PDV:Julliet

Mais um dia de aula, o inferno na vida de qualquer um, o colégio, suspirei entrando pela porta, não havia nada de diferente na escola tudo sempre tão... igual.

–E ai docinho?-uma voz sensual sussurrou em meu ouvido, provavelmente o meu namorado idiota, Bradley

Brad era o tipo de garoto que toda garota sonhava, ele tinha encantadores olhos azuis, e seus cabelos loiros eram simplesmente perfeitos e alinhados sempre com gel, seu sorriso era branco sexy e intenso, ele tinha o corpo forte, costumava malhar, e por isso exagerava em remédios para o deixar ligadão, ele era do tipo bad boy que toda garota sonhava, e muito muito rico, sendo o melhor partido da cidade, obviamente a competição era enorme, e mesmo com algumas desconfianças era comigo que Brad passava a maioria do tempo, desde que tínhamos quatorze anos de idade.

–Oi Brad- sorri

–Meu amorzinho, eu te aconselharia a guardar melhor sua vodka- falou, segurando disfarçadamente o meu cantil

–Guarda isso Brad!-peguei o cantil da mão dele guardando-o de volta em minha bolsa

–Ta de folga hoje?-perguntou-me

–Não to precisando trabalhar em dobro, você sabe o hospital da minha vó, as contas do apê, e os doces não caem das árvores- revirei os olhos, para o Brad as coisas eram muito fáceis, obvio o que não era fácil para o filho do prefeito?

–Ah gata assim não dá, eu quero sair com você- puxou-me pela cintura sorrindo

–E eu preciso trabalhar- apressei meus passos em direção ao armário

–Droga! Não sei por que você não deixa essa velha por conta do estado e vive a sua vida- reclamou baixinho, e então eu o empurrei

–Escuta aqui não fale assim da minha vó, ela é a única que se importa realmente comigo por tanto, eu nunca a deixarei estamos entendidos?- encarei-o raivosa, abrindo o meu armário com raiva

Joguei minha mochila, apenas apanhando um caderno e um estojo, Brad ainda estava parado no lugar me encarando com raiva, ele odiava quando eu fazia esse tipo de coisa em público ele gostava de mostrar que ele era o machão e mandava em mim de qualquer jeito, eu obviamente não deixava isso acontecer com muita frequencia, comigo não havia machão, eu sabia me virar muito bem e não precisava dele, não muito pelo menos.

Saí de perto do armário despreocupada, notei que a escola estava em um cochicho só, eu queria saber das novidades, mas como perguntar a alguém, se a maioria do pessoal daquela escola nem olhava na minha cara, todos me achavam a drogada maluca, ou a perdida, quer dizer tirando as patricinhas, que me odiavam pelo simples fato de eu ter Brad ao meu lado, tudo bem que ele já havia me traído umas duas vezes com Vallery e com Caroline, mas no final a namorada dele a oficial era eu, e quem não queria ser namorada do filho do tão honrado prefeito da cidade?

Caminhei até o pátio da escola, agradeci por meu casaco ser pesado o suficiente para aguentar o frio que batia lá fora, o vento fazia as arvores balançarem mais do que o de costume, e não eu não estava vendo de mais e nem suficientemente bêbada para isso, não ainda, mas realmente essa cidade onde moro é exageradamente fria, caminhei em direção a uma árvore onde aviste, Cooper e Anne, as únicas duas amizades que eu tinha nesta bendita escola, ali naquela árvore onde ele estavam era considerado o canto dos drogados, ninguém ficava ali fora principalmente de manhã, então era mais fácil de ocultar o cheiro das drogas, e para beber também era mais fácil, o frio era insuportável a essa hora, tornando aquele lugar quase inabitável... quase.

Cooper era considerado bonito, era de estatura mediana e cabelos preto que desciam escorridos até metade de seu queixo sua pele era muito branca e ele era extremamente magro, obviamente culpa da quantidade exagerada de pó que ele usava por dia, realmente nessa escola lotada de hipocrisia era difícil manter o título de maior cheirador da escola.

Anne era o tipo de garota que você realmente não iria querer encontrar num beco a noite, ela usava roupas pretas em excesso, e seus cabelos eram desordenados e mal cortados, era de um loiro que aparentava ser meio sujo e não era liso era de um ondulado esquisito, ela era bastante alta e corpulenta, seus olhos eram sinistramente pretos e ela tinha um sorriso assustador, ela não era do tipo que usava pó, ela abusava de êxtase e heroína.

