Destino escrita por Eve


Capítulo 8
Capítulo Oito


Notas iniciais do capítulo

Capítulo dedicada à Eduardas2 pela recomendação mais fabulosa do que Zeus. Eu apenas morri quando li, sério.



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VIII

 

 

— Ai! – Atena exclamou pelo que já deveria ser a décima vez. E como das vezes anteriores, Deméter a ignorou.

Há aproximadamente três horas, Deméter havia “raptado” Atena a fim de prepará-la para o baile, e desde então as duas estavam trancadas em um dos muitos quartos daquele castelo. Depois de um banho de quase duas horas de duração, incontáveis frascos de óleos perfumados e mais um monte de outros pequenos detalhes que Atena estava zangada e/ou entediada demais para reparar, ela achava que não tinha como aquilo ficar pior. Mas isso foi antes de ver o instrumento de tortura, vulgo espartilho, que Deméter tinha separado para ela usar. Atena até tentou argumentar com a tia, mas de nada adiantou. Agora ela estava zangada, contrariada e apertada dentro de um espartilho que mais parecia feito para uma criança.

— Pelo drama que você faz – Dizia Deméter enquanto apertava ainda mais a cordinha nas costas de Atena. – Até parece que não usa espartilho todos os dias.

— Eu uso espartilhos normais todos os dias. Esse é pelo menos cinco vezes menor e mais apertado.

— Não seja dramática. E se tivesse medidas normais, poderia usar espartilhos de acordo. Mas não, você tinha que ter a cintura cinco vezes mais fina do que as mulheres normais.

— Quem é a dramática agora? – Atena murmurou, mas Deméter não a ouviu, pois estava muito ocupada dando um nó no espartilho e afastando-se para pegar um grande embrulho em cima da cama.

— Agora vem a melhor parte! – Deméter falou, eufórica, enquanto desembrulhava o pacote.

— E qual seria essa melhor parte? – Atena estava até com medo de perguntar. Mas Deméter nem se deu ao trabalho de responder, apenas retirou de dentro da caixa um vestido e o mostrou à sobrinha. Atena perdeu o fôlego quando o viu. Era divino. Sem demora, Deméter adiantou-se para vesti-la, e quando acabou a levou até o espelho na parede oposta.

Perfeito. Era a única palavra que vinha à cabeça de Atena naquele momento. O vestido era confeccionado em tecido tão nobre que se mostrava consideravelmente pesado, mas não a ponto de incomodar, e o veludo azul escuro se contrastava lindamente com a pele branca e os cabelos dourados de Atena. As mangas eram longas e se abriam na altura dos cotovelos, como um copo-de-leite invertido, e eram forradas com seda dourada. O decote era quadrado e bem posicionado, deixando à mostra a coluna esguia de sua garganta, clavículas e colo. Os botões também eram dourados, assim como os bordados que decoravam o corpete, e para arrematar um cinto ornamentado com pedrarias envolvia sua cintura. Nunca em sua ainda curta vida ela havia usado uma peça tão rica e elaborada.

— Muito bem. – Deméter falou. – Agora que você já está pronta, eu tenho que ir supervisionar as outras meninas. Conhecendo Hera, ela deve estar se arrumando até agora sem perguntar se elas precisam de ajuda. Seu pai vai vir aqui buscar você quando for a hora do baile.

— Certo. Muito obrigada por tudo, tia.

— De nada, querida.

Então Deméter saiu, deixando Atena sozinha ali. Ela passou os trinta minutos seguintes andando de um lado para o outro no quarto, pois não queria arriscar sentar e amassar o vestido. Por vezes parava em frente ao espelho e admirava-se novamente, surpreendendo-se com sua elegância todas as vezes. Na sua rotina comum, ela sempre preferira vestidos simples que não fossem tão volumosos e compridos como este, para facilitar sua movimentação constante. Geralmente usava lãs de cores cruas, e nunca antes lhe fora permitido usar dourado - uma das cores do brasão de seu pai - por ser uma bastarda. Agora que parava para refletir, percebia que aquela peça fora cuidadosamente planejada para a ocasião: o azul profundo dos Valence e o dourado dos Norwood, simbolizando a união das duas famílias. 

