Neve e Chama: A Segunda Era dos Heróis. escrita por Babi Prongs Stark Lokiwife


Capítulo 31
Capítulo 29: Jaime Lannister


Notas iniciais do capítulo

LEIAM AS NOTAS FINAIS!!!



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Jaime Lannister

Ele usou sua única mão para massagear o coto, mesmo depois de tantos anos ainda sentia a mão fantasma formigar. Seu olhar se dirigiu para oeste, para as terras do poente, onde estava toda a sua família. Ou pelo menos o que restou dela. Viu seu reflexo no espelho, as rugas preenchiam o rosto que uma vez fora belo, e os cabelos outrora loiros estavam todos brancos. Perguntou-se como seria a aparência de sua gêmea se tivesse vivido para chegar a essa idade. Cersei. Pensar nela ainda doía, ainda que antes do final ela tenha ficado tão louca quanto Aerys. Houve uma época em que ela havia sido sua outra metade, sua irmã e amante. Hoje ela era apenas uma lembrança dolorosa que se desvanecia.

A memória da última vez que a vira lhe sobreveio. Tyrion tomara King’s Landing, Tommen  fora levado pelos Tyrell para Highgarden, porém a irmã conseguira fugir através dos túneis secretos da Fortaleza Vermelha. A Rainha Daenerys havia oferecido uma recompensa de trinta mil dragões para quem lhe trouxesse a cabeça da irmã, sessenta mil para quem a levasse viva. Jaime a encontrara além de Kingswood, em Bronzegate, o Lord daquele castelo havia a afrontado de alguma forma e perdido seu título e terras. Agora ela se escondia ali, com aqueles que ainda lhe permaneciam leais.

Ela veio lhe receber no portão, por algum motivo acreditava que ele lhe trouxera sua salvação. Ainda não reconhecia que tudo estava perdido. Naquele dia ele a tomara por uma última vez e lhe consolara quando ela aceitara a derrota. Sabia o que deveria fazer, mas isso não o tornava mais fácil. Cersei seria queimada viva quando fosse entregue à Mãe de Dragões. Apenas ele poderia salvá-la, apenas ele poderia lhe dar misericórdia.

O dia amanhecia e sua mão de ouro reluzia ao sol, ele trilhou os dedos de metal pelo seu rosto e deixou-os se fundir aos cabelos dourados dela. Havia lágrimas nos olhos de ambos quando fechou o punho sobre seu pescoço. Ela não lhe pediu para que parasse, ela não perguntou o porquê, mas sussurrou em uma voz rouca e arquejante enquanto arregalava os olhos em pura surpresa.

- E quando suas lágrimas a afogar, o valonqar enrolará as mãos em sua pálida garganta branca e a estrangulará até roubar sua vida.

Ele partiu sozinho, o sabor do último beijo dela ainda estava em seus lábios, assim como as lágrimas ainda percorriam seu rosto e nos braços o último presente da irmã. Ele pensara que seria queimado no lugar da gêmea, afinal fora a sua mão que matara o pai da rainha. Entretanto Brienne e Tyrion haviam ajudado demais a Mãe de Dragões para terem seus pedidos negados. À Jaime coube o exílio e não a morte.

Os anos em Essos foram flashs. Ele não chegou a realmente viver. Os poucos momentos de felicidade que teve foram quando recebeu notícias de Westeros. Tyrion se tornara Mão da Rainha. Tommen era o herdeiro de Casterly Rock. Myrcella casara com Tristan Martell e seus filhos eram os terceiros na linha de sucessão de Sunspear. Brienne tornara-se um membro da guarda real, um posto que sempre almejara. Renly era um cavaleiro melhor do que ele próprio e Narcysa... Sua filha havia se tornado uma donzela muito bela, e também astuta, aprendendo desde o berço a jogar o Jogo dos Tronos. Jaime lamentava por ela. Almejava o poder mas sequer o conhecia, esperava que um dia ela aprendesse, tal qual ele aprendera.

- Mas, se os deuses forem bons, sem pagar o preço que paguei. – disse observando o toco.

Encaixou a mão dourada e observou as altas construções para além da floresta, não tinha a permissão para ir além do que elas haviam determinado, já haviam concedido muito em permitir que ficasse naquele casebre, e apenas o faziam pelas espadas. Jaime sorriu observando-as, aprendera a forja-las em Braavos e elas haviam sido por muito tempo seu sustento.

Jaime sentia-se grato pela tempestade que o levara até as ruinas de Gogossos, se não fosse por isso jamais teria encontrado Tysha e não poderia recuperar a amizade do irmão. Para onde quer que as putas vão. O pai nunca soubera a verdade contida em suas palavras.

As ilhas eram um lugar perigoso, cheias de basiliscos, mantícoras e outras feras ainda mais perigosas, mas Jaime aprendera a sobreviver à elas. O pagamento pelas espadas era sempre em comida e provisões. Não havia necessidade de dinheiro, nenhum forasteiro ousava navegar por ali. O último que tentara fora Baelon Greyjoy, também conhecido como Leviatã. Viera em busca de um de suas espadas especiais, oferecera ouro, mas  riquezas não tinham nenhuma serventia para Jaime, não mais. Ao invés disso seu pagamento fora uma mensagem para os heróis, ela os havia visto e o informou que eles precisavam ir ali.

Jaime jamais poderia ter certeza se o Leviatã cumpriria a promessa, porém ele só escapara com vida por jurar por todos os deuses que levaria a mensagem aos doze. Esperava que cumprisse com sua palavra. As espadas que fabricava eram diferentes de todas as outras que já vira, chamavam-na de katana, era mais leve, mas  igualmente mortal à qualquer espada de Westeros. Pegou o martelo e se pôs a trabalhar na próxima obra-prima.


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Notas finais do capítulo

E para a felicidade da maioria, um capitulo do nosso querido (ou nem tanto) Jaime Lannister. Ficou pequeno, eu sei, mas espero que tenha agradado. Deixei um monte de pistas nesse cap, umas mais obvias que outras, quero ouvir suas teorias.
E mais uma coisa. Eu gostaria se saber de vocês meus queridos leitores, qual o final acham ideal para essa fic? Qual esperam que eu escreva? Quem querem que morra? Quem acham que vai morrer? E afins. Não prometo seguir a opinião de vocês, afinal já tracei um rumo para a historia, mas quem sabe possam me influenciar em algum ponto?
Aguardo suas respostas e comentários.
Abs