Oh sim, eu realmente tinha o tipo de amigos que ninguém nunca sonhou, eram drogados e loucos assim como eu, embora eu abusasse muito mais da bebida do que das drogas, normalmente eu só puxava uns e tomava alguns comprimidos, uma vez cheirei mas após ficar com o nariz sangrando e aquilo me deixar quase paranóica, decidi não usar.

–E ai loira- falou Cooper com sua voz grossa, porem meio grogue, ele estava extremamente bêbado já a essa hora da manhã

–Cooper, Anne- sorri para eles, pegando o cigarro da mão de Anne e dando uma tragada

–Já chega roubando o doce!-reclamou Anne com sua voz grossa, sempre tão doce...

–Foi mal eu precisava disso, mas então temos novidade pela escola?-perguntei interessada no burburinho que rondava no reino da hipocrisia

–Ah sim alunos novos, pessoas se mudando para este fim de mundo de onde queremos sair- Cooper revirou os olhos

–Alunos novos?- perguntei

–Preciso desenhar?-gracejou Cooper

Dei um gole em meu cantil, sentindo a vodka queimar por minha garganta, era tão bom sentir essa sensação que a bebida me causava era quase como uma terapia, extremamente relaxante.

–Não há necessidade, sabe algo mais sobre eles?-perguntei, Cooper era o garoto das informações, sua mãe era da secretária da escola e também uma grande fofoqueira

–Interessada de mais na vida alheia hein? Acho que você deveria se juntar a turma de Vallery- Anne revirou os olhos

–Não enche Anne – Falei tragando mais uma vez o cigarro e devolvendo-o para Anne -Então o que mais você sabe, Cooper?- Enfatizei o você e percebi que Anne revirava os olhos

–Eu sei que eles são chamados de Cullen,Hale e Black são sete irmãos, todos filhos de um médico e sua mulher que não faz nada além de sorrir, moravam bem longe daqui em Seattle eu acho, histórico limpo notas exemplares, ou seja todos são muito nerds, exceto uma ruivinha que é a única problemática da família, e são todos adotados- Cooper informou-me

–Vocês realmente estão virando velhinhas tricoteiras- Anne reclamou

–Nós também te amamos Anne, mas então quer dizer que todos são nerd e só há uma problemática na família, claro sempre tem que ter a ovelha negra- gargalhei piscando para Cooper, ele era a ovelha negra de sua família sem dúvida

–Oh sim, sempre tem um que se rebela contra os pais, Brad e eu somos o exemplo perfeito- brincou Cooper

–Já eu e a loira já nascemos desgarradas- piscou Anne, Anne assim como eu tinha sérios problemas familiares, só que no caso dela ela tinha um problema, seus pais ainda eram vivos

–Muito mais sortudas eu garanto- Cooper resmungou

–Oh com certeza, crescer em um lar com pais normais deve ser tão traumático- ironizei, virando os olhos

–Extremamente pode causar sérios danos- brincou Anne, jogando o cigarro no chão e pisando nele com sua bota preta

–Vocês dão risada por que não tem que as controle como acontece comigo, ou pior como acontece com Brad- defendeu-se Cooper

–Brad é um idiota- falei- E você é simplesmente diferente, eles tentam te controlar mas um dia vão ter que te soltar, mas pelo menos você teve a chance de ter um lar- defendi minha opnião, Cooper era gay e seus pais como bons religiosos não aceitavam sua opção, deixando-o reprimido

–Brigou de novo com Brad não?-perguntou-me Anne sorrindo, nada a deixava mais feliz que confusões,

Dei mais um gole em meu cantil quase vazio antes de responder.

–Sim, você acredita que ele mandou outra vez eu desligar os aparelhos de minha vó, só para poder sair com ele e comprar mais doce?-perguntei indignada, eu sabia que Anne e Cooper podiam ser de tudo, mas entendiam como ninguém a devoção que eu tinha com minha vó

–Ele é um imbecil mesmo! Nem parece que quando ele levou uma surra do pai dele foi ela que o acolheu!- Anne revirou os olhos

–Ele só deveria estar chateado, não fique assim com ele- respondeu Cooper, defendendo Brad

–Alguém já te disse que essa sua obsessão por Brad um dia vai dar errado? O dia que ele descobrir que você é totalmente viado e que você é apaixonado por ele, você vai levar uma surra- Anne comentou, deixando Cooper sem graça