Perdida em seus pensamentos, não ouviu a primeira vez em que bateram à sua porta. Percebendo sua distração, adiantou-se para atender o chamado.

— Papai? – Atena perguntou.

— Sim. – Ela ouviu a voz de Zeus do outro lado, e então abriu a porta.

— Você está deslumbrante, minha filha. – Zeus falou, observando-a longamente, e então tirou de um dos bolsos do seu manto um embrulho delicado. Dentro do embrulho, havia um gracioso diadema de ouro, apenas um círculo fino que ele posicionou cuidadosamente ao redor de seus cachos já previamente decorados com fitas e tranças ao longo do seu comprimento.

— Obrigada, papai. – Ela respondeu, enlaçando o braço no de seu pai. Os dois desceram as escadas em silêncio, exceto pelo ruído dos seus passos e de seu vestido se arrastando atrás deles. O castelo estava completamente silencioso.

— Nós estamos atrasados? – Atena perguntou quando eles afinal chegaram à porta do salão de festas.

— Talvez um pouco. – Zeus respondeu enquanto um criado vestido pomposamente abria a porta para que eles passassem, ao mesmo tempo em que anunciava seus nomes para todos os que estavam ali presentes.

Atena ficou impressionada com a beleza do salão. Ele era, se possível, ainda mais imponente que o restante do palácio. O chão era de mármore escuro, e havia colunas de pedra negra tão largas quanto árvores espalhadas simetricamente nos dois lados do aposento, apoiando o teto incrivelmente alto com vigas de madeira escurecida sustentando os imponentes candelabros que pendiam sobre suas cabeças, repletos de velas que bruxuleavam e iluminavam calidamente o recinto. Entre cada coluna havia uma mesa repleta de comidas e bebidas, e a parede dos fundos estava completamente coberta por uma tapeçaria com toda a árvore genealógica dos Valence. Havia três lareiras distribuídas na parede esquerda, e ao longo da parede direita havia portas que davam para o lado de fora do castelo. No amplo espaço entre os dois lados do salão, havia mais gente do que Atena pensava ser possível, nobres de todas as famílias da região com seus trajes mais pomposos, damas com seus véus e adornos exuberantes, jóias e vestidos coloridos e até algumas crianças, além dos criados que silenciosamente trabalhavam para que tudo estivesse bem servido.

Zeus a conduziu através de todos os convidados - às vezes parando para receber cumprimentos e fazer as devidas apresentações - até o final do salão, onde ela podia ver sua família e a de Poseidon reunidas. Todos estavam ali: o senhor e a senhora Valence junto dos filhos, Lady Hera e Deméter, seus irmãos e Perséfone... A única ausência notável era a do seu futuro noivo.

Depois das devidas mesuras e cumprimentos, o grupo de anfitriões se separou: as garotas foram juntas dar uma volta pelo salão, os Lordes Zeus e Cronos foram cumprimentar os outros senhores feudais presentes, Reia, Hera e Deméter se afastaram para conversar e recepcionar os convidados, a pequena Héstia desapareceu com facilidade entre a multidão e os rapazes também se afastaram para cuidar dos seus afazeres, provavelmente em busca das jovens disponíveis para uma dança ou de seus outros companheiros de castelos distantes. Atena ficou sozinha, e por mais que esse fosse um acontecimento que quase sempre a agradasse, o fato de estar num lugar estranho e entre pessoas desconhecidas a incomodava. Ela seguiu para o fundo do salão, evitando as rodas de carol* e as pessoas que comiam ou conversavam animadamente. Depois de alguns esbarrões e inúmeros convites de dança recusados, Atena se encontrava de frente para a parede com a grande tapeçaria.

