Hate That I Love You escrita por Dani Fordwin


Capítulo 7
The game of love


Notas iniciais do capítulo

Naquele esquema dos POV amoores ♥



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Bê's POV

A resposta era que eu a amava. Essa foi a verdade que havia me atingido pouco antes de beija-la. Corri as escadas atrás dela, mas ela já tinha se trancado no quarto. Que droga, ela provavelmente iria me odiar mais ainda. Não, ela também não me odiava, eu pude sentir; ela correspondeu ao meu beijo com tanta paixão quanto eu. Eu tinha certeza que nunca beijaria ninguém mais daquela maneira. Eu não queria beijar ninguém mais, somente ela.

Por vezes coloquei a mão na maçaneta, fazendo menção de abrir a porta, para ter Dani novamente em meus braços, mas no ultimo momento eu tirava, estava com medo da reação dela. Por fim, desisti, e fui para o meu quarto. Não consegui dormir, meus pensamentos e a batida ainda acelerada do meu coração não deixavam. Que coisa de gay falar isso, mas eu já não me importo mais em admitir.



#FLASHBACK ON

Ela estava toda linda, brincando de fazer um boneco de neve. Parecia uma barbie em miniatura. Casaco rosa, calça branca, luvas com florzinhas desenhadas e um gorro branco de bolinhas rosas. Eu queria brincar com ela, mas no dia anterior ela disse que eu era um chato. Eu não sou chato, eu sou o menino mais legal da minha turma e eu não ia deixar uma menininha enjoadinha e mais nova falar isso de mim, não ia mesmo. Afinal, eu tinha dez anos e ela apenas nove. Chamei ela de gorda, e ela começou a chorar. Chorona e boba, tsctsc.

Enquanto eu lembrava, vi uma imensa bola de neve atingir Danielly bem no rosto. Olhei para todos os lados, e vi Brendon, o encrenqueiro da rua rindo da cara de choro dela. Fui atrás dele e dei um soco, direto no nariz. Quando me virei pra ir embora, ele gritou:

‘’- Isso Bianchinni, defende a nojenta da sua namoradinha”

Minha namoradinha, Danielly? Eca!

#FLASHBACK OFF


Mas fiquei pensando naquela frase durante todos os anos seguintes. E cada vez que eu pensava nisso, ficava com ódio dela e do seu narizinho empinado, deixando bem claro que nunca namoraria um menino como eu. E sempre quando isso acontecia, eu queria deixa-la com tanta raiva como eu, e a provocava tanto quanto eu podia.

Será que eu sempre gostei dela? Agora que eu parava pra pensar, por mais que ela me deixasse louco de ódio na maioria das vezes, eu sempre a defendia (sem ela saber, claro). Com namoradinhos idiotas, com meninas que falavam mal pelas suas costas. Até as vezes quando ela aprontava e Robbie não podia saber, eu a acobertava. Droga, será que eu sempre fui apaixonado por ela?


Dormi pouco aquela noite, mas dormi bem. Sonhei com ela, como era de se esperar. Eu tinha que ter um objetivo, uma estratégia para conquista-la, mas é claro que ela iria continuar negando, se eu me declarasse. E confesso, fiquei com medo de tomar um toco, nunca levei isso e nem quero. Então pensei que talvez se eu continuasse a fazer o que faço de melhor, ela poderia se render. Pois bem, eu iria continuar atormentando ela, a cada segundo. Talvez ela percebesse também, que o ódio que a gente sempre sentiu um do outro era apenas pra esconder o que a gente sentia de verdade.

Era arriscado, mas eu iria tentar.


Dani’s POV


Eu não queria descer, pois sabia que iria vê-lo. E quando eu o visse, eu iria querer me colocar entre seus braços e nunca mais sair. Porque eu o amava, e infelizmente, tinha certeza disso. Mas ele não podia saber. Eu ainda tentava entender o porquê desse sentimento agora, se eu sempre o odiei. Mas não era verdade. Desde pequena, eu sempre quis estar perto dele, e ele sempre me tratava mal. Por isso eu comecei a odiar ele, por ele me ignorar. Mas agora eu percebo que o que dizem é verdade: ódio e amor andam de mãos dadas. Isso estava bem claro pra mim.

