Acordei com o sol batendo forte no meu rosto, abri os olhos e aquela fonte de iluminação causou uma dor e irritação diante dos meus globos oculares. Fiz menção para me levantar só que percebi que estava presa, presa nos braços de Justin, sua mão estava em torno da minha cintura me aconchegando e me apertando.

Não sei como descrever tamanha sensação. Eu me sentia segura, confortável, queria ficar ali para sempre. Seu cheiro, seus braço malhados – mas nada muito exagerado – sua pele quente em contato com a minha. Ah...  Que delicia era estar ali. A respiração pesada e leve ao mesmo tempo, batia contra o meu pescoço e me causava deliciosos arrepios.

Como ele tinha chegado ali? Bem, isso não era hora de questionar sobre um fato que certamente era vantajoso para mim.

Me aconcheguei mais em seus braços colando meu corpo mais ao seu. Virei minha cabeça para apreciar mais seu rosto milimetricamente perfeito e com traços tão serenos quanto o de uma criança em seu sono mais profundo. Seus cabelos dourados e bagunçados, que o deixavam certamente mais charmoso – se é que aquilo era possível.

Toquei-o levemente suas bochechas, e como eu já imaginava sua pele era macia como uma pétala de rosa. Sua boca me parecia ainda mais atrativa sendo observada de mais perto, e não contive meus dedos que deslizaram por sua bochecha e tocaram seus lábios. Ele se mexeu e rapidamente, virei meu rosto de volta e fingi estar dormindo.

Justin’s Point Of View

Acordei e percebi que estava agarrado a Lola. Droga. Para a minha sorte ela ainda não havia acordado, pois se acordasse e me visse ali com ela, certamente não iria ser bom.

Sentei-me na cama com cuidado para não acorda-la e lembrei de todo o ocorrido da madrugada. Eu havia beijado-a. Novamente.

Foi estranho. Era estranho. Eu havia beijado ela.

Não que fosse a primeira vez que eu havia beijado uma mulher, claro que não. Eu tinha um bom e longo histórico quanto a isso, mas beija-la foi... Diferente. E eu não sabia se isso era bom, ou ruim. Poderia ser os dois. Mas minha cabeça optava mais pela segunda opção, afinal Louise era minha melhor amiga. E beija-la não era uma coisa aceitável na nossa relação.

Eu sei que já havia acontecido, no dia da piscina. Mas naquela ocasião havia um bom motivo para eu ter beijado ela. Foi para provocar outro cara. Mas dessa vez, não havia motivo. Eu só havia beijado Lola porque... Simples desejo e testosterona pura. Culpar os hormônios masculinos não era uma boa justificativa, mas era a mais aceitável, pois dizer que eu só havia beijado-a por puro desejo... Não seria nada bom.  E eu sei que consequências isso poderia acarretar. Lola não é como essas garotas que eu costumo ficar. E me praguejei mentalmente por varias vezes te-la comparado a essas garotas. Lola era diferente.

De repente me lembrei da nossa conversa no carro.

FlashBack On

– Eu estou gostando disso. Sem sexo, só amizade. Promete que não vai se apaixonar por mim? – disse.

– Ah fala serio. Menos ok?! Mas sim, eu prometo que não vou me apaixonar por você. E você promete não se atrair por mim, nem sentir vontade de me agarrar. Beijar, ou coisas do gênero? – disse ela me olhando risonha.

FlashBack Off

Se eu havia quebrado a minha parte no nosso “trato” ela também poderia quebrar a dela, e acabar se apaixonando por mim, o que seria desastroso para ela e para nossa amizade.

Balancei minha cabeça acabando com aquele conflito mental que já estava me deixando nervoso. Olhei para ela que dormia profundamente ao meu lado e me levantei dali antes que ela acordasse e se deparasse comigo ao seu lado. Peguei o controle do Black Out e fechei as cortinas.

Segui para o banheiro e fiz minha higiene matinal, tomei banho, escovei os dentes e me arrumei. Hoje eu não teria que trabalhar, o escritório estava passando por algumas reformas e eu só teria que ir ver algumas coisas.

