Im Not Perfect escrita por Paçoca 3


Capítulo 2
Lágrimas caídas


Notas iniciais do capítulo

Boa tarde amoores =)
Estou feliz já tenho 3 leitoras.. :3
Espero que estejem gostando da fic..
Boa leitura ;)



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Escutei ele subindo as escadas, rapidamente pulei em minha cama, fingindo ler um livro. Peguei qualquer um que estava na minha frente e abri na página 103.
– Oi Amyzinha! – falou o louro todo engravatado.
– Kurt, Amyzinha? Meu Deus no diminutivo não né? – sorri.
– Adoro te irritar minha afilhadinha! – riu ele.
– É eu percebi, nem parece que tem 35 anos... Continua um mulecão! – ri.
– Tá bom senhora juízo! – brincou – Amy, hoje a noite vou ter que ir para um jantar de negócios, talvez eu volte tarde.. Então não precisa me esperar, Okay?
– Tudo bem, eu como algum lanche, para não ficar muita comida. – sorrio.
Ele assente, e saí do meu quarto, depois desce as escadas.
Fico pensando ali sentada em minha cama, Kurt é um homem tão bom, responsável, que tem caráter, divertido, amigo. A vida dele era pra ser algo melhor, se eu não tivesse aqui.
Naquele dia era pra mim ter ido junto com meus pais, porque se fosse para morrer, morreríamos juntos : Os três.
Mas minha vida ficou muito difícil, depois de perder meus pais tão cedo, e uma perda grande, porque os dois foram embora. Não que Kurt não é o melhor pra mim, mas seria ótimo se meus pais ainda tivessem aqui.. Eu não teria de ficar atrapalhando tanto meu padrinho, pois nos relacionamentos deles, ninguém inclui uma afilhada, de 1,65 metros, branca e cabelos negros com olhos azuis. Eu só estrago a vida de todos! Por isso nem ligo, se não tenho amigos.. Já basta estragar uma vida, pra quê mais?
Levanto da cama, e vou até meu guarda-roupa, lá pego uma caixinha de música que ganhei da mamãe, antes de morrer.
Todo dia, eu pegava a caixinha e via as únicas fotos que eu tinha deles, minhas fotos de quando era bebê, e fotos nossas.
Meus pais era um casal perfeito! Mamãe a loura linda, graciosa, educada e de muito respeito. Papai, o moreno galã, divertido, encantador e gentil. Eles eram lindos, as pessoas mais importantes, que me ensinaram tampoucas coisas, mas que fazem muito sentido.
Vejo uma foto que meus pais estão abraçados, e reparo que meus olhos e cabelos são iguais do meu pai, e o sorriso tímido e gracioso, puxei igual ao da minha mãe, e o jeito também, segundo Kurt. Guardo tudo na caixinha, e coloco de volta no devido lugar. Pego meu violão, e na sacada do meu quarto, subo por ali e vou para o telhado. Quando me sinto triste, vou pra lá, toco meu violão e fico pensando na vida.
Começo a tocar The Climb da Miley Cyrus.

I can almost see it
That dream I'm dreaming.
But there's a voice inside my head saying
You'll never reach it.

Every step I'm taking
Every move I make
Feels lost with no direction
My faith is shaken
But I, gotta keep trying.
Gotta keep my head held high.

There's always gonna be another mountain
I'm always gonna want to make it move
Always gonna be an uphill battle
Sometimes I'm going to have to lose
Ain't about how fast I get there
Ain't about what's waiting on the other side
It's the climb.

The struggles I'm facing
The chances I'm taking
Sometimes might knock me down
But no, I'm not breaking
I may not know it
But these are the moment that I'm gonna remember most and
Just gotta keep going
And I, I got to be strong
Just keep pushing on, cause

There's always gonna be another mountain
I'm always gonna want to make it move
Always gonna be an uphill battle
Sometimes you're going to have to lose
Ain't about how fast I get there
Ain't about what's waiting on the other side
It's the climb.

There's always gonna be another mountain
I'm always gonna want to make it move
Always gonna be an uphill battle
Sometimes I'm going to have to lose
Ain't about how fast I get there
Ain't about what's waiting on the other side
It's the climb.

Keep on moving
Keep climbing
Keep the faith
Baby
It's all about
It's all about the climb
Keep the faith
Keep your faith