Tomei um banho bem demorado, e me arrumei para descer. Coloquei uma calça jeans e uma regatinha de seda, e fui tomar café da manhã. Senti milhares de borboletas voando na minha barriga quando o vi sentado na mesa.

E ele sequer olhou pra mim.

TIPO, O QUÊ? ELE VEM E ME BEIJA DESESPERADAMENTE ONTEM A NOITE E HOJE NEM OLHA NA MINHA CARA? ARGH, COMO EU ODEIO AQUELO MENINO!

Respirei fundo e sentei na mesa, evitando que alguém percebesse minha confusão mental. Minha mãe conversava animadamente com minha tia sobre a festa e meu pai falava sobre alguma noticia do mundo dos negócios com meu tio. Dei um bom dia geral e me sentei, me frente ao Bernardo.

– Pode me passar o suco Bernardo?

– Você tem duas mãos saudáveis Danielly, pegue você.

Eu senti meu sangue ferver.

– Nossa Bernardo, você não podia ser mais ridículo, podia?

Ele nem se deu ao trabalho de responder. Que merda estava acontecendo com aquele menino? Que merda, eu falei palavrão, lá se foi minha fofura. Foda-se! Eu estava com muita raiva dele.


Os dias que se passaram foram assim. Bernardo sempre me provocava e me deixava com raiva de alguma maneira. Mas eu sentia o olhar dele sobre mim. Podia ver que ele ainda prendia a respiração quando eu chegava perto demais. Resolvi entrar no joguinho dele e provoca-lo mais ainda. Em uma noite, vi que ele estava na sala, assistido tevê enquanto Robbie estava com a Ashley, fazendo sei lá o que (aham, eu sei, mas prefiro não comentar). Desci usando somente uma blusinha colada ao corpo e calcinha. Fui até a sala e me joguei no sofá, colocando minhas pernas em cima do colo dele.

–Se importa, docinho?

Preciso comentar a cara de bobo que ele fez? Foi hilária.

Eu podia ver a mão dele fechada em punho e o rosto contraído. Yupi, eu estava conseguindo o que eu queria. Bem, digo, quase né. Eu queria que ele me agarrasse novamente. Mas eu sabia que ele queria que eu o agarrasse dessa vez. E eu nunca iria dar esse gostinho a ele, por mais que eu precisasse estar com ele de novo.

Mas foi a noite inteira assim. Ele nem olhava pra mim, e quando eu bufava ele dava um sorriso de canto.

Que raiva dele.

Peguei no sono, pois ele resolveu assistir Star Wars, pela décima quinta vez. Acordei já era de manhãzinha, o sol já estava brilhando lá fora. Mas vi que alguém havia me coberto a noite, e eu podia jurar que senti um cafuné durante meu sono. Loucura minha.

Levantei e ia até a cozinha, quando o telefone tocou no meio do caminho.

–Alô?

– Ah, então eu tenho que ligar na sua casa para a senhorita atender? – Gelei. Eu estava o evitando a dias, sempre que ele me ligava eu arrumava uma desculpa para não atende-lo. Mais do que nunca, eu me arrependia de ter aceitado seu pedido.

– Ah, oi Ed. Tudo bom com você?

– Claro que não, minha noiva está em outro continente e nunca retorna minhas ligações! Estou morrendo de saudades de você Dani!

– Desculpe Ed, eu tenho andado muito ocupada com... - com provocar e dar beijos perfeitos no meu falso primo, pensei. – com... a festa de meus pais.

– Tudo bem, eu te perdoo, meu amor. E como vão as coisas por ai?

Passamos alguns minutos conversando. A cada eu te amo, estou com saudades, coisa e tal, eu me sentia mais culpada. D

Depois dessa conversa tensa, resolvi sair para espairecer. Só não contava quem viria atrás de mim.



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Notas finais do capítulo

Confesso que odiei esse capitulo. Estou a quatro dias reescrevendo ele, e ainda não fiquei satisfeita, mas foi o melhor que pude, desculpem desaponta -los. Prometo fazer o proximo capitulo compensar esse :D Obrigada pelos comentarios gente, eles me motivam cada dia mais. Amo todoos ♥ Bjs magicos



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