Quando voltei ao quarto, Lola ainda dormia, mas havia mudado de posição e agora estava mais encolhida e agarrada ao meu travesseiro e tinha seus cantos lábios levemente curvados em um pequeno e quase imperceptível sorriso. Ela respirava profundamente como se quisesse aspirar ao meu cheiro que ficara impregnado ali.

Peguei meu celular, e minhas chaves na mesa de cabeceira.  Olhei-a mais uma vez e me debrucei sobre a cama depositando um beijo em sua bochecha.

Ah, cara, eu já estava parecendo um gay.

“Justin, qual é! Você é o Bieber cara! Deixa de melação.”

Balancei minha cabeça negativamente e sai do quarto antes que eu entrasse em um conflito de auto - existência.

Louise’s Point Of View

Acordei pela terceira vez naquele dia e me espreguicei ainda deitada na cama dele. Percebi que estava agarrada ao seu travesseiro, que tinha um cheiro realmente muito bom.  Justin não estava ali, e aquilo me deixou meio decepcionada. Olhei no relógio e vi que ele marcava 11h12min. Dormi muito.

Levantei da cama e encontrei um Post-it preso ao relógio digital mesinha de cabeceira.

“Bom dia dorminhoca, trouxe sua mala que você tinha esquecido dentro do meu carro. Toma um banho e coloca roupas limpas. Tem toalhas limpas no closet, terceira prateleira à esquerda. O café ta na mesa :) Dei uma saidinha rápida, mas volto antes de você acordar.  .

                                                                                                     XOXO Justin.”

- Está atrasado! – disse para mim mesma

Sua letra não era a das mais bonitas, mas consegui entender.

Ele não havia mencionado nada da noite anterior, e agora eu me perguntava como as coisas seriam daqui pra frente. Era evidente que eu estava começando a sentir algo a mais por ele, e não era só um amor de amigo.

Resolvi tomar um banho, pois eu realmente estava precisando. Fui ate o closet dele, que por sinal era gigante. Acho que nunca havia entrado em um closet masculino daquele tamanho. Havia uma parte só dedicada a tênis do estilo supras e outra parte só para bonés. Justin era tão metrossexual!

Ri com isso, e fui ate onde ele disse que estariam as toalhas, peguei duas.

Segui ate o banheiro que era dentro daquele quarto mesmo. Não pude deixar de notar na decoração esplêndida daquela suíte.

( quarto do Justin: http://weheartit.com/entry/45132812/via/worstromance )

Tomei banho e lavei meu cabelo, me esfregava a fim de tirar qualquer vestígio do toque daqueles seres repugnantes que quase me estupraram ontem, me esfreguei tanto que algumas partes ficaram vermelhas devido à tonalidade clara da minha pele.

Voltei para o quarto só de toalha mesmo e abri minha mala, colocando as minhas roupas sujas ali dentro e tirando roupas limpas para me vestir.

Coloquei um sweater quente, e uma calça preta, calcei minhas botas novamente que estavam espalhadas pelo quarto e penteei meu cabelo, secando com o secador que havia ali no banheiro. Ficar com o cabelo molhado no inverno rigoroso de Nova York não era algo muito inteligente de se fazer, mesmo eu não sentindo os efeitos do frio, devido ao sistema de aquecimento que provavelmente existia ali.

( roupa da Lola: http://www.polyvore.com/cgi/set?id=65627046&.locale=pt-br )

Peguei meu celular dentro da bolsa e sai do quarto, dando de cara com um corredor todo espelhado, as paredes do corredor eram feitas de espelhos e aquilo era realmente muito incrível! Segui pelo corredor ate chegar a enorme sala. Onde deveria estar uma mesa de jantar, havia uma mesa de sinuca grande. Homens...

( sala: http://weheartit.com/entry/44463529/via/tfnl )

Eles realmente tinham um bom gosto, para seres do sexo masculino, é claro.

Dei uma volta de 360° por ali e segui para a cozinha, que também era bem decorada como o resto do apartamento.