Era belíssima, ninguém poderia negar. Feita em um tecido negro muito grosso, era bordada em fios de ouro e prata. Cada letra tinha aproximadamente o tamanho da mão de Atena, e havia inúmeras pessoas, em um labirinto de fios e nomes esquisitos. No topo, em letras floreadas ainda maiores que as outras, estava escrito FAMÍLIA VALENCE. Logo abaixo havia os nomes Gaia e Urano, lado a lado, e deles partiam todas as outras linhas e nomes. Atena se surpreendeu ao ver que eles casavam entre si. “Isso é que é vontade de preservar a família”, pensou. Andando um pouco para a direita, ela encontrou os nomes de Cronos e Reia, lado a lado. Uma linha ligando os dois nomes indicava que eles eram casados. Abaixo dos nomes de Cronos e Reia, havia o de Poseidon, com um espaço ao seu lado, e o de Hades abaixo, também com um espaço ao seu lado. Atena passou o dedo pelo espaço ao lado do nome de Poseidon. Estava meio fundo, como se algo já tivesse sido bordado e depois arrancado.

— Eu nunca fui casado, se é isso que está pensando. – Atena ouviu uma voz despretensiosa afirmar às suas costas, como se continuassem uma conversa previamente iniciada.

— Poseidon. - Ela falou à guisa de cumprimento, pois mesmo sem se virar para confirmar, ela conseguia reconhecer a presença do rapaz.

— Atena. - Ele devolveu seu nome no mesmo tom que ela usara. - Estava procurando por você há algum tempo.

— Eu e meu pai nos atrasamos. - Ela respondeu a pergunta não pronunciada, virando-se finalmente para olhá-lo. Ele estava belo como nas outras ocasiões em que se viram, e usava um traje nas cores do seu brasão, preto e azul, o mesmo tom do seu vestido. -  Você não estava com sua família.

Poseidon quase deixou escapar uma expressão de descontentamento.

— Prefiro evitar qualquer proximidade que não seja extremamente necessária.

Atena não conseguiu controlar a expressão de surpresa e descrença pela honestidade súbita daquela frase.

— E pensar que quase acreditei nos que disseram que você era um irmão dedicado e amoroso...

Poseidon riu, a interrompendo. Ela não pôde deixar de reparar que os risos também vinham muito facilmente a ele.

— Não me referi à meus irmãos. Eu os amo mais que tudo nesse mundo. Meus pais, por outro lado, podem ser bem mais difíceis de se conviver. Mas agora você me deixou curioso - E ele estava sorrindo novamente - o que mais lhe foi dito sobre mim?

Atena fingiu não ouvir a pergunta, constrangida pelo tom que ele imprimiu às palavras, como se ela fosse uma criança pega em um momento de leviandade.

— Se não foi casado antes, então o que aconteceu com esse pedaço aqui? – Ela perguntou, apontando para o tecido danificado ao lado do nome dele.

Poseidon graciosamente fingiu não perceber ela se esquivando do assunto anterior.

— Bem... Há alguns anos, meu pai me prometeu em noivado à filha de um antigo amigo seu. Todos os arranjos foram feitos para essa união, e eles inclusive começaram a bordar o nome dela na tapeçaria, mas o casamento acabou não acontecendo, então tiveram que retirar. A marca ficou aí desde então.

— E por que o casamento não aconteceu? - Sua curiosidade foi inevitavelmente despertada pela pequena anedota.

— Bem, eu nunca quis me casar. Então meu pai me arranjou essa noiva, enquanto eu estava fora estudando, e quando voltei fiquei simplesmente furioso, é claro. Disse que não me casaria com ninguém contra minha vontade, mas ele mesmo assim não desfez o acordo com o pai da noiva. Então, dois dias antes da celebração eu fugi para o feudo do meu tio Oceano. A família da noiva ficou tão envergonhada que desmanchou o noivado na hora.

