Você sabe o que fazer quando o namorado da sua melhor amiga tem uma overdose? Um conselho, não queira descobrir.

POV. Larissa

Eu acordei no outro dia e vi Izzy deitado do meu lado dormindo tranquilamente, era uma visão surreal, eu já tinha sonhado com isso tantas vezes que tinha medo de que isso fosse só mais um sonho e, literalmente, me belisquei pra ver se era verdade.

- O que você ta fazendo? – ele perguntou com uma voz sonolenta.

- Me beliscando pra ver se isso não é um sonho. – eu disse como se não fosse nada demais. Ele deitou sobre mim e me beijou, uma dica a você, Izzy vicia mais que toda a heroína do mundo.

- Isso parece um sonho? – ele perguntou no meu ouvido.

- Na verdade parece. – eu disse me arrepiando.

- Mas não é. – ele riu, meu deus como eu senti falta disso, da voz dele, do sorriso dele, dos olhos dele, do cabelo dele, do corpo dele, como eu senti falta dele.

Infelizmente, eu tinha que trabalhar, ele tentou me prender ali, mas eu não deixei, por fim eu fui pra lanchonete e ele foi dar uma volta. À noite nos encontramos de novo, ele me esperava na porta de “casa” com um cigarro, que eu tomei, ele sorriu e acendeu outro.

- Parece que você aprendeu. – eu disse rindo.

- Você sabe que eu não posso ficar aqui não é? – ele falou já entrando quando abri a porta.

- Sei.

- O que você quer fazer? – ele me perguntou sentando na cama, eu me sentei ao lado dele.

- Não sei se quero voltar. – ele me olhou com uma sobrancelha arqueada. – Corrigindo, não sei se to pronta pra voltar. Encarar tudo de novo, não sei.

- Eu te ajudo. – tive que sorrir. Tinha sido tão fácil ficar aqui, tirando pelas noites em claro que eu passava pensando nele e na Mari, e na dor, mas eu não precisava enfrentar nada, nesse ponto era fácil. Mas com Izzy, bem, com ele eu tava pronta pra qualquer coisa.

- Amanha? – ele assentiu com um sorriso.

- E a gente? – ele perguntou serio.

- O que tem a gente? – mas que dom é esse que eu tenho pra me fazer de desentendida.

- Não se faça de desentendida.

- Não sei Izzy, vamos ver isso depois, tudo no seu tempo.

- E o que você quer fazer agora? Arrumar as coisas?

- Eu posso fazer isso outra hora. – eu disse sorrindo maliciosamente, ele me beijou e eu entrelacei a mão nos seus cabelos.

Izzy beijava meu pescoço e sussurrava alguma coisa no meu ouvido, algo como “acorda”, eu mandei ele se foder e cobri a cara com o travesseiro, não importa quem ou como, NÃO ME ACORDE.

- Ok eu tentei do jeito fácil. – ele puxou minha coberta, tirou o travesseiro do meu rosto, e me puxou pelo braço. – Levanta Lari, a gente tem que comprar a passagem e voltar pra L.A.

- Me faz um favor e VAI PRO INFERNO. – eu meio que gritei o final, e o filho da puta só fez dar risada.

- Vai se vestir.

- Quer mesmo que eu me vista? – provoquei.

- Não, mas é preciso. – levantei frustrada e vesti a primeira coisa que vi na minha frente, ironicamente, era uma blusa do Rolling Stones.

Nós compramos tudo, entramos no avião e o que pareceu ser pouco tempo depois já estávamos em L.A. Mari teve um ataque quando me viu, correu pra me abraçar chorando e dizendo como sentiu minha falta. Nós ficamos lá e de pura provocação abracei o Axl.

- E ai ruivinha, sentiu minha falta?

- Esse foi o melhor mês da minha vida. – ele respondeu emburrado. Steven, o festeiro, tirou drogas e bebidas de sabe deus onde e a gente começou uma mini-festa pela minha volta – me senti importante – Steven começou a cheirar e a injetar em proporções assustadoras e Mari não estava gostando nada disso.

No outro dia o Izzy me acordava com cara de preocupado.

- Lari, o Steven ta no hospital, ele teve uma overdose, já ta todo mundo lá.