( cozinha: http://weheartit.com/entry/45471399/via/rolemodel )

No balcão de mármore havia mais um Post-it.

“Bem, se você esta lendo esse bilhete é porque me atrasei e não cheguei antes de você acordar. Desculpa, mas devo estar chegando logo. Fiz seu café da manha não sou um excelente cozinheiro, mas faço o que posso. Tem suco na geladeira e waffles no forno micro-ondas, é só esquentar. Espero que goste.

                                                                                                              XOXO Justin. ”

Sorri com esse bilhete e larguei-o ali mesmo. Fui ate o forno micro-ondas e peguei o prato com waffles dali. Eles estavam mornos então não precisaria esquenta-los. Sentei no banquinho em frente ao balcão e peguei o suco na geladeira.

- Lola? – perguntou alguém atrás de mim e com o susto quase derrubei a jarra com o suco.

Virei-me e vi que era Ryan ali. Minhas bochechas coraram no mesmo instante.

- Ah... Oi Ryan. – disse sorrindo sem graça e colocando a jarra em cima do balcão.

- Oi, ahn... Posso perguntar o que você esta fazendo na minha cozinha? – disse ele simpático sorrindo para mim.

- Ahn... Eu... Eu estou tomando café. – disse me embolando com as palavras.

- Tudo bem, isso esta evidente. Mas posso saber como você entrou aqui? – perguntou ele no tom mais passível que ele poderia fazer.

- Ah, você esta ai! Que susto, quando vi que você não estava no quarto, pensei que tivesse ido embora. – disse Justin aparecendo na cozinha também e sorrindo feliz em me ver.

Ryan no mesmo instante pareceu ligar os pontos, mas de uma maneira totalmente errada.

- Perai, você e o Justin... – começou ele, mas não terminou. Sorriu sem humor.

- Eu e ela o que Ryan? – disse Justin confuso, nos olhando.

- Você me disse que não tava afim dela! – gritou Ryan se virando e olhando enfurecido para Justin.

- O que? – Justin disse surpreso.

Eu só os olhava ali, não sabia se desmentia tudo. Ou se inventava uma historia, Ryan estava furioso, mas acima de tudo eles eram melhores amigos, certo?

- Você não vale nada Bieber! Por que ainda me surpreendo com você? Seu filho da puta! – gritou Ryan enfurecido.

- Wow, perai perai, o que você ta pensando que eu e ela fizemos? – perguntou Justin confuso.

- Você sabia que eu estava afim dela Justin! Mas quando se trata de mulher, você esquece tudo.  – disse Ryan.

- Ela não quer nada contigo Ryan, desencana! Ela já te deu um fora.– disse Justin jogando a verdade a tona e colocando mais lenha na fogueira.

- Ela não me deu um fora! E você não tem nada a ver com isso! – disse Ryan apontando o dedo na cara de Justin que deu um passo para traz recuando.

Aquilo já estava passando dos limites, eles falavam de mim, como se eu não estivesse ali.

- Não sei se vocês perceberam, mas a “ela” esta aqui! – disse intervindo na discussão e chamando a atenção dos dois.

- Fica na tua Lola. – disse Ryan todo cheio de marra pra cima de mim.

- Fala direito com ela. – ordenou Justin bravo.

- Quer saber, vão de fuder! Vocês dois! – gritou Ryan e saiu enfurecido da cozinha, segundos depois só escutei o alto eco do barulho da porta sendo fechada com brutalidade.

Eu olhava Justin e ele me olhava, nem um dos dois sabia o que dizer naquele momento. Eu não sabia se citava o fato da noite anterior, se perguntava como as coisas ficariam dali pra frente, não sabia se me desculpava por ser o motivo do desentendimento dele com Ryan. Eu definitivamente não sabia o que fazer.

O silencio ecoou pela cozinha, era o celular de Justin. Ele continou me olhando como senão escutasse o barulho do celular.

- Não vai atender? – perguntei meio obvia. Ele balançou a cabeça para os lados, como se desvencilhasse de uma linha de pensamentos e tateou os bolsos, pegando o aparelho.