–Eu sei...-Cooper apenas respondeu, dando mais uma golada em seu cantil, que reparei estar vazio assim como o meu

–Precisamos urgentemente de mais vodka- falei tentando cortar o assunto

–Totalmente apoiada, mas se bem que essa dose era só até a hora de tocar o sinal mesmo- falou Anne

–Como você sabe que o sinal vai tocar?-perguntei e logo em seguida o sinal tocou dando inicio as aulas

–As vezes você é assustadora Anne- falou Cooper, pegando seus materiais

–Concordo com o Cooper- falei também me ajeitando e pegando uma bala de menta de minha bolsa colocando-a na boca, o bafo de bebida precisava ser camuflado afinal

–Vamos?-perguntou já com cara de entediada, Anne

–Lá vamos nós em direção ao inferno, falando nisso vocês tem aula com quem?-perguntei

–Eu tenho aula com a Sra. Rosa, Espanhol, tem coisa pior?-Cooper fez sua melhor cara de tédio

–Eu sou bem pior, Sr. Moretto, Quem gosta de geometria, atire a primeira pedra e de preferência que seja de crack- Anne riu

–Ok vocês ganharam, a minha primeira aula nem é tão ruim, Sra. Water, Literatura, é divertido estamos lendo, Morro Dos Ventos Uivantes- falei empolgada, eu gostava um pouco das aulas de literatura, achava alguns livros bem interessantes, embora o meu maior forte fossem as matérias exatas, como geometria, química e física, eu não conseguia explicar

–Você é a única pessoa que a maconha não corroeu o cérebro, você é tão nerd...- Anne gracejou e eu ri

–Não sou nerd!- defendi-me

–Você é a única garota que se droga que não tira notas ruins, é a única que consegue passar de anos, sem pedir para os amigos nóias da cidade ameaçarem os professores, ou tem o pai prefeito da cidade- Cooper acrescentou

–Ok, eu sou o que vocês quiserem, mas preciso realmente entrar nas aulas- falei, parando na porta da sala – Vejo vocês mais tarde, beijos

Entrei na sala ouvindo as risadas de Anne e Cooper por alguma gracinha que com certeza um dos dois havia feito, eles eram tão idiotas, avistei a última carteira onde sempre me sentava, me direcionei até ela sentando-me, agradeci pela professora ainda não ter entrado, quando a vejo entrando ela está com uma garota esquisita, morena baixinha dos cabelos espetados e um sorriso meio maluco, ela era extremamente branca, e não parecia muito com uma aluna apesar da baixíssima estatura e nem era velha de mais também para ser professora, as duas conversavam animadamente.

–Bom dia alunos- cumprimentou Sra. Water

–Bom dia- respondeu um coro de vozes ridiculamente obedientes

Ela estava ajeitando as coisas em sua mesa enquanto continuava a conversar com a baixinha, percebi que todas analisavam a garota que parecia um elfo com uma certa curiosidade, ela segurava uma caderneta mão, e enquanto essa conversa entre a garota nova e a professora acontecia, tudo que eu desejava era ter um montão de vodka dentro do meu cantil e eu agora bebe-la sentindo aquele ardor maravilhoso por minha garganta, mas Cooper e Anne havíamos feito um combinado nada de bebida durante as aulas, somente na entrada, no intervalo e na saída, era uma forma de protegermos nossas vidas acadêmicas, não que ligássemos muito para isso.

–Alunos- a professora tentou chamar atenção da sala dispersa, que por um milagre chamado curiosidade olharam instantaneamente para a professora

–O que foi fessora?-perguntou a voz enjoada de Caroline, uma das vadias de Vallery

–Quero lhes apresentar a nova aluna, queridos esta é Alice Cullen, espero que ela seja muito bem recebida na turma- falou a professora sorrindo

A garota baixinha sorriu para a sala, seus dentes pareciam cintilar de tão brancos, sua roupas era de marca e extremamente fina, seus cabelos eram espetados porém muito bem cortados e em perfeita ordem e seus olhos eram de um estranho tom de dourado, ela parecia um tipo estranho de bicho mágico, uma anã fofa de jardim ou uma elfa, e olha que ainda nem tinha fumado tanta maconha hoje, ela direcionou-se para um lugar, mas antes não pude deixar de ouvir os comentários.

