Fox On Fire escrita por Gio


Capítulo 7
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

Bom, esse já estava pronto, agora que eu vi que não tinha postado. Vou postar mais curtos ao invés de poucos longos, ok?
XOXO



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Decido sair à procura de comida. Ponho meus pertences na mochila nova e desço da árvore em silêncio.

                O clima continua quente, acentuado pela calorosa jaqueta que visto no momento. O caminho é difícil, e parece ficar cada vez mais íngreme, com folhas e pedras que me fazem escorregar.

                Um rastro de sangue me chama atenção. A trilha segue provavelmente para o acampamento dos carreiristas.

                O som da selva já não me parece tão assustador. Me encontro perdida ao observar o céu programado pelos Idealizadores.

                Tão bonitos e ao mesmo tempo tão falsos.

                De repente, piso em falso e sinto-me escorregar. Olho procurando a origem.

                Nunca me senti tão feliz! Um córrego d’agua, o que eu mais precisava no momento. Bebo todo o conteúdo de minha garrafa e reponho em seguida, feliz por notar que o líquido estava gelado. Talvez possa montar meu acampamento aqui.

                Limpo partes do meu rosto, feliz por não notar sangue. Ainda não me machuquei.

                Decido continuar a jornada, tomando cuidado para não fazer barulho.

                Ouço o canhão soar ao longe e depois o grito divertido do garoto do 1. Provavelmente o acampamento dos Carreiristas está desprotegido. Acho melhor investigar.

                Corro discretamente sobre as áreas lamacentas da arena, evitando deixar pegadas, e em minutos alcanço a Cornucópia. E para minha felicidade, não há ninguém, exceto ao garoto do 3, que não me parece oferecer riscos.

                - Ei ruiva! – ele grita.

                De imediato, sinto minhas pernas bambearem. Viro a cabeça em direção a ele.

                - Não vou te entregar, se é o que pensa. Não sei se percebeu, mas se quer pegar algo, melhor se apressar.

                - Por que não te mataram?

                Ele sorri.

                - Sou do Distrito 3, Tecnologia, como deve saber. Ativei as bombas ao redor da comida como proteção, então eles dependem de mim. Quer se aliar à mim?

                Aceno com a cabeça.

                - Veja. - fala ele, pulando em uma sequencia de passos até a pilha de comida. – Consegue gravar isto? – ele diz, jogando-me uma maçã.

                Repito seus passos e chego até a pilha.

                - E o que quer em troca? – pergunto.

                - Assim que eu conseguir comida suficiente, me ajude a fugir.

                Definitivamente é uma troca justa. Concordo com a cabeça, pego mais algumas coisas e fujo, repetindo a sequencia de saltos.

                Enfim corro, deixando-o para trás.

XXX

                Ainda não consegui um lugar para ficar. Se ficasse próxima ao acampamento, teria ao mesmo tempo, mais e menos chances de sobreviver. Seria só me esconder e sair quando eles fossem caçar.

                É uma ideia boa, mas contaria com a sorte de não ser vista. Melhor não arriscar, dizem que a garota do 2 pode acertar facas em alvos móveis à 300 metros de distância.

                Engulo à seco com a ideia e volto a caminhar, analisando e guardando em minha memória os pontos principais da arena.

                No meio do caminho encontro a árvore perfeita.

                Escalo-a e arrumo meus poucos pertences de forma a ficar o mais discreta possível. A vista do alto me permite enxergar tudo, de modo que posso saber sobre a rotina dos carreiristas.


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