Desci desesperada do colo de Justin. Peguei minha calcinha e meu short e os vesti. –Chaz, vai embora, por favor. –Disse em prantos. Já estava quase chorando. Era possível perceber em meu tom de voz.

- Por que? Por que você faz isso Elle? –Disse ele, indignado com que havia visto. Eu me sentia mal, mesmo não tendo nada com ele.

- Chaz, para com isso! Eu já te falei que a gente não vai ter nada! Eu não gosto de você mais do que um amigo. –Falei logo. –Aquele beijo... Foi você que deu, e eu não tive tempo de reagir. Eu não te dei esperanças. Eu já te avisei para parar de se iludir.

- Como assim vocês se beijaram? –Justin disse levantando da cama e se vestido. –Vocês se beijam, meu melhor amigo e minha namorada, e você nem me conta, Elle? –Ele falou bravo. Ele me encarou e as lágrimas já começaram a cair.

- Justin, me escuta. –Engoli o choro, mas as lágrimas insistiam em cair. –Foi uma coisa do momento! Eu não tive nem tempo de reagir, a gente foi parar na cama... Eu nem tinha visto. –Ele me interrompeu pegando em meu braço bruscamente.

- Vocês chegaram á ir pra cama? –Ele falou já vermelho de raiva.

- Justin, me solta! Ele me empurrou pra cama, e foi pra cima de mim! Mas foi só um beijo! O chaz ta gostando de mim e eu não posso fazer nada! Eu já disse á ele que não vale á pena. –Falei desesperada.

- Agora vai valer á pena! Por que a gente não consegue ficar 1 dia juntos! A gente não se suporta, Elle! A gente não foi feito um pro outro! Eu to terminando com você! Que vocês sejam muito felizes! –Justin disse me largando e saindo do quarto. Pulei na cama me debulhando em lágrimas. Chaz percebeu a burrada que fez e saiu do quarto.

[...]

Após horas e horas chorando, decidi que não vale a pena isso. Eu já havia voltado pra casa, Justin praticamente me expulsou de lá. Fui até o banheiro e removi a maquiagem borrada, passei uma maquiagem bem escura e voltei até meu closet me vestindo :

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Desci as escadas e marcavam 08:00 da noite no relógio. Dei beijo em minha mãe que estava assistindo TV. Peguei dinheiro com ela e coloquei-os no sutiã. Abri a porta de casa e fui até o bar mais próximo para comprar cigarro. Comprei um maço de cigarros e acendi um. Saí caminhando pelas ruas sozinha enquanto quase me sufocava com a fumaça do cigarro. Joguei-o no chão após terminar e pisei em cima dele. Voltei ao bar ignorando os olhares dos bêbados, e comprei uma garrafa de Whisky.

Abri-a e tomei-a no bico em menos de minutos. Tampei-a contra a parede fazendo com que ela quebrasse. Voltei a caminhar sozinha pelas ruas, quando senti um cheiro estranho. Logo depois não vida mais nada.

[...]

- A onde eu estou? –Gritei desesperada. Olhei para os lados e vi umas caixas, um lugar mal iluminado. Abri os olhos por total e pude ver que estava em um galpão. Minha mão estava amarrada e eu tava com um corte na testa que pingava sangue.

- Ora ora ora, você acordou! Pensei que jamais acordaria! –Olhei para todos os lados e finalmente á identifiquei. Clove. Usando uma roupa colada e ridícula. Em sua cintura encontrava uma arma e uma faca de cada lado.

- O que você quer comigo sua vagabunda? –Perguntei sem medo de que ela me matasse. Eu pouco daria importância, eu já queria isso.

- O MEU justin! Você é mesmo uma tola, por perder ele várias vezes. E por motivos completamente idiotas, não é mesmo Chaz? –Ela disse sorrindo cínica e eu me espantei ao ver Chaz entrando no galpão.

- CHAZ? –Gritei ao ver aquela cara fingida dele. Ele havia armado aquilo tudo com Clove, pra se aproveitar de mim no dia da festa e me beijar. Ele sabia que Justin não me perdoaria.

- Eu mesmo! Se você tem amor a própria vida, terá que deixar Clove namorá-lo, e sumir da vida dela com ele! –Disse ele. Aquelas palavras me doeram. Engoli seco e os encarei.

- Me matem logo! Não faz diferença, sua vagabunda! Você é uma recalcada, que não serve pra nada! Nem transar você deve saber direito, ou melhor, você deve saber até demais, por ter dado várias vezes. Mas o Justin NÃO gosta de você. Ele não suporta o seu rosto de fingida. –Ela me lançou a faca pegando em minha bochecha e fazendo um corte. Gemi de dor e ela me encarou seriamente.

- Você, fique quieta! Você teve tempo suficiente pra aproveitá-lo. Agora quem vai fazer isso sou eu! –Ela disse se aproximando de mim.

- É claro! Quando estava dando tudo bem pra nós dois, foi armado para que a gente se separasse! Você é ridícula! Quero ver se ele vai te querer! Otária! –Falei rindo da cara dela.

- Querida, isso é muito fácil! Vou discar o número dele, e dizer que você está em perigo, e que se ele não namorar comigo, eu te mato. –Fiquei calada. Ela não tinha chances de acabar comigo. Ela não faz idéia com quem está se metendo.