–Eu viro amiga dela, mas será que ela me apresenta os gostosos dos irmãos dela?- Caroline sussurrou maldosa

–Eles namoram, é estranho mas a loira está com o grandalhão, a ruivinha estranha e perturbada parece ter um lance com o moreno alto e essa baixinha está com aquele loiro que parece que está sofrendo- sussurrou de volta Mary, sua voz tinha um certo grau de acusação, quem era ela para falar de família estranha, todo mundo sabia que o pai dela transava com qualquer uma menos a mãe dela.

–Mas sobrou aquele ruivo perturbadoramente gostoso e lindo e perfeito, com aquele corpo de deus e aquele jeito misterioso, eu piro em um garoto assim e o melhor ele deve ser limpo, sem toda aquela complexidade de drogas junto ou uma namorada estúpida- cochichou de modo maldoso Caroline, eu sabia que ela se mordia de ciúmes por eu estar com Brad

Desliguei-me da conversa das vadias antes que eu levantasse e desse um murro na boca de Caroline, porem aquela família nova de algum modo me incomoda e não só pelo modo estranho que reparei que a elfa olhou para a mim, tudo bem nunca tive uma família normal, meu pai era um bêbado que abusava de mim e minha mãe era mais drogada que eu e meu irmão que era a única pessoa em quem eu confiava me largou para ir viver a vida em um lugar melhor assim que fez 18 anos, mas uma família em que os irmãos namoravam, tudo bem eles eram adotados, mas aquilo não deixava de ser estranho.

–Então chega de conversas perdemos muito tempo...- e então a professora tirou-me de meus devaneios

E assim foi até o intervalo...

–Pensei que essas aulas nunca fossem acabar- reclamou Anne, enquanto entrava na fila para pegar comida

–Eu também, que inferno de aulas, mas confesso que adorei a minha aula de francês, o aluno novo é um verdadeiro gato- Cooper suspirou e deu sua famosa coçadinha no nariz, as vezes ele era tão gay...

–Quem o Edward?- perguntou Anne

–Sim, como você sabe o nome daquele deus grego?-perguntou Cooper assustado, e eu encarei Anne, normalmente ela era tão desligada que não sabia nem o próprio nome

–Eu e ele vamos nos casar até o final dessas aulas, ele é muito gostoso- comentou Anne, e eu e Cooper encaramos-a incrédula

–Eu pensei que você odiasse os garotos da escola, e o único cara que você iria beijar na vida é o seu poster do Brad Pitt- falei surpresa e Anne apenas mostrou-me o dedo do meio

Pegamos os almoços e caminhamos em direção a mesa mais afastada para comer, enquanto eu mordiscava uma pizza, Anne devorava um hambúrguer muito gorduroso enquanto Cooper apenas mordia minimamente uma maçã, percebi que o olhar de Anne estava voando para a porta do refeitório e foi ai que vi a formação completa dos Cullen e Hale e Black.

A primeira pessoa que vi foi uma garota ruiva de estatura media, ela usava roupas pretas e seus olhos também era intensamente maquiados de preto, o que não combinava muito com o tom de chocolate que seus olhos tinham, seus cabelos eram de um bronze que me causava inveja desse meu loiro palha; logo em seguida vinha um garoto que era duas vezes o meu tamanho, ele era muito gato, moreno sua pele era sedosa, ele tinha cabelos bem pretos e um sorriso tristonho brincava em seus lábios, seu corpo era forte e másculo como o de um atleta; então havia um moreno grandalhão igualmente bonito tão branco como Alice, seus olhos eram iguais aos dela assim como os da loira escultural que vinha de mãos dadas com ele, ela era simplesmente perfeita dando inveja em qualquer uma, e por último entrou Alice de mãos dadas com o garoto que reconheci como Jasper, ele era do terceiro ano, realmente muito bonito porém havia uma expressão de dor em seu rosto, mas seus olhos eram da mesma cor de todos, se eles eram adotados por que quase todos tinham os olhos da mesma cor? E ainda mais de uma cor tão rara como essa?

–Pera ai cadê o tal de Edward?-perguntei

–Acabou de entrar- respondeu Anne praticamente babando, revirei os olhos com o exagero de minha amiga

E então eu o vi...

Seus cabelos eram do mesmo tom de bronze da garota que havia entrado há pouco tempo, porem era desalinhado de forma extremamente sexy seu corpo era forte porém nada comparado ao do moreno nem a do grandalhão, ele era alto e algo nele mostrava uma pose de poder ou algo assim, seus lábios eram perfeitos e cheios, seu maxilar, seu nariz, tudo nele era extremamente perfeito e sexy, seus olhos eram do mesmo tom do de seus irmão porém continham uma intensidade diferente, aquele garoto era a verdadeira...

