- Aline? Aline Machado? – Brandon não consegue acreditar.

Aline fecha a porta e senta ao lado de Gabriel.

- Você não pode... – Diz Brandon.

- Gabriel já me contou o que está acontecendo Xerife – Diz Aline – Se ele fugiu e meus primos correm perigo, eu preciso ajudar!

- Não sabemos se Felipe continua aqui – Diz Brandon.

- Se você diz que Narayani e Freddy estão aqui, Felipe não irá a lugar nenhum – Diz Gabriel.

- Acham que ele pode voltar com o massacre? – Pergunta Aline, olhando para Gabriel.

- Não temos certeza! – Ele responde – Mas temos que ficar atentos!

- Felipe não vai se importar com ninguém, ele é louco por vingança – Diz Aline.

- Felipe não irá matar vidas inocentes, pessoas que não tem nada haver com a família de vocês – Diz Brandon.

- Não é bem assim o jeito que ele pensa – Diz Aline – E como explica o que ele fez no sanatório?

- Espera, ta querendo dizer que os amigos da Narayani podem estar correndo perigo? – Pergunta Brandon.

- É o que estou tentando dizer! – Diz Gabriel.

- Meu deus, a minha filha é amiga dela – Diz Brandon.

- Precisamos ficar de olho na casa da Narayani – Diz Aline.

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Narayani está saindo da universidade conversando com Kerry e Jonathan.

- Narayani Martins? – Pergunta Lucas Gabriel.

- Sou eu! – Narayani estranha.

Kerry olha assustada para Jonathan, eles estranham a situação.

- Pode vir comigo, por favor? – Pergunta Lucas.

- Ela não vai a lugar nenhum sem mim – Diz Jonathan.

- Tudo bem, então venham os dois, preciso mostrar uma coisa pra vocês – Diz Lucas, ele se afasta.

Narayani e Jonathan trocam olhares assustados.

- Bem, depois me contam o que houve?! Até mais tarde! – Diz Kerry, ela abraça Narayani e sai caminhando.

Os dois vão até Lucas, que está encostado na viatura do outro lado da rua.

- O que você quer? – Pergunta Jonathan.

- Conhecem Aline Machado? – Pergunta Lucas.

- Sim! – Responde Narayani – A garota do massacre aqui em Santa Bárbara, irmã de Felipe.

- O que tem ela? – Pergunta Jonathan.

- Bem, vocês precisam vê isso – Lucas entrega um pedaço de jornal.

Narayani olha para a notícia “Irmã de Felipe sobrevive ao massacre”.

- Ai meu deus! – Diz Narayani.

- Exatamente! – Diz Lucas – Deram como se ela estivesse sido morta para que caso ele fugisse, não iria atrás dela!

- Onde achou isto? – Pergunta Jonathan.

- Revirei a sala de arquivos e acabei achando – Responde Lucas – Tem outra coisa...

- O que? – Pergunta Narayani.

- Quando era pequena, você... Você... Estava no massacre, estava aquela casa! – Diz Lucas.

- Como é?! – Diz Narayani – Não – Ela da uma risada – Eu não estava lá, estava em casa com meu irmão!

- Sabe o que houve com seus pais?

- Sim, eles morreram em um acidente de carro! – Ela responde.

- Não Narayani, eles foram mortos por Felipe – Diz Lucas.

- Já chega! – Jonathan leva Narayani dali.

- Vocês precisam acreditar em mim! – Diz Lucas.

Freddy está saindo da universidade e observa Jonathan afastando Narayani do policial, logo ele corre até Lucas.

- O que você fez? – Freddy o pega pela gola da camisa e o pressiona contra a viatura.

- Calma, calma! – Diz Lucas.

- O que você falou pra ela?

- Eu só disse a verdade – Diz Lucas – Você, é Freddy Martins!

- Eu sei quem sou, agora me diz, o que você falou pra ela? – Diz Freddy.

- Eu, eu disse que Aline Machado ainda está viva... – Diz Lucas, um pouco assustado.

