An Unbreakable Connection escrita por MissyD


Capítulo 3
Capítulo 3 - Parabéns Amber! (Parte 2)


Notas iniciais do capítulo

Oi gente!!!
Espero que gostem e nao deixem de comentar... :)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/243552/chapter/3

  - Lembra de como eu passava a vida fazendo isso quando namorávamos? – Disse ele, fazendo-me me recordar dos tempos em que Edward era sempre o encarregado por fechar os meus fechos de vestidos.

  - Se lembro… Você não só os fechava como também passava a vida a abri-los. Foi assim que engravidei… - Disse eu irónica.

  - Vai dizer que não foram bons tempos? – Perguntou ele enquanto me virava, ficando virada de frente para ele. Fiquei por segundos sem reação, olhando diretamente nos seus olhos, me sentindo que nem uma adolescente boba e apaixonada pela primeira vez.

  - Foram. Posso me arrepender de muita coisa na minha vida, mas de me ter relacionado com você, não. – Admiti, falando numa voz baixa, pois estávamos bem perto um do outro.

Capítulo 3 – Parabéns Amber! (Parte 2)

  - Vamos? – Perguntou Amber, entrando de repente no quarto, fazendo-nos afastar rapidamente.

  - Claro, vamos indo! – Respondi indo até ela e passando a mão pelos seus cabelos sedosos.

  Saímos os três do apartamento, seguindo para o carro de Edward que estava estacionado mesmo em frente da porta do prédio.

  - Aonde vamos? – Perguntei genuinamente curiosa sobre o lugar onde iriamos comer.

  - Um sítio que ambos conhecemos.

  Não perguntei mais nada, apenas ficando atenta ao caminho que ele seguia. A cada segundo que passava tinha mais certeza sobre o lugar que era, até que ele estacionou mesmo em frente a um café que eu conhecia tão bem.

  Era uma casa de panquecas aonde costumávamos ir juntos. Por mais que tenta-se não consegui deixar de sorrir. Há anos que não ia aquele sítio.

  - Há quanto tempo…

  - Imaginei que não viesse cá há muito tempo.

  Depois de eu e Edward acabarmos tentei afastar-me de tudo o que me lembrava dele. Dos sítios aonde íamos, das coisas que fazíamos, de TUDO!

  - Que sítio é este? – Perguntou Amber completamente alheada do nosso tema de conversa.

  - Eu e sua mãe vínhamos muitas vezes a este sítio tomar o pequeno-almoço. Era como se fosse um canto nosso. – Explicou Edward e Amber logo ficou com um sorriso no rosto, satisfeita por saber algo mais sobre nós.

  Entramos no sítio que continuava praticamente igual. A casa de panquecas, era um sítio pequeno e acolhedor, com as melhores panquecas que alguma vez provei. Havia poucas pessoas nas mesas e Edward logo nos dirigiu até à mesa do fundo, que por ironia das ironias, era aquela aonde sempre nos sentávamos.

  - O que você costumavam comer?

  - Sua mãe adorava panquecas com chocolate e um suco de laranja a acompanhar.

  - Eu vou ver ao balcão, ok? – Disse ela, apontando para o balcão onde havia fotos dos menus disponíveis.

  Mal ela estava fora do nosso alcance vocal, falei baixinho.

  - Tem cá vindo?

  - De vez em quando.

  - Quantas amiguinhas suas trouxe ao todo? Se é que é possível lembrar-se de todas. – Falei completamente irónico e com um sorriso na cara, apesar da ideia me magoar imenso.

  - Eu nunca trouxe outras. Não poderia. – Respondeu ele sério, fazendo o meu sorriso desmanchar-se na hora. – Eu costumo vir aqui para pensar em nós, ou melhor, no que fomos.

  Por mais que odia-se admitir, senti o meu coração disparar ao ouvir aquelas palavras.

  - Se estamos numa de admitir coisas, eu nunca cá mais voltei porque era doloroso demais lembrar tudo.

  - Para mim também é doloroso. Mas isso é sempre melhor que nada. Ao ser doloroso significa que existiu e o meu maior medo é esquecer o que nós tínhamos.

  - Para quê relembrar algo que nunca mais vai voltar? – Perguntei eu, reparando que estávamos cada vez mais próximos, completamente empoleirados sobre a mesa.

  - Eu tenho esperança.

  Com aquilo fiquei sem nada o que dizer, olhando para ele sem reação. Felizmente fui salva por Amber que vinha com Sue, a dona do sítio.

  - Bella? – Perguntou ela como se não acredita-se que era mesmo eu. Eu sempre gostei de Sue e ela passava a vida dizendo o quanto erámos um bonito casal.

  - Sue! – Me levantei, indo até ela e a abraçando, mas Sue foi mais rápida do que eu e me abraçou com força quase me deixando sem ar.

  - Estou precisando de ar… - Falei com dificuldade, fazendo todos rirem.

  - Me desculpe, mas estou tão feliz em ver você! Não vem cá há anos? Esqueceu de mim?

  - Não! Apenas andei ocupado sendo mamãe! – Falei, apontando para Amber que permanecia calada vendo toda a situação de forma muito observadora.

  - Nossa, ela é linda. Com pais como vocês, como não seria? – Perguntou ela retoricamente.

  O pequeno-almoço passou de forma muito descontraída e foi surpreendentemente agradável. Todo o meu receio, pensando que seria constrangedor e desconfortável desapareceu, sendo substituído pelo receio de começar a gostar demasiado desta situação. Eu não poderia cair nesta tentação e acabar acreditando que poderia ser o começo de algo, pois no final, eu e Amber sairíamos magoadas.

  Edward pôs chocolate derretido no nariz de Amber, e as suas gargalhadas ecoaram docemente por todo o estabelecimento, arrancando sorrisos de todos os presentes. Até eu estava assistindo à cena com um sorriso bobo no rosto.

  Amber limpou a sujeira e vingou-se, pondo chocolate na bochecha dele, e ele também riu.

   - Nossa! Não se brinca com comida, meninos! – Repreendi, fingindo estar escandalizada.

  - Ai, é? – Perguntaram eles os dois ao mesmo tempo. Quando vi os seus olhares cruzarem, senti logo que algo ruim iria acontecer de seguida.

  Ambos puserem chocolate nos dedos e besuntaram o meu rosto antes que pudesse dizer algo.

  Durante os minutos seguintes, foi travada uma pequena batalha entre nós.

  - Nós temos que parar! Amber, não podes sujar a roupa! – Repreendi, fazendo-os parar imediatamente.

  Levei Amber para o banheiro e rapidamente a limpei o seu rosto e mãos.

  - Vou saindo. – Falou ela gesticulando para a porta.

  - Não saia da mesa.

  Ela assentiu e saiu, deixando-me sozinha. Comecei a limpar-me, tirando qualquer vestígio de chocolate, ou pelo menos tentando.

  Ouvi o barulho da porta abrindo-se, e voltei-me, pensando encontrar Amber, possivelmente aborrecida de estar esperando, mas não. Quem estava lá era Edward.

  - Desculpe, pensei que Amber estaria aqui.

  - Não, ela foi para a mesa.

  Ele foi avançando em minha direção e eu juro que durante esse tempo prendi a respiração, não fazendo a mínima ideia do que ele iria fazer.

  - Tem um bocado de chocolate aí. – Falou ele, levando uma das mãos até ao meu queixo. Em vez de se afastar logo, ficou-me olhando fixamente e eu sabia o que aquele olhar significava, ou seja, “Ou se afasta logo ou vai dar merda”.

  Por isso, empurrei-o levemente e arrumei as minhas coisas, saindo do banheiro e encontrando Amber que estava do lado de fora.

  - Finalmente, já a ia chamar.

  - Descanse. Já estamos indo.

  Saímos do café, e Edward começou a conduzir até à praia. O plano era passarmos o resto da manhã na praia, almoçar em algum sítio e depois iriamos para um sítio qualquer. Era mais uma surpresa de Edward.

  Depois daquela cena, mal nos olhávamos, quanto mais falar. E isso só acontecia quando era impossível de evitar.

  Mal Edward estacionou o carro, Amber saiu que nem um foguete, indo logo observar o mar. Pegamos nas toalhas e nos brinquedos e lá fomos.

  O dia não estava assim tão bom, mas como Amber tinha praticamente implorado para irmos à praia no seu dia de anos, concordamos. Não havia muita gente e eu nem me arrisquei a tirar a roupa, com o frio que tinha.

  Mas como todas as crianças, frio na hora da praia não existiu para Amber. Tirou a sua roupa, exibindo o seu fato-de-banho e saiu correndo para o mar. Edward também se despiu e lhe fez companhia.

  Ainda com roupa, aproximei-me de Edward que observava Amber saltar conforme as ondas vinham e entrando e saindo da água diversas vezes, soltando risadas sem sentido.

  - Eu não quero que seja estranho para você estar comigo. – Falou ele ainda olhando para o sítio onde Amber estava, apanhando-me de surpresa.

  - Não é. Apenas sou cautelosa.

  - É assim tão necessário, ser cautelosa junto de mim? – Perguntou ele me olhando.

   - Você sabe que sim… - Disse num suspiro, baixando de seguida o olhar, com receio de o encarar. – A minha relação com você não pode sequer aproximar-se de algo mais que convívio mútuo e amigável. Se eu baixar guarda, isso pode mudar.

  - E seria assim tao mau voltarmos? Darmos a Amber uma família tal como ela merece?

  - Olha nem venha com essa de dar uma família! Ela tem uma família! E porque voltar a este assunto? Já está arrumado, chegamos à conclusão que a única coisa em que fomos bons juntos, foi em fazer a nossa filha. – Falei já um pouco alterada, mas mal vi Amber voltar-se para ver o porquê de tanto reboliço, baixei a voz.

  - Você arrumou o assunto e disse para eu esquecer. Como posso esquecer algo que tanto desejo?

  - Quando crescer, virar homem e aprender que na vida temos que esquecer um pouco nós próprios em benefício de quem é mais importante! E esse alguém, é Amber que não precisa de crescer com dois pais que vivem discutindo! – Falei séria para ele, saindo de seguida em direção a Amber que brincava na areia com pás e baldes.

***

  Dizer que depois daquele confronto que o clima entre a gente ficou estranho é pouco. E quando me acalmei, acabei percebendo que fui dura com ele. Ele estava se esforçando. Isso era um fato.

  E a forma como me dirigi a ele, foi muito desagradável. Mas o que ele queria? Tocando no assunto mais sensível que existia para mim!

  Eu sabia que tinha que me desculpar, mas com Amber sempre por perto, era difícil conversar, sem chamar sua atenção.

  - É melhor correr, senão vou apanhar você! – Ameaçou Edward entre risos para Amber que vinha correndo para a toalha. Ela estava toda molhada e com um sorriso contagiante no rosto que por segundos, me fez esquecer todos os meus problemas.

  Sacudi a toalha e enrolei Amber nela que se sentou na minha. Reparei que Edward estava junto ao mar limpando e arrumando os brinquedos de Amber e vi nisso uma oportunidade de me desculpar.

  Me aproximei cautelosa e comecei também pegando em algumas formas, indo em direção ao mar para as lavar. Mal Edward sentiu a aproximação de alguém, levantou o olhar, olhando-me diretamente nos olhos, fazendo-nos baixar o olhar rapidamente.

  - Me desculpe. – Falamos ao mesmo tempo e acabamos rindo de uma forma muito nervosa.

  - Eu… - Falamos de novo, mas Edward calou-se e deu sinal para eu falar.

  - Eu não devia ter falado com você daquele jeito. Não foi justo. Você está-se esforçando e tenho de admitir que quando isso acontece, é um pai incrível e é isso que esta em jogo.

  - Não, foi culpa minha. Eu não tinha nada de pressionar você. Compreendo o seu ponto de vista e tem razão. Já está na hora de crescer e virar homem.

  - Sem ressentimentos? – Perguntei com um sorriso, feliz por ele não parecer chateado.

  - Sem ressentimentos. – Confirmou ele, pegando em tudo e fomos juntos até Amber.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Como devem calcular vai haver uma terceira e ultima parte



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "An Unbreakable Connection" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.