Back To Baker escrita por Mel Devas


Capítulo 16
Capítulo 15


Notas iniciais do capítulo

Yooo, pessoas!! Como vão?? Firmeza na represa? Novo capítulo saído do forno (portanto, se houver erros, me avisem que eu corrijo - preciso corrigir o capítulo 14 tbm, mas agora ando meio sem tempo x.x)
Boa leitura!!



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- O-O que fazemos? – Sussurrei, como que tentando passar despercebida pelos cachorros.

            - Também não sei! – Will rosnou. – Por que eu que tenho que saber?

            - Por que você é o macho da situação!

            - Hollyson... – Ele segurou meus ombros e me lançou um olhar sério. – Eu não queria contar agora, mas... Sou uma mulher. – Começou a tremer como uma garotinha. – Agora dá um jeito nisso, por favor!

            - Você tem medo de cachorros?

            - Sim. Agora pare de fazer perguntas idiotas que eles estão quase chegando!

            - Diz o que se declarou uma fêmea. – Bufei. Olhei ao redor. Nunca conseguiríamos escapar dos cachorros naquela floresta... e eu realmente nem queria tentar.

            - Droga, Holly! – Will me jogou sobre seu ombro apressado e subiu em uma árvore, comigo, com as bolsas e tudo. O que adrenalina não faz, certo? Um cachorro grande de pelagem escura mordeu o ar. Nossos pés estavam ali um segundo antes. Me icei para um galho ainda mais alto, aliviando o peso de Will. Este apoiou-se no tronco da árvore, bufando.

            - Obrigada... – Exclamei, depois de sair de meu transe.

            - De nada. – Will respondeu, encolhido, tentando ficar o mais longe possível dos cachorros.

            - Agora, o que fazemos? Se os cachorros continuarem latindo assim vamos ser descobertos.

            - Se você quiser descer e servir de isca, eu não importo. – Replicou ele.

            - Will, você é um gênio!

            - Eu sei. Mas o que eu fiz dessa vez?

            - Isca, uma isca!

            - Só se for você, já disse.

            - Não, imbecil! A carne assada da Sra. Hudson!!

            - Mas eu queria comer...

            - Will, estou seriamente pensando em jogar você daqui.

            - E eu me arrependendo profundamente de ter te salvado.

            E, por mais incrível que pareça, durante toda nossa conversa, os cachorros continuavam latindo ensurdecedoramente. Will e eu nos encaramos, soltando um pequeno riso. O moreno me passou uma bolsa e de lá peguei com cuidado a carne assada e agradeci aos milhares jogos de queimada que participei. Isolei a carne e, surpreendentemente – não estou reclamando –, os cães foram atrás.

            Apressados eu e Will descemos da árvore e começamos a correr.

            - Para onde vamos?

            - Não sei, só estou te seguindo...

            - E agora?? Se os cachorros voltarem?

            - Eles vão voltar, Will, seu cabeçudo, temos que achar um lugar melhor pra nos esconder e que faça os cachorros pararem de suspeitar de nós...

            Olhei ao redor e percebi que estávamos correndo para a mansão. Era uma boa ideia, o problema era se alguém olhasse para fora se perguntando por què os cachorros estavam latindo tanto.

            Passamos pela mansão e a contornamos, nunca tínhamos ido ali, mas com a luz da lua conseguimos avistar o que parecia ser um armazém, anexado a casa. Pulamos para dentro quando os latidos recomeçaram ao longe.

            Bem... O que dizer sobre o armazém? Talvez que ele é pequeno, apertado, lotado de bugigangas e que eu e Will não cabíamos direito lá.

            - Tá na hora de alguém fazer um bazar... – Resmunguei, tentando me ajeitar. Will grunhiu de dor quando aceitei seu joelho. – Desculpa.

             Tentei me afastar, mas na minha frente, caixas enormes de papelão empilhadas bambolearam perigosamente. Will me puxou pela cintura e me sentou no colo dele.

            - Xiu. – Brigou, enquanto tampava minha boca e mais boa parte da minha cara com a mão enorme. – Se você fizer muita barulheira alguém vai ouvir e estamos ferrados.

