Zayn POV

Eu estou morrendo de medo de terminar com a Perrie. Ela é meio perversa, possessiva, e pensa como uma assassina. Talvez esse seja o meu ultimo POV. O problema é que eu fui me apaixonar pela pessoa certa no tempo errado. Agora eu não posso ficar me destruindo por dentro. Eu vou terminar com a Perrie.

Estávamos no quarto e ela escolhia uma roupa.

–Perrie, eu tenho que te falar uma coisa. – eu falei. Adeus mundo cruel.

–O que foi meu amor? – ela me olhou com aqueles olhos azuis marcantes que ela tem. Eu não tenho coragem.

–É que... Eu acho que esse vestido combina mais com o sapato que eu te dei quando fizemos um mês de namoro.

–Ah, é verdade. – ela me deu um selinho e pegou o sapato – Fica mais bonito mesmo.

E mais uma vez eu sou escravo do meu medo. Eu quero terminar com a Perrie, mas parece que ela faz uma barreira pra isso. Eu ainda sinto algo por ela, e ver a Perrie triste também me deixa triste. Ela foi mais que uma namorada. Ela foi uma amiga, companheira. Eu não posso deixá-la assim. Eu não tenho coragem de terminar com ela. Mas... ~ le lâmpada acende em cima da cabeça ~ e se ela terminar comigo?

E eu que pensava que era burro. Vou fazer de tudo pra Perrie terminar comigo. TUDO! Vamos colocar esse plano em ação.

–Onde você vai? – perguntei com os braços cruzados.

–Um jantar com as meninas. Por quê? – ela disse passando maquiagem.

–Por que eu não posso ir? – só pra constar, a Perrie odeia quando eu sou ciumento.

–É por que é só com as meninas do LM. Vai ser só pra nós mesmo.

–Sério? E se tiver uma cara lá com vocês? Eu vou também!

–Zayn, deixa de besteira. São só as meninas mesmo.

–Eu vou de qualquer maneira. Vai que um cara tenta te assediar, ou uma fã tenta te atacar. Me espera que eu vou me arrumar.

Ela ficou me olhando com cara de “WFT?” enquanto eu ia pro banheiro.

Passo 1: completo.

Demorei meia hora no chuveiro. Quinze minutos só pra sair do banheiro. Fiquei passeando pela casa com a toalha amarrada na cintura e ela me olhava boquiaberta. Demorei uns quarenta e cinco minutos pra escolher a minha roupa. E agora, o cabelo! Minuto de pausa pra risada maléfica interior... Continuando, eu já demoro normalmente pra arrumar o meu cabelo uns quinze minutos. Hoje, duplicarei esse tempo.

Chegamos no jantar com uma hora e quarenta e cinco minutos de atraso. Pouco na minha concepção, já que eu tinha em mente duas horas de atraso.

Quando chegamos lá, as meninas nos olharam com cara de “WFT?”.

–Olá! – falei sorrindo.

–Hã... Oi... – elas falaram confusas.

–Zayn, nos dê licença. Vamos ao banheiro. – Perrie falou.

Quando elas entraram eu não agüentei e tive uma crise de riso. As pessoas no restaurante me olhavam confusas. Melhor eu parar antes que chamem a segurança pra mim.

Elas chegaram e se sentaram. Eu percebi a troca de olhares e vou deixar tudo pior.

–Então – eu disse colocando o braço por trás da Perrie – alguém mexeu com vocês?

A Perrie revirou os olhos e disse.

–Não, Zayn. Ninguém mexeu com nós.

–Vamos pedir. – eu chamei o garçom.

–Boa noite. O que vocês vão pedir? – ele disse simpático.

–Traga o prato especial para mim – falei – e pra ela traga uma salada.

–Não precisa a salada. Eu vou... – a Perrie ia dizendo quando eu a interrompi.

–Ssshhhh! – eu coloquei o meu dedo selando os seus lábios – Você está ficando gorda! – eu disse e dei um selinho nela – Por favor, traga a salada pra ela. Meninas peçam! Eu pago essa noite.

Elas ficaram me olhando boquiabertas. E eu agia normalmente. Não estou querendo esculachar ninguém, mas se é pra Perrie terminar comigo eu preciso fazer algo.

–E bebida? – ele perguntou.

–Meninas, podem pedir! – falei.

–Traga-nos um vinho seco, por favor. – Jade falou.

–Ótima escolha, mas eu não gosto de vinho seco. – falei – Como eu vou pagar, então deixe que eu escolha. Traga-nos um champanhe.

Elas me olhavam confusas. Ele saiu e eu fiquei olhando cada uma nos olhos.

–Zayn, você bebeu algo antes de vir pra cá? – Leigh perguntou.

–Não. – eu disse e dei um sorriso amarelo.

Ficamos em silêncio. Até eu quebrá-lo.

–GENTE, QUE SILÊNCIO! – berrei. Perrie me olhou com uma cara de “Are you kidding me?”.

–Zayn, está todo mundo olhando. – ela falou tentando disfarçar.

–Deixe eles olharem. O que é bonito é para ser visto. – falei. Véi, na boa, eu devo estar parecendo um louco.

A bebida chegou e ele colocou nos nossos copos.

–Gente, eu queria a atenção de todos nesse momento – eu disse batendo o garfo em uma taça e ficando de pé – Antes, eu queria agradecer a Deus, por tudo que eu estou recebendo. E depois a uma pessoa muito especial pra mim. – eu olhei pra Perrie e ela deu um sorriso – À minha... mãe. Ela é uma pessoa muito especial pra mim. – a Perrie me olhava boquiaberta – Sem ela eu não teria chegado aqui. Era só isso mesmo. Obrigado pela atenção de todos.