–Perdição- falei tentando parar de encarar o garoto gostoso

–Viu? Não estávamos exagerando- Cooper exibiu-se feliz por ter razão

–É ele é perfeito não?-perguntou Anne

–Muito muito gostoso- falei sorrindo

–Pena que é muito difícil que ele não caia nas mão de uma vadia como elas- apontou Anne para Vallery e sua turma, Vallery sorria exibida por estar ao lado de Brad

Droga maldito Brad!

O idiota estava simplesmente na mesa dos idiotas populares sentado e rindo ao lado de Vallery, meu sangue pulsou, porem eu respirei fundo tentando me acalmar e fingir não ligar, eu precisava acabar de uma vez com Brad, eu não iria aguentá-lo e nem muito menos suas gracinhas como por exemplo essa de agora.

–É verdade... ou talvez ele seja gay, vá em frente Cooper- falei e Cooper sorriu esperançoso

O sinal tocou, acabando com meus devaneios assim como os de Cooper e Anne, nunca havíamos ficado tão quietos durante um intervalo desde a última vez que viramos a noite bebendo e fumando entre outras coisas e viemos direto da zona para a escola, o barulho do refeitório aquele dia para nós era quase enlouquecedor, ou melhor havia me enlouquecido, tanto que naquele dia fui para a diretoria por ter saído no tapa com Vallery, obviamente que a vadia por ser rica e não drogada levou a razão, mas ela havia provocado, como sempre...

Caminhei em direção a pior aula de todas, Biologia, ela só era minimante legal pelo fato de que eu era a única que não tinha uma dupla para encher o saco e fazia o trabalho do jeito que eu quisesse, com a minha costumeira expressão de tédio caminhei em direção a sala, eu caminhava tranquilamente quando senti braços fortes me puxarem em direção ao armário.

Um beijo intenso e quente me tomou, mãos fortes e conhecidas desciam e subiam livremente por meu corpo, gemi contra os lábios intensos de Brad, que sugava os meus com maestria, suas mãos apertavam minha cintura e sua boca agora descia ávida por meu pescoço, soltei outro gemidinho de prazer, e então Brad divertido olhou-me.

–Calma ai gata, ou seremos pegos, eu sei que sou gostoso mas se controla- piscou

–Vá para o inferno Brad, eu preciso ir para a aula, sai daqui!- praticamente berrei, e então ele pressionou os lábios novamente contra os meus

–Não grita Julliet, que porra!- reclamou, descendo os seus lábios por meu pescoço

Eu odiava ser fraca, mas os lábios de Brad descendo pelo meu pescoço, suas mãos me tomando me deixavam quase louca, era impossível resistir a ele, e eu não resistia, seus braços me puxavam mais para si, eu arranhava suas costas por baixo da camiseta, ele acariciava meus seios, e minhas pernas já estavam enlaçadas em seus quadris, fazendo com que nossos sexos se encostassem, rebolei sobre seu quadril fazendo-o gemer.

–Porra! Jully- sussurrou com a voz rouca de tesão, enquanto me beijava de modo selvagem

–Isso é por você ter ficado conversando com aquela vadia-falei, enquanto aumentava a fricção de nossos sexos

–Não maltrata sua cachorra- ele gemeu, e eu senti seu membro pulsar

–Maltrato sim, por que você é meu namorado que só faz cagada- falei mordendo seu pescoço com força

–Quer saber chega de ser bonzinho- falou Brad com a voz grossa, e eu mordi os lábios encarando-o

O maluco simplesmente empurrou as coisas de cima de uma pequena mesinha que havia dentro do armário, me apoiando em cima dela, ele abaixou minha calça jeans com extrema facilidade, eu continuava o encarando querendo saber o que ele faria, e então ele se aproximou para me beijar, enquanto ele beijava de forma quente, senti seus dedos me acariciarem ainda por cima da calcinha, seu toque já estava me enlouquecendo, quando seus dedos tocaram minha intimidade já molhada de tesão.

–Droga por que você é sempre tão gostosa?-gemeu Brad

–Descubra- falei apertando seu membro por cima da calça

–Não me provoque, você sabe que não aguenta pequena- falou Brad, ainda acariciando-me, quase me levando a loucura

–Droga Brad, não seja tão mau- gemi rebolando em seus dedos

–Ah gatinha você não viu nada- disse Brad, tirando a calça rapidinho, percebi que faltava algo no meio daquilo tudo

–Brad, e a camisinha?-perguntei, eu me recusava a transar sem camisinha, eu me cuidava mas o risco de doenças sexualmente transmissíveis ainda era eminente

–Está aqui gata- falou ele, colocando a camisinha em seu membro ereto, enquanto isso eu beijava e mordiscava seu pescoço

Brad olhou-me com intensidade, enquanto eu sentia seu membro entrar devagar em mim, ele beijou-me tentando abafar o gemido que estava por vir e quando aprofundamos nosso beijo, Brad enfiou com tudo seu membro, gemi em sua boca, aumentando a intensidade do beijo, enquanto ele aumentava a intensidade de suas estocadas, eu sentia seu membro ir fundo dentro de mim, aumentando a intensidade de meu prazer.

Meu corpo já estava ficando mole, meus pensamentos mais confusos, e eu tentava ao máximo controlar meus gemidos que vinham cada vez mais intensos, e então quando Brad deu a última estocada eu e ele alcançamos o orgasmo juntos, de uma forma intensa e abrasadora, ele beijou-me novamente, me encarando.

–Essa foi a rapidinha mais gostosa que já tive- brincou, ajeitando-se

Eu tentava me arrumar como podia sem fazer muito barulho, se eu bem conhecia agora já era a hora da troca de aulas, não dava para acreditar que gastamos cinquenta minutos com isso, parecia que havia durado tão pouco...

–Não foi bem uma rapidinha Brad, estamos há quase uma hora aqui dentro- falei virando os olhos, limpando o suor de minha testa

–Eu sei, mas eu queria mais tempo com você gatinha...-falou Brad abraçando-me

–Eu também queria, faça o seguinte me busque no trabalho, eu saio as 23:00, e vamos para a minha casa- pisquei e Brad sorriu tristonho

–Se eu pudesse eu realmente moraria lá- respondeu com amargura

–Seu pai está em cima de novo não é?-perguntei, passando meus braços por sua cintura

–Exatamente gata, ou seja sem sair por hoje- reclamou

–Então ele prepare as máscara por que o cheiro de maconha vai inundar a casa- gargalhei e Brad sorriu

–Exatamente, ele prefere que eu faça as coisas em casa do que na rua, tão patético, tudo para manter aquela maldita pose dele- reclamou

–Seu pai é um idiota- concordei

–Eu sei gata, eu sei- respondeu, beijando-me na testa

Apesar de eu e Brad sermos muito mais carnais, as vezes meus sentimentos por ele falavam alto, digamos que eu e ele tínhamos momentos patéticos de fofura de casal, dei uma última ajeitada em meu visual e sorri para ele.

–Vamos antes que alguém nos peque aqui, e ai vão descobrir quem vive deixando camisinhas usadas pelo armário de limpeza do colégio- sorri, segurando a mão de Brad

–Em minha defesa, eu falarei ao diretor que você é que me provoca com essa sua bunda gostosa- Brad deu um tapa em minha bunda e eu sorri para ele provocativa

–E eu falarei ao diretor, que meu namorado é um tarado por bundas, que não se aguenta e quer me comer em qualquer canto-mostrei a lingua, e Brad gargalhou

–Você não é nem louca...

–Experimente- sorri diabólica

–Agora vamos- ele puxou-me rapidamente para fora do armário de limpeza

–Sério você é muito gostosa- Brad sussurrou em meu ouvido, abraçado a minha cintura

–Eu sei Brad, só não sou mais gostosa que seu doce e sua moto

–Vocês três empatam- ele sorriu, bagunçando meus cabelos

Percebi que olhares queimavam tanto em minhas costas como nas de Brad, e sabia muito bem que quem nos direcionava esses olhares era Vallery e sua turma de vadias, com certezas putas da vida por eu e Brad termos voltado ao normal, sempre tão previsíveis...

–Tenho que ir para a aula, te vejo mais tarde na árvore ok?-perguntei, dando um breve selinho em sua boca

–Está bem, gostosa- Brad sorriu de um jeito sexy e saiu andando no melhor estilo bad boy

Entrei na sala sorrindo, após uma ótima foda, e uma reconciliação épica com o meu loiro, era difícil não sorrir de orelha a orelha, e eu sabia que pelo menos até as aulas terminarem eu estaria minimamente feliz.