Destino escrita por debindes


Capítulo 9
Visita Indesejada




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Quando ele percebeu que eu o encarava com surpresa, ele se assustou.

– Eu vou ali fora e depois eu volto.

Ele saiu rapidamente da sala, parecendo bem abalado pelo o que tinha falado e minha reação surpresa.

Fiquei ali, incrédula. Terminei de preencher os relatórios e enviei para Alice.

Na hora do almoço, encontrei com ela e comentei sobre o que havia acontecido.

– Meu irmão procura pesquisar os históricos das famílias antes de avaliá-las, por isso ele já sabia de tudo isso.

– Ah, entendi... – agora fazia sentido, mas por que ele não me falou isso, em vez de sair assustado com a minha incredulidade da sala?

Almocei e voltei para sala, onde Edward estava sentado, concentrado na tela do computador.

– Bella, desculpe-me pelo o que aconteceu, eu te assustei? – disse se referindo a avaliação das famílias.

– Não, Edward, eu contei pra Alice e ela já me explicou...

– Explicou o quê? – disse arregalando os olhos.

– Que você procura pesquisar sobre as famílias antes de entrevistá-las... – respondi com naturalidade.

– Ah, é verdade. – ele pareceu aliviado – Só que muitos não sabem disso, por isso que eu gostaria de manter essas informações em segredo, pois se isso se espalhar, pode atrapalhar o nosso trabalho, entende?

– Tudo bem! – disse sentando-me e voltando ao trabalho.

Ele estava certo. Muitas pessoas tentam se aproveitar de uma ajuda gratuita, sem precisar ou por preguiça de correr atrás de uma vida melhor.

Quando terminou o dia, fui para casa.

Encontrei Jacob deitado, dormindo como uma pedra no sofá e a casa toda bagunçada. Arrumei tudo, tomei banho e fui deitar, sem nem mesmo falar com ele, que continuava dormindo.

Na manhã seguinte, acordei bem cedo, pois estava meio sem sono. Jake continuava dormindo no sofá. Arrumei-me lentamente, coloquei o cordão que minha mãe havia me dado no meu aniversário de 15 anos. De certa forma, ele me dava forças, e era disso que eu estava precisando. Sai de casa sem fazer barulho para não acordar Jacob.

No caminho para ONG, lembrei que passava em frente a casa de Susan, a mulher que ontem tinha ido pedir ajuda e Edward disse que estava mentindo. Ele me avisou que essa manhã faria uma pequena viagem, mas voltaria a tarde para trabalhar. Se eu avisasse agora, seria menos uma coisa para nós fazermos e nada melhor que poupá-lo, já que o dia sempre é muito atarefado.

Estacionei o carro e fui andando até a casa, que pelo endereço que eu lembrava (tenho uma ótima memória fotográfica) era ali. Número 482. Casa simples, não muito grande, com aspecto meio sujo. Ficava no lado direito de um terreno com umas duas outras casas ao fundo.

Bati na porta e nada. Tentei mais uma vez, com um pouco mais de força e percebi q a porta estava apenas encostada. Resolvi entrar.

No interior a casa também era bem simples. E desarrumada. Um sofá, uma tv pequena, duas portas... Certamente davam para os quartos. Um ambiente muito escuro, que não dava para definir muitos detalhes. Decidi chamar.

– Susan... – chamei sem gritar.

Esperei alguns segundos e repeti.

– Susan!

No mesmo instante senti algo chegar por trás de mim e agarrar meu corpo, imobilizando-me. Senti vontade de gritar, mas imediatamente uma mão já estava na minha boca, impedindo-me.

– Ora, ora, não é a garotinha da ONG... – Susan falou saindo de uma das portas que estavam na minha frente quando entrei.

Ela estava semi nua, usando um sutiã vermelho e um short jeans extremamente curto. Ela estava meio acima do peso, fazendo com que ficasse patética com tais trajes. Ela parecia meio bêbada.

– O que você tá fazendo invadindo minha casa, hein? – perguntou com voz de deboche.

Nisso, um homem saiu do quarto que ela estava, também com poucas roupas. Eu diria mais um homem, pois, pela força que estava fazendo nos meus braços, certamente quem estava me imobilizando era também um homem.

Gostaria de responder a pergunta dela, mas o cara continuava com a mão na minha boca, impedindo-me.

Tentei me debatei, para me desvencilhar, mas sem muito sucesso.

– Por que tá com medo, garotinha?! – Susan falou se aproximando de mim – Você não está correndo nenhum perigo... Se colaborar!

A mão se soltou da minha boca e quando eu ia falar, fui impedida pelo meu sistema nervoso que quase entrou em curto vendo uma faca se aproximar do meu pescoço.

– Muito bem, Richard, agora a garotinha tá entendendo melhor qual é a nossa! – ela disse, soltando uma gargalhada.

– O que está acontecendo aqui? – as palavras voaram da minha boca num impulso, pois naquele momento nem me lembrava mais como fazia para falar.

– Nada vai acontecer com você se colaborar com a gente! – respondeu uma voz grossa no meu ouvido.

– Nós estamos correndo atrás de respostas... O Richard descobriu que os Cullens tem um segredo e nós, com a sua ajuda, vamos descobrir qual é! E toda a grana deles, será nossa! E ainda invado aquela ONG maldita e acabo com a raça daquela vadia e terei o marido dela nas minhas mãos... – respondeu Susan como se tivesse admirando seu plano, que para ela parecia ser genial.

Minhas pernas tremiam tanto e me sentia prestes a desmaiar.

– E então, vai colaborar com a gente? – disse o homem do lado de Susan.

No mesmo instante, escutei um estouro muito forte e meu sistema nervoso fraquejou: desmaiei.



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