Ela ligou para Justin e pude ouvir o desespero em sua voz. Fiquei feliz que ele ainda se importava comigo, tanto quanto eu me importo. Pude ouvir o barulho do carro dele cantando pneu quando ele chegou. Eu já havia conseguido afrouxar a corda em que estava amarrada, e estava quase alcançando a faca no chão.

- Agora iremos negociar com ele! Vamos ver se ele realmente ama você, queridinha! –Ela riu cínica e Chaz descruzou os braços caminhando atrás dela. Inclinei meu corpo para frente consegui pegar a faca me desprendendo. Ela é mesmo uma otária por jogar uma faca e mim e depois não recolher.

- Eu aceito, tudo por ela. Mas por favor, não a mate. Eu a amo.

Ouvir aquelas palavras foi o que me manteve forte. Eu estava preparada fingindo que ainda estava amarrada. Ela abriu a porta e empurrou Justin pra dentro. –Não sou tão mal assim... Vocês tem alguns minutos para se despedirem! –Ela saiu da sala e fechou a porta.

- Meu amor. –Ele disse caminhando até mim. - O que foi isso no seu rosto? O que foi isso na sua testa? –Disse ele delicadamente passando a mão sobre os meus ferimentos.

- Ela me lançou uma faca... Mas está tudo bem. Você não precisa fazer isso se não quiser, eu já não tenho mais amor a minha vida mesmo. A minha vida não é mais nada sem você. –Falei e ele fez “Shhh” Com a boca suavemente enquanto colocou o seu dedo indicador na minha boca me impedindo de falar.

- Nunca mais diga isso. O Justo será feito e a gente vai ser feliz junto, eu te prometo minha boneca. –Ele disse selando nossos lábios. Derramei algumas lágrimas. –Não chora, você sabe que eu te amo.

- Mas você disse que não queria mais nada comigo, você não faz idéia de como aquilo de destruiu. –Falei soluçando e ele respirou fundo me abraçando. Pude ver as lágrimas em seus olhos.

- Falei aquilo da boca pra fora, estava nervoso. Mas tudo isso passou, e eu sei que ainda te amo. Mantenha-se viva, eu te vejo logo... –Ele disse delicadamente selando nossos lábios, em meio que um sussurro ele disse. –Eu te amo.

- Eu te amo muito mais. –Respondi sussurrando e passei a mão por seus cabelos claros. –Mas não há mais nada que você possa fazer, ela vai querer ficar com você pra sempre... Não há forma de ficarmos juntos. –Falei um pouco alto para que ela ouvisse. Antes que Justin pudesse responder eu coloquei a mão na sua boca fazendo linguagem labial. –Eu tenho um plano. –Ele assentiu com a cabeça confuso e eu sussurrei em seu ouvido. –Fica tranquilo lá fora, e me espera. Eu vou sair viva, e a gente vai sair junto. –Disse bem baixinho e ele sorriu. A gente levou um susto quando Clove entrou mandando ele se retirar. Ele se fingiu de triste e saiu caminhando até a outra sala.

- Deu pra aproveitar seus últimos momentos com o MEU NAMORADO? –Ela deu ênfase em “meu namorado” e eu revirei os olhos. Quando ela estava a ponto de virar de costas, lancei a faca em suas costas, fazendo-a cair. Ela tirou a arma de sua cintura e acertou minha perna com um tiro. Gemi de dor. Justin e Chaz entraram na sala assustado e eu me arrastei enquanto gemia até Clove. Peguei a arma dela e dei mais 3 tiros em sua cabeça, fazendo-a sangrar loucamente. Retirei a faca de suas costas e dei mais algumas facadas. Ela já estava morta por completo, e eu tinha um buraco no meu pé.

- Você fica longe dela! –Justin gritou com Chaz quando ele tentou se aproximar de mim dando-o um soco no olho. Chaz caiu no chão e deu uma rasteira para que Justin caísse. Ele se levantou e chutou Justin na barriga fazendo com que ele gemesse. Entrei na outra sala apontando a arma para Chaz.

- CHAZ! PARA! NUNCA ME DECEPCIONEI TANTO COM VOCÊ! NUNCA IMAGINEI QUE VOCÊ SERIA CAPAZ DE FAZER ISSO COMIGO! AGORA ESTOU JORRANDO SANGUE E TUDO ISSO É CULPA SUA! EU DEVERIA TE MATAR, MAS NÃO VOU FAZER ISSO. VOU DEIXAR VOCÊ PAGAR POR TUDO O QUE FEZ, MOEDA POR MOEDA! É SÓ ESPERAR! Dei um tiro no seu braço e outro na perna fazendo ele caiu no chão. Ele gemia enquanto eu ajudava Justin se levantar. Eu peguei a faca das costas de Clove e a arma, limpei-as com pano, retirando as impressões digitais e esfreguei-as na mão de Chaz.

- Pague, moeda por moeda! –Ele não conseguia se levantar ou mover-se. Estava mancando pelo fato da bala ainda estar atravessada em mim, mas eu conseguia andar um pouco. Justin me pegou no colo gentilmente e me colocou no bando de trás do carro.

- Vou cuidar de você, minha pequena... –Ele disse com uma voz de choro. Ele abaixou a cabeça e puxou a embreagem.

- Sorria, eu estou bem.

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Continuo com 10 comentários U.U se não vou ficar uma semana sem postar. Beijoxxx