Mais Que Uma Equipe escrita por Bê s2


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Meninas, obrigada pelos reviews!
Como eu disse antes, essa fic é simples... Nada de emoções fortes demais. Eu estava num momento meio pacífico, e acabei refletindo isso na história, de forma que eu coloquei o que eu queria que acontecesse entre aqueles episódios :)
Espero de verdade que gostem.
Boa leitura!



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A cada passo que Gilbert dava dentro do laboratório, mais olhares se fixavam nele. E não era para menos: ele sempre fora o homem mais reservado do lugar, nunca deixava sua vida pessoal interferir no trabalho, e agora estava namorando sua subordinada. Ele não parou pra falar com ninguém, rumou rapidamente à sala de Ecklie, como pedido, e logo na primeira batida foi chamado para entrar.

--Gil! Sente-se.

O entomologista obedeceu ligeiramente desconfiado do sorriso forçado na boca de Ecklie.

--Como a Sara está?

--Ombro deslocado, insolação, desidratação, duas fraturas no braço, muitos hematomas e alguns pontos. Mas está bem.

Conrad olhou-o ligeiramente chocado, mas prosseguiu:

--Acho que nós temos alguns pontos pendentes. –Conrad começou. –Estamos em um inquérito administrativo. Precisarei tomar o seu depoimento e o de Sara.

Grissom arqueou uma sobrancelha. Sabia perfeitamente disso, mas o combinado era que realizariam isso com o casal junto, quando voltassem da suspensão. Sua única alternativa, então, foi um leve aceno de cabeça.

--Há quanto tempo têm um relacionamento?

--Sempre tivemos um relacionamento. –Respondeu depois de alguns segundos.

Ecklie queria brigar, mas se conteve. Abordaria tudo de outra forma, então.

--Como é o relacionamento de vocês?

--Desculpe? --Gil não entendeu.

--Vocês tem um relacionamento estável? É sério?

--Conrad, acho que isso não precisa constar no inquérito.

O sub-xerife analisou o homem em sua frente e deu-se por vencido, guardando os papéis. Tomou outra postura para falar:

--Eu quero saber até que ponto o relacionamento de vocês pode interferir aqui dentro do laboratório. –Esclareceu objetivamente.

Grissom estudou um pouco o que Ecklie disse antes de responder:

--Nos últimos dois anos ninguém percebeu que tínhamos um relacionamento. E se eu não desse com a língua nos dentes em um momento de desespero, continuariam sem saber.

O careca engoliu a resposta, realmente era verdade. Mas resolveu especular mais:

--Até que ponto você a favoreceria aqui dentro?

--Eu sou justo com todos. Aqui ela é minha subordinada, lá fora é minha namorada. Separamos as coisas.

Até o momento, Ecklie parecia satisfeito com as respostas, o que deixava Grissom mais curioso e menos esclarecido.

--Se em uma cena do crime uma suspeita te agarrasse, como ela reagiria?

Certo, aquela pergunta era descabida demais para o gosto de Grissom. Ele se sentia mais desconfortável do que quando ia ao dentista, mas achou melhor entrar no jogo do homem:

--Quando Heather teve problemas há algumas semanas, o laboratório espalhou boatos demais. Sara levou com maturidade e resolvemos isso em casa.

--Certo. –Ecklie olhava-o nos olhos. –Assim que sua suspensão terminar você poderá voltar para a supervisão do turno da noite; e quando Sara tiver alta estará reintegrada à equipe. Mas antes teremos que realizar o inquérito administrativo, como é de praxe; e Catherine fará todas as avaliações dos demais CSIs com você a partir desse ano.

Grissom demorou um minuto para absorver tudo aquilo, e no fim só conseguiu balbuciar:

--Mas isso é contra as regras. Vamos ser questionados.

--Não, vocês não vão. Façam o que sabem fazer de melhor e eu cuidarei do resto. –Conrad parecia ter dor ao falar isso, apesar de exibir um sorriso amarelo. –O laboratório precisa de vocês. E juntos vocês são melhores.

Grissom não conseguiu esconde rum sorriso de satisfação ao ouvir aquelas palavras.

--O que te fez mudar de ideia?

Conrad deu de ombros.

--Você tem uma grande equipe, Gil. Agradeça à eles.

CSIGSRCSIGSRCSIGSRCSI

Enquanto Grissom terminava uma conversa um tanto inusitada com Ecklie no laboratório, a equipe do turno da noite adentrava no quarto de Sara. A morena estava entretida com um programa qualquer quando a porta se escancarou revelando seus amigos, com Catherine comandando o cortejo.