            - E o quê? Eu fico sentada no seu colo pelo resto da vida? Sua perna vai ficar dormente!

            Ele corou, o que me deixou vermelha também, rezei para que Will não percebesse por causa da escassa luz, mas provavelmente percebeu, já que eu mesma vi ele ficar envergonhado.

            - Você não é pesada. – Tentou falar como se não fosse nada de mais, porém gaguejou.

            - Hmmm... – Respondi.

            Ficamos um bom tempo em silêncio. Maldita seja essa situação constrangedora!! Claro, Holly, claro, não há nada mais inteligente do que se enfiar com um garoto num armazém minúsculo.

            Mas estávamos sendo perseguidos por cachorros... Era uma emergência...

            Ah, que porra! Eu estava discutindo comigo mesma enquanto eu estava com o coração a mil, sentada no colo de um poste falante. Por que eu estava tão nervosa?

            - Sabe... – Will quebrou o silêncio, com a voz macia. – Eu adorava bolo de cenoura.

            Olhei para ele, erguendo as sobrancelhas, passei o dia me perguntando qual foi a da crise do café da manhã, mas nunca imaginei que ele mesmo ia começar o assunto. Ele me olhou e acenei levemente com a cabeça, pedindo que continuasse.

            - Quando eu era pequeno, no dia do meu aniversário, minha mãe sempre fazia bolo de cenoura, já que, por algum motivo, eu gostava mais dele do que de qualquer outro bolo requintado.

            “ Minha mãe cozinhava muito bem, e era muito gentil, eu me lembro, trabalhava como médica. Meu pai, por outro lado, era mais frio, mas comia na palma da minha mãe, digamos assim. Era realmente doido por ela.

            “ No meu aniversário de 5 anos, ela preparou um bolo de cenoura, mas adiou a festa quando o hospital ligou para que ela fizesse uma cirurgia. Saiu apressada e prometeu voltar logo...”

            Percebi que a voz de Will começou a embargar, segurei a mão dele, apoiando-o.

            “ Ela foi atropelada enquanto voltava para casa, meu pai, chocado, foi cuidar da papelada e esqueceu de me contar o que aconteceu. Fiquei lá em casa sozinho, esperando pela minha mãe que nunca voltava... Eu acabei caindo no sono e no dia seguinte meus tios me contaram o que aconteceu, não que eu entendesse direito, claro. Meu pai começou a trabalhar no exterior e fiquei com meus tios até os 12 anos, a partir de então comecei a morar sozinho.

            Sua respiração quente na minha nuca ficava cada vez mais descompassada.

            “ Me acho muito idiota por isso, não é nada demais, muitas pessoas já perderam os pais, podia ser algo bem pior, mas...”

            Ele reprimiu um pequeno soluço e o abracei, enterrando a cabeça dele no meu pescoço. Com certeza não foi fácil para uma criança de 5 anos perder os pais dessa forma, meu pai morreu quando eu tinha 2 anos, portanto, não consigo me lembrar dele. Eu me sentia mal por isso, mas quando pensei que Will se lembrava e teve que aguentar a perda, me senti pior ainda.

            - Pare de me abraçar... – Murmurou ele. – Assim eu vou chorar mais ainda.

            Levantou o rosto, que estava banhado por algumas poucas lágrimas, dando um sorriso fraco, meu coração ainda batia descompassado, e ficou mais barulhento ainda quando Will enlaçou minha cintura e beijou o topo de minha cabeça.

            Vermelha, olhei pra ele, igualmente um pimentão. Sorri.

            Ele me puxou mais pra perto, roçando nossos lábios.

            - Ahh!! V-Vincent...


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Notas finais do capítulo

Enfim, era para esse capítulo ter saído melhorzinho, mas, apesar de semana passada eu estar cheia de ideias e recitando os trechos na minha mente, hoje eu estou com bloqueio, mas não queria deixar vocês sem o capítulo Ç.Ç
Espero que tenham gostado, apesar de tudo /o/ O dramalhão do Will tbm >.> E, por favor, não me matem por causa do final desse capítulo SHAUSHAUSHAU



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