- Oi Stay. – disse ele se virando de costas para mim e indo ate um canto da cozinha meio afastado.

Coloquei o suco em um copo e voltei a terminar de comer os waffles.

- Não Stay, hoje não posso. – escutei Justin dizendo, sua voz era baixa, mas como não havia nenhum outro barulho no local pude escutar o que ele dizia com perfeição.

- Surpresa é? Ahn... Acho que posso dar um jeito. – disse ele em um tom malicioso, ele estava de costas para mim, mas, podia afirmar que ele tinha um sorriso malicioso nos lábios. Rolei os olhos e terminei de comer, tentando ao máximo me distrair com outras coisas para não prestar atenção naquela conversa. Coloquei a jarra do suco de volta na geladeira e coloquei o prato e o copo na pia, lavando-os e deixando-os no escorredor dali.

Quando me virei, Justin já havia acabo a conversa com Stacy e estava escorado no balcão a minha frente.

- Dormiu bem? – perguntou de súbito. De todas as coisas que eu esperava que ele dissesse naquele momento, aquela foi a mais improvável. Nem parecia que estávamos em uma discussão com seu melhor amigo há minutos atrás.

- Sim, muito bem. – respondi e involuntariamente sorri ao lembrar que ele havia dormido comigo, e senti falta dos seus braços ao redor do meu corpo.

- Que bom. Esta tudo bem com você? Aqueles caras onte... Não te machucaram né? – perguntou me olhando de cima a baixo procurando ferimentos pelo meu corpo.

- Não... Eu estou bem. – respondi sorrindo devido a preocupação dele para comigo.

- O que você tem na cabeça de ir pra casa sozinha, e ainda mais à noite? Por que não pegou um taxi? – disse ele com uma preocupação paternal.

- Não passava nenhum taxi... Então resolvi ir andando. – expliquei e ele me olhou pensativo.

- Eu no dever de melhor amigo devia ter te levado pra casa.

Melhor amigo. Então ele ainda só me via como melhor amiga... Eu não deveria estar me preocupando com isso, pois nós éramos melhores amigos, certo? E continuaríamos assim. Um semblante decepcionado quis se apossar de minha face, mas não permiti que isso acontecesse e apenas sorri e respondi.

- É... Você devia... Você é um péssimo melhor amigo sabia?! – disse em tom de brincadeira cortando aquele clima tenso.

Ele me olhou e sorriu de canto. Pronto, aquele sorriso era tudo o que eu precisava no momento.

- É... Acho que sou... Mas você me adora. – disse ele cruzando os braços com o sorriso mais convencido do mundo.

- Já esta se achando demais Bieber! – disse e logo em seguida meu celular apitou em cima do balcão. Peguei o mesmo  e vi que era uma mensagem.

“Lolita, where r u honey?

                                                                              XOXO Candy.”

- É a Candy. Esta preocupada comigo. – disse e olhei para ele que desmanchou o sorriso no mesmo instante e ficou sério. Seu olhar ficou nublado, mas tão rápido quando ficou, voltou à sua coloração vibrante e linda. – Acho melhor eu ir pra casa, tenho que ligar pro escritorio. Nem quero ver a cara de Miranda quando eu chegar lá. – disse já me preparando psicologicamente para a bronca que levaria.

Alguns meses atrás eu estaria certa de que se faltasse algum dia no trabalho, eu seria demitida. Mas agora, eu sabia que não. Miranda era extremamente exigente comigo, mas eu percebi que eu era importante ali. Ela poderia sim me demitir, mas não por faltar um única vez. Eu era uma pessoa de confiança para ela e tinha o estranho pressentimento de que ela me queria por perto.

- Ainda não consigo acreditar que você trabalha pra minha mã... pra Miranda. – disse ele.

- E eu ainda não acredito que você seja filho dela. – disse olhando-o e ficamos em silencio, pois se disséssemos mais alguma coisa sobre aquele assunto, acabaríamos discutindo como ontem.

- Você não vai trabalhar hoje não Senhor Bieber? – perguntei cruzando os braços e fingindo uma voz grossa.

