Metamorphosis escrita por Lúcia Hill


Capítulo 11
Capítulo - Mysterious Disappearance




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Um silêncio perturbador, tenso. Cass sentia-se muito culpada pelo sumiço de sua amiga Alder, porém não havia evidencias de seu paradeiro e já faziam três dias completos. Gordon imprimiu alguns folhetos e toda a guarda-floresta estava na busca pela jovem.

Cass suspirou, era visível sua preocupação, mal estava conseguindo pregar os olhos, era preocupante, pois estava chegando à festa anual da Org. "Aquele pesadelo, Tem que ter algo naquilo" – pensou torturando-se.

Assim que sorveu o ultimo gole de café, sobressaltou-se ao ver Matt parado na porta com um olhar fixo em si, estava com um ar pensativo e sagaz.

– Está tudo bem, notei que nos últimos dias não tem dormido direito. Anda preocupada com algo?– perguntou.

Cass depositou a xícara de porcelana sobre o balcão e mostrou lhe um rápido sorriso.

– Minha amiga desapareceu de uma forma surreal,e você quer que eu esteja bem? – grunhiu.

Matt se aproximou com passos lentos.

– Talvez ela esteja na casa de uma amiga ou conhecida, não vejo nada de tão preocupante, entendo sua angustia. Mas deve se acalmar, pois as coisas não se revolvem de um segundo ao outro. – disse.

Ele tinha um pouco de razão, por mais que Alder tivesse sangue doce para fazer novas amizades, ainda sim desconfiava desse sumiço tão repentino e sem pelo menos deixar um bilhete avisando onde estaria.

– Bem equivocadas as suas palavras, pois conheço bem Alder e sei que ela jamais iria desaparecer sem deixar um bilhete.- disse.

O moreno retorceu os lábios formando uma careta, puxou a cadeira em sua direção e logo se acomodou.

– Talvez ela tenha ido a rave KaZanp, é bem conhecida por aqui não é?

Ele tinha razão a Rave KaZanp sempre acontecia na época de verão, jovens de toda Europa costumavam visitar a pequena cidade de Cárpatos na encosta da imensa montanha para a tal festa onde se misturavam histórias típicas locais e as lendas folclóricas da Hungria.

– Como sabe dessa Rave? – questionou um tanto curiosa.

Matt desviou seus olhos para um canto vazio e enfim respondeu.

–Já freqüentei essa Rave com alguns colegas. É bem conhecida no meio universitário de quase toda Europa Ocidental, mas por que dessa curiosidade?

Cass levou a mão esquerda na direção de sua boca, algo em Matt a deixava intrigada, mas preferiu modificar o assunto, voltando-se ao desaparecimento de Alder.

– Não importa a tal Rave, apenas quero saber onde está minha amiga, acho que irei procurar o chefe da policia e informá-lo do meu pesadelo, talvez ajude. – sugeriu.

Matt sobressaltou-se da cadeira, deixando-a surpresa

– Comentou com alguém sobre seu pesadelo? – quis saber.

Aquela voz era profunda e sedutora, uma voz que evocava lugares escuros e sussurros ao ouvido.

– Afinal o que esta acontecendo com você hoje? – perguntou a jovem.

Matt aproximou sua poderosa mão no rosto delicado de Cass e a fez olhá-lo em seus olhos. Uma mistura de medo e inquietação lhe corroia as vísceras. Era ela, só podia ser. Algo dentro dele fazia ter a certeza que a jovem de olhos amendoados a sua frente era a ultima do clã dos Velkans que iria dar continuidade a uma linha de Alphas. Mas ele se afastou um pouco. Seu sorriso se desvaneceu assim que a olhou nos olhos.

– Acho que será apenas uma perda de tempo indo até a delegacia, já que eles estão ocupados na busca. – disse.

As atitudes de Matt a deixavam sem saída em um labirinto de confusão, a jovem mordeu o lábio inferior. Ele afastou-se na direção da porta deixando à sozinha, envolta em um silêncio ensurdecedor.

Em seus repetidos pesadelos, ela revivia a mesma cena: Ouvia apenas o raspar do couro contra o piso de madeira, mas seus olhos se abriram e todos os músculos apertaram-se. A escuridão tomou conta do quarto, mas havia um brilho único de luz, como se alguém tivesse aberto as persianas que cobriam as janelas.

Ao lembrar-se sentiu seu corpo todo se arrepiar, seus olhos estavam fixos na porta de madeira, toda aquela sensação a deixava vulnerável. A jovem levantou-se decidida em ir até a delegacia, precisava saber o que estava acontecendo. Pegou seu casaco de lã e caminhou na direção de seu Jeep. O mas importante naquele momento era a vida de sua amiga que estava em perigo, sabe la onde.

Matt permaneceu atrás da pesada cortina observando o veiculo se afastar na direção da colina abaixo.

– Aos seus antepassados, os Velkan, já que falamos sobre lendas, Cassy. - ele estendeu o copo na direção do dela até tocá-lo fazendo um pequeno barulho. A voz máscula de Matt adentrava em sua mente bruscamente, atordoando-a por inteiro.

– Isso é loucura! Lendas são apenas histórias contadas por velhos que querem assustar as crianças. – disse a si mesma.

A jovem ainda tinha na memória as velhas histórias que sua avó Alys contava na véspera do festival anual da cidade chamada de noite dos Vârcolac ou Homens Lobos, a matriarca dos Velkans sempre dava uma festa em homenagem a Lua Cheia no dia seguinte.

– Está vendo querida, ao sul da grande floresta fica a moradia dos Vârcolac, chama-se Lang Park. Sua Bisavó Morgana desenhou o caminho, mas acabou se perdendo no decorrer dos anos. – disse entusiasmada – Mas ela nunca quis me revelar, disse que a Hierarquia havia sido corrompida, assim como aconteceu com seu Tataravô o patriarca Nicoleta Velkan, um homem sábio, porém mal entendido. – disse enquanto se mexia sobre a imensa pedra lisa – Pobre Ekaterina que presenciou o tal massacre.

Cassandra não entendia os motivos pelos quais sua avó nunca quis aprofundar nas antigas histórias da família.

– Algum dia irá compreender querida, já que seu pai é um tremendo chato, mas prometi que não iria ficar te assustando com as nossas histórias. – disse dando uma piscadela.

Balançou a cabeça desfazendo suas lembranças, fez a conversão e estacionou seu Jipe na frente da delegacia. A jovem respirou fundo antes de descer, precisava colocar seus pensamentos em ordem, mas ao adentrar no local se deparou com o delegado parado no balcão.

– Que surpresa, precisava muito conversar com a senhorita. – disse entusiasmado.

Cass mostrou lhe um sorriso social e o seguiu na direção de sua sala.

– Antes de tudo, não conseguimos nenhuma pista de sua amiga.


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Notas finais do capítulo

Boa Leitura!



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