- Viva? – Freddy o solta e da um passo para trás – Como assim viva?

Lucas ajeita o casaco.

- Ela não morreu no massacre – Diz Lucas – Ela fingiu que morreu para que Felipe não terminasse o trabalho!

- Está mentindo! – Diz Freddy.

- Não to!... Você sabe que não to!

Freddy passa a mão na cabeça.

- Só falou isso pra ela?

- Contei também que os pais dela, quero dizer, os seus pais foram mortas no massacre – Diz Lucas.

Freddy vai até Lucas enfurecido, Lucas da passos para trás e bate contra a viatura, Freddy se aproxima de seu rosto.

- Eu devia te socar agora seu idiota retardado – Diz Freddy, logo se afasta – Você não devia ter feito isso, vai se arrepender!

Freddy se afasta correndo até seu carro, Lucas respira fundo alisando a garganta.

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Jonathan para em frente ao semáforo, a rua está deserta, com as folhas das árvores espalhadas pelo chão, Narayani fica pensativa olhando para frente, seu olhar desce para o retrovisor da porta, Felipe está parado no final da rua. Narayani encara seu reflexo e em seguida olha pra trás, ele está lá, parado.

- O que foi? – Pergunta Jonathan.

- Olha aquela cara! – Diz Narayani, voltando pra frente.

Jonathan olha para o retrovisor central, não havia ninguém no final da rua.

- Que cara? – Pergunta Jonathan.

Narayani olha para trás e não avista.

- Esquece! – Ela diz.

Jonathan avança com o carro.

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- Você vai ficar bem? – Pergunta Jonathan, com o carro estacionado em frente à casa de Narayani.

- Vou sim – Ela diz, com um sorriso.

- Mais tarde a gente se vê – Diz Jonathan.

- Pode deixar! – Eles se beijam e Narayani sai do carro.

Ela caminha até a porta e pega a chave no bolso, ao olha para trás, avista Felipe parado do outro lado da calçada, lhe encarando. Narayani fica aflita, rapidamente abre a porta, a fecha e tranca. Ela caminha para sala e põe sua mochila no sofá, Narayani vai para janela, ao abrir a cortina, Felipe não está mais na calçada, ela respira mais aliviada.

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Freddy chega à delegacia, logo caminha até Brandon.

- Xerife, é verdade que Aline está viva? – Pergunta Freddy.

- Sim! – Responde Aline.

Freddy vira-se rapidamente.

- Ai meu deus! – Ele diz.

- Oi Freddy! – Ela o abraça – É bom te vê de novo!

- Aline?!...

- Fique calmo – Diz Gabriel – Nós queríamos mesmo falar com você Freddy... Queria entrar, por favor!

Freddy entra na sala de Brandon, os três o seguem, Aline fecha a porta.

- É o seguinte, Felipe saiu do sanatório – Diz Gabriel.

- É, disso eu to sabendo! – Diz Freddy.

- Presumo que ele tenha vindo pra cá – Diz Gabriel.

- Porque eu e minha irmã estamos aqui? – Pergunta Freddy.

- Olha Freddy, sei que você está tentando manter sua irmã longe de tudo isso, de tudo que já aconteceu, mas a coisa é mais grave do que pensávamos – Diz Aline, dando um passo a frente – Não tem como protege-la sem ela saber de nada!

- Narayani e você estão correndo perigo – Diz Gabriel.

- Então, saímos da cidade, vamos pra qualquer outro lugar – Diz Freddy.

- Não da Freddy, se ele já os viu, não tem como escapar – Diz Gabriel – Vocês precisam se manter seguros até acharmos Felipe e conseguir trazê-lo de volta ao sanatório ou então...

- Ou então o que? – Pergunta Freddy.

- Vamos ter que mata-lo – Diz Aline.

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Andressa estaciona o carro em frente a casa de Felipe, elas saem do veículo.

- Nossa a casa ta uma decadência – Diz Andressa.

A casa estava com a pintura gasta, madeiras podres, janelas quebras e empoeiradas.

- Isso vai ser incrível – Diz Bruna, tirando foto da frente da casa.