Terminando de cantar, reparo em minha voz, que não é lá uma das melhores, mas talvez razoável.
Resolvo descer, e ficar no meu quarto, e esperar meu padrinho ir no tal jantar, pra mim acabar o que ia começar.
– Posso entrar? – pergunta Kurt batendo na porta.
– Entre.
– Amy como estou? – pergunta ele dando uma voltinha para mim ver o look.
– Está ótimo Kurt... Daqui a pouco está arrasando os corações das mulheres hein? – começo a gargalhar.
– Que nada! Estou ótimo com minha afilhada! – ele sorri.
– Kurt... – suspiro – Eu sei que estraguei sua vida, porque ninguém quer um cara com uma afilhada de 17 anos atrapalhando uma vida de casal.
– Amy Hurt! – disse ele irritado – Você jamais me atrapalharia.. Eu não quero me relacionar com ninguém, não é a hora certa e não achei também a pessoa certa. Você não tem nada haver com isso!
- Claro que tenho.. Se eu não morasse com você, duvido que não choveria mulheres na sua horta! Olhe-se no espelho.. Você é lindo, louro olhos verdes, 27 anos, malhado, romântico, engraçado.. O melhor padrinho! – digo atormentada, sei que estou acabando com a vida de Kurt.
– Amy – diz ele com os olhos cansados, vindo ao meu encontro – Escute só: você é uma garota linda, como uma filha pra mim. Mesmo que eu não tenha uma companheira, não signifique que eu não sou feliz! Você é a melhor pessoa pra conviver, uma afilhada dedicada, merecedora e tudo e mais um pouco. Sério, sem você minha vida seria chata, é você que me alegra! Desde que chegou em minha casa.
– Oh Kurt! – digo emocionada, e lhe dou um abraço, ele é o melhor padrinho.
– Agora tenho que ir, e nada de pensar que estraga minha vida.. Porque você é minha motivação okay? – diz ele sorrindo.
– Okay, meu melhor padrinho do universo! – falo como uma daquelas crianças que idolatram alguém como super-herói.
Ele me dá um beijo na testa, e saí. Espero a porta bater e o carro sair.
Agora está afirmado: estou sozinha em casa.
Vou até a geladeira, pego a pasta de amendoim e passo no pão, já aproveito e também pego o suco de laranja, e fecho a porta da geladeira.
Dando uma de malabarista, pego o copo com uma mão, os sanduíches em cima do copo e com a outra mão tentando pegar o controle remoto da televisão da sala de estar.
Como não passava nada de bom nos canais, mexo na gaveta e pego Harry Potter e a Ordem da Fênix, eu amo esse filme, quer dizer amo todos os filmes do Harry, sou uma Potterhead com orgulho!
Coloco no DVD e começo a assistir. O filme estava emocionante, e depois de terminar de assistir o filme, fui ir dormir, estava cansada, e teria que ir para a escola cedo.
Subo as escadas e vou para meu quarto, jogando-me na cama, deito, e jogo um lençol por cima, porque aqui em Los Angeles é quente, e então nem uso muitas cobertas.
Dormi num sono profundo, e o sonho vem em minha mente.
Flashback on
“Eu estava sentada numa grama, num dia ensolarado.. Meus pais estavam sentados sorrindo pra mim. Estava tudo “perfeito”, mas então começou a chover... E a imagem deles sumiu, e eu fiquei sozinha, procurando-os.. Mas nada achei, gritei.. Eles tinha ido embora novamente.”
Flashback off.
Acordei toda suada, com lágrimas cegando meus olhos, e com um nó na garganta.
Fui ao banheiro tomar banho, entrei no chuveiro, com uma dor enorme no coração.. Um sentimento de culpa. Saío do chuveiro, vou na gaveta onde sempre guardo, e pego ela. Aquilo tudo era minha culpa, então para aliviar minha dor, eu tinha de fazer aquilo.
A lâmina atravessa rasamente meu pulso, sinto aquele sensação de alívio, vendo a parte metálica sair cheia de sangue, lavo no chuveiro e guardo novamente.
O sangue caí no piso, mas a água leva embora indo para o ralo.
Depois de sair, me seco na toalha, coloco outra roupa e vou para cama, fico olhando meu corte, pra mim nem dói, pois já me acostumei.
– Amy! – entrou Kurt no meu quarto.
Escondo meu braço no lençol.
– Kurt...
– Ouviu os barulhos no seu quarto, vim ver se está bem, porque escondeu o braço quando entrei? – pergunta ele desconfiado.
Não respondo, e deixo um silêncio mortal entre nós, mas ele ainda continuava a me olhar fixamente.
– Amy te faz uma pergunta, responda! – diz ele bravo.
– Nada Kurt, só tomei um susto.
– Mentira! Deixe-me ver seu braço – diz ele
– Não Kurt, esquece isso...
– Me deixe ver agora! – ele explode.
Mas ainda sim, não deixo, então ele vem mais perto de mim e pega em meu braço, e vê o corte abaixo do pulso sangrando, e outros cortes cicatrizados.. Coisa que ele nunca tinha visto.
– Amy Hurt! Por que está se cortando? Você sabe que isso é vício, que pode matar? Amanhã quando chegar da escola, vamos ao psicólogo. – diz ele totalmente perturbado com meus cortes.
– Não Kurt!! É... que eu fui cortar o pão e a faca escapou em meu braço.. Não é nada! Não preciso de psicólogo, não tenho nada! – começo a chorar.
– Amy... – ele fala calmamente – Amy, olha pra mim! Você acha que se seus pais tivessem te observando, acha que eles gostariam de ver você se auto-mutilando? Pare com isso, você é linda.. Quer ficar com essas marcas para sempre?
Nesse momento eu desabo, nunca chorei tanto depois da morte de meus pais. Então Kurt me abraça, fazendo carinho nos meus cabelos pretos.
– Ei! Calma, eu estou aqui Amy. Seja forte! Tudo vai ficar bem – diz ele tentando me acalmar.
– Não Kurt, não vai ficar bem! – falo aos prantos.
– Vai sim! Eu estou aqui do seu lado, sou seu padrinho lembra? Sempre vou estar com você.. Vamos vencer tudo isso juntos! – ele sorri secando minhas lágrimas – Agora tente dormir, amanhã será outro dia.
Eu me deito novamente, e Kurt me cobre com o lençol, como papai fazia. Me dá um beijinho na testa e encosta minha porta.


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Notas finais do capítulo

Eae oq acharam? Meio pesadoo né.. tadinha da Amy :/
Rewies?
Beiijoos e uma mordida nhaaC =3
Até a próximaa