Metamorphosis escrita por Lúcia Hill


Capítulo 12
Capítulo - Suspicious and Strange




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Cass permaneceu imóvel observando o delegado, ela desviou seus olhos para um canto e não pôde reprimir um gemido de preocupação. Os sons dos galhos secos arranhavam as velhas vidraças coloridas. Ela escondeu o rosto entre as mãos em um intento de controlar a respiração e o pânico.

– Mas tem outra informação que não ira confortá-la. – anunciou.

Cass ergueu os olhos na direção do investigador e balançou a cabeça em sinal que estava ouvindo.

– É sobre as investigações do caso do homicídio de Laszlo Vendelstein. – disse deixando a surpresa – Fizemos as buscas na área onde o corpo do engenheiro foi encontrado, encontramos alguns papeis e objetos pessoais de outra pessoa.

Cass sentiu as batidas de seu coração aumentarem.

– O-Objetos, mas de quem? – quis saber.

O investigador ajeitou-se na cadeira e limpou a garganta, Desi Andriy respirou fundo e prosseguiu.

– Encontramos isso próximo a área onde estava o corpo de Laszlo. – disse colocando um objeto dentro do saquinho de plástico. – Reconhece esse indivíduo?

Um arrepio percorreu toda a dimensão de seu corpo, Cass encostou-se na cadeira e tentou controlar seus pensamentos. Aquela era uma carteira de acesso a biblioteca de Budapeste continha a foto de Matt, mas seu nome era totalmente diferente do que ele se apresentara Ecser Matthew Szombathely.

– Ecser, o conhece há muito tempo? – perguntou

Cass balançou a cabeça tentando desfazer suas opiniões já formadas, conhecia-o apenas por Matt.

– Não muito, apenas de passagem, mas o senhor acha que ele tem haver com alguma coisa no caso de Laszlo?

O investigador apenas observou-a, deixando o silencio dominar.

– Fique descansada, sua versão fora confirmada pelo Matthew, precisamos reforçar aquela área da montanha.

A jovem sentiu o arrepio percorrer-lhe toda a espinha. Aquele desconhecido não parecia tão confiável como imaginou que fosse, Por um lado tentou entender que ele não quisesse dizer seu nome por completo, temeu que Matt estivesse planejado a morte de Laszlo, mas o rapaz estava ferido gravemente na região do abdômen. Tudo lhe passou na mente.

– Deve ser apenas uma mera coincidência, pois naquela noite acabei cruzando com Matt no caminho e ele estava ferido. Talvez ele tenha perdido no mesmo local, minutos antes do ocorrido. – disse.

O investigador Desi Andriy continha anos em sua carreira, mas entre todos os casos que tomou frente esse era o mais misterioso de todos.

– Tem que ter cuidado, pois não devemos creditar confiança em pessoas que mal conhecemos. – avisou. – Conheço sua família a tempo e sei o que esses forasteiros são capazes de fazer em busca de aventura ou de uma história de verão para contar na Faculdade.

Ele estava certo, pois não devemos confiar em pessoas que mal conhecemos, e Desi era bem experiente."Acalme-se Cassandra, você não é nenhuma garotinha indefesa, tudo o que tem que fazer é o caminho de sempre até sua casa."

Ela tirou a mão pela manga do casaco e a pôs sobre a mesa, estava nervosa e preocupada.

– Não temos provas concretas contra ele, o que me disse agora pode ser verdade, coincidências acontecem. Mas deve ter cautela e se precisarmos de algo iremos entrar em contato.

Cass agradeceu pela atenção, mas o que realmente queria falar acabou não dizendo. Ela se voltou para ele.

– Se precisar de algo pode contar comigo, e se souber mais alguma coisa sobre o caso do Laszlo, por favor, me deixe a par. – disse.

O investigador concordou com um gesto de cabeça. Assim que pegou a chave do Jipe observou para certificar que ninguém a estava seguindo.

“Parece tão sozinha.”

– Você conhece os antigos moradores de Lang Park?- questionou-a.

Lang Park! Ele só poderia estar caçoando dela, esse lugar era fictício, sua bisavó contara a respeito do lugar. Era patético alguém realmente acreditar que ele existisse.

– Você está bem? Deve ser a febre. Esse lugar é inventado, ou você acredita em vampiros e homens lobos? – respondeu de forma nervosa.

Antes que ele pudesse dizer algo, a jovem Alder adentrou a sala segurando o short. A ruiva estendeu a peça na direção do bonitão.

–Sei que devia estar lá agora, mas acho que fui atacado. – murmurou enquanto vestia o short.

Era notável que ele era maior que Cass e Alder, a ruiva olhou curiosa na direção de Cassandra.

–Lang Park não existe, você está em um estado febril. – rebateu Cass

A jovem socou o volante tentando se concentrar e calar aquelas vozes dentro de sua cabeça.

– Mais que Droga, esse maldito lugar não existe. – berrou.

A jovem tinha pesquisado sobre osVârcolacou Homens lobos, pois era motivos de chacotas no colégio por descender dos Velkans.

Lobisomem ou licantropo é um ser lendário, com origem em tradições européias, segundo as quais um homem pode se transformar em lobo ou em algo semelhante a um lobo em noites de lua cheia só voltando à forma humana ao amanhecer. Tais lendas são muito antigas e encontram a sua raiz na mitologia grega. SegundoAs Metamorfosesde Ovídio, Licaão, o rei da Arcádia, serviu a carne de Árcadea Zeus e este como castigo, transformou-o em lobo. Um dos personagens mais famoso foi o pugilista arcádio Damarco Parrásio, herói olímpico que assumiu a forma de lobo nove anos após um sacrifício a Zeus Liceu, lenda atestada pelo geógrafo Pausânias.

Deve tomar cuidado com Matt, pois já que omitiu sobre sua origem e seu verdadeiro nome, poderia ser algum criminoso, Cass sentiu um arrepio percorrer-lhe a espinha só de pensar que não o conhecia.

– Uma bala de prata era o que me faltava agora,Vârcolacé história para crianças levadas. – debochou.

Mal sabia que o belo e misterioso Matt era umVârcolacAlpha a procura de sua parceira, diz que não se pode controlar a fúria de um Licantropo ainda, mas se ele estiver atrás de seus objetivos de se tornar o líder do clã, mas antes precisa encontrar sua fêmea Alpha para enfim encabeçar a Hierarquia dando seguimento a sua arvore genealógica.

Lang Park era apenas um velho sitio abandonado em meio à grande clareira da floresta. Vovó Alys lia livros mitológicos demais. – resmungou. – Tomarei mais cuidado com Matt, ou melhor Ecse. – disse.


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Notas finais do capítulo

Boa Leitura!



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