A História De Uma Avox escrita por Liv


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

u.u já tem reviews ♥



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Quando voltei para casa, o avox de nossa casa estava servindo o jantar. Carne, um porco delicioso, frango, arroz a grega, salada de tomate e alfaçe, muitos sucos e bebidas alcólicas para meu pai, etc. O avox lá de casa se chama Simon Peann e era do distrito 11.

~Flashback on~

Minha mãe trouxe um avox para minha casa. Ele era moreno, tinha cabelos pretos e uma expressão triste. Também, não era pra menos. Usava uma túnica branca, era alto e musculoso. Minha mãe apenas o chamava de Peann. Quando minha mãe e pai foram ao trabalho, eu derramei propositalmente um prato de sopa de legumes e verduras. Quando ele chegou perto para limpar, eu me abaixei junto dele e disse, baixinho:

– Você pode me escrever seu nome? Eu acho errado te tratarem tão mal, já não basta que... - Ele apenas balançou a cabeça, em corcondância.

Quando ele acabou de limpar, dei a ele um papel, escondido, para que escrevesse tudo. Quando ele escreveu, botou embaixo de meu tavesseiro, já que era ele que arrumava as camas.

"Meu nome é Simon Peann."

Peguei o bilhete, o li e depois o piquei todinho, já que se descobrissem que tenho comunicação com o avox ele seria castigado.

"Pode me dizer mais sobre você e de onde você veio?"


"Vim do distrito 11, distrito da agricultura. Tenho 18 anos e sou avox a 3. Antes de vir para sua casa trabalhei com os tributos do distrito 11, inclusive meu irmão, Sarosh Peann, na Septuagésima primeira edição. Ele perdeu. Além de meu irmão, tinha apenas minha mãe. Mas sei que ela morreu. Minha mãe, Giselle Peann, tinha tentado levar uma maçã do pomar. Mas foi pega e foi levar as chibatadas. Mas ela tinha 52 anos, não consiguiria aguentar mais do que 20. E a pena eram 50. Então eu fugi para a floresta, pois não aguentaria ver minha mãe morrer e a Capital me pegou. No mesmo ano meu irmão se voluntariou no lugar de um menino sem um dos braços que tinha 4 irmãos e irmãs para cuidar, e morreu de hipotermia no 8º dia dos jogos. Pelo menos uma morte tranquila. Bem, apenas isso o que eu tenho para contar sobre mim e minha familia."

Doeu ver sua história. Não aguentaria passar o que esse menino passou.

"Me desculpe se o fiz lembrar de coisas que você gostaria de esquecer. Bem, perdoe também se eu o tratar mal na frente de meus pais, mas não terei escolha. Obrigada por me deixar saber melhor quem você é."

Depois de minha resposta, não escrevemos mais. Mas não o olhava mais com pena, mas com admiração, pois não aguentaria nem metade do que ele passou.

~Fim do Flashback~

Meus pais se sentaram assim como eu e jantamos. Eles tagarelavam sobre como seria a arena este ano. Disseram que teria uma floresta e poucas fontes de água, para atrair os tributos para a cornucópia. Mas eu não estava aguentando ouvir sobre as várias maneiras de como os tributos morreriam, então assim que acabei com meu frango tentei me retirar.

– Estou sem fome. Vou dormir. Boa noite, mãe. Boa noite, pai.

– Não vai comer a sobremesa? - Perguntou minha mãe surpresa.

– Estávamos falando sobre as surpresas que a arena aguarda! Venha ouvir! - Disse meu pai animado.

– Não, não quero ouvir sobre como crianças inocentes morrerão. - Respondi, curta e grossa.

Nesse momento, meu pai e minha mãe quase caíram da cadeira. Era proibido pensar desse jeito sobre os jogos, mas estava de mau humor demais para ponderar se o que diria seria rude demais.

Tive o bom senso de me retirar naquela hora, pois se ficasse nem sei quais reações meus pais teriam. A última coisa que me lembro daquela noite foi de ouvir minha mãe chorando, e dizendo onde eu errei.

~Na manhã seguinte~

Acordei e penteei os cabelos roxos. Como já era tarde, já botei a roupa que iria para a escola. Peguei a tiara de cabelo rosa onde estavam desenhadas as letras T, H e G. The Hunger Games. Arg. Não acredito que vou usar isso.

Minha mãe já estava tomando o café da manhã, e quando me viu ela simpesmente tirou seu prato da mesa e saiu da cozinha. Acho que dessa vez eu peguei pesado demais. Fui atrás dela.

– Mãe, me desculpe pelo o que disse. Me perdoa?

– S-sim - Disse ela gaguejando. Ela era muito emocional.

Então fui falar com meu pai.

– Pai...

– Sim. - Respondeu ele curto e grosso.

– Me perdoa pelo o que eu disse? Eu quero sim ouvir seu trabalho. - O problema é que meu pai é muito esperto, e sabia que eu não me arrependia em nada.

– Eu te perdoo. Se você prometer não dizer mais coisas como essa.


Então fomos para CHS. Nick estava lá, mas meu pai mal se despediu e já foi.

– O que foi hoje? - Disse ele, surpreso com a atitude de meu pai.

– Te conto depois.

Fomos para a aula sem falar coisa alguma. Nick podia quase que "ver" meu mau humor.

Quando saímos da aula, falei para Nick me esperar na entrada e fui ao banheiro. Porém, ao sair dele, para "alegrar" meu dia, fui encurralada pelas três pessoas mais nojentas e inportantes da escola.

Magnalla Flickerman, Seth Crane e Celle Snow.



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Notas finais do capítulo

ui, a neta do Snow apareceu! será que vai ser tão "cobra" quanto o avô? hohoho



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