Irônico, ela pensou, mas resguardou-se de comentar sobre as semelhanças entre os sentimentos de aversão pelo casamento forçado que os dois tinham. Ele provavelmente pensava que a maior aspiração da vida dela fosse um casamento vantajoso e que ser noiva de um Valence seria a maior honra de sua vida.

— E essa noiva era realmente tão ruim a ponto de provocar uma fuga?

— De maneira alguma. Era uma pretendente adequada em todos os sentidos: bela, rica, bem-educada. Mas eu nem mesmo a conhecia, e não deixaria meu pai passar por cima da minha vontade assim tão fácil.

Atena ficou calada. A descrição que ele fizera de sua noiva rejeitada era terrivelmente próxima das que ela já recebera de tantos. Perguntou-se quantas com aqueles mesmo atributos já teriam passado pela sua vida e acabado facilmente descartadas em nome da independência do jovem Valence.

— Eu a conheço? – Ela perguntou.

— Quem?

— A sua... Ex-noiva.

— Provavelmente não. Mas eu posso apresentá-la.

— Ela está aqui?

— Sim. Ela se casou com o senhor de um feudo aqui perto, e meu pai os convidou para o baile.

Atena admirou aquele nível de frieza. Ela provavelmente não gostaria de frequentar a casa de alguém que a abandonara no altar.

— Talvez mais tarde. – Ela disse, voltando-se para a tapeçaria. – Onde está o nome de Héstia?

Poseidon hesitou, visivelmente desconfortável.

— Bem... Héstia é mulher. O que significa que um dia se casará com alguém e deixará de ser uma Valence. Então, a não ser que ela se case com um de nossos primos, não fará parte da tapeçaria.

— Isso é horrível. - Atena comentou, horrorizada. - Quer dizer que só porque ela é mulher, não a consideram parte da família?

— Enquanto ela for criança, é da família. Depois, bem... - E ele deu de ombros, sem se dar ao trabalho de concluir a frase.

Atena permitiu-se erguer uma sobrancelha em visível descontentamento.

— Bem. Isso é simplesmente fascinante. Eu vou me casar contra a minha vontade e minhas filhas nem ao menos farão parte da família. – Ela não conseguiu controlar o comentário ácido. 

Poseidon transparecia uma expressão quase confusa, e ela pensou por um momento que ele iria questioná-la sobre o fato de não desejar o casamento, mas então o rapaz falou:

— Epa, espere aí. – E agora ele estava visivelmente tentando conter o riso  – “Minhas filhas”? No plural? Você pensou mesmo em tudo, hein?

Atena exasperou-se com aquela insinuação.

— Foi só um modo de falar. Isso não significa que... Argh. - O constrangimento tomou-lhe as palavras.

Poseidon apenas ergueu uma das sobrancelhas sugestivamente. Atena respirou fundo, como que para se acalmar. Já havia virado um hábito desagradável perder a fala na presença dele.

— Certo. Eu vou sair daqui. – Ela decidiu finalmente.

— Sair? Por quê?

— Não me sinto bem com toda essa aglomeração.

— Mas não pode sair. Você é a noiva! – Ele protestou.

— Ainda não.

— Ainda não? Ah... Entendi. Espere um pouco. – Ele colocou a mão em um dos bolsos, e retirou de lá uma caixinha preta. Antes que Atena se desse conta, havia uma aliança dourada incrustada de brilhantes em seu dedo anelar direito. – Pronto. Agora você é oficialmente a noiva.

Atena encarou a aliança em seu dedo, completamente em choque. Aquilo havia sido bem mais rápido e discreto do que ela imaginara.

— Bem, isso foi inesperado... Mas obrigada, eu acho. É um lindo anel.

— E agora você não pode sair do baile.

Ela revirou os olhos.

— Certo. O que fazemos agora, então?

— Que tal uma dança?

Ela ficou um minuto calada antes de responder:

— Uma dança. Com você?

Foi a vez de Poseidon revirar os olhos.

