Aprenda uma coisa, nunca deixe seu namorado sozinho por ai, nunca se sabe a vadia que ele pode encontrar.

POV. Larissa

Ok, eu estava oficialmente sem saber o que fazer, a Mari estava em um estado lastimável, duas semanas e nada do Stev melhorar, já estávamos todos preocupados pra caralho com ele e eu e o Izzy nem tivemos tempo de discutir namoro ou algo do tipo, mas eu estava realmente disposta a trancar meu orgulho em um quarto escuro, abandonar meu trauma masculino e fazer a coisa da certo com Izzy, que isso fique claro, mas não tive oportunidade, Mari precisava de mim e ela era mais importante.

Ela estava tão mal que eu precisei meter um tapa na cara dela, depois disso ela se acalmou, e a gente saiu para se divertir – sem bebida, eu juro- mas passamos em frente a um bar e foi mais forte que a gente. Entramos e a primeira coisa que eu vejo é Izzy e a vadia da Michelle conversando - lê-se dando em cima sem a menor vergonha na cara-, como eu posso descrever como eu fiquei? Bem, meu sangue ferveu e eu queria matar a vadia, Mari percebeu meu estado e tentou me segurar, mas eu fui mais rápida.

- Que porra ta acontecendo aqui? – eu parei na frente deles, a minha expressão era do mais puro ódio.

- Ah não, qual é a tua obsessão com o Izzy hein?

- Você corre atrás dele feito cadela no cio e eu sou a obsessiva? – a essa altura Mari já tava do meu lado falando qualquer coisa que eu não fiz questão de entender, Izzy também falava alguma coisa, que eu também não quis ouvir.

- Acorda queridinha, ele não é seu namorado. – Ok, meter a mão na cara dela em 3...2, esquece a porra da contagem, dei um tapa nela, me orgulho em dizer ela agora tem uma tatuagem que vai fazer ela se lembrar de mim, Izzy olhava para mim estupefato, Michelle estava estática, não acreditava que tinha sido esbofeteada e Mari me arrastou dali antes que a cadela resolvesse revidar. A gente andou um pouco por uns lugares –lê-se outros bares- ate que ela disse que ia ao hospital ver se tinha alguma noticia do Stev e qualquer coisa ligaria, eu não tava com cabeça para isso, mas Mari entendia, andei mais um pouco e vi o Slash sendo algemado. Merda.

- Mas o que ta acontecendo? – eu perguntei já bêbada.

- Ele esta sendo preso por porte de drogas.

- Mas que porra Slash não sabia engolir a porra da cocaína não?

- A senhorita esta drogada? – perguntou o policial.

- Cala a boca Lari. – disse Slash.

- Cala a boca você antes que eu tire um rato da tua cartola. Não to drogada e você não sabe o quanto sai ridículo esse senhorita vindo de um policial de merda.

- Fodeu. – sussurrou Slash. A verdade é que eu tava pouco me fodendo.

- A senhorita vai presa por desacato à autoridade, pode algemar. – ele falou com o outro policial.

- Vou ser presa, que legal.

- Você ta louca isso não é legal. – ele falou. – Lari mostra os peitos pra ele, talvez funcione. – ele falou sussurrando. – E eu aproveito pra ver também. – “pervertido” pensei.

- To algemada. – ele olhou com uma cara triste.

Chegamos à delegacia e o policial disse.

- vocês têm direito a uma ligação. – eu liguei para a casa dos meninos.

POV. Izzy

“Larissa enlouqueceu”.

Eu sai de casa porque não aguentava mais aquele clima lá, então vim pro Rainbow, quando eu chego lá vejo Michelle, ela vem imediatamente falar comigo, e ela estava dando em cima de mim, isso era obvio, mas eu não tava nem aí para a Michelle ou pra nenhuma outra garota além de Lari, aquela garota tinha mexido completamente comigo e era justamente isso que eu estava tentando dizer a Michelle quando Lari chega com uma expressão que botaria ate o Axl pra correr chorando pela mãe. Eu tentei explicar a ela o que tinha acontecido porque eu sabia o motivo dela estar daquele jeito, mas quem disse que ela ouvia? No fim ela deu um tapa na Michelle tão forte que ficou a marca da mão dela e saiu com a Mari, eu fiquei sem reação, não achei que chegaria a esse ponto, mas vindo de Larissa era ate esperado, não sei como não previ isso.

Pensei em ir atrás dela, mas sabia que não ia adiantar, ela não iria escutar nada do que eu falasse agora, o pior é imaginar o que ela poderia fazer, mas a Mari tava com ela então não tinha como acontecer nenhuma merda. Não é?

POV. Larissa

- Alô? – falou a voz de Axl do outro lado.

- E ai ruivinha? – eu falei enrolando o fio do telefone no dedo.

- O que você quer Larissa? – ele falou com voz de tédio.

- Você não vai acreditar no que aconteceu?

- O Izzy criou juízo e te mandou ir pro inferno?

- Lá é sua área Axl, e falando nisso quando vai voltar pra lá?

- Vai se foder. Ligou só pra me encher mesmo? Então tchau.

- Espera, falando em inferno e sua área, eu fui presa acredita?

- Melhor noticia que já recebi desde a que você voltou para o Brasil, apodrece ai.

- E vai deixar seu guitarrista solo aqui junto comigo? – eu falei com um sorriso de vitória. – boa sorte pra achar outro tão bom quanto o Slash ruivinha. – ouvi o barulho de uma porta batendo do outro lado da linha e a voz do Axl.

- Vamos Izzy, tua namoradinha foi presa.

- Muito bem ruivinha, não demora. – falei, ele bateu o telefone na minha cara.

Meia hora depois eles chegam junto com a Mari.

- Te deixo sozinha um pouco e tu vai presa Lari.

- Tava tentando ajudar o Slash. – falei me defendendo.

- Se você tivesse mostrado os peitos a gente taria livre agora. – Izzy fechou a cara.

- Vamos logo. – falou ele.

Já em casa Izzy pediu que eu acompanhasse ele, eu fui, já tava mais calma, só a ponto de deixar ele falar, não que eu fosse perdoar. Mas ele me levou pro lugar onde eles ensaiavam, pegou o violão dele e me levou de volta para seu quarto. Ele começou a tocar uma música pra mim, era calma, e eu nunca tinha ouvido antes, o nome da musica era Patience.

- Eu escrevi essa música pensando em você, quando você foi pro Brasil. Lari eu to pouco me fodendo pra Michelle, eu te amo.