Uma Doce Maldição escrita por sta_gaby


Capítulo 6
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Espero q gostem e q desculpem a demora...se tiver ao menos 1 comentário...eu posto mais um capítulo...^^



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Estava voltando, para onde quer que seja, e vi um garoto vindo na minha direção. Merda, e agora? Será que ele viu? Merda, merda, merda!

- Hey! – gritou ele, com sua voz de trovão, mesmo aparentando ter uns 18 anos. Quanto mais ele se aproximava, mais eu podia ver seu rosto. Ele era moreno avermelhado, e vestia apenas uma calça e um tênis. Seu rosto era lindo. . .O que eu estava pensando?!
Mas sim, ele era lindo. Suas sobrancelhas grossas não me deixavam ver a cor de seus olhos. . .Os dentes brancos reluzentes e perfeitos em sua boca. . .

- Oi. – respondi meio deslumbrada. – O que foi? – perguntei, tentando aparentar ignorância.
- Que foi pergunto eu! – disse ele, apontando para o próprio peito desnudo. Isso me incomodava. Ok, um pouco. OK, não me incomodava!

- Hã? – eu ainda tentava me fazer de sonsa.

- Eu vi você jogando algo no penhasco, o que era? – puta merda! Agora fudeu! – Parecia algo grande, enorme!

- Ah... - pensa, pensa! O que eu poderia ter jogado?! – Era uma boneca inflável, que achei no quarto do meu namo. . .EX-namorado. – ufa, achei uma desculpa. Quando arfei, inspirei o doce aroma do sangue dele. Doce e forte. . .Suculento. Mas ele devia estar na mata beirando a estrada. . .Estava fedendo!

- Mas. . .- lá vinha ele com mais perguntas! – Caiu tão depressa. . .Uma boneca de plástico não é tão pesada assim!

- Eu coloquei pedra dentro. . .Mas, afinal, eu não tenho que te dar explicações! – disse carrancuda, passando por ele e fazendo questão de esbarrar nele. O aroma de seu sangue me queimava a garganta, mas eu resisti. Marchei estrada à frente.

- Hey! Hey! Espera aí!- chamou ele, e logo me alcançou. Parei e me virei, encarando-o e decidindo se o atacava, ou não.

- Que saco! O que você quer?! – cuspi, arrogante. Mas meu tom de voz não saiu como queria. . .Ele era lindo demais e eu, incontrolavelmente, não conseguia me ver brigando com ele.

- Calma. . .Desculpa se fui muito enxerido. Eu sou Seth. – disse ele, sorrindo e estendendo a mão. Eu não sabia se a apertava, e ele notaria minha pele fria. Fiquei olhando a mão dele estendida, sem me mover. Até que ele a levou ao cabelo, constrangido.
Para não deixa-lo magoado, sorri. E a alegria voltou ao seu rosto.

- Eu sou Jane. – respondi. Ele ainda tinha um ar tristonho, então resolvi pedir algo que ele não se negaria a fazer. – Am. . .Seth, né?

- Isso.

- Você pode me acompanhar até o centro, por favor? – tentei ser convincente com minha cara de cão sem dono. – É que tem muitos assaltantes por aqui, e tá de noite.

- Claro! – arfou ele, todo alegre. Não pude deixar de sorrir.

- Eu até achei que você fosse me assaltar! – falei rindo. Ele parou de rir no mesmo instante. – Que foi?

- Por quê? – perguntou ele, incrédulo ou ofendido, eu não sabia. Arregalei os olhos, perplexa.

- Desculpa, mas olha como você tá vestido. – falei, apontando para ele. Ele me encarou, tão frio que parecia tremer. Recuei um passo.

Ele não disse nada, apenas saiu correndo estrada à cima. Mas o que deu nele?! O que foi que eu falei?! Corri atrás dele.

- Seth! Seth! – chamei.

- Cala a boca! Me deixa em paz! – gritou ele, sem nem olhar pra trás.

- Seth, desculpa! SETH! – até que o alcancei e o segurei pelo braço, sem me importar que ele sentisse minha pele fria. Ele se livrou no mesmo instante, com uma facilidade incrível, mas pude ver que como não estava acostumada com a nova força, deixei um enorme hematoma em seu antebraço.

- Me larga! – disse ele, rude.

- Desculpa! Não foi minha intenção te ofender! – arfei, irritada com a reação infantil dele. – Afinal, o que eu falei demais?!

- Adeus, Jane. – ele disse, e em um piscar de olhos, desapareceu na mata. Antes que eu pudesse ir atrás dele, meu celular tocou. Eu nem me lembrava de estar com ele.

- Alô?

- Jane, volte agora. – disse a voz de Ash do outro lado da linha. Ela estava preocupada, mas não demonstrava. Eu é que a conhecia bem.

- Que foi? – perguntei, já andando pela estrada.

- Você precisa voltar. . .Micael. . .- ela foi interrompida em sua frase, por alguém que estava com ela. Um rosnar grave e então a linha caiu.

- Ash? Ash? ASH?! – murmurei para o telefone mudo. O fechei e guardei no bolso da blusa, enquanto corria pela estrada de volta à cidade.

Um uivo alto, ao longe, fez com que eu paralisasse. Aquilo me gelou e me aterrorizou. Mas. . .Por quê? Afinal, era só um lobo ou um cão.
Lembrei-me de Seth e como me senti bem com ele, mesmo tendo discutido.
Sorri e então me obriguei a guardar esses sentimentos lá no fundo e voltei a correr. Ash, ou eu, estava com problemas extremamente sérios.


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Notas finais do capítulo

Sim, é um capítulo pequeno mais tá legal...