Destino escrita por debindes


Capítulo 10
Banhada de sangue




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- Bella... – ouvi uma voz distante me chamar.

Era uma voz conhecida. Comecei a procurar na minha memória, debilitada por um desmaio, de quem era. Não demorei muito a lembrei, aquela voz era única e difícil de esquecer.

- Edward! – respondi abrindo os olhos devagar.

Olhei para frente e ele estava parado na porta da casa de Susan. Procurei rapidamente onde ela e os homens estavam, mas não avistei ninguém. Eu estava caída no mesmo lugar que desmaiei.

- Bella, você está bem?! – perguntava Edward numa voz cheia de desespero, falando como se tivesse que fazer muito esforço para isso, mas sem sair de onde estava.

- Eu... Não sei... – sentia meu corpo muito dolorido e uma sensação estranha.

Senti algo quente escorrer pela minha cintura. Coloquei a mão e percebi que eu estava sangrando. Muito. Entrei em desespero.

- Edward, me ajuda! – gritei no impulso, com lágrimas escorrendo pelo meu rosto.

Meu sistema nervoso ainda estava muito desequilibrado. O medo de estar morrendo me assombrou.

- Bella, fica calma, Carlisle já está chegando! – disse ainda com uma voz forçada.

- Edward... Eu tô com medo... – confessei.

Ele se aproximou de mim, de um jeito que eu não entendi. Parecia estar sentindo muita dor, um sofrimento muito grande. O que será que aconteceu enquanto eu estava desmaiada? Será que alguém machucou Edward? Onde que foi parar Susan e os homens?

- Bella, - falou pausadamente – eu... eu... não posso te ajudar, não posso me aproximar de você agora!

Olhei para mim e minha blusa branca estava vermelha.

Edward, que estava se aproximando, parou ainda um pouco distante e se abaixou para ficar da altura que eu estava sentada caída, quase deitada no chão.

- Vai ficar tudo bem, mantenha a calma! – ele continuava fazendo um grande esforço para falar.

Eu só queria um abraço para acreditar que tudo ia ficar bem, mas percebi que Edward, por algum motivo, não podia estar perto de mim.

Edward, do nada correu para fora e segundos depois eu entendi o porquê. Um barulho de carro, se aproximando, me deixou apreensiva. Será que seriam mais capangas que iam fazer alguma maldade com a gente?

Menos de um minuto depois, fiquei tranquila. Era Carlisle.

- Bella, o que está sentindo? – disse Carlisle entrando rapidamente, com a preocupação de primeiramente estancar meu sangue que escorria pela casa.

- Minha cabeça doí, minha barriga está ardendo e sangrando muito, Carlisle! Tô tonta... Eu vou morrer? – perguntei totalmente desesperada.

- Não, querida, vai ficar tudo bem! – ele disse com segurança.

- Cadê o Edward? – perguntei olhando para trás e vendo que ele não estava mais na casa.

- Ele precisou ir embora. Edward tem hemofobia. – explicou.

Agora eu entendi porque Edward teve dificuldade de se aproximar de mim. Ele tem fobia de sangue! Por que que ele não me avisou, assim eu não ficaria pedindo ajuda sabendo que eu estava banhada de sangue.

- Vamos para o hospital, você precisa de repouso e de uma transfusão.

Carlisle me pegou no colo, cuidadosamente por causa do curativo que ele tinha acabado de fazer na minha barriga para não perder mais sangue, me colocou dentro de seu carro e levou-me rapidamente para o hospital.

Chegamos rapidamente, o hospital não era muito longe de onde estávamos.

Fui logo atendida.

Tive que fazer um pequeno procedimento na sala de cirurgia, pois o corte tinha atingido meu estômago levemente. Recebe um pouco de sangue na transfusão, já que tinha perdido um pouco além.