--Sara! Finalmente te encontramos acordada! –Greg quase gritou.

Um a um, eles a abraçaram com certa dificuldade devido aos cortes, gesso e o soro. Sara exibia um sorriso feliz ao vê-los ali, e o brilho de seu olhar se intensificava. Eles se acomodaram aos pés da cama e na poltrona.

--Como estão? --A morena perguntou.

--Estamos do mesmo jeito. Você é quem está inspirando cuidados. –Catherine disse.

Sara sorriu de lado pela preocupação, e suspirou.

--Estou sendo bem cuidada. Vou ficar bem.

--É, estamos ligados. –Nick disse maroto. –Falando nisso, cadê o Grissom?

Sara corou um pouco antes de responder:

--Ecklie o chamou no laboratório há algum tempo. Estranho não terem topado com ele no caminho...

Ela se ajeitou melhor na cama com dificuldade, e Warrick indagou:

--Quando sairá daqui?

--Um ou dois dias. –Sara falou. –Não vejo a hora...

O barulho da porta sendo aberta novamente a interrompeu. Grissom entrou sorrindo de orelha a orelha com um pequeno buquê de flores do campo na mão. Estava tão radiante, que nem percebeu a equipe a princípio.

--Honey, trouxe flores!

Logo no segundo passo para dentro do quarto, ele sentiu mais olhares sobre si.

--Oh! Bom dia, crianças.

Ele recebeu cumprimentos de volta, e alguns olhares mais curiosos que o normal. Imaginou que seria assim no início, mas não deixou de se sentir incomodado. A equipe estava silenciosa, e ele estendeu o presente para Sara com um sorriso de lado e um ar tímido.

Ela recolheu as flores e cheirou-as, depositando em seguida num vaso simples sobre a mesa ao lado da cama. Os garotos pareciam até prender a respiração: não queriam perder um detalhe de alguma provável cena inédita que poderia ocorrer.

--São lindas, obrigada. –Ela fez um biquinho.

Os dois trocaram um olhar doce, e Catherine suspirou chamando a atenção. Grissom rolou os olhos para o alto e contornou a cama, postando-se ao lado de Sara.

--Você foi ver o Ecklie e está feliz. Devemos nos preocupar com isso? --Warrick perguntou para quebrar o clima.

--Está tudo bem. –Ele sorriu.

Os meninos se entreolharam confusos, e Catherine abriu a boca, mas Gil previu a pergunta:

--Realmente precisamos conversar. –Ela sorriu, ele sempre fazia isso. –Acho que... Acho que podemos tomar um café da manhã juntos quando Sara receber alta... Poderiam ir em casa. –Ele falava hesitante. –O que acha, querida?

Nick sorriu bobo pelo modo que o chefe se dirigia à Sara.

--Seria ótimo. –Ela disse. –Vocês vão?

Catherine se levantou da poltrona antes de responder pelos amigos:

--E perderíamos uma visita à casa do Grissom, com direito a vê-lo vermelho e sem jeito uma dúzia de vezes?

Todos riram, menos Gil que se mexeu tímido.

--Acho que devemos deixar a Sara descansar um pouco, garotos. Ela ficará bem pajeada. –Catherine se manifestou.

Enquanto os meninos se despediam da amiga, a loira se aproximou de Grissom com um sorriso típico. Num ato surpreendente para o amigo, ela o abraçou e sussurrou ao pé do ouvido:

--Você sabe que não nos deve nenhuma explicação.

--Nós queremos isso. –Ele respondeu.

A loira deu um tapinha carinhoso no ombro do amigo antes de seguir com os demais para fora do quarto.

Gil sentou-se ao lado da namorada na cama e a abraçou delicadamente.

--Está tudo bem mesmo? --Ela indagou.

Ele assentiu com a cabeça e entrelaçou seus dedos nos dela.

--Vai ficar tudo bem. –Ele sussurrou.

Ela o acompanhou em sua expressão feliz e aproximou seu rosto do dele. Grissom acariciou seu rosto com carinho e colou seus lábios nos dela, num beijo apaixonado. Sara tratou logo de aprofundar o beijo, mas eles não puderam continuar se curtindo por muito tempo, pois a porta se abriu novamente. Catherine adentrou andando devagar, com um ‘sinto muito’ estampado no rosto.

--Esqueci minha bolsa. Podem continuar.


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Notas finais do capítulo

Reviews? *-*