- As janelas estão quebras – Diz Andressa – Talvez já tenham vindo aqui!

Elas caminham em direção a porta.

- Quem sabe assim meu blog não fica mais reconhecido? – Diz Bruna Mozzi, tirando fotos da varanda.

- Só de imaginar que aqui já foi um lar e que pessoas morreram aqui... Nossa, da calafrios – Diz Andressa, alisando o braço.

- Não seja medrosa – Diz Bruna.

Ela fica em frente à porta, seu olhar é levado até sua irmã e da um sorriso, Bruna bate na porta. Felipe está no porão da casa, ele põe sua máscara branca, que havia usado para matar sua família, com o barulho olha devagar para cima.

- Acho que não tem ninguém em casa – Diz Bruna, ela abre a porta – Até que não é tão assustador quanto eu pensava.

- Ai, anda logo – Diz Andressa.

Elas adentram na casa, Felipe segura o facão que estava fincado no chão e o puxa.

Bruna tira foto da poltrona rasgada e das paredes.

- Fala sério, vamos logo embora – Diz Andressa, observando as fotos em cima da mesa.

- Calma, eu vou lá em cima, lá é onde tem os quartos, deve ter o quarto dele! – Diz Bruna.

- Eu vou embora e vou te deixar ai! – Diz Andressa.

- Então vai, eu vou a pé depois! – Diz Bruna, subindo a escada.

Andressa nega com a cabeça, ela caminha para cozinha e observa o chão com alguns respingos de sangue seco. Logo observa uma abertura, Andressa desce a escada de madeira, ela chega ao porão, o local está escuro, ela vai caminhando devagar.

- Nossa a Bruna ia amar isso aqui!

Bruna Mozzi chega ao segundo andar, ela olha para a dispensa.

- Foi aqui que o pai dele morreu – Ela diz.

Bruna olha para o lado e avista o quarto de Felipe, rapidamente adentra no cômodo e tira diversas fotos, ao se aproximar da janela, avista a viatura da polícia e Lucas saindo do veículo.

- Ai droga! – Bruna vira-se rapidamente e corre descendo a escada.

Sem parar, ela passa pela porta da frente.

- Você não sabe que é proibido fica ai dentro? – Diz Lucas.

- Desculpa, desculpa, é que eu vim tirar umas fotos... Desculpa! – Diz Bruna.

- De quem é esse carro? – Pergunta Lucas.

- É da minha irmã, ela deve ter ido embora e o deixou ai pra mim! – Diz Bruna – Por favor, não conte pro meu pai!

- Saia já daqui! – Diz Lucas.

- Obrigada! – Ela corre até o carro, pega a cópia da chave e abre a porta.

Andressa ouve o carro ser ligado, ela olha para cima.

- Bruna?! – Ela murmura.

Andressa volta a olhar pra frente, Felipe está parado atrás dela, rapidamente tampa sua boca, Andressa fica desesperada tentando gritar, suas mãos tentam fazer Felipe soltá-la, as pernas de Andressa ficam se sacudindo.

Bruna e Lucas saiam da rua. Felipe lança Andressa na parede, ela cai em cima de uma pilha de caixas e depois no chão.

- SOCORROOOOO – Grita Andressa.

Felipe segura seu cabelo e a faz levantar.

- AAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHHH – Grita Andressa, batendo em seu peito.

Felipe enfia o facão em seu estômago, o sangue vai escorrendo rapidamente.

- AAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHH – Grita Andressa.

Ele a lança para o lado, Andressa não para de chorar, o sangue vai escorrendo de sua boca, uma mão está na facada e outra apoiando o corpo, Andressa vai entando se arrastar.

- A-alguem... Me-me aju-juda... – Ela não consegue mais gritar.

Felipe enfia a faca em suas costas, ao retirar, vira o corpo de Andressa, de sua boca escorria muito sangue, ela o encara, Felipe estica o braço e enfia o facão no centro do peito de Andressa, ela arregala os olhos e sua cabeça cai séria para o lado.