Fiquei pensando no que havia acontecido quando eu desmaiei e deduzi que quando Edward entrou na casa, que certamente foi no momento que ouvi um barulho e desmaiei, o homem que segurava a faca no meu pescoço, por algum motivo, cortou minha barriga. Só não estava entendendo por que Edward estava lá sozinho quando eu acordei do desmaio. Onde estava Susan e aqueles homens? Será que Edward tinha chamado a polícia? Mas se a polícia tinha estado lá, Charlie certamente também estaria, já que é o chefe da segurança de Forks. E por que não chamaram uma ambulância para me levar logo ao hospital?

Eu não estava entendendo nada e minha cabeça latejava de dor. Decidi tentar dormir e só depois que todo aquele efeito de anestesia mais dores de cabeça passassem voltaria a pensar no que aconteceu.

Quando acordei, uma enfermeira trocava meu soro. Tudo estava meio rodando e Carlisle entrou no quarto com sua simpatia.

- Senhora Black, parece que gostou das hospedagens do hospital? – ironizou, me fazendo rir.

- É o que parece... – respondi com humor.

- E dessa vez passou da enfermaria para o quarto! Sinceramente não desejo que continue nessa progressão, senão vai acabar parando no CTI e não será nada legal... – brincou com minhas constantes ‘visitas’ ao hospital nos últimos meses.

- Por favor, que seja a última vez, pelo menos por um bom tempo! – disse apreciado seu leve sorriso.

- Tomara!

- Você pode me explicar o que aconteceu?

- Você teve uma leve perfuração no estômago, mas que já foi resolvida, fique tranquila... Por um tempo terá que ter uma alimentação diferenciada, mas logo logo poderá voltar a frequentar fast food! – sorriu.

- Não é sobre isso que eu estou perguntando... Quero saber o que aconteceu lá naquele casebre, antes do meu estômago ser costurado... – brinquei.

- Bom, eu sei muito pouco... Edward ainda está meio abalado pra me falar o que aconteceu...

Coitado do Edward, eu quis precipitar as coisas e acabei atrapalhando tudo.

- Ah, tudo bem... Assim que melhorar, eu pergunto a ele...

- Charlie já está ai, posso mandá-lo entrar ou você quer dormir mais um pouco? – disse Carlisle depois de verificar soro e as anotações das enfermeiras na prancheta.

- Pode pedir para ele entrar, ele deve estar bem preocupado... – analisei sem grandes dificuldades, conhecia muito bem Charlie.

- É... Está! – confirmou Carlisle – Vou chamá-lo.

- Ah, Carlisle! – chamei, fazendo voltar, prestativo – Quando terei alta?

-Dentro de alguns dias, vai depender de sua cicatrização...

- Hm... – disse desanimada, queria ficar logo boa para buscar explicações para tudo.

- Vai passar rápido, você vai ver... – disse tentando me animar, enquanto saia.

Tentei me preparar psicologicamente para ouvir os sermões de Charlie, mas minha cabeça só conseguia pensar em uma coisa: o que será que aconteceu enquanto eu estava desmaiada?

Como eu esperava, Charlie entrou quase que sofrendo mais do que eu que tinha tido a barriga rasgada.

- Calma, pai, eu to bem agora!

- Eu já falei com todos os policiais dessa cidade e das vizinhas! Vamos encontrar todos esses bandidos que te assaltaram!!! – assaltaram? – Eles vão pagar caro, como se pode tentar roubar uma menina indefesa como você só por um cordão de ouro!

Então, para Charlie, eu tinha sido assaltada por causa do cordão que usava? Tentei descobrir mais sobre a ‘versão dele’.

- Eu não lembro de quase nada do que aconteceu... Pode me contar?

- Ah, não, princesa! – disse ele mudando a expressão, preocupando-se comigo, ignorando seu estresse de entrada – É melhor você descansar agora e não lembrar mais do que aconteceu!

- Não, pai, eu to bem, to descansada já! Pode falar sobre esse assunto, eu quero trabalhar minha mente...

- Vou perguntar para o doutor Carlisle se não seria melhor...

- Pai, - interrompi – pode falar, eu to bem, o doutor Carlisle já falou que está tudo bem comigo! Agora é só esperar a cicatrização, mas minha mente está ok, não se preocupe, conte-me...


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