— Não, Atena, com Lorde Cronos. 

Ela ainda parecia em dúvida quando disse:

— Tudo bem. – E se aproximou, colocando uma mão no ombro dele, e segurando a outra. Ela deixou algum espaço de distância entre eles, mas ele extinguiu esse espaço ao passar o braço pela sua cintura e colar seus corpos. Atena levantou a cabeça para olhar para ele, e seu olhar era de diversão, como se a desafiasse a reclamar.

Ela não reclamou.

Os dois dançaram algumas cantigas juntos antes de Atena escutar uma voz feminina atrás de si:

— Eu realmente não pensei que fosse viver para ver Poseidon Valence ficar noivo pela própria vontade.

Atena virou-se e encontrou uma mulher de aproximadamente vinte anos, alta, de cabelos longos, lisos e castanhos, e olhos da mesma cor. Ao seu lado estava um homem mais velho, loiro e de olhos muito azuis.

— Anfitrite. – Poseidon a cumprimentou com a voz cortês, porém fria.

— Eu mesma. – Ela respondeu o cumprimento com um sorriso um tanto debochado. – Não vai me apresentar a noiva?

— Atena, essa é Anfitrite. Anfitrite, conheça minha futura esposa, Atena. – Poseidon falou.

— Um belo casal. – Anfitrite falou lentamente, analisando Atena de cima abaixo e então se demorando nas suas mãos ainda unidas. – Desejo felicidades a vocês. E, Atena, querida... Boa sorte. Você provavelmente vai precisar.

Então ela saiu, de mãos dadas com seu marido. Atena ficou um tanto confusa com o conselho não requisitado.

— Isso foi estranho. – Ela conseguiu dizer.

— Nem me diga.

— É ela? Sua antiga prometida?

— Sim.

— Bem, não acho que ela fez uma boa troca. – Atena ponderou. 

— Tinha algo de errado com o marido dela?

— Não. Mas você é bem mais bonito.

Poseidon olhou para Atena como se não pudesse acreditar no que tinha acabado de ouvir, e até ela se surpreendeu com o surto de sinceridade, sentindo seu rosto esquentar.

— Não precisa ficar envergonhada. – Ele riu. – Você também é muito mais bonita do que ela. Aliás, você é bem mais bonita do que todas essas garotas que estão aqui.

Ela revirou os olhos, o elogio clichê a recuperando do momento embaraçoso. 

— Que seja. – E os dois voltaram a dançar em silêncio. Havia se passado cerca de três músicas até que Atena repentinamente parou.

— Algum problema? – Poseidon perguntou.

— Não, nada. Só... Só uma tontura. – Mas ela sentia seu rosto lívido e estava com dificuldade para se manter de pé.

— Seu pai e sua tia estão logo ali. Se apoie em mim, eu te levo até eles.

Atena então passou a mão que estivera no ombro de Poseidon pelo seu pescoço. Ele continuou com a mão na sua cintura, em um abraço lateral. Os dois caminharam pesadamente até onde estavam Lorde Zeus e Deméter.

— Filha, você está bem? – Zeus perguntou preocupado.

— Eu... Acho que não. – Atena murmurou com a voz frágil. Ela já podia sentir seus sentidos lhe faltando. Tudo estava ficando escuro.

— O que aconteceu? – Deméter perguntou.

— Eu não sei. Nós estávamos dançando e ela começou a ficar tonta e se sentir mal. – Atena ouvia as vozes de Poseidon e Deméter, mas tudo parecia muito distante. A única coisa que ela distinguia com clareza era o firme aperto de Poseidon, segurando-a junto de si.

E essa foi sua última sensação antes de tudo virar escuridão.


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Notas finais do capítulo

[Eu tenho um compromisso daqui a uma hora mas estou aqui editando um capítulo aparentemente infinito em vez de ir me arrumar. É muito amor.]
*carol - uma espécie de dança de roda típica do período medieval