- Não Senhorita Bennet. – disse imitando a minha voz. – Estão reformando o escritório. – explicou.

- Entendi, então você vai ser um bom melhor amigo e vai me dar uma carona ate em casa, certo? – perguntei.

- Sim Senhora! – disse ele marchando e batendo continência de uma maneira totalmente errada, seus pés estavam desalinhados e sua mão estava muito a cima da testa. Ri sozinha pela maneira obsessiva que estava reparando naquele gesto tão bobo.

- Vou pegar as minhas coisas. – disse e sai rumo ao quarto dele, ele foi atrás de mim, apresentando-me aos cômodos da casa. Havia uma sala de jogos, um quarto de hospedes, um escritório e outro quarto, o de Ryan.

- Esse apartamento é lindo! – disse quando entramos no quaro dele.

- Eu sei, igual ao dono. – disse convencido.

- Abaixa a bola Drew. – disse fechando a minha mala que estava em cima da cama.

- Para de me chamar assim, me chama de Justin. – disse ele.

- Tudo bem, Drew. – disse e ri, ele rolou os olhos e se jogou em uma poltrona do outro lado do quarto que ficava de frente para a janela, que dava a vista para a linda Manhattan.

Fui ate a janela também e fiquei em pé ao lado de sua poltrona, admirando a vista.

- Sabia que você é a primeira mulher a entrar aqui? – comentou ainda olhando para a vista.

- Haha, conta outra Justin! Você já deve ter perdido as contas de quantas mulheres deitaram nessa cama. – disse rindo sem humor.

- Claro que não! Você foi a primeira. Eu nunca trago as garotas para o meu apartamento. Isso é contra as regras da vida de pegador. – disse ele rimos.

- Então aonde vocês... – Aonde vocês fazem coisas? – perguntei curiosa e sem graça.

- Na maioria das vezes vamos pra casa dela, mas existem motéis aqui também., - disse e corei.

Ok, eu e Justin estávamos conversando sobre o local onde ele transava com suas pretendes. Isso era totalmente estranho. Uma coisa é fato, não posso negar que saber que fui a primeira mulher a deitar na cama dele, me deixou feliz. Senti-me extremamente importante naquele momento. E sorri largo com isso.

- Perai, você não foi a primeira, cometi um erro. – disse ele se corrigindo e murchei meu sorriso. Estava bom demais. – Você foi a segunda mulher a entrar aqui. A primeira foi Annie, minha empregada. E teve Miranda também, mas ela não entra na contagem. – disse.

De certa forma eu continuava sendo a primeira a dormir na cama dela. Porque tenho a plena certeza de que Justin não era tão cafajeste ao ponto de dormir com sua própria empregada... Ou seria? Não, não.

- Me sinto lisonjeada em ser a primeira pessoa do sexo feminino a dormir em seus aposentos Mr. Bieber. – disse com uma voz formal e acabamos rindo. A risada dele era tão gostosa de ser ouvida. – Agora vamos, porque senão Candy vai morrer de saudade de mim. – disse brincando e ele parou de sorrir. Aquilo estava muito estranho.

                (...)

- Candy? – disse assim que pisei no apartamento procurando ela com o olhar, e ela estava na sala assistindo televisão.

- Meu deus! Onde você estava garota? Quer me matar do coração? – disse ela correndo ate mim e me apertando em um abraçado, que fiz questão de retribuir.

- Calma, eu tava na casa do Justin. – disse e ela me soltou no mesmo instante me olhando meio apavorada, no mesmo instante Justin saiu do elevador com as minhas malas e Candy engoliu o seco olhando-o por cima de meu ombro.

- V-voce esta com Justin? – ela perguntou meio nervosa.

- Sim, algum problema? – perguntei franzindo o cenho.

- Não... Nenhum. – disse ela mudando totalmente a expressão e sorrindo.

- Que saudades desse lugar! – disse indo ate o sofá e me jogando ali.

Sentei-me no sofá da maneira correta e vi que Justin e Candecy cochichavam em um canto da sala. Quando perceberam que eu estava olhando eles pararam de falar e me olharam sorrindo forçado. Eles estavam me escondendo algo, mas não disse nada, só sorri de volta da mesma maneira forçada e me levantei indo pro quarto.

Justin’s Point Of View

- Você não disse nada pra ela não é? – perguntou Candecy desesperada.

- Não, eu prometi não contar. Mas você tem que dizer Candy. Lola precisa saber que você não esta bem. – disse tentando convence-la a contar de uma vez por todas a Louise.

- Eu sei, eu vou dizer, mas eu preciso de tempo.

- Que tempo? Não tem tempo! A qualquer momento você pode... – comecei mas não consegui terminar, ao olha-la ela já estava com aquele semblante triste novamente. Só abracei-a e ela o fez também. Candecy estava se tornando uma grande amiga para mim, não se muito bem se sentia aquilo pelo fato de saber que a garota estava com a vida arruinada, ou de saber que ela era melhor amiga da minha melhor amiga.

- Conte a ela Candy. – disse baixo.

- Me contar o que? – disse Louise aparecendo na sala.

Como reflexo Candecy me soltou e se distanciou de mim.

- Nada de importante. Eu queria dizer que... A taxa do condomínio aumentou. Eles estão nos roubando cada dia mais! – disse Candecy retomando a pose como num passe de mágica. Que surpreendeu ate a mim.

Lola não parecia ter acreditado naquilo, seu olhar estava desconfiado sob nós, mas ela simplesmente assentiu.

Louise’s Point Of View.

2  Semanas depois.

O Natal batia a porta. Era dia 15 de dezembro. Os dias pareciam ter passado voando. Havia uma grande correria para o especial de final de ano da revista. E minhas jornadas de trabalho haviam duplicado, mas eu não reclamava, estava sendo incrível participar de um editorial tão importante como aquele. Era a edição mais importante do ano.

Meu trabalho havia aumentado e com isso não tinha mais tanto tempo para sair com Justin. Só nos encontrávamos aos domingos a noite, pois ele havia tido a ideia de me dar aulas de defesa pessoal para que o ocorrido daquela noite não voltasse a acontecer. Mau sabia ele que eu já sabia lutar, muay thai era a minha especialização. Meu pai havia me ensinado quando pequena, ou melhor, ele havia ensinado Nate quando tínhamos uns 10 anos e ai Nate me ensinou, escondido – é claro- por causa de mamãe. Ela não permitia que sua “princesinha” aprendesse algo tão violento.

Eu não havia dito a Justin que eu já sabia me defender, e que só não me defendi naquela noite por causa do surto de pânico que me deu. Do contrario eu teria dado conta daqueles caras. Isso soa tão estranho.

A ideia de Justin me ensinar a lutar era extremamente genial, nosso contato corporal era bem grande e era como se estivéssemos nos agarrando. E de uma certa maneiram, estávamos mesmo. Mas não exatamente da maneira que eu gostaria. Mas isso não é um fato importante no momento, já que ele estava “namorando” Stacy. Sim, eles estavam “juntos”. Não houve pedido formal ou algo do gênero, mas eles viviam pra lá e pra cá juntos. O que era mais estranho era que Justin ficava com ela, mas saia de noite e ficava com outras garotas, sem ela saber. Eu não entendia o porquê de ele continuar com a pobre garota já que saia com outras, isso era mais uma coisa da incompreensível Lógica Bieber.

Era sábado e eu estava mais uma vez grudada ao meu notebook, trabalhando na sala enquanto via os flocos de neve caírem pela janela. Tomava um vinho suave ao som de Summertime Sadness de Lana Del Rey.

Levantei rapidamente ao escutar o som da campainha tocando para que o elevador fosse liberado. Deveria ser o entregador da comida que eu havia pedido.

Fui ate o elevador e liberei as portas, que quando se abriram revelaram uma grande surpresa pra mim. 

O que voces acham que vai ser essa surpresa?! uu.uu me digam seus palpites! Quem acertar, recebe spoiler do proximo capitulo! Que tal? HSAUHSHAU' - notas finais abaixo! Leiam ok?!