Eu me sentei e a Perrie olhava com uma cara de “WFT?” junto com a de “Are you kidding me?” e misturada com “Você não tem medo de morrer?”.

–O que foi? – eu disse sorrindo.

Ela ficou me olhando. A vontade dela era de gritar, me matar e jogar os meus restos mortais em um tanque cheio de crocodilos famintos.

–Zayn... Não fala comigo! – ela disse bem pausadamente. Eu via a fúria em seus olhos. É assim que eu quero.

–Por que? – eu disse dando um leve apertão na sua bochecha.

Ela não disse nada. Apenas ficava olhando pra qualquer pessoa menos pra mim.

O jantar chegou e quando terminamos o garçom chegou perguntando se queríamos mais alguma coisa.

–Pode me trazer um Pettit Gateu pra mim? – a Perrie falou.

–Ignore o pedido dela. Ela não vai comer sobremesa.

–Zayn, o que é isso? – ela perguntou baixo.

–Você quer ficar parecendo uma baleia? – perguntei.

–Zayn! – ela exclamou e todos nos olharam.

–Para com isso. Está me envergonhando. – eu disse tentando disfarçar.

–O-o que...? – ela falou confusa.

–Por favor, - falei ao garçom – traga um Pettit Gateu. Mas pra mim. Meninas? – perguntei arqueando as sobrancelhas.

–Hã... Nada.

–Então ta amigão. – falei pro garçom.

Ele saiu confuso. Pra falar a verdade, todos estavam confusos. Menos a pessoa que vos fala, mais conhecida como “eu”.

[...]

O garçom chegou com a sobremesa. Eu comecei a comer. Percebi que fazia cada cara.

–Sério, Perrie, está uma delícia. Prova um... – eu ia colocando o garfo na boca dela, mas logo tirei – Esqueci que você não pode comer. – fiz uma cara de pena – Nossa, está muito bom!

Sabe aquela hora que tem toda a certeza do mundo que vai morrer? Eu estava assim, mas mantendo o sorriso cínico.

Terminei de comer e fomos pra casa em silêncio. Ela estava morrendo de ódio. Mas, não é esse o meu objetivo afinal? Fazer ela ter raiva de mim.

Ela entrou e foi logo tirando o sapato. Eu só tirei o paletó e abri dois botões da camisa.

Ela se sentou no sofá já de pijama. Ela se sentou a um quilometro de distância de mim. Tudo bem, a minha casa não é tão grande assim. Mas eu me sentei de um lado e ela do outro.

–O que está acontecendo, Perrie? – perguntei com a voz meio alterada.

–“O que está acontecendo?”! “O QUE ESTÁ ACONTECENDO?”! ZAYN, EU QUE TE PERGUNTO: O QUE ACONTECEU COM VOCÊ?

–Você está estressada, meu amor. Sente aqui. – eu disse dando leves tapinhas no espaço ao meu lado no sofá.

Nível de cara de pau: infinito!

Sabe aqueles leves tapinhas que eu dei no sofá? Então, a Perrie repetiu o ato, só que mais forte e no meu rosto.

–Ai amor! – eu disse calmamente.

–Da próxima vez eu desfiguro o seu rosto! – ela disse com o dedo no meu rosto. Sem movimentos bruscos, respire devagar Zayn. Talvez ela ainda deixe alguma parte do seu corpo para ser enterrada.

–Me perdoa. É que eu... Estou sincero hoje.

Ela me olhou com uma cara de “WFT”.

–Sério, você está precisando emagrecer um pouco. – eu disse. Véi, na boa, eu estou pedindo pra morrer.

–Você acha? – ela perguntou. VOCÊ NÃO QUER ME MATAR OU ALGO DO TIPO? POR QUE?

–Sim. Você está muito gorda!

–Vou visitar minha nutricionista amanhã. – ela disse passando a mão na barriga.

Eu não quero que a Perrie se sinta desconfortável, EU QUERO QUE ELA TERMINE COMIGO!

Como eu sou covarde! Nem tenho coragem de terminar com a garota. Mas, na boa, você teria coragem de terminar com a Perrie? Não. Não por que ela ia despedaçar o seu corpo, carbonizar e jogar as cinzas para crocodilos e jogar os crocodilos para tubarões. Depois ela mataria os tubarões e fazia um sushi. Ok, eu dramatizei um pouquinho. Mas a garota é perversa.

–Zayn, será que essa gordinha pode se sentar aqui? – ela perguntou fazendo biquinho. Perrie sabe que eu não resisto ao biquinho dela. Mas eu preciso ser forte.

–Pode. – eu disse meio seco e rude.

Ela se sentou. O que eu faço pra essa garota ao menos sentir raiva de mim? Vou jogar com as cartas que eu tenho.

–Amor, você lavou o cabelo hoje? – perguntei depois de ter cheirado o seu cabelo. Que eu que estou fazendo? O cabelo dela está perfeito!

–Não, por que?

–Vai lavar. Está fedendo.

–Mas eu lavei ontem!

–Vai lavar! Está fedendo.

–Mas, Zaza. Eu... – eu a interrompi.

–Vai lavar o cabelo ou sai de perto de mim.

Ela se levantou pisando duro e foi lavar o cabelo. Não pude resistir e tive uma crise de riso. Vou ter que comprar um novo pâncreas. Você sabe onde vende barato? Fail. Mas, tipo assim, melhor eu parar.

Eu resolvi ir ver a Perrie no quarto. Ela estava parada nua em frente ao espelho olhando o seu corpo. Perrie passava a mão no quadril.

–O que tem de errado? – ela perguntava sozinha.

Eu não quero ver a Perrie assim. Eu ainda sinto algo por ela, mas o meu sentimento pela Lylla fala mais alto. E eu não sei como terminar com a Perrie. Como eu já disse, ela é perversa.