Hate That I Love You escrita por Dani Fordwin


Capítulo 6
Love or not love? That's the question


Notas iniciais do capítulo

Tem os dois POVS, eu aviso quem é quem. :D



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Dani’s POV

- Você tá louco? Quer me matar de susto? – Praticamente gritei com ele. Droga, eu preciso disfarçar meu nervosismo.

Bernardo riu. Que sorriso lindo.

- Calma docinho, tá nervosinha por quê? Fazendo coisa errada? Ou pensando em coisas que não deveria pensar? –Quase engasguei e ele percebeu. E seu sorriso perfeito transformou-se em um sarcastico. Mesmo assim, continuava lindo.

- Ok, eu sempre achei que você tinha algum problema mental. Agora tenho certeza. Eu não estou fazendo e nem PENSANDO em nada, só estou com sede e isso me deixa com dificuldade de dormir – Disfarcei – E você, o que está fazendo acordado a essa hora, docinho?

- Estou com dificuldade de dormir também. – Ele pegou a garrafa de suco e bebeu direto do gargalo.

- Urgh, você é tão nojento, sabia? – Tomei mais da metade do copo de suco em um gole só. Se eu ficasse mais um minuto ali, correria sério risco de cometer uma insanidade.

Digo, ele estava sem roupa! Não, sem roupa totalmente não, não seja tão tarada Danielly, mas ele estava apenas de samba-canção. Ou seja, com aquele peito sem camisa, totalmente ao alcance das minhas mãozinhas, que estavam coçando para... esquece. Enfim, me levantei, e virei pra sair, quando ele pegou minha mão e me virou pra frente dele.

- Está com medo de me agarrar docinho, por isso está fugindo de mim?

- Eu, te agarrar? Nossa Bernardo, realmente você não tem apenas cara de palhaço, você é um tremendo palhaço! Eu, querer agarrar você? RÁ RÁ RÁ, que piada.

- Você quer Danielly, posso sentir sua pele se arrepiar quando eu te toco.

- É, eu realmente fico arrepiada. De nojo. Bianchinni entenda: Eu odeio você. – Puxei minha mão da dele e sai rápido da cozinha, e já estava no segundo degrau da escada.

Ele veio atrás.

- Não, não odeia não. Eu sei que você quer me beijar, eu pude ver aquele dia no quintal, depois do jogo. Você quer me beijar. – Parei e olhei pra ele.

- Não, eu NÃO quero te beijar e SIM, eu ODEIO você.

- Prove. – ele sorriu, desdenhoso.

- Oi? – Pisquei, sem entender.

- Prove. Diga que me odeia seis vezes, bem perto da minha boca, sem me beijar antes da sexta vez.

Tive vontade de mandá-lo ir á merda. Respirei fundo, olhei em seus olhos e levantei o dedo indicador.

- EU TE ODEIO.

Levantei o dedo médio.

- EU TE ODEIO.

Desci um degrau, e levantei o anelar.

- EU TE ODEIO.

Droga, eu podia sentir minha respiração falhando. Mas ainda sim, fiquei olhando fixamente pra ele, e continuava falando. Afinal, eu não iria me dar por vencida, jamais. Levantei o dedinho:

- Eu te... te odeio.

Eu havia descido o ultimo degrau e estava com meu corpo praticamente colado ao dele. Eu senti que ele chegou a prender a respiração, a me ver tão perto. Quase podia sentir os batimentos de seu coração. Será que estariam tão rápidos e fortes como o meu? Foi-se o dedão:

- Euteodeio.

Já não havia mais distancia nenhuma entre nós. Sim, o coração dele estava batendo tão desesperado como o meu. Meu Deus, eu queria beijar aquela boca, eu precisava dele pra mim. Mas eu tinha que falar, era a ultima. Ele não podia me vencer, não podia.

Levantei o dedo indicador da outra mão. Eu própria quase não ouvi minha voz. Aproximei minha boca a milímetros da sua, desviando o olhar da boca dele para seus olhos, e sussurrei, com dificuldade:

- Eu te odeio.

Bê’s POV

Eu podia ver o quanto ela estava com dificuldade de me falar aquilo. Eu mesmo gostaria de poder caçoar dela, mas não encontrei forças. Sua idiota, pare de falar e me beija logo! A cada dedo levantado, meu coração disparava mais. E então estava na sexta vez, no sexto dedo levantado. Podia sentir seu hálito se misturando com o meu. Olhei para sua boca com desejo profundo, e então olhei nos seus olhos. A verdade entrou em mim, como uma flecha. Rápida e certeira.

- Eu te odeio. – Ela sussurrou, sem nenhuma vontade aparente de dizer aquilo. Nos olhamos fixamente, por cerca de milésimos de segundos. Vi um brilho no seu olhar, e ela se virou, querendo novamente ir embora. Eu não podia deixa-la ir, eu não podia ficar sem ela. Agarrei seu pulso e a puxei para meu corpo, tomando folego somente para dizer.

- Mas eu não te odeio.

E a beijei.

Dani’s POV

E ele me beijou.

Eu não conseguia pensar em nada, em nenhuma palavra. O beijo do Bê era nada menos que maravilhosamente incrível. Podia sentir meu corpo querendo mais, e o dele também estava assim, pois cada vez ele me puxava mais perto dele. E simplesmente, aconteceu. Eu me deixei levar pelo que eu queria, de um jeito intenso, como provavelmente nunca havia feito antes. Passei meus braços ao redor de seu pescoço, e enrosquei meus dedos no cabelo que havia em sua nuca. Como se respondendo ao meu toque, Bernardo me levantou do chão e eu logo abracei minhas pernas em seu corpo, deixando-me totalmente inerte a ele. Ele me empurrou contra a parede e foi aprofundando o beijo. Eu não queria sair de lá nunca mais, eu não queria parar. Pude sentir sua boca desesperada pela minha, nossas línguas dançando em um ritmo que seria sempre apenas nosso, nem muito lento nem muito rápido. Sua boca então começou a procurar por meu pescoço, e a meus dentes coçavam por dar uma breve mordida em seu queixo.

E então, alguém fez barulho no andar de cima.

Como tudo começou, tudo acabou. Muito rápido. Nos olhamos, ofegantes, e me dei conta da posição em que estávamos. Eu não podia dizer nada, pois certamente se minha voz não me traísse, meus pensamentos e meus sentimentos iriam sair. Corri.

Corri o mais rápido que pude escada acima, e me tranquei no meu quarto. Encostei-me na porta, ainda ofegante e com o coração disparado. Havia momentos em que eu tocava a maçaneta com vontade de ir correndo e voltar pros braços dele, mas eu não podia. Eu o odiava, não odiava? A resposta estava bem obvia para mim. 


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Notas finais do capítulo

Gostaria de agradecer todos os comentarios carinhosos, de verdade. Vocês fazem meu dia mais feliz ♥



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