Destino escrita por debindes


Capítulo 7
Sem escolhas




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Acordei e Jake já tinha saído de casa. Até pensei em não ir mais a ONG, mas fazia tempo que eu não era tão bem tratado como eu fui no dia anterior e eu achava completamente sem fundamento esse teoria de que os Cullens não eram confiáveis.

Tomei café da manhã, me arrumei, peguei meu carro e fui até a ONG.

Logo na chegada fui recepcionada por Alice, que já estava trabalhando.

- Bom dia, Bella! – ela me abraçou.

- Bom dia...

- E aí?! Como você está...?

- Bem... – respondi disfarçando o que tinha acontecido.

- Seu marido está bem?

- Está sim...

- Então vamos trabalhar? – perguntou animada.

- Vamos! – respondi mostrando uma certa empolgação.

Não que eu não estivesse realmente empolgada, mas o que Jacob falou ontem para mim ainda martelava na minha cabeça: por que eles não seriam confiáveis? E por que Sam, que aparentemente não gostava muito de mim, falaria para Jake não me deixar frequentar a ONG?

Eu estava achando isso muito estranho.

Alice podia até ser bem diferente das pessoas que eu conhecia, mas nada que pudesse me ameaçar. Ela era extremamente doce, como isso poderia ser perigoso?

E Carlisle era o homem mais simpático e atencioso da fase da terra!

Os outros membros da família eu ainda não conhecia, mas tinha certeza que deviam ser tão legais quanto Carlisle e Alice.

O que Jake me falou não fazia nenhum sentido. Então, resolvi ignorar. Ainda mais que ele ultimamente não era para ser levado em considerações, devido aos atos.

Passei o dia dando assistência a Alice na avaliação e cadastro de novas famílias e só fui para casa no final do expediente, quando já estava anoitecendo.

- Obrigada, Bella, você não sabe o quanto está me ajudando! – disse Alice enquanto se despedia de mim.

- Ah, não precisa agradecer, eu estou aqui para ajudar mesmo! – disse sorrindo e feliz por estar sendo útil.

Quando cheguei em casa, Jake ainda não estava.

Tomei banho, fiz o jantar e arrumei a mesa, para quando Jake chegasse, ele pudesse comer também.

Como ele estava demorando e eu estava cansada, pois tinha trabalhado bastante hoje, resolvi começar a comer. Mas logo ele chegou.

- Oi, Jake... – cumprimentei enquanto ele entrava meio emburrado.

- E você foi para lá outra vez!

- No dia que você me contar o que está acontecendo na sua vida, talvez eu volte a levar em consideração o que você me pede... – respondi sendo sincera.

- Mas eu NÃO POSSO! Você não entende isso! – ele permanecia perto da porta, encarando-me.

- É... E eu também não posso deixar de viver minha vida e fazer minhas próprias escolhas.

Ele entrou no quarto e eu levantei da mesa para ir atrás dele.

Tentei acabar com a discussão mudando de assunto.

- Você não vai comer...?

- O Sam vai acabar tendo que vir até aqui pra falar com você! – ele falou com a cabeça baixa, sentado na ponta da cama.

- O quê? O Sam vir falar COMIGO? – perguntei sem entender.

- É... – respondeu ainda de cabeça baixa.

Fui até a frente dele e me abaixei para olhar em seus olhos.

- Jake, seja lá o que esteja acontecendo, eu não vou deixar que Sam, nem ninguém se meta na minha vida... Na nossa vida!

- Mas a gente não tem escolha... – respondeu em voz baixa, com os olhos fechados para não olhar nos meus.

- Como assim não tem escolha? – tentei arrancar o que estava acontecendo dele.

Ele ficou em silêncio.

- Jake, o que o Sam está fazendo? Fala pra mim, quem sabe um possa te ajudar...

- Não, ninguém pode me ajudar! – ele disse levantando.

Eu queria continuar, mas achei melhor ficar na minha. Não queria que virasse mais uma briga como todas as outras.

Resolvi deitar e ler um livro. Uns minutos depois, meu celular tocou. Era Charlie.

- Oi, pai...

- Oi, minha filha, como você está?

- Estou bem e você? – tentei camuflar as discussões frequentes com Jake.

- Estou bem também, mas preocupado com você...

- Não fique, não precisa se preocupar comigo, pai...

- E Jacob, está se comportando ou ainda continua usando aquelas coisas? – o tom de voz misterioso de Charlie me fez rir.

- Está bem sim... – menti.

- Filha, sabe que qualquer problema, você pode vir aqui pra casa! Essa casa sempre será sua também, viu?

- Ok, eu sei... – sorri, redobrando minhas certezas de que Charlie me amava e era super protetor.

E ultimamente saber que alguém me protegia ou pelo menos se preocupava comigo me fazia muito bem.

- E o seu braço?

- Está bem melhor... Pai, agora tenho que desligar porque amanhã tenho que acordar bem cedo, tá bem?

- Ok... Bons sonhos, meu bem...

- Obrigada, pai... Te amo!

- Também te amo muito, mas do que você imagina... – ele disse, me fazendo sorrir.

- Beijo!

- Beijo, filha...

Desliguei, com a saudade de Charlie apertando no meu coração.

Uma semana se passou: eu trabalhando cada dia mais com Alice e minha relação com Jake ficando ainda mais fria.

Passei o final de semana com Charlie e sem Jake, que pelo o que entendi, ficou com Sam e com os outros amigos musculosos dele.

Segunda feira, fui direto da casa de Charlie para a ONG. Cheguei, estacionei minha picape e fui encontrar com Alice, como fazia todos os dias.

Entrei na sala dela e ela estava no computador, digitando rapidamente.

- Oi, Bella! – ela falou abrindo um sorriso, mas sem tirar os olhos da tela.

- Oi, Alice, tudo bem?

- Tudo ótimo e você?!

- Estou bem...

- Tenho uma ótima surpresa pra você! – ela parou de digitar, levantou e me abraçou – Você a partir de hoje não vai mais trabalhar comigo...

- Não? – minha cabeça se perguntava, como uma surpresa seria boa se eu não trabalharia mais com Alice?

- Não! Meu irmão voltou hoje de viagem e você trabalhará com ele agora! E eu volto a fazer minhas antigas funções, que são apenas administrativas... – ela disse sorrindo, enquanto pegava na minha mão e me levava até uma outra sala.

Eu estava triste, pois amava trabalhar com Alice.

- Aqui está a sua nova sala, junto de Edward! – ela disse animada enquanto abria a porta.

Era uma sala grande como a dela, só que com duas mesas, uma no canto esquerdo, que deveria ser a minha, e uma um pouco maior nos fundos, onde estava sentado um homem.

Olhei melhor e percebi que era o mesmo homem que eu vi no primeiro dia que cheguei na ONG e meu corpo estremeceu numa sensação estranhamente boa, que eu só tinha sentido uma vez: na primeira vez que eu o vi na varanda da sala.


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