Você não sabe o que é desespero até acordar com a pessoa que você mais ama esparramada no chão.

POV Mariana

Depois da nossa “festinha” de boas vindas, dei boa noite a todo mundo e puxei Steven para o quarto. O estado dele era deprimente, ele estava MUITO chapado. Eu estava ficando muito preocupada com ele, mas não sabia o que fazer. Eu pedi que ele deitasse, e ele disse que já estava indo. Eu fechei os olhos e escutei um barulho. Quando olhei por cima das cobertas Steven estava estirado no chão.

Eu entrei em desespero. Pulei da cama e comecei a chamar Steven, sem resultado. Depois de alguns minutos eu já estava gritando e chorando, então Axl começou a bater na porta – que estava trancada.

– MARIANA ABRE A PORTA!! O QUE TÁ ACONTECENDO? ABRE A PORTA CARALHO! – Ele gritava.

Eu levantei e com as mãos trêmulas abri a porta.

– Por que você tá gritando igual louca mano? – ele perguntou.

– O STEVEN TÁ... O STEV... O ST... – eu mal conseguia pronunciar as palavras, então apontei para o Steven.

Axl logo percebeu o que ele tinha – não me pergunte como – e chamou uma ambulância. Os outros não estavam acordados e resolvemos não perturbá-los. No dia seguinte eles saberiam de tudo. Eu vesti uma roupa que estava jogada no chão e entrei na ambulância. Axl foi logo atrás, no carro dele.

Chegando lá os médicos disseram que eu não podia ficar com Steven, e eu comecei um escândalo. Eu chorei muito, berrei... fiz de tudo, mas no final acabei dormindo, depois que me entupiram de calmantes. No outro dia eu acordei tarde, suando feito um porco e definitivamente fora de controle. Fui até a recepção perguntar sobre Steven, mas eles não quiseram me falar nada. Eu sentei em uma cadeira de espera e chorei, chorei mais ainda, até que Duff chegou e sentou-se ao meu lado.

– Você tem notícias dele? – perguntei.

– Os médicos disseram que o estado dele não é nada bom. Mas ele vai ficar legal.

– E VOCÊ FALA ISSO COM ESSA TRANQUILIDADE? – gritei.

– o que adianta ficar nervoso porra? Isso não vai fazer ele melhorar!

Eu levantei e sai do hospital. Fui até o primeiro bar que encontrei e bebi até não poder mais. É claro que essa não era a melhor coisa a se fazer, mas foda-se. Eu nunca fazia nada certo mesmo.

Acho que umas 2 horas depois Larissa me encontrou naquele lugar e me levou para casa. Não lembro de muita coisa depois disso, pois eu tomava muitos calmantes todo dia e naquele ritmo, quem ia acabar tendo uma overdose era eu.

Umas duas semanas depois eu já estava um pouco melhor, me livrei dos calmantes, mas também agora eu não dormia, e ficava zanzando pelo quarto a noite. Eu brigava com todo mundo naquela casa, pelos motivos mais banais que você pode imaginar. Todo mundo estava ficando farto de mim, eu sabia, mas eles não demonstravam, e isso me ajudava um pouco. Mas ai eu lembrava que já havia se passado DUAS SEMANAS e o Steven não teve nenhuma melhora. Meu Deus, naquele ritmo eu ia acabar num hospital psiquiátrico.

– Você tem que ficar calma mano, o Steven vai melhorar. – Lari disse.

– VOCÊ NÃO SABE O QUE EU TÔ SENTINDO CARALHO! PARA DE MANDAR EU FICAR CALMA! – gritei.

Larissa explodiu, e fez uma coisa que eu nunca imaginei que ela fosse fazer – comigo, porque com outras pessoas ela vivia fazendo – ela levantou a mão e meteu um tapa na minha cara, com toda sua força.

– Tá mais calma agora? – ela perguntou.

– Tu mete um tapa na minha cara e pergunta se eu tô mais calma?! – eu gritei

– você não respondeu minha pergunta.

– Eu tô sim, valeu. – suspirei.

Fomos dar uma volta para eu esfriar minha cabeça e passamos em frente a um bar. Eu olhei para Larissa e ela logo entendeu tudo. Entramos no bar, para nos divertimos – apenas com bebidas e cigarros – e para finalizar um dia perfeito, vimos o Izzy encostado na parece, conversando. Com quem? Isso mesmo meu bem, com Michelle