Em um momento as coisas tão se ajeitando e no outro o vocalista da banda quer se matar.

POV. Larissa

Ok, nós resolvemos todos ouvir a Mari, ate o Axl saiu do quarto, coisa que tava difícil de ver, já que o cara se recusava a sair ate pra comer. Eu achei que aquela era uma boa hora pra conversar com o Izzy e esclarecer as coisas, então puxei ele e fomos pro quarto.

- Izzy o que ta acontecendo? – eu perguntei, ele já estava sentado na cama com um cigarro na boca.

- Nada. – ele sempre foge do assunto, impressionante, acho que isso vem junto com o pacote “personalidade calma e se manter longe de confusão”, e adivinha só, eu sou uma confusão ambulante.

- Fala logo Izzy. – eu já tava perdendo a pouca paciência que restava, ele pareceu perceber isso.

- Não to gostando da maneira que o Slash olha pra você, ou o Duff, ou o Axl.

- Puta que pariu.

- E você retribui.

- Se eu retribuísse estaria na cama com eles agora e não conversando com você. – ele não respondeu, só apagou o cigarro. E depois disso ai fudeu tudo, a minha paciência já era, e a dele também –anotação mental: a paciência do Izzy não é inesgotável como eu imaginava- começou uma gritaria do caralho que eu tenho certeza, todo mundo lá embaixo tava ouvindo.

- QUER SABER IZZY VAI PRO INFERNO, EU TE AMO E TU É O ÚNICO CEGO IMBECIL QUE NÃO VE ISSO. – ele parou na hora, e foi ai que eu percebi uma coisa, essa era a primeira vez que eu falava pra Izzy “eu te amo” com todas as letras, acho que ele percebeu isso também, mas ele se recuperou do choque.

- Eu só penso em você, é claro que eu te amo, por isso que não gosto quando você fica com eles. – ok, um aviso, só eu posso ser ciumenta você não.

- Eu tenho o direito de falar com outras pessoas também, e eles são seus amigos.

- Então porque eu não posso falar com outras pessoas que você já chega pronta pra colocar fogo no lugar? Se for assim eu tenho direito de conversar com a Michelle também, ela é minha amiga. – Filho da puta, esse sabe como me atingir, a minha reação foi exatamente essa que você ta pensando, eu meti um tapa na cara de Izzy e me virei,  já tinha aberto a porta do quarto quando ele segurou meu braço, eu parei, ele ficou me olhando.

- Não vai dizer nada? – eu perguntei fria.

- Você me deu um tapa na cara, tem que dizer alguma coisa também. – merda, ele tava certo, mas eu não ia pedir desculpas, meu orgulho não deixava. – Vamos Lari, não é tão difícil.

- E porque você não pede primeiro?

- Eu sei uma maneira de fazer isso, bem mais fácil pra você.

- E qual é? – ele me beijou, mas não foi um beijo qualquer, foi um beijo voraz, rápido, e eu correspondia na mesma rapidez, ele chutou a porta e me prensou na parede, eu usei a parede como impulso e coloquei minhas pernas ao redor de sua cintura, ele tirou minha blusa e começou a beijar meu pescoço, eu gemia baixo e arranhava suas costas por cima da camisa. Ele me colocou na cama e começou a beijar minha barriga, depois fez o caminho inverso e disse no meu ouvido:

- Eu te desculpo. – eu ri.

- Eu também.

A gente vestiu a roupa e desceu porque já era de noite e eu tava morrendo de fome, quando eu desci o ultimo degrau da escada com Izzy todo mundo olha pra mim - lê-se me encarando-.

- Que foi? – eu perguntei olhando pra eles.

- Caralho, como você geme. – Slash falou me olhando com uma cara muito safada, Izzy colocou a mão ao redor da minha cintura e olhou feio pra Slash.

- Cadê a ruivinha? – eu perguntei voltando da cozinha.

- Saiu. – respondeu Duff com uma garrafa de vodka na mão. Eu fui olhar a janela.

- O que você ta fazendo? – Izzy e Duff perguntaram, quando eu me virei Slash olhava para minha bunda, que cara safado.

- Vendo se não ta chovendo pipoca ou algo assim. – respondi dando de ombros, todo mundo começou a rir. E nesse momento, Axl volta suado e com uma arma na mão, sobe correndo, todo mundo ficou em choque, eu fui a primeira a voltar à realidade e sai correndo atrás dele, a porta já tava trancada. Eu comecei a esmurrar, ele sussurrava o nome da Erin e coisas como “Sem ela eu prefiro morrer”.

- MARI, VAI CHAMAR A ERIN. – eu gritei. – ANDA CARALHO. AXL ABRE ESSA PORRA OU EU VOU ARROMBAR.

Mari tinha saído já fazia uns dez minutos e eu ainda tentava fazer Axl abrir a porta, a uma altura dessas já estava todo mundo lá gritando pro Axl desistir daquela loucura – menos Mari e Steven - eu perdi completamente a paciência e comecei a chutar a porta, ate que ela abriu. Eu entrei correndo e comecei a brigar pela arma, o Izzy se meteu quando a arma virou pra mim e a única coisa que descreve esse momento é: a porra ficou seria.

Pouco tempo depois a Erin entra correndo no quarto.

- Larga essa arma Axl Rose. – ele parou imediatamente, ela foi lá pegou a arma e deu pra mim, eu puxei Izzy pra fora do quarto e fechei a porta, Slash e Duff ainda queriam ficar ouvindo, mas eu botei todo mundo pra fora e dei um fim na arma.

Meia hora depois, mais ou menos, a Erin saia de lá, do Axl nem sinal.

- Ele não vai fazer mais nada. – ela disse e saiu.

- Erin. – Chamei, ela olhou pra mim. – Obrigada, e desculpa não ter falado dos casos do Axl, mas não era algo pra eu me meter.

- Tudo bem eu entendo. – e saiu. Todo mundo olhou pra mim, de novo, isso já tava ficando chato.

- Que foi? – eu perguntei com voz de tédio

- Você pediu desculpas? – Mari falou com voz de espanto.

- Você pediu desculpas pra ela e não conseguiu pedir pra mim. – Izzy falava com voz indignada, eu sabia que era tudo brincadeira.

- Eu lhe pedi desculpas sim, ou já esqueceu? – perguntei arqueando a sobrancelha. Ele ficou calado.

 Os dias foram passando normalmente, o Guns voltou a fazer shows, eu e o Izzy estávamos bem, a Mari e o Steven estavam bem, o único que não estava bem era o Axl, que estava em tal estado que começou a ver um psicólogo. Parece que ele realmente gostava da Erin, do jeito errado dele, mas gostava.