Uma Doce Maldição escrita por sta_gaby


Capítulo 5
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Espero q gostem...^^



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Argh, aquela dor que não passava. O que é isso que está acontecendo comigo? Aos poucos a dor foi passando e pude sentir meus braços e pernas afroxando por debaixo das correntes de couro. Abri meus olhos lentamente com medo do que poderia ver ou encontrar. A minha volta nada tinha mudado. Estava no mesmo lugar e percebi que estava sozinha.

- ALGUÉM! ALGUÉM PODE ME AJUDAR! HEY, ALGUÉM?- Virei meu rosto ouvindo um barulho. Olhei de onde vinha o movimento e a causa do barulho foi uma mosca.
    O que? Peguei a mosca e com ela entre meus dedos deu para ouvir os batimentos acelerados da pequena e inofensiva mosca. Ela batia bem rápido as asinhas mas era inútil. E segurando apenas com as pontas dos meus dedos dava pra sentir e ver cada pequena parte. A soltei ficando com pena. Virei meu rosto quando senti a presença de alguém porém me arrependi quando percebi quem era.

- Ash.- Sim. Minha prima Ashley. A traíra. Como eu ainda consigo considerá-la uma prima e principalente, amiga?
- Jane. Deixe-me explicar tudo.- Ela falou vindo na minha direção. Olhei para os meus pulsos. Ainda estavam presos. Com muita raiva pela aproximação da Ash, puxei meus pulsos e meus pés que soltaram da grossa corrente com tamanha facilidade. Consegui me soltar mas caí no chão pelo desequilíbrio. Se fosse em outra situação, eu estaria agora, neste momento reclamando de dor mas eu não senti nada. Toquei na minha pele, estava gelada e branca demais, pálida. Com uma firmeza. Reparei um espelho num canto do cômodo que eu estava. Me aproximei e observei a imaem que vi. Uma linda mulher. "Mas como? Seria um quadro?" Mexi minha mão e a imagem fez a mesma coisa. " Não podia ser."

- É você mesma, Jane. São as mudanças que seu corpo sofreu.- Ash falou colocando as mãos no meu ombro. Só agora fui perceber que tinham a mesma temperatura, gelada, como a minha. Por mais que eu estivesse com raiva dela, queria saber o que houve. Saber o que eu não sabia. Ela me olhou.

- Imagino que esteja querendo saber o que aconteceu, certo?- Como ela sabia?- Sabe o cara que a mordeu? Ele é o líder da família, os Shadows. O nome dele é Micael.- Ela falou me puxando pela mão e passando por uma grande porta que dava acesso a um corredor também escuro.

- O Micael também é um vampiro, assim como nós duas.- O que? Eu...
- Eu...O que?- Ela riu.
- Pensei que você fosse esperta. Vamos juntar os fatos. Você foi mordida, tem pele gelada, se tornou imortal logo depois que foi mordida e agora, precisa se alimentar.- Ash falou ainda me puxando. Alimentar? Não me diga que...Ew.- Isso mesmo, sangue!- Estávamos entrando num túnel onde já dava para reparar uma luz vindo do final.

- Tente se controlar.- Ela falou abrindo a porta de um quarto muito grande.

Eu ia perguntar por que mas ela entrou muito rápido e deixou a porta bem aberta para mim entrar. Quando dei o primeiro passo, uma forte batida de vento bateu no meu rosto trazendo um cheiro delicioso na minha direção. Minha garganta começou a queimar e senti presas crescerem. Pude certificar que não haviam apenas pessoas na sala. Olhei e várias pessoas estavam na sala. Uns estavam sentados em cadeiras num tom marfins e outras estavam acorrentadas num quanto e outras presas em jaulas. Meu corpo tremeu ao ver aquelas pessoas acorrentadas e sangrando. Me certifiquei que o cheiro que bateu no meu rosto era o sangue deles. Estaria com sede? Sim! Quando me dei conta, estava com uma criança pendida no ar pelas minhas mãos. Ela balançava os pés numa tentativa inútil de se soltar. Ouvia os batimentos acelerados de seu coração, seu sangue passeava pela sua veia no pescoço e a mesma dilatava em resposta me dando mais sede que antes. Já era torturante sentir a queimação na minha garganta. Senti um olhar pesado vindo de uma cadeira. Olhei na direção, era um garoto moreno que sorria para mim. Quanto mais ela aprofundava seu olhar e sorria, sentia mais sede e minha unha cravava mais e mais na frágil pele da pequena. Eu não queria fazer, eu não devia.

- Vá, sacie sua sede.- O moreno falou.
- Não interrompa, Ethan.- Micael falou.

A troca de olhares deles foi sinistra. Mas então a sede se intensificou. Olhei para a garotinha que estava chorando e com o nariz sangrando. Merda! Olhei pro tal de Ethan e ele correu numa velocidade anormal até mim. De primeiro, estranhei mas depois que ele se aproximou bem perto do meu rosto.

- O que você está esperando? Ela começar a gritar? Não seja por isso, Blair.- Um garota, aparentava ter a mesma idade que eu, morena e também muito pálida se levantou e correu na nossa direção. Soprou no ouvido da garotinha que fechou os olhos e depois os arregalou começando a gritar, gritar é pouco, ela abriu o berrero. Alguém a cale. Fiquei com muita sede e ao mesmo tempo com raiva, raiva do Ethan. Por impulso e sem pensar, senti uma mão minha agrrando no pescoço do idiota e minhas cravavam cada vez mais fundo.

- Uma inútil tentativa. Sua força não me atinge, recém-nascida.- Ele falou e logo após começou a gargalhar alto.

Ele parou e me olhou no fundo dos meus olhos. A sede aumentava mais e mais. Que porcaria ele estava fazendo? Eu não sei como ele é forte mas posso testar a minha força. Soltei a garotinha e quanto mais ele ria mais raiva crescia dentro do meu peito. Até que senti ele tremer na minha mão enquanto apertava seu pescoço. O soltei pensando que havia machucado ele quando ele sentou no chão e voltou a rir.

- É, você conseguiu...Me fazer cosquinha!- Ele ria mais e mais.

Olhei bem nos olhos dele e ele me olhou com um sorriso estampado. Conseguia ver meu reflexo pelo brilho dos olhos dele. E temi o que via. Uma garota muito bonita porém muito má, vingativa mas havia outra coisa em seu olhar. Raiva, medo e fraqueza. Foi aí que percebi que o Ethan tremer no chão. O que estava contecendo com ele? Me abaixei e quando o toquei de jeito carinhoso, meio preocupado ele parou de tremer. Olhei a minha volta e todos estavam em olhando preocupados. Fui eu quem fiz aquilo com o Ethan?

- Você...- Ethan gaguejou.

Ele parecia estar com...Medo? De mim? Reparei que um garoto loiro veio correndo na minha direção. Quando estava bem perto, me puxou pelo braço e correu porta a fora. Não podia dizer que estava correndo com ele por que eu não estava pegando o ritmo. Até que ele parou em frente a grande mansão e me olhou. Parei ao lado dele. Olhei o grande corredor e várias portas pelas quais passamos. Se eu fosse humana, estaria literalmente morta com a respiração ofegante e caída no chão. Voltei meus olhos pro loiro que segurou minha mão e a beijou num cumprimento bem educado.

- Meu nome é Alec, agora CORRE!- Olhei pra trás ouvindo passos de longe.

Olhei pra ele que estava gesticulando para que eu fugisse do que vinha atrás de mim. E você ainda tem dúvidas do que eu decidi? Han, incorporei o papaléguas. Quando dei por mim, estava a bem uns 3metros longe daquele lugar mas aí pensei no que havia deixado pra trás. Ash, Dem e meus pais. Os deixei pra trás sem pensar em como eles ficaram sem mim. Não que eu tivesse força e capacidade de salvá-los. Lembrei que apenas vi a Ash. Será que meu irmão e meus pais estão vivos? Será que também foram transformados? Será que els estão bem? Parei numa pracinha onde tinham muitas pessoas. Minha garganta voltou a latejar mas eu não queria agir de maneira errada. Por mais que eu esteja com sede não farei isso. Corri para dentro de uma floresta que avistei de longe. Corri e só parei quando estava sem pessoas a vista. Sentei perto de um tronco e lá fiquei olhando a noite. Passou um tempo e pelas badaladas do sino da Igreja, era 1hs da manhã. Voltei a olhar pro céu que estava limpo mas começou a chuviscar. As gotas caíam na minha pele e mas não estavam frias. A noite estava perfeita, fora a sede e a minha transformação. Teria que me adaptar a essa nova vida. Força, pele fria, velocidade e imortalidade. Será que eu conseguiria sobreviver sem meus pais, meu irmão e sem minha prima por toda eternidade? Não mas onde eles estariam? A Ash está junto com a família os Shadows, o Dem deve estar junto com meus pais a questão é onde eles estão. Senti a presença de alguém a um metro de distância. Deveria ser uma pessoa por que seu coração palpitava acelerado e deveria estar fugindo de alguém pela respiração ofegante. Minha garganta começou a queimar. Latejava pedindo por sangue mas eu...

Tarde demais. Avancei no pescoço do ladrão pelo que vi e suguei todo o seu sangue não deixando uma gota sequer. Levantei, largando o corpo já sem vida no chão. O que me surpreendi foi a rapidez que tive em atacar a presa e o gosto delicioso do sangue do humano. Só então percebi, estava toda suja de respingos do sangue da vítima. Peguei a jaqueta que a vítima vestia e coloquei por cima da minha blusa. Já deveria ser umas 3hs da manhã. Mais cedo ou mais tarde alguém passaria por aqui e veria o meus estado. Olhei para o corpo no chão. Tinha que me livrar. Coloquei o homem pendurado nas minhas costas e corri na direção de algum mar que não estava longe, pelo cheiro. Cheguei perto de um precipício e arremessei o corpo. Leve demais não fiquei com dor nas costas. "Tô começando a gostar dessa anti-fragilidade."


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Notas finais do capítulo

Gostaram??