava há dois meses longe do meu irmão, meus amigos e dele. Falava com as garotas sempre que sentava de frente para o computador, ficávamos altas horas conversando via MSN, falava com meu irmão pelo celular, ele sempre estava me ligando. Meus pais não quiseram instigar muito o assunto, mas minha mãe já sabia de tudo, eles me compreenderam e me aceitaram como eu realmente sou.

Eu já fui embora
Já fui embora
Você não pode fazer isso parecer certo
Quando você sabe que isso está errado?
Eu já fui embora
Já fui embora
Não há mais conserto
Então eu já fui embora

 As férias de verão haviam passado rapidamente, retomei algumas amizades que tinha por aqui, como a Angela e a Jessica. Minhas amigas de escola, sentia falta delas, Angela namorava um cara muito bacana e a Jessica era uma completa vadia – eu sei, é minha amiga, mas é a mais pura verdade.  

Eu havia retomado o meu curso de Artes Plásticas, mas na universidade de Washington. Tinha feito minha matrícula e estava saindo da biblioteca da universidade com vários livros nas mãos, estava realmente pesado. Como eu sou uma pessoa desastrada por natureza, acho que acabei tropeçando em algo e para variar, levei um tombo.

Já fui embora

Mas, não senti a queda, pois trombei com uma pessoa e fomos os dois para o chão, caí em cima da pessoa. Era um homem, lindo por sinal, loiro e de belos olhos azuis. Ficamos nos encarando, eu perdida naqueles belos olhos e ele, bom, não sei o motivo, mas saí do meu devaneio ao me lembrar que estava em cima dele.

 - Desculpe-me, eu não o vi e... – fui falando enquanto me levantava, catando minhas coisas.

- Tudo bem, eu também estava distraído e... – ele disse me ajudando com as coisas, quando fomos pegar um papel, nossas mãos se tocaram, que coisa mais clichê.

- Desculpe-me mais uma vez e obrigada por me ajudar a pegar minhas coisas. – disse corada e já de pé com minhas coisas.

- Sem problemas, desculpe-me você. – ele disse com um sorriso lindo.

- Er... Até. – disse sem saber o que falar e já me virando para sair.

Já fui embora

Saí atordoada dali, os olhos do cara eram tão intensos e hipnotizantes, que eu fiz o favor de me esquecer de perguntar o seu nome. Ótimo, Bella! Que ótimo o que! Você está proibida de ter qualquer relacionamento romântico por tempo indeterminado, mas que ele é muito gato, ele é. Não sou cega.

Lembre-se de todas as coisas que queríamos
Agora todas as nossas memórias estão assombradas
Nós fomos feitos para sempre dizer adeus


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Notas finais do capítulo

CAPÍTULO REPOSTADO. (JUL/2011)