Destino escrita por debindes


Capítulo 8
Surpreendendo




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- Este é Edward, seu novo companheiro de trabalho! – Alice continuava sorrindo.

- Oi, - ele disse se levantando e indo ao nosso encontro com um leve sorriso – você deve ser Isabella...

- Bella – o corrigi meio paralisada com sua beleza extrema.

- Ah, sim... Desculpe-me! Apenas Bella, a Alice me disse... Ela falou muito bem de você! Tudo bem?

- Tudo... – tentei voltar a mim, voltar para realidade.

- Você continuará fazendo o mesmo trabalho, só que agora com Edward – Alice me explicou.

- Ok...

- Esta é sua mesa e nessas gavetas você vai arquivar os relatórios que fará com Edward.

- Está bem...

- Eu vou voltar ao trabalho! Bom trabalho para vocês! – Alice me abraçou de novo – A gente se vê por aí... – ela riu e saiu da sala.

- Fique a vontade, Bella, daqui a uns 10 minutos nós sairemos para fazer duas novas fichas. – ele disse voltando a sentar-se.

Eu apenas sentei. Estava evitando falar, pois certamente minha voz sairia tremula. A presença de Edward estava realmente mexendo comigo.

Enquanto esperava as ordens de Edward para sairmos, eu pensava no que tinha acontecido quando eu cheguei, há uma semana atrás, mexendo nos papéis em cima da mesa para disfarçar meu nervosismo.

Era ele que estava na janela. Ao encontrar meu olhar estremeceu e entrou rapidamente. Quando cheguei na recepção, Alice me recebera dizendo que ele estava viajando. Mas não estava! Era ele na janela!

Agora, a cara da recepcionista de quem não estava entendendo nada fazia todo sentido! Edward estava lá, mas, por algum motivo, pediu para Alice falar comigo que não estava... Mas qual motivo seria esse?

Será que ele realmente tinha que viajar ou o encontro comigo fez de alguma maneira com que ele fosse embora?

Não, a causa não era eu, simplesmente porque agora ele tinha me recebido com tanta naturalidade... Nem parecia aquele homem que se estremeceu na semana anterior.

- Bella, - ele chamou, interrompendo meus pensamentos intensos – vamos?

- Sim, vamos! – levantei rapidamente ainda meio tonta.

Ele me observou e deu um sorriso de leve, certamente percebendo meu nervosismo.

- Você está bem?

- Sim, só com um pouco de dor de cabeça... – menti.

- Você quer tomar algum remédio ou ir a um médico? – ele pareceu preocupado.

- Não, não... Tá tudo bem, nada demais!

- Ok, mas se continuar se sentindo mal me avise para você ir a um médico.

- Está bem...

Mas eu não estava mal. Só meio confusa. Disse que estava com dor de cabeça apenas para tentar ter uma desculpa de estar agindo tão nervosa na presença dele.

Saímos da sala e fomos até a sala de entrevistas onde duas famílias aguardavam para serem avaliadas.

Edward conversou com a primeira, sem grandes problemas, e a segunda me chamou muito a atenção.

Uma mulher grávida, chamada Susan, com duas crianças pequenas contava uma história comovente.

- Meu marido me abandonou, ele levou todo o nosso dinheiro e me largou numa casa muito fria! Eu não tenho como trabalhar com essas duas crianças, moço... E ainda vem mais uma! – apontou pra barriga e olhou com olhos cheios de lágrimas para Edward.

- Seu marido foi embora?

- Foi, ele foi... – ela disse encarando o chão.

- E você mora com quem? – Edward mantinha a voz firme.

- Eu e as crianças... Numa casa fria! – respondeu como se fosse chorar.

- Só? – insistiu ele.

- Só, moço...

- Ok, nós avaliaremos sua ficha e logo entraremos em contato com a senhora para dar uma resposta. – Edward se levantou para sair e eu fiz o mesmo.

- Peraí, moço, não teria alguma coisa pras crianças comerem, elas estão desde cedo sem se alimentar.

Edward parou e respondeu com uma certa frieza.

- Aguarde um minuto que eu vou providenciar.

Edward passou pela cozinha e pediu para uma mulher levar um lanche para as crianças.

Depois foi direto para a sala e eu seguindo-o.

Sentei na minha mesa e Edward esperou que eu terminasse de passar os relatórios para o computador para me dar a resposta se estariam aprovados ou não.

Quando eu terminei, falei com ele que estava concentrado em meio a alguns papéis.

- Edward, já terminou de avaliar as famílias?

- Sim, a primeira está aprovada, pode providenciar treinamento para os adultos na fábrica e lugar para as crianças na creche. Mas a segunda não...

- Não? – perguntei no impulso, surpresa com a decisão.

- Não, aquela mulher mentiu com aquela história, ela mora com dois homens e aquelas crianças não são filhas dela e sim de uma vizinha. Ela quer entrar aqui, pois tem uma ex-amiga dela que está trabalhando na fábrica e ela quer se aproximar para tomar o marido dela. – respondeu cheio de certeza e com naturalidade.

Fiquei paralisada, observando-o. Como ele podia ter tanta informação se tinha acabado de